Bem Vindo a Castelo Bruxo escrita por Leo Fi


Capítulo 11
Vanessa




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Vanessa não convivia tanto com os trouxas, por isso não tinha ideia se aquele padrão de comportamento deles ao descobrir o mundo mágico era comum a todas as famílias. Se perguntou se seus outros colegas responsáveis pela mesma tarefa estavam tendo os mesmos problemas. Na casa de Letícia ela teve a impressão de que a mãe da menina iria avançar nela depois de te-la acusado de ser amante do marido e fazer pegadinhas idiotas. Esperava que a ultima casa fosse diferente. Quando apareceu na porta do apartamento do menino Bernardo, o próprio exclamou.

— Essa moça não é minha professora.

E logo a mãe perguntou desconfiada. 

— Como assim quem é você? Vou fazer uma reclamação do seu Jurandir pro sindico, alias por que ele deixou você subir? Ele não conhece os professores do Bernardo.

Vanessa poderia explicar que confundiu o porteiro usando um feitiço mas preferiu esconder esse fato por enquanto. Decidiu ir por outra abordagem.

— Eu sou professora como disse, mas não de Bernardo, pelo menos ainda. Vim oferecer uma vaga para ele em minha escola. Ele tem uma vaga desde que nasceu.

A mulher olhou incrédula para Vanessa.

— Uma vaga, na sua escola? E quem inscreveu ele? Não fui eu e que escola é? Foi.. foi o pai dele?

Perguntou espantada.

— Se a senhora me permitir entrar eu explico tudo com calma.

Amélia deu passagem para a moça.

— Você disse que se chama Vanessa? Me chamo Amélia, sente-se por favor.

Amélia olhou para o filho que parecia não entender nada.

— Para de olhar com essa cara de paspalho e traga um café pra a gente!

— O que eu tenho pra contar preferiria que Bernardo estivesse presente.

— Ah não se preocupe, não vai demorar.

Não deu outra ele estava de volta carregando duas xícaras presas ao dedo e uma jarra de vidro, que Vanessa reconheceu ser de uma cafeteira. Bernardo serviu a mãe e Vanessa e voltou pra cozinha trazendo uma caixa de sucrilhos que ficou comendo puro. Vanessa não se incomodou com o barulho de crek crek, pois o rapaz naturalmente estava comendo de nervoso.

— Bom, como eu disse, me chamo Vanessa Pereira e vim oferecer uma vaga que seu filho tem por direito na minha escola.

Retirou da bolsa um envelope de papel amarelado e entregou à Bernardo.

— Bem Vindo á Escola de Magia Castelo-Buxo, ahn?

Disse sem entender. Amélia tomou a primeira folha retirada do envelope, mãos de seu filho e leu, retirou a segunda folhasde que também leu. Seu rosto, pálido, começou a ficar vermelho. Se virou agressivamente para Vanessa.

— Isso é alguma piada? Quem é você e o que quer com meu filho? Vou chamar a polícia!

Amelia se levantou e foi até o tetefone. Quando segurou o fone ele escorregou de sua mão como se fosse um sabonete molhado.

— Mas o que?

Disse tentando pegar o fone que escorregava de sua mão.

— Como você fez isso?

Perguntou Bernardo olhando para a varinha na mão de Vanessa. Amelia tambpem reparou e olhou espantada.

— Por favor Dona Amélia, se a senhora se acalmar eu posso explicar tudo.

Disse Vanessa e apontou para a xícara que se transformou num porquinho da índia. Amelia iria cair no chão se não fosse por Bernardo te-la segurado e a colocado no sofá a seu lado. Ele fez menção de se afastar paraa pegar água com açucar na cozinha, mas sua mãe o segurou indicando que não queria ficar ali sozinha com Vanessa.

— Como vocês puderam ver, isso foi uma demonstração de magia. Existem bruxos pelo mundo todo inclusive aqui no Brasil, temos nosso proprio sistema de governo e nossa existencia é um segredo que não pode ser revelado jamais, pois somo protegidos por rigorosas leis. Como eu disse seu filho tem uma vaga na Escola de Magia Castelo-Bruxo desde que nasceu onde se ele quiser entrar vai aprender a controlar seus dons mágicos.

— Mas como assim? Eu não tenho poderes! Nunca fiz nada parecido, com…

Disse para o porquinho da índia, que mordiscava o sucrilhos caido no chão. Vanessa sorriu.

— Tem certeza? Digo, você nunca fez nada de diferente ou que não tivesse uma explicação.

— Eu... eu...

— Os animais sempre gostaram de Bernardo.

Disse Amelia surpreendendo os dois.

— Não só isso, perto de meu filho os animais tem um comportamento muito diferente perto dele, que não condiz com o comportamento usual dos animais.

— Ahn? Mãe! Como assim?

— Meu filho você talvez não lembra, mas uma vez eu lhe levei ao zoológico quando eu fazia a residência e uma das estagiárias sem querer trocou o sedativo por um remédio que despertou o chipanzé. O bicho ficou louco e começou a destruir a enfermaria, ele conseguiu escapar e avançou pra você mas quando chegou perto ele ficou mais manso e dócil.

— Você disse que eu sempre tive jeito com animais!

Disse Bernardo com um quê de acusação na voz.

— Você tem, mas eu nunca consegui explicar. O que a maioria das pessoas que se dizem encantadores de animais só são assim por muita paciência e treino, você no caso nunca fez o menor esforço pra lidar com qualquer animal.

Amelia olhou para Vanessa, séria.

— Essa... escola é segura? Ele vai aprender essas coisas? Eu sempre o vi como futuro veterinário, quer dizer.

Vanessa sorriu para Bernardo.

— Não sei quanto a veterinário, mas a escola é tão segura quanto qualquer outra e ele vai aprender a lidar com animais mágicos e muito mais, claro, se ele aceitar.


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