Aqua, o filhote de humano escrita por Mar la


Capítulo 13
Reis do oeste


Notas iniciais do capítulo

Então... Eu pensei, por que não colocar o que eu considero musica tema da história disponível para quem queira ler e ouvir e ambientalizar ainda mais? Além disso, eu também tenho algumas imagens que me inspiram. Cenários e etc. Eu vou começar a colocá-los aqui.
Eu gostaria de saber a opinião de vocês sobre isto. Se é algo legal ou se é negativo...
Enfim, é isto.
O link é referente a música/playlist tema da região oeste (Eol'la, Atl'an, ghi'lea)
Deixarei o link no inicio da história. Pois por ali fica o link, melhor do que ter que copiar e colar se eu colocasse aqui.



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https://youtu.be/VucvIrnCrYk?t=212

 

Assim que desembarcaram e Aqua foi capaz de olhar o cenário de Atl’an, seus olhos brilharam e ele não conseguia conter o sorriso bobo do rosto. Admirado, pela grande quantidade de cascatas de água, chafarizes, espelhos de água.

Aya e Aqua tiveram de pegar um meio de transporte. Mas diferente dos outros lugares que foram, em Atl’an não tem carroças e nem destinos, e sim canoas que conseguiam atravessar a cidade através de “pequenos rios” que foram criados estrategicamente para isso. Antigamente esta capital não passava de uma pequena ilha. Mas com a magia e a parceria entre os marinhos e os anões foi-se dando cada vez mais vida e estruturas. E hoje, Atl’an é o principal lugar moradia da alta classe de seres aquáticos.

Aqua simplesmente amou andar de canoa, estava tão imerso nas paisagens que para ele foi como se houvesse passado apenas alguns segundos desde que entraram nela. Ficou triste em ter de descer, mas logo entusiasmou-se ao perceber que estava em um dos pontos altos da cidade. Era daqui onde ele estava que as primeiras cascatas de água caiam e iam dando sequência para o resto. E não só isso, em suas frentes havia uma sequência de estátuas representativas da família real de Atl’an. As estátuas estavam fileiradas, chamativas, guiando para a enorme mansão real. Figuras que antes eram chamadas nos livros antigos humanos de “sereias”. Cada rei que comandou Atl’an tinha sua imagem esculpida. Como não foram tantos, elas eram enormes e ocupavam um bom espaço.

— Estava demorando tanto que eu mesmo vim até aqui para te ver. — Uma voz calma e masculina pôde ser ouvida. Mas não se via onde estava a pessoa que a dizia. Aqua olhou para os lados, achando que podia ter sido Aya ou o motorista da canoa que até mesmo já estava indo embora. — Se você me achar eu te dou um pequeno presente, filhote curioso.

Aqua olhou para cima, buscando encontrar a resposta em Aya que retornou o olhar e sinalizou com a cabeça para que ele fosse em frente. Entusiasmo o pequeno tomou frente, e correu até a primeira grande estátua, da grande mãe das águas. Ou melhor dizendo, Avó dos reis atuais e uma das fundadoras da capital.

— Lerdo deste jeito não me encontrará nunca. — A voz riu. Aqua decidiu correr mais rápido. Se frustrou ao perceber que na estátua não havia ninguém. — Ops, acho que você errou. E agora? Vai desistir?

— Nunca. — O humano falou firme. E prosseguiu para a próxima estátua. O pai dos reis, não havia ninguém, chegou na estátua de Umi, não havia ninguém e por fim na de Sydra. De novo, não havia ninguém por ali. A cada falha a voz lhe provocava, mas Aqua não desistia. Aya até mesmo sentou-se sobre a borda de um dos chafarizes fundos, esperando. O filhote procurou, procurou, procurou por tudo, nos arbustos, no jardim, de novo atrás das estátuas, e até mesmo olhou para o alto. Mas nada. Ele já estava cansado de tanto correr. Porém, não desistia.

— Ele nunca vai te achar aqui Umi. — Disse Aya, com um tom de voz um pouco mais baixo. O rei brincalhão, estava em sua forma mágica, com metade do corpo de peixe, da cintura para baixo para ser mais exato. E com suas guelras ele era capaz de respirar em baixo da água.

— Hahaha, ele me lembra alguém. Que nunca sabe quando parar. — Umi brincou, dando uma indireta.

— Eu não sou assim... — Aya o olhou e arqueou uma das sobrancelhas.

— Bom... a diferença é que você é um sem graça e normalmente acerta de cara...

— ACHEI VOCÊ! — Aqua pulou por trás de Aya. Apontando com o dedo indicador para Umi. Pouco antes de começar a conversar com o amigo. Aya chamou o filhote em silêncio através de sinalização discreta. Para falar Umi teria que colocar a cabeça pra fora da água, se não o som sairia completamente diferente ou até mesmo não seria ouvido pelo menor. Então assim que teve de responder o dragão, ele teve de se expor, e Aqua estava escondido nas costas de seu guardião esperando o momento certo.

— Ora ora, você demorou muito. — O rei, pouco a pouco foi emergindo e com a força dos braços ele jogou o corpo para fora do chafariz, que parecia uma piscina. Sentando ao lado de Aya e deixando sua grande cauda escamada amostra.

— P-peixe! — Aqua exclamou, curioso e admirado. Umi o olhou surpreso. O olhar do maior fez com que Aqua ficasse tímido e desviasse o olhar, baixando a cabeça. Mas Aya logo o fez levantar o rosto, puxando-o pela bochecha e fazendo-o encarar Umi adequadamente.

— O que eu já te falei sobre respeito? — Aya falou sério. Como em todo sermão que ele tem de dar ao pequeno.

— Que é feio e indelicado... — Aqua sabia, e o respondeu, ainda um pouco tímido e com a voz mais baixa do que seu normal.

— Eu não ouvi. O que você disse? E o que você tem que falar ao rei? — Aya soltou da bochecha de Aqua, que logo se aproximou do rei, e o olhou nos olhos de cabeça erguida e mais confiante.

— Me desculpe por faltar o respeito com você.  

— Aceitas. — Umi deu um pequeno sorriso com a atitude. Ele olhou Aqua de baixo a cima, e então depois olhou para Aya que continuava sentado. Com certeza diversos pensamentos vieram em sua mente. Aya percebia que Umi possuía tais duvidas e coisas parecidas. Mas, ambos adultos decidiram respeitar o silêncio do outro e por enquanto não tomar nenhuma iniciativa em relação a este debate. — Acredito que o momento de conversa a fora tenha passado. Vamos para dentro para resolver o que temos que resolver. — Em alguns segundos a cauda de peixe transformou-se em um par de pernas. E Umi foi capaz de andar tomando a liderança guiando seus convidados para dentro de sua casa, imensa e bela. 

Por lá, Umi assegurou a Aqua um responsável, ou melhor dizendo: Um de seus empregados. Este brincaria com o filhote e lhe tomaria conta. Deixando Aqua mais distância de Aya que agora estava dentro do escritório do rei, junto do mesmo, conversando sobre o que era necessário. 

[...]

— Olhe, trouxe estes brinquedos para você. — A jovem ruiva, de pele avermelhada colocou um saco de brinquedos em frente de Aqua, que apenas olhou sem dar muita importância. Ele estava sentado em um dos sofás. Com boas maneiras, e bem portado. 

— Obrigado, mas eu não quero. — Disse ele. 

— O que posso fazer para agradá-lo? — A garota baixou a cabeça em submissão, esperando por sua ordem. 

— Nada. Eu só vou esperar o Aya sair de lá. 

— Compreendo. Então, acredito que podemos conversar para que o tempo passe mais rápido. O que acha? 

— Ah, sim. Eu gosto de conversar... Humm... — Aqua a olhou, um pouco confuso. 

— Sim vossa alteza? 

— Vossa o que? 

— Alteza. 

— Alteza?

— Sim. Vossa alteza. 

— Humm, vossa alteza... 

— Sim? 

— Eu não me chamo Vossa Alteza. Meu nome é Aqua. — Aqua a olhou, como se conseguisse achar uma solução do problema. Em seguida ele lhe deu um sorriso. — E você qual o seu nome? 

— Mari. Vossa Alteza. 

— Entendi... Então Vossa Alteza é o seu nome. — Aqua parecia estar aliviado. Como se resolvesse um grande enigma. A garota o olhou e por pouco não deu uma alta risada. Conseguiu conter-se. Mas, não foi despercebida pelo pequeno que logo já ficou curioso sobre o que tanto era graça para ela.

— Hey o que foi?! — Ele indagou. 

— Perdoe-me... — Ela deu um grande suspiro para finalmente conseguir controle. 

— Tudo bem... Mari Vossa Alteza, posso te perguntar algo? 

— Claro Vos- — Ela quase o chamou novamente por Vossa Alteza, mas percebeu que se o fizesse, com certeza Aqua ficaria confuso  novamente então apenas decidiu chamá-lo por seu nome. — Aqua. O que deseja perguntar? 

— Qual ser você é? Eu não conheço todos... e eu nunca vi alguém como você... 

— Eu sou... uma estrela do mar. — A moça ruborizou. Durante toda sua existência, ser uma estrela do mar sempre lhe trouxe vergonha. Pois neste mundo, um ser como ela é basicamente inutil pois suas características não lhe ajudam em nada. E ainda lhe dão esta aparência diferenciada. 

— Legal. Você é a unica pessoa que vi assim. Deve ser legal, ser único. Eu sou um gato. Mas o Aya disse que eu sou um gato muito fraco por isso não tenho características... Eu queria ter. E ah, você não está cansada? — Ela mantinha-se de pé, mas com a pergunta do menor ela sentou-se ao lado dele. E ambos continuaram a conversar sobre diversas coisas. O tempo realmente foi passando mais rápido depois que eles começaram a conversar. 

[...]

Sydra chega em casa. A primeira coisa que ela tem visão é de um filhote o tagarela com uma de suas empregadas. Ela se aproxima e o encara. Ele retorna o olhar. 

— Rainha Sydra. Seja bem vinda de volta. — Mari se levantou, já encurvando-se de sua raínha que a ignorou e continuou a olhar o filhote em sua frente. O silêncio tomou conta do ambiente até que uma risada alta de Umi quebrou e tirou a atenção que Sydra tinha em Aqua. 

Ela deu as costas assim que jogou seus grandes cabelos esverdeados para trás. E então foi até a sala em que seu irmão estava. 

— Umi, o que é aquela coisa? — Ela já perguntava. Mesmo antes de ter entrado completamente e fechado a porta. 

— Oh, hey Sydra, como foi a viagem ao norte? — Umi se levantou e foi acolher a irmã cumprimentando-a com um abraço. Aya levantou-se assim que o casal se separou do carinho. 

— Bom final de tarde, Sydra. — Aya estendeu a mão. Para cumprimentá-la. Ela o encarou por alguns segundos mas logo retornou o cumprimento.

— Quanto tempo Aya. Não te vejo desde... meus 50 e poucos anos e olha que agora tenho 223. — Ela riu. Mas logo voltou a ter foco em seu irmão que observava a cena. — E aquela coisa... ? 

— Ah sim, é o Aqua. Ele é um filhote de humano que o Aya está tomando conta. Só que o Aqua não sabe que é um humano então fique quieta sobre isto... — Ao ouvir esta frase, Sydra arregalou os olhos em surpresa. Como se não acreditasse no que ouvia e visse.—  E também como ele é filhote não tem uma identificação então Aya pediu nossa ajuda. Contatei os magos, eles darão jeito mas levará alguns dias, até lá eles ficarão conosco. 

Umi deu uma explicação breve e então foi até Mari que ainda estava entretendo Aqua.  Para ela ele informou que o jantar já poderia ser preparado e que haveriam mais dois para a mesa. Sydra foi até Aqua, sentando ao lado dele e o observando ainda mais de perto. De repente ela o tocou na bochecha. Aqua assustou-se com o toque repentino e então olhou para ao redor até que viu que Aya olhava um dos quadros que tinha na sala. Aqua decidiu ignorar a presença de Sydra, e então levantou-se afim de ir até Aya mas assim que ele levantou Sydra o segurou pelo pulso o impedindo de ir e deixando o filhote ainda mais recuado e nervoso. Aqua então decidiu forçar o corpo puxando o braço com força para tentar se soltar. Esta atitude talvez tenha quebrado o transe em que a jovem marinha estava. Que ao perceber, o soltou. Imediatamente Aqua se aproximou de Aya, abraçando-o pela frente e escondendo o rosto em seu corpo. 

— O que foi Aqua? — Aya não entendia nada do que estava acontecendo. A abordagem de Aqua foi muito repentina. 

— N-nada... Saudade. — Por alguma razão, Aqua mentiu. Não completamente. Mas, mentiu. Abraçando Aya ainda mais forte. 

— Desculpe. Eu que causei isto. — Sydra pronunciou-se. — É a primeira vez que vejo um... gato. Fiquei curiosa e o encarei de mais. — Sydra olhou para Aqua novamente, mas viu que não teria retorno ou algo parecido já que ele se mantinha escondido na proteção de Aya que ao ouvir a explicação apenas concordou positivamente com a cabeça. A jovem rainha então deu as costas. Saindo dali.  Indo para seu quarto. 

[...] 

Passou-se um tempo. O jantar estava pronto. Todos já estavam postos na mesa. Menos Sydra que ainda estava em seu quarto. Umi decidiu ir chamá-la. 

— Sydra, a comida está pronta. — Ele abriu a porta e deu uma olhada na irmã que arrumava algumas bagunças. — Por que você estava com um espelho mágico? — Ele observou e indagou. 

— Não é da sua conta. Eu estava conversando com um amigo. 

— Namoradinho novo? — Umi a provocou, riu e logo saiu. Pois no fundo para ele sua irmã não era do tipo de ter muitos namorados. Sydra apenas aceitou a provocação, terminou de guardar suas coisas e foi jantar. 

Depois da refeição. Como já estava de noite, cada um foi para seu respectivo quarto. Mais um dia havia se passado. Aya e Aqua agora só precisavam esperar mais alguns poucos dias para a identificação de Aqua. Para finalmente então, partirem para Yama. 

 

 

 

 


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