SuperGrimm – Uma Caçada Wesen escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 16
Final




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Os faróis fortes do carro de Adalind irrompem pela janela frontal da casa envolta pela madrugada silenciosa, espalhando dois rastros de luz pela sala da família Johnson. É o suficiente para Nick abrir a porta e encontrá-la ainda saindo do veículo em frente à residência.

— Obrigado por vir tão rápido — ele diz, colocando a mão na cintura da esposa e dando um leve beijo em seus lábios.

— Você disse que era urgente, então eu vim direto para cá. — Com um gesto de cabeça, a Hexenbiest mostra Diana dormindo no banco traseiro, ao lado do irmão também adormecido numa cadeirinha especial para bebês. — Não deu para deixá-los com Monroe e Rosalee, iria desviar muito do caminho e está muito tarde.

O coração do Grimm se aperta ao ver as duas crianças ali. Ele pode imaginar Adalind tirando os filhos da cama no meio da madrugada após seu telefonema e dirigindo até o outro lado de Portland para ajudá-lo sem pestanejar. Nick se sente muito agradecido e culpado ao mesmo tempo. Num instante, abre a porta traseira do veículo e acomoda Diana nos braços.

— Castiel pode dar uma olhada neles enquanto conversamos.

Um tanto confusa, Adalind repete o nome ouvido:

— Castiel? — E depois de buscá-lo nas memórias recentes, indaga para confirmar: — O anjo que você falou?

— Ele mesmo.

Enquanto solta a cadeirinha de Kelly com cuidado para não acordá-lo, a Hexenbiest comenta baixinho:

— Eu ainda não acredito que anjos realmente existam. Isso é tão... maluco.

— Nem me fala, foi um choque para mim também.

— Imagino que foi mesmo, já que no susto você atirou contra o coitado.

Uma risada leve escapa da garganta de Nick ao relembrar o momento em que Castiel apareceu em Portland, materializando-se sem qualquer anúncio ou cerimônia no meio da Loja de Especiarias só porque Dean Winchester mencionou seu nome por alto.

— Ainda bem que anjos são à prova de balas — Nick argumenta em tom divertido, enquanto caminha ao lado de Adalind rumo à varanda da residência.

[...]

Logo eles entram na casa e, de pronto, Margareth ajeita as almofadas no sofá para Nick deitar a enteada. Kelly permanece na cadeirinha reclinada, que o mantém numa posição confortável, e assim é acomodado na extremidade oposta do estofado.

— Obrigada — a Hexenbiest diz à anfitriã, estendendo a mão num cumprimento. — Eu sou Adalind.

— Margareth — a outra responde, apertando a mão da loira por um instante, identificando-se com ela de cara por conta da maternidade em comum.

Alguns passos atrás, Dean se pronuncia:

— Então você é a famosa Adalind?

Ao ouvir isso, esta se vira na direção dele e de Sam, questionando intrigada:

— Famosa? Eu?

Com um leve sorriso, Nick decide fazer as devidas apresentações:

— Adalind, esses são Dean e Sam Winchester, os irmãos caçadores que eu mencionei ontem. Eu falei de você para os dois também.

— Como vai? — Sam cumprimenta a esposa do Grimm.

— Fora o sono, muito bem. Prazer em conhecê-los — ela diz de um jeito simpático, apertando a mão dele e depois a de Dean. Ao sentir o olhar deste último muito compenetrado no seu rosto, como se esperasse uma surpresa a qualquer momento, Adalind observa Nick de esguelha e deduz o motivo: — Você contou o que eu sou, não foi?

O Grimm aquiesce, enquanto Dean comenta de maneira retórica:

— Hexenbiest, certo?

Antes que Adalind diga qualquer coisa, Margareth é tomada por um sobressalto com a revelação e recua alguns passos. Visivelmente assustada, porque esse tipo de Wesen tem uma fama muito ruim entre os próprios Wesens, ela exclama:

— Hexenbiest?!

Adalind está prestes a dizer o óbvio, que não é sua inimiga, que veio ali para ajudar, que há muito tempo não é mais como as Hexenbiests costumam ser. Entretanto, Dean se antecipa e tenta acalmar a dona da casa de um jeito irreverente:

— Relaxa, madame. Ela é uma Hexenbiest, casada com o Grimm, eu e meu irmão somos caçadores, você e seus garotos são Bodecórnios Abaths, Castiel é um anjo e, ainda assim...

Um farfalhar de asas se espalha pela sala e movimenta os cabelos das pessoas reunidas ali. A imagem do homem de sobretudo que surgiu do nada assusta as duas mulheres presentes, levando-as a um woge que somente Nick consegue enxergar pelos breves segundos de duração.

— Chamou, Dean? — o anjo pergunta, do lado do Winchester mais velho, a poucos centímetros do rosto que ganha um rubor imediato.

Permitindo-se rir um pouco do irmão e da devoção de Castiel a ele, Sam toma a palavra e resume a situação para Margareth:

— O que Dean está tentando dizer é que, apesar das diferenças, nós estamos do mesmo lado aqui. O foco é ajudar Ted.

Devagar, ainda avaliando cada pessoa presente em sua sala, especialmente Adalind, e também o que Sam disse, ela concorda com um meneio tímido de cabeça. Depois, volta-se para o anjo e questiona:

— William?

Castiel sorri de leve.

— Ainda na cozinha, no segundo cheeseburger. E me pediu um milk shake de sobremesa também. Ele está mais calmo. — O anjo faz uma pausa, absorto por uma ideia que ganha forma em sua mente. — Se preferir, eu posso apagar uma parte da memória dele depois, para que não se lembre que o irmão...

— Eu quero! — Margareth aceita a oferta de imediato, impressionada com o poder do anjo e animada com a chance de proteger o filho de toda a confusão vivida ali. — Seria maravilhoso, Castiel, obrigada. Ted jamais machucaria William ou Jacob se tivesse controle de suas ações, eu tenho certeza. Ele amava o pai demais e William é como um herói para ele. Se puder fazer com que Ted também esqueça do... monstro que viu quando o pai morreu, eu ficaria muito agradecida. Só quero que meus filhos tenham uma vida normal, sigam em frente sem traumas e unidos como sempre foram.

O anjo assente em concordância sob os olhares orgulhosos de Sam e Dean. Nick também observa o anjo com especial atenção, feliz por tê-lo conhecido e convencido de que é melhor mesmo que os meninos não carreguem as lembranças traumáticas dos últimos dias. Ted não precisa saber que matou o pai por acidente, e William certamente prefere esquecer que a criatura é o seu próprio irmão e que também tentou atacá-lo essa noite. São apenas crianças no fim das contas, precisam ser protegidas nem que seja delas mesmas.

— Você deve ser Adalind — o anjo deduz, olhando para a loira ao lado do Grimm.

Ainda meio espantada, a Hexenbiest solta um riso nervoso e replica:

— E você é Castiel, o anjo do Senhor, claro. Eu nunca pensei que um dia conheceria um de vocês. Bom, para ser franca, eu nem acreditava na existência de anjos. Sem ofensa. Não acreditava antes, obviamente. Agora acredito. É um honra.

Adalind opta por parar de falar, pois sente que está tagarelando e tem medo de cometer alguma gafe.

Achando graça, Nick a salva do silêncio que se instala fazendo um gesto de mão para indicar Diana e Kelly dormindo no sofá. Então ele pede meio sem jeito ao anjo:

— Castiel, sem querer abusar, você poderia ficar de olho nos nossos filhos?

A entidade celestial olha para as duas crianças. Por muito tempo. Um sorriso muito discreto se desenha em seu semblante. A sensação positiva, que ele captou ao ver o local onde Kelly e Diana dormiam na casa de Nick e Adalind, ressurge com força total agora que eles estão a poucos passos de distância.

— São realmente muito especiais — Castiel afirma porque sente o quanto são mesmo. — Sem dúvida, farão muito bem pelo mundo no futuro.

Numa reação instintiva, Nick passa um braço em volta de Adalind, lança um olhar para Kelly e Diana que reúne orgulho e carinho, e então ressalva:

— Eles já fazem muito bem pelo nosso mundo agora.

A Hexenbiest sente o coração aquecido pelas palavras de Nick e percebe, mais uma vez, o quanto ama o seu Grimm.

[...]

A pedido de Nick, Adalind trouxe os três livros de feitiços que pertenceram a sua mãe — alguém que, com certeza, fazia jus a fama de bruxa maquiavélica —, além do caldeirão de ferro para o preparo de poções especiais.

No escritório que pertenceu a Jacob, ela, Nick, Sam e Dean folheiam cada página em busca de ajuda para Ted Johnson madrugada adentro. Até que, por volta das duas e meia, Adalind enfim solta um suspiro de alívio enquanto percorre com a ponta do dedo o título de um dos feitiços: Poção Supressora para Abath.

Às pressas, ela faz uma lista dos ingredientes. A maioria deles pode ser encontrada na Loja de Especiarias, mas, para não perder tempo, fica determinado que Castiel irá buscar os itens e, para isso, deverá acordar Rosalee e a levar junto. A velocidade do anjo em se locomover de um lugar para o outro e o conhecimento da Fuchsbau sobre a localização de cada ingrediente nas prateleiras são coisas de suma importância no momento pois, demonstrando uma recuperação mais rápida do que o previsto, Ted está começando a despertar e todos temem que tenha um novo descontrole.

Margareth, que havia subido para o quarto e ficado à cabeceira do menino, tem descido cada vez com mais frequência para o escritório e alegado, muito preocupada, que o filho parece prestes a acordar de um sono muito agitado. Nem mesmo o toque celestial de Castiel foi capaz de fazê-lo relaxar e mergulhar num sono mais profundo, indicando que a natureza Abath é extremamente resistente e perigosa, está ganhando força a cada instante.

Como mãe, Margareth não quer mais disparos da arma Grimm contra o ombro do menino, por ter ficado impressionada demais quando ele perdeu os sentidos ao ser alvejado pela primeira vez. Também tem medo de efeitos colaterais porque o menino já recebeu duas doses que seriam aplicadas em um Abath adulto!

Sendo assim, Castiel se materializa no quarto de Rosalee e Monroe nesse momento e os desperta com um quase mecânico:

— Olá.

Entre sobressaltos, gritos e alguns bocejos dos dois, o anjo resume a situação do jeito mais prático que consegue e leva o casal ainda zonzo e de pijamas para a loja. Monroe fez questão de acompanhar e ajudar a esposa na empreitada noturna. Logo, eles separam com precisão cada item e os entregam ao anjo de sobretudo num tipo de cesta.

Castiel pretendia levá-los de volta para casa e até ajudá-los a dormir de imediato quando chegassem lá como um pedido de desculpas, porém, solidários com toda a situação, Monroe e Rosalee pedem para ir com ele para a casa dos Johnson. Mesmo de pijamas e meio desgrenhados.

Nick gosta de ver os amigos ali. E Adalind talvez tivesse sorrido para o casal de amigos se não estivesse tão preocupada com um item do feitiço que ainda não entende direito.

Sangue de dois renascidos — ela lê pela milésima vez, mas apenas agora em voz alta. — Eu não tenho ideia do que isso quer dizer. Dois renascidos.  Como se eu conhecesse pelo menos um! Isso é ridículo...

Nick pensa por algum tempo, até que tem uma sensação de epifania e olha para Sam e Dean Winchester no exato instante em que os caçadores encaram o Grimm de volta.

— Só pode ser brincadeira — Sam reflete, intrigado com a coincidência do destino.

Confusa, Adalind olha de um irmão para o outro e por fim indaga:

— Como assim?

Dean retira uma faca de prata do cós da calça e se aproxima do caldeirão, no qual os demais ingredientes já borbulham. Antes de fazer um corte na palma, ele anuncia de um jeito divertido:

— Renascido número 1 se apresentando, Elvira.

Adalind franze o cenho diante do apelido inusitado, mas no fundo acha graça.

Quando chega a vez de Sam contribuir com o feitiço, sangrando no caldeirão também, ele dá de ombros e, como se não fosse nada de mais, resume:

— Dean e eu já morremos e voltamos algumas vezes. Parece que o Nick esqueceu de te contar essa parte.

O detetive encolhe os ombros e se justifica:

— Você ia achar que eu tinha ficado maluco. Já pensou isso quando eu falei do anjo, admita.

Por mais que já tenha visto e vivido situações extremamente estranhas como Hexenbiest, Adalind demora a assimilar a nova informação. No fim, prefere não fazer qualquer pergunta e apenas mantém a mente aberta.

Concentrada no seu papel, ela mexe os ingredientes num ritmo lento e constante, enquanto sua face Wesen surge como parte da etapa final. Sam e Dean ficam impressionados com a imagem, mas também mantêm a mente aberta. Adalind pode parecer uma bruxa de histórias infantis agora, mas eles sabem que está empenhada em ajudar justamente uma criança a ter uma vida melhor e feliz.

Os irmãos só podem concluir que nada é tão simples. Nem somente preto no branco. Quando o sobrenatural ou o mundo Wesen estão envolvidos é preciso olhar com atenção e entender que, às vezes, um monstro não é um monstro de verdade.

No caldeirão, a mistura atinge a cor alaranjada descrita com exatidão no livro. E então Adalind sabe que a poção está pronta e que os ingredientes adicionais serviram muito bem ao propósito.

A poção mágica é dada por Margareth ao filho mais novo, bem no instante em que o menino desperta de vez, agitado e um tanto violento. Um segundo mais tarde, e talvez Ted não conseguisse controlar a natureza Abath e atacasse a mãe também.

Mas, graças ao trabalho conjunto de pessoas tão diferentes, pessoas que não imaginavam que fossem se cruzar um dia e aprender que o mundo é muito mais estranho do que supunham, isso não aconteceu.

Depois de sorver o último gole, Ted volta a dormir. Desta vez, um sono tranquilo e inocente. A poção terá duração de cinco anos, podendo ser refeita caso necessário. Margareth espera que não seja e promete a si mesma preparar o filho para o futuro.

Lá fora, no céu, uma nuvem encobre a Lua nova.

Horas depois...

Pela manhã, no quintal da família Johnson, Ted constrói memórias mais felizes ao lado do irmão William e da mãe. Nenhum dos meninos se lembra de nada relacionado ao tal monstro porque Castiel agiu como o prometido e fez os dois meninos esquecerem o que não precisam saber.

Diana se junta à brincadeira de pega-pega, enquanto Kelly engatinha e ensaia os primeiros passos perto do balanço que fica sob uma árvore. Adalind o acompanha de perto, com um olhar atento e afetuoso.

Um pouco mais distante da cena, Monroe e Rosalee se abraçam de lado, felizes por tudo ter acabado bem para aquela família e sonhando com o próprio futuro ao lado dos trigêmeos. Eles sabem que não será fácil quando as crianças descobrirem a identidade Wesen, mas darão o melhor de si para que isso não os defina como pessoas. Os trigêmeos serão amados, protegidos e preparados para a vida da melhor maneira que os futuros papais conseguirem. E uma coisa é certa, Monroe e Rosalee serão excelentes nessa tarefa.

Enquanto também assistem às crianças brincando, Sam e Dean recordam a própria infância. Não foi uma fase fácil depois que a mãe deles foi morta pelo demônio de olhos amarelos, mas o pai, John Winchester, fez o melhor que pôde. E, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo caminho enquanto cresciam, os irmãos guardam os momentos fraternais com carinho em suas memórias.

Sem trocarem uma palavra — porque simplesmente não é preciso —, Sam e Dean se entreolham por um instante significativo. Um mesmo pensamento rondando suas mentes agora: é muito bom terem um ao outro.

Dean volta a observar as crianças, reflete sobre todas as nuances da caçada Wesen na qual se envolveu e sobre o papel de Nick Burkhardt em meio a esse mundo que, até pouquíssimo tempo, ele desconhecia. Então, olha de soslaio para o Grimm do lado de Sam e admite:

— Você tem feito um bom trabalho em Portland.

Aceitando o elogio com modéstia, Nick replica em tom de brincadeira:

— Nossa, muito obrigado. É uma honra ouvir algo assim do FBI.

Dean ri um pouco, e Sam esboça um sorriso. Ao lado do mais velho, Castiel sente o clima de despedida pairando no ar. Ele sente que, de alguma forma, esse caso os marcou e semeou algo recíproco entre os irmãos e o Grimm. Uma relação conflitante no começo, mas muito verdadeira no final. Amizade é como se chama.

— Sangue de dois renascidos — o detetive diz, depois de um longo silêncio. — Eu não teria conseguido sem vocês. Ted Johnson não teria conseguido. Vocês salvaram essa família.

Sem qualquer modéstia, Dean concorda na lata:

— Ah, isso é verdade.

E Sam, embora satisfeito com o reconhecimento, acha importante destacar:

— Não teríamos conseguido sem um Grimm. E uma Hexenbiest.

Castiel pigarreia ao lado dele, e Dean emenda:

— Nem sem o anjo do Senhor aqui.

Nick sorri antes de resumir:

— Tudo bem, nós fizemos um bom trabalho.

E três vozes em uníssono concordam de imediato:

— Fizemos.

Quando os leves risos cessam, Nick muda de assunto e lança um convite no ar:

— Vocês sairão correndo de Portland ou vão ficar pelo menos até essa noite? Estou pensando se não gostariam de jantar comigo, Adalind e alguns amigos mais tarde.

Sem pestanejar, Dean responde:

— Eu nunca recuso comida de graça, Burkhardt.

— Chocado — Nick se limita a provocar com sarcasmo. Depois, lança um olhar para Sam e avisa: — Juliette estará lá.

Antes que o caçador possa assimilar a aceleração súbita em seu pulso, Dean solta uma risada nada discreta, dá um tapinha no ombro do mais novo e diz:

— Então o Sammy vai, com certeza. Sem chance dele perder uma oportunidade dessas.

Entredentes, Sammy pragueja:

— Idiota.

E, como de praxe, o outro paga na mesma moeda:

— Babaca.

Após um momento de silêncio, Castiel dá a sua resposta:

— Como anjo, eu não preciso me alimentar ou beber, mas irei pelas companhias.

E isso é o bastante para que Sam revide a provocação indiscreta que o irmão fez antes...

— Pela companhia do Dean, você quer dizer.

Um rubor surge no rosto do mais velho e, sem pensar, ele arranca um gemido de dor do caçula ao dar um tapa certeiro na nuca dele.

— Cala a boca, Sammy.

Nick ri da cena, enquanto Castiel sente o peito se aquecer de um jeito inevitável.

À noite...

Difícil acreditar que caberia tantas pessoas na caseza de Nick e Adalind, e que todos ficariam tão confortáveis. Mas é exatamente o que está acontecendo agora, enquanto se servem do jantar, bebem e conversam em meio a um clima muito agradável de descontração.

Sentados à mesa retangular, além dos anfitriões, dos Winchesters e de Castiel, estão presentes Monroe e Rosalee, Hank e Wu, Juliette. E as crianças, Diana e Kelly, como não poderia deixar de ser.

Passado o perigo e com o caso Abath Bodecórnio ou Bodecórnio Abath solucionado, eles celebram o momento de tranquilidade, o dever cumprido, as velhas e as novas amizades, o dia atribulado que, para sorte de todos, terminou bem.

Quando as crianças pegam no sono em algum momento depois da sobremesa, Dean simplesmente repete a torta mais três vezes. Sam teria o recriminado, se não estivesse tão atraído por Juliette ao seu lado.

O caçador arrisca segurar a mão dela embaixo da mesa. E Juliette retribui o gesto, segurando a dele de volta com o mesmo calor. Eles se olham sem dizer nada. Às vezes, palavras são desnecessárias.

Juliette sabe que Sam irá embora muito em breve. Ele sabe que, infelizmente, terá de deixá-la para trás. A vida é muito complicada. No entanto, os dois não se importam com nada disso nesse momento, nem cobram nada um do outro, decididos a aproveitarem o tempo que tiverem juntos e fazê-lo inesquecível enquanto durar. E se nenhum deles conseguir tirar o outro da cabeça com o tempo, como certamente não conseguirão, talvez o futuro reserve reencontros inesquecíveis também.

Noite adentro, todos ali refletem sobre a caçada Wesen enfrentada e compartilham mais histórias. Histórias sobrenaturais e do mundo de um Grimm. Histórias tão malucas e marcantes quanto esta que acabaram de viver. 

FIM


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