Casa Salvatore-Gilbert, Mystic Falls:

— Então... Vocês vão dizer alguma coisa? Ou vão apenas olhar para mim o tempo todo? - Hope perguntou a suas tias que estavam apenas olhando para ela.

— O tratamento silencioso só funciona se a mãe é quem faz isso. - A adolescente continuou.

— Você quer falar sobre o seu mau comportamento?- Freya começou a conversa.

— Oh, lá vamos nós. O mesmo bando de besteira tudo de novo. - Hope suspirou.

— Pelo amor de Deus, nos escute. - Elena respondeu.

— Meninas, eu amo vocês três, eu realmente amo. Mas apenas me deixem em paz. Eu prometi que não ficarei em apuros até que minha mãe volte. - Hope explicou.

— O que acontece quando Caroline voltar? Com ​​quem você venderá seu sangue da próxima vez? Qual mansão você vai tentar explodir depois?! - Freya assobiou furiosamente.

— Foi uma hora ruim, ok? Henry me pediu por isso e eu perguntei se ele tinha certeza disso e ele disse que sim. Ele disse SIM! Quanto ao carro, foi culpa de Damon, eu o avisei para me deixar em paz, mas ele continuou me pertubando. Então, me deixe em paz. Eu não preciso dessa intervenção ou seja lá o que diabos isso é. - A adolescente sentou-se no sofá da sala com os braços cruzados e as pernas sobre a mesa.

— Isso tem que parar agora, Hope. Você está se colocando em perigo. - Bonnie tentou argumentar com o mais novo Mikaelson.

— Não, eu não sou. Se você não notou que toda a minha maldita família está longe de mim. Tia Bekah, tio Lijah, tio Kol... Enquanto não estivermos próximos, todos ficaremos bem. - Hope não mencionou o pai dela.

— Seu pai... - Freya tentou uma abordagem diferente.

— Não - Hope avisou sua tia.

— Você deve estar com fome, Hope. Eu comprei alguns beignets. Eu já volto. - Elena rapidamente foi até a cozinha e discou o número de Caroline.

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Caroline pegou o telefone depois do segundo toque. No entanto, para surpresa de Elena, não foi Caroline quem atendeu o telefone, era Klaus.

— Doppelgänger, o que você quer? - Klaus baixinho respondeu.

— Olá, você também. - Elena sarcasticamente murmurou. — Coloque a Caroline no telefone.

— Tudo o que você quiser dizer a ela, você pode me dizer. Eu sou o marido dela. - O híbrido original respondeu com orgulho.

— Sim, o mesmo marido que nem sequer ligou para ela uma vez em cinco anos. - Elena cuspiu secamente.

— Você deveria tomar cuidado com sua boca antes de eu... - Klaus ameaçou antes de ser interrompido.

— Desculpe Lena, eu estava bastante ocupada no momento. Está tudo bem? - Caroline perguntou.

— Eu a mantive muito ocupada, certo amor? E uma vez que ela desligue, ela estará ocupada novamente. - Klaus disse em voz alta para que Elena pudesse ouvir enquanto Caroline o empurrava pelo ombro.

— É Hope. Caroline, tentamos conversar com ela, mas ela só fica mais irritada no momento. Ela não escuta. - Elena sussurrou novamente ignorando completamente os comentários constantes de Klaus.

— O que ela fez agora? Acabamos de conversar algumas horas atrás... Por favor, me diga que ela não queimou nem fez qualquer coisa explodir. -Caroline implorou.

— Não, não se preocupe. Desde que ela foi suspensa, ela ficou na minha casa assistindo filmes com o namorado. Ele é muito fofo, ele não fala muito. Freya, Stefan e Damon estavam com eles o tempo todo. Eu acho que ela falou com Kol, mas eu não tenho certeza disso.

— Namorado? Que namorado? Ele está morto. Ela tem apenas dezesseis anos. Ela é apenas uma bebê Caroline. - Klaus disse ao fundo.

— Você não vai fazer uma coisa dessas, ele é apenas amigo dela. O nome dele é Henry, ele também é o híbrido que sua filha criou. - Caroline respondeu ao marido.

— Quando ela faz algo certo, ela é nossa filha, mas quando ela faz algo travesso, de repente, ela é apenas minha filha. Como isso é justo? - Klaus piscou para sua esposa beijando-a apaixonadamente. 

— Pessoal, foco. Eu ainda estou aqui. Caroline, você tem que ouvir o que ela diz. Apenas escute. Ok? - Elena disse deixando a cozinha com um monte de beignets e escondendo o celular no bolso.

— Você não é qualquer um, Hope. Você tem que assumir as responsabilidades pelas coisas que você fez. Olha, eu sei que você sente falta do seu pai. - Freya disse docemente para sua sobrinha.

— EU NÃO ME IMPORTO, eu fui suspensa por isso, eu ordenei que Henry não matasse ninguém. Estamos seguros, pelo amor de Deus. Apenas cale a boca. Por que você não pode simplesmente me deixar em paz? - A adolescente gritou para sua tia caminhando em direção a ela.

— Porque nós amamos você. Tudo o que queremos é que você seja salvo e feliz.  - Freya disse tristemente.

— NÃO, o que todos vocês querem é me controlar. Porque todos vocês estão com medo de mim, com medo do meu poder... Isso não é amor, Freya. Isso é apenas um monte de besteira. - Hope olhou para a tia com raiva.

— Hope, apenas acalme-se. - Bonnie tentou acalmar sua sobrinha.

— Eu estava calma antes de vocês três começarem com essa intervenção ou o que diabos seja isso. - A adolescente gritou.

— Por que você está agindo assim? Todos nós amamos você. Nós somos sua família e nunca vamos deixá-la. Goste ou não. - Elena falou caminhando em direção a Hope.

A adolescente de cabelos mel estava furiosa, não só a mãe estava brava com ela, suas tias só decidem   fazer jogos psicólogos com ela. No fundo, ela sabia que eles queriam o melhor para ela, mas ela tinha orgulho e reputação a defender. Quando ela era criança, ela era doce e inocente, ela era a menina mais feliz do mundo, mas quando tudo aconteceu, ela mudou.

Seu pai costumava dizer que ela era uma princesa porque ele era um rei e sua mãe era sua rainha. Ela adorava a idéia de ser uma princesa vivendo em um grande castelo com toda a sua família. Tudo era como deveria ser todos os Mikaelsons juntos e felizes, governando todas as criaturas sobrenaturais de Nova Orleans. No entanto, seu feliz para sempre durou apenas oito anos antes de o Hollow assumir seu corpo. O resultado foi o pior pesadelo dela. Não só ela teve que deixar sua casa em NOLA, ela não podia ver sua família novamente ou ela estará em perigo e todos os outros também.

Mystic Falls era um ótimo lugar, mas não era sua casa, não se sentia em casa, a escola era ótima, exceto por Lizzie, que ela é muito chata para seu gosto. Outra coisa ruim era o fato de que toda vez que os alunos recebiam notícias sobre o que seu pai estava fazendo, ela tinha que agir como a pequena Hope Forbes como se ela não soubesse quem ele era, agindo como se suas palavras não doessem quando na verdade eles fizeram muito.

É por isso que ela mudou, ela se tornou rebelde. Afinal de contas, ser apenas uma doce inocente só trouxe dor e miséria, pelo menos, quando ela faz algo travesso, ela se diverte. Se há algo que Hope sabe é o fato de que sua mãe vai amá-la incondicionalmente. Caroline acabará por perdoá-la por tudo que ela poderia fazer no futuro. Então, qual era o ponto sobre ser doce e inocente mais uma vez? A adolescente pensou sombriamente.

— Não chegue mais perto, Elena. - Hope alertou mais uma vez, se sua tia chegasse mais perto, ela provavelmente iria acabar chorando. Para se certificar de que isso não acontecesse, a  adolescente rebelde se levantou e caminhou em direção à porta.

— Hope, pare. - Freya disse seguindo sua sobrinha antes que ela pudesse sair de casa.

— Por quê? Então você pode continuar me atrasando? - A adolescente disse enquanto tentava abrir a porta da casa de Elena. Infelizmente para ela, ela não conseguia abrir a porta. Provavelmente Freya ou Bonnie fizeram um feitiço especialmente para isso.

— Espero que você não consiga desligar sua humanidade ou isso vai comer você por dentro. - Freya pegou Hope pelo braço dela. Ambos os Mikaelson estavam se encarando ferozmente. 

— Eu disse deixa-me em paz! - Hope finalmente perdeu o controle e de repente toda a sala de estar foi incendiada.

— Hope que pare com isso! - Bonnie tentou parar o fogo, mas Hope era mais poderosa do que ela.

— HOPE! Sinto muito por isso. - Freya sussurrou. A mais velha bruxa Mikaelson agarrou sua sobrinha pelos ombros e cantou um feitiço. De repente, o fogo parou e Hope perdeu sua consciência.

— Elena? LENA! O que está acontecendo? - Caroline gritou pelo telefone.

— Caroline volta agora. Ela incendiou a casa inteira,  ela está perdendo o controle. A partir do momento em que mencionamos Klaus ela perdeu o controle completamente. - Elena colocou o telefone no modo de alto-falante para que as meninas também pudessem ouvir Caroline.

— Eu tentei impedi-la Caroline, ela é muito poderosa. Se ela continuar tendo essas mudanças de humor, ela será nossa morte. - Bonnie explicou.

— Bonnie Bennett, não se atreva a dizer que meu bebê será a queda de qualquer coisa! Diga a ela que estarei lá amanhã. - Caroline respondeu com raiva.

— Caroline, todos nós queremos protegê-la, mas ela é muito poderosa para seu próprio bem. - Bonnie tentou se explicar.

— Então que diabos eu devo fazer? Deixe-a em paz? Abandone-a? Adaga-a e esconda-a dentro de um caixão até sabermos o que fazer?! - Caroline gritou frustrada.

— Brigar com sua bruxa não vai te ajudar, amor. Freya você é a bruxa mais poderosa que eu conheço. Você vai ficar em Mystic Falls até que minha filha aprenda como controlar seus poderes. - Klaus respondeu.

— Mas eu tenho uma vida em Nova Orleans, Klaus! Eu não posso colocar tudo em espera por Hope. - Freya tentou argumentar com o irmão mais novo, mas sabia que era inútil.

— Você pode e você vai. Se isso é sobre a sua pequena namorada lobisomem, eu vou matá-la. Então você não terá nenhum motivo para se afastar de sua família. - Klaus ordenou.

— Eu vou ficar por dois meses e depois vou voltar para NOLA. Isso soa bem para você? - Freya respondeu revirando os olhos. Com Klaus, você tinha duas opções: fazer as coisas do jeito dele ou encarar suas ameaças sem fim.

— Onde está minha filha? Por que não podemos ouvi-la? - Caroline perguntou.

— Dormindo no sofá, eu fiz um pequeno feitiço que usei quando ela era bebê." - Freya explicou.

— Quando ela vai acordar? - Elena perguntou tristemente olhando para a adolescente adormecida.

— Em uma hora ou mais. - Freya respondeu.

— Garotas eu sei que você quer ajudar Hope...Mas enquanto eu não estiver lá, apenas não mencione Klaus. - Caroline implorou.

— Vejo você amanhã, tome cuidado, Carebear. -Elena disse.

— Você nem sequer me menciona doppelgänger? - Klaus riu.

— Você não vale a pena mencionar. - Elena disse.

— Só porque você é a melhor amiga da minha esposa não significa que eu hesite em te matar. - O rei híbrido disse sombriamente.

— Mas você não vai tocá-la. Você não vai machucar ninguém de Mystic Falls. - Caroline repreendeu.

— Chame-me assim que a Hope acordar, tchau garotas. - A mulher de cabelos loiro desligou.

— Isso vai ser muito mais difícil do que eu pensei que seria. - Bonnie murmurou.