Mystic Falls, Grill

Damon e Stefan levaram Henry para beber algumas bebidas sem álcool desde que ele ainda tinha 17 anos. Eles se divertiram muito, mas Henry manteve-se em silêncio. Ele só falou se alguém chamou seu nome. Ele apenas bebeu sua coca silenciosamente olhando para o chão.

"Conte-nos sobre você, garoto." Damon disse para o adolescente tímido.

Henry não esperava que Damon falasse com ele, ficou com medo e pulou da cadeira.

"Cara, acalme-se, não vamos machucar você." Damon respondeu.

"Desculpe, eu não estava esperando por isso ... Bem, eu sou Henry Benoit ... eu tenho 17 anos e Hope é minha melhor amiga." O adolescente de cabelos vermelhos respondeu enquanto bebia mais de sua coca.

"Você mal fala e quando você fala é apenas sobre Hope. Fale um pouco sobre você. Tente não mencionar Hope." Stefan encorajou o adolescente extremamente tímido.

"Bem ... quando eu tinha 8 anos, minha família foi abatida. Apenas minha irmã e eu sobrevivemos, mas ela me deixou para trás para procurar sua vingança estúpida. Eu não tinha onde morar, estava com fome e sujo ... Eu lembro que era um dia chuvoso e eu não comi nada durante um dia inteiro, mas de repente um homem elegante me perguntou o que eu estava fazendo no meio da chuva”. Henry explicou-os.

"Quem era aquele homem?" Stefan perguntou curioso.

"E-ele bem ... eu não sei o nome dele ... Ele me levou para o seu quarto de hotel e me alimentou. Ele fez muitas perguntas. Ele me ensinou a tocar piano. Ele me disse que tinha uma sobrinha que estava perto da minha idade. Também por alguma razão ele sabia que eu era um lobisomem ... Então ele me trouxe para o internato Salvatore ... E bem, eu vivi lá desde então. Eu nunca mais o vi de novo." Henry termina sua explicação.

"Você disse que tinha uma irmã, qual é o nome dela?" Stefan perguntou.

"Hayley ..." O adolescente sussurrou.

"Sua vida é uma droga, mas agora você está feliz. Certo?" Damon disse mais uma vez.

"A maioria dos meus colegas me intimida todos os dias, eles me insultam, me socam ... Eu nem sei por que, mas eles me odiavam desde que me conhecem. Eles me chamam de perdedor, lobo órfão ou lobo solitário." Henry respondeu.

"Há algo de bom em sua vida?" Damon perguntou chocado.

"Sim, Hope". Henry respondeu novamente.

"Oh sim, meu pequeno carrozinho ..."

"Ela fez isso porque você continuou a chamando de bebê Klaussette." O adolescente explicou.

"Você a convidou para sair?" O Salvatore de olhos azuis perguntou.

"O quê? NÃO! Eu não gosto dela desse jeito." O jovem híbrido corou.

"Sério? Crianças hoje em dia não sabem flertar."

"Deixe-o em paz." Stefan avisou. Henry acabou de virar menos de um dia atrás; a menor provocação poderia ser fatal. 

"Vamos, Stefan, estamos apenas nos divertindo. Certo garoto?" Damon colocou o braço em volta do ombro do adolescente, que imediatamente tentou afastá-lo.

"Não, nós não somos. Podemos apenas voltar?" Henry perguntou a Stefan.

"Não até as garotas nos chamarem."

"Tenho certeza de que eles estão tentando dar uma palestra para Hope sobre todas as coisas fodidas que ela fez ao longo do ano. Essa é uma lista muito longa, garoto."

Henry se sentia responsável, se ele não implorasse pelo sangue de sua melhor amiga, ela não estaria com o problema que estava. Hope era a razão pela qual ele acordava todos os dias, ela era a única coisa boa em sua vida. Ela prometeu a ele que eles sempre estariam juntos como uma família sempre e para sempre. Quando ele não tinha ninguém, ela estava lá. Ela estava sempre lá para ele. Agora, ele arruinou a única chance que ela teve de ver seu pai. Henry se sentiu inútil mais uma vez. Além disso, sua fome estava aumentando rapidamente, já que ele se tornara um híbrido, a fome era quase impossível de controlar, se não fosse por Hope que o mandava, não matar ninguém, ele não tinha certeza se poderia se ajudar.

"Eu falhei com ela ... Isso é tudo culpa minha!" O adolescente sussurrou escondendo o rosto nas mãos.

Os irmãos Salvatore compartilharam um olhar preocupado. Se Henry perdesse o controle dentro do Grill, ele poderia matar várias pessoas da sala. Stefan sabia que a melhor maneira de controlar a raiva adolescente híbrida era distraí-lo. Eles também tiveram que sair o mais rápido possível.

"Hope disse que você gosta de poesia, quem é seu autor favorito?" Stefan perguntou.

"EE Cummings". O híbrido respondeu.

"Ele era um cara decente." Damon disse.

"Você o conhecia?" Henry perguntou chocado.

"Eu conto tudo sobre ele quando estivermos fora." Damon assegurou o adolescente.

"Mas você disse que eles ainda estavam falando com Hope ..." O adolescente disse.

"Nós saímos não para minha casa. Vamos lá, garoto."

Uma vez fora, eles caminharam pela cidade em completo silêncio. Estava escuro e ventoso, não havia alma na rua. O jovem híbrido adorava o fato de não haver ninguém por perto. Isso significava que ninguém seria mau para ele, também ele poderia controlar a fome que o estava comendo por dentro.

"Que diabos? Você não deveria estar morto? Lizzie disse que viu você pulando da biblioteca memorial." Um adolescente bêbado respondeu.

"Vamos Henry." Stefan puxou o adolescente tímido para ele. Mas o atleta bêbado bloqueou o caminho deles.

"Como você pode ver, eu estou vivo. Agora nos deixe em paz, John." Henry educadamente respondeu.

"Sempre tão educado. Todos nós odiamos você, órfão desprezível. Por que você simplesmente não morre? Melhor, e se eu te matar. Ninguém sentiria sua falta de qualquer maneira." John, um dos valentões de Henry, cuspiu.

"Afaste-se garoto." Damon avisou.

"Ou o quê? Eu sou um vampiro, seu idiota." O valentão loiro sorriu.

"Continue me incomodando e vamos descobrir." Damon caminhou em direção ao valentão.

"Onde está Hope? Eu não entendo o que ela vê em você. Uma vez que ela se canse de você, um órfão estúpido eu a farei minha. Essa vadiazinha será minha." O valentão riu como um maníaco.

Sem piscar, Henry socou o atleta na mandíbula. Que imediatamente revidou. Henry era um híbrido enquanto John era um vampiro recém-convertido. O jovem adolescente de cabelos vermelhos estava ganhando a batalha e deixou o valentão no chão gritando de dor, mas ele não se importava, ele não parava de socá-lo, ele não conseguia parar. Ele insultou Hope e ele teve que pagar por isso.

"Hey Henry deixou ele ir." Damon agarrou Henry pelos ombros, empurrando-o para longe do atleta vampiro.

"NÃO!" O jovem híbrido perdeu completamente o controle, ele tentou atacar John novamente, mas Stefan e Damon bloquearam seu caminho.

"Henry, pare com isso, não vale a pena." Stefan disse.

"FIQUEM LONGE!" Seus olhos ficaram amarelos e suas presas saíram, ele estava pronto para atacar Stefan, mas Damon protegeu seu irmão mais novo.

O mais velho Salvatore sentiu as presas de Henry perfurando sua pele fazendo-o sangrar. Ele sentiu a dor da mordida que era insuportável. Ele estava perdendo muito sangue, suas veias estavam ficando azuladas, ele tinha certeza de que estava prestes a morrer.

Depois de quase 200 anos e inimigos intermináveis ​​que teriam pensado, ele iria morrer de uma mordida híbrida adolescente. Damon pensou sarcasticamente.

Quando ele viu o que acabou de fazer Henry ficou pálido. Ele imediatamente ajudou Damon a se levantar e foi até o carro de que precisavam para chegar em casa o mais rápido possível. "Dam-Damon D-deus, eu sinto muito, por favor, não me odeie." Henry implorou nervosamente.

"Não se preocupe, eu vou ficar bem." Ele gemeu de dor.

"Damon, tudo ficará bem. Eu vou te salvar, irmão. Eu prometo." Stefan dirigiu o carro o mais rápido que pôde para a casa de seu irmão.

(...)

Casa Gilbert-Salvatore, Mystic Falls 

Já se passaram quase duas horas desde o incidente da Hope. Agora Freya estava acariciando o cabelo encaracolado da sobrinha. Ela parecia tão tranquila quando ela estava dormindo. A bruxa Mikaelson mais velha, infelizmente, pensou.

Ela sabia o quão presa e impotente Hope se sentia. No entanto, ela temia que se Hope continuasse agindo como seu pai, ela acabaria por empurrar todo mundo para longe. E se isso acontecesse, ela seria sua queda. Mas se ela pudesse encontrar uma maneira de reunir sua família mais uma vez, Hope seria sua salvação, em vez de sua condenação.

Freya prometeu que encontraria uma forma de reuni-los de volta e, o mais importante, encontraria uma maneira de finalmente derrotar o Hollow.

A jovem bruxa se mexeu levemente de seu sono, abrindo os olhos devagar. Ela se sentou no sofá onde dormiu nas últimas duas horas. "Tia Freya me perdoe. Eu estava com raiva." Hope, infelizmente, disse.

"Venha aqui." Freya abriu os braços e abraçou a sobrinha.

"Você vale cada sacrifício que essa família já fez. Eu prometo a você que vou encontrar uma maneira de derrotar o Hollow, trazer nossa família de volta. O tempo que for necessário. Mas até lá eu estarei te ensinando. Você não pode perder controle assim novamente ". Freya beijou a testa da sobrinha.

"Estou apavorada tia Freya." Hope confessou.

"Por quê? Estamos aqui para protegê-la, para mantê-lo salva". Elena disse entrando no quarto com Bonnie.

"Está ficando pior. Eu sei que a mãe tenta me proteger, mas ..."

"Mas o que?" Bonnie perguntou.

"Eu vi isso, as cobras venenosas, a água se transformando em sangue, todas as plantas morrendo se eu entrar na sala, os sussurros. Ela está vindo para mim, mais uma vez". Hope sussurrou.

Bonnie se ajoelhou na frente de sua única sobrinha, segurando as mãos de Hope como um ato de conforto. "Hope você está salva, eu prometo a você."

"Não faça promessas que você não pode cumprir, tia Bonnie."

"Seu pai não estará perto de Elijah novamente, sua mãe vai ter certeza disso." Elena disse.

"Por quanto tempo? Eles não vão ficar separados para sempre. Temos que matar o Hollow de uma vez por todas." A menina adolescente respondeu.

"Eu vou encontrar um caminho, Hope." Freya assegurou-lhe.

Antes que Hope pudesse responder, a porta da frente se abriu. Stefan estava segurando Damon com um Henry chocado e aterrorizado seguindo atrás deles. Henry estava coberto de sangue enquanto Stefan não estava. Elena imediatamente se moveu com velocidade sobre-humana para ver o que aconteceu com seu marido.

"O que aconteceu? Damon, que mmordeu você?" Elena acariciou seu belo rosto.

"Hope, eu cometi um erro." Henry chorou.

Hope estava apavorada por não saber o que dizer ou fazer. Ela ordenou que ele não matasse ninguém, mas ela não disse nada sobre morder, o que foi seu grande erro.

"Hope, eu não queria fazer isso, por favor, me perdoe." O adolescente continuava choramingando.

"Você me mordeu não bebê Klausy. Peça desculpas a mim." Damon rosnou.

"Hope, leve Henry para o seu quarto." Seu tio disse.

"Eu - eu" O adolescente murmurou.

"Leve-o para fora agora!" Stefan gritou.

A adolescente mais jovem assentiu. Ela entrelaçou as mãos com Henry deixando o quarto imediatamente. Deixando os adultos sozinhos.

"Ele mordeu você?" Elena perguntou.

"Houve um de seus valentões e ele perdeu o controle." Stefan explicou.

"Uma mordida híbrida matará um vampiro." Bonnie sussurrou.

"Mesmo Sherlock." Damon sarcasticamente respondeu.

"Damon!" Elena repreendeu como se ele fosse uma criança.

"Chame  a loira, diga a ela que precisamos do sangue do marido dela." Damon gemeu de dor, a dor foi muito pior do que antes.

"Ela está em Paris, ela não estará aqui a tempo com o sangue de Klaus." Bonnie respondeu.

"A mordida mata um vampiro em um dia. O vôo tem quase 9 horas de duração. Eles estarão a tempo." Freya explicou discando o número de Caroline mais uma vez.

"Freya? Como está a Hope?" Caroline perguntou.

"Ela está com medo. Henry perdeu o controle e mordeu Damon. Precisamos de Klaus." Freya explicou rapidamente.

"Eu não vou ajudá-lo." Klaus disse.

"Sim você irá." Caroline ordenou.

"Vou me certificar de que Hope esteja longe enquanto você estiver aqui." Freya disse para seu irmão mais novo.

Revirando os olhos, ele respondeu antes de desligar. "Mantenha minha filha segura. Não deixe que ela chegue perto de mim. Entendido? Se algo acontecer com a minha filhinha, eu vou matar cada um de vocês. Estaremos lá em 10 horas."

"Como vamos mantê-la separada dele? Ela literalmente planejou sua fuga para Paris apenas para vê-lo novamente." Bonnie perguntou.

"Vamos pensar em algo." Stefan respondeu.