Rebirth | NamJin escrita por Pauline


Capítulo 14
Slow Down


Notas iniciais do capítulo

Oioi ♥
Eu amo esse capítulo, só tenho isso a declarar.
Ah, talvez as atualizações fiquem comprometidos. Meu computador está completamente doido e eu não consigo mais conectá-lo na internet :( Vou tentar ao máximo postar nos fins de semana, como ando fazendo, mas não posso prometer nada.

Música do capítulo: Slow Down - Nichole Nordeman
Com amor, Pauline ♥



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Jin acordou extremamente cedo, saindo da cama e dos braços quentinhos de Namjoon, deixando o namorado dormir por mais algumas horas, ele merecia. Desceu as escadas e logo estava preparando um café bem forte para si, apenas para se encolher numa ponta do sofá e se cobrir com a manta que ali estava. A cafeína o despertou quase que de imediato, e assim que se aconchegou, as dúvidas que o rondaram a noite inteira vieram a tona.

Era o dia da festa de Chae, o primeiro aniversário da menina, e embora Jin não pudesse estar mais animado, também se sentia nervoso. Não pela festa, afinal Jimin tinha sido o encarregado de organizá-la, mas sim pelos convidados que viriam.

Kim Seokjin conheceria os sogros.

Isso tinha lhe tirado o sono, não apenas por aquele velho clichê de que talvez os pais de Namjoon não gostassem dele (o que o próprio Namjoon achava impossível de acontecer), mas também porque não sabia como seria apresentado. Namorado, amigo próximo... Não fazia ideia de como o produtor o denominaria. Sabia também que os pais de Jun-Ho viriam prestigiar a neta, e seu coração se apertava apenas com a possibilidade de tais se ofenderem caso Namjoon quisesse realmente identificá-lo como namorado.

Ele gostaria de não ter parado pra pensar nisso. Perdeu a noite de sono sabendo que o dia seguinte seria extremamente corrido, mas não conseguiu impedir a sua mente de indagar. Tinha tantas dúvidas, mas não ousou acordar o namorado para esclarecer nenhuma. Mais do que ninguém, entendia o quanto a data era desgastante para o produtor e sabia que o moreno não descansaria durante o dia, pois insistiria em cuidar de tudo.

Céus, eles namoravam há pouco tempo, mas Jin sabia exatamente o quanto Namjoon era teimoso e gostava de ter as coisas feitas do seu jeito.

Eram perto das oito e meia quando o produtor espreguiçou-se na cama, dando falta de seu hyung quase que imediatamente. Caminhou lentamente até a cozinha, onde encontrou o mais velho em frente ao fogão, atento ao que cozinhava.

—Bom dia, hyung – a voz de Namjoon soou, trazendo a atenção de Jin para si – O que está aprontando?

—Algo pra você comer, vai precisar de bastante energia hoje – o rosado deu uma piscadela, fazendo o produtor rir.

—Que sorte eu tenho – se aproximou do namorado, abraçando-o por trás, depositando selinhos pelo pescoço do mais velho.

—Namjoon-ah, não comece – Jin exclamou ao se afastar rindo – Vai se ajeitar enquanto eu termino aqui, vai.

—Poxa hyung, achei que você gostasse de me ver assim.

—Eu gosto, mas acho que a sua irmã não ia apreciar ver você só de cueca no meio da cozinha - o mais velho riu ao que o rosto de Namjoon se tornou vermelho – e eles vão chegar a qualquer minuto.

—Ainda bem que eu tenho você pra me lembrar de coisas assim – roubou um selinho do professor, recebendo um protesto como resposta – Já volto, hyung!

Com isso, correu escadas acima para se arrumar. Tinha que estar bonito para a primeira festa da sua menina.

Quando voltou à sala, carregava nas mãos o secador de cabelos para que pudesse persuadir Jin a secá-los do jeito que só o mais velho sabia fazer. Tinha noção de que seus pais chegariam a qualquer hora, mas não esperava encontrá-los reunidos na sala, conversando com seu namorado.

—Olha só quem resolveu aparecer – essa foi Geong Min, que se jogou nos braços do irmão para matar um pouquinho da saudade – terminou o seu sono da beleza?

—Mais respeito com o seu irmão, peste – mesmo com as palavras rudes, Namjoon não deixou de depositar um beijo nos cabelos da garota – Omma, ela não quer me soltar.

—Pare de reclamar, Namjoon, ela só está com saudade – seu pai foi em defesa da filha.

—Sempre soube que você tinha preferidos.

—Yah, mais respeito com seu velho – a senhora Kim finalmente se pronunciou – Geong, largue seu irmão, deixa ele respirar um pouco.

—Achei que vocês chegariam mais tarde – o moreno comentou sentando-se ao lado de Jin, que se mantinha quieto durante a conversa.

—Queríamos chegar cedo para ajudar no que pudéssemos – o pai de Namjoon explicou – e seu amigo foi muito gentil, até preparou café para nós.

—Quer que eu seque seu cabelo? – Jin perguntou baixinho, apenas o suficiente para Namjoon escutar e o mesmo assentiu. Não demorou muito para que os cabelos negros estivessem secos e extremamente lisos, mais uma dos milhares de façanhas de Kim Seokjin. Até a mãe de Namjoon se surpreendeu com a facilidade que o rosado teve para secar os fios, uma vez que o homem sempre reclamava de algo quando ela arrumava. Logo, Chae acordou e o foco mudou completamente, voltando-se para a aniversariante, que gargalhava o tempo todo, amando a atenção que recebia dos avós e da tia. Jin viu como uma oportunidade para sair de cena e se escondeu na cozinha, ocupando-se com a tarefa de decorar alguns cupcakes que tinham sido esquecidos na noite anterior.

Não ficou sozinho por muito tempo. Logo, a mãe de Namjoon apareceu no cômodo, silenciosamente se colocando ao lado do homem e o ajudando sem nenhuma palavra trocada entre os dois. Pelo menos até ela afirmar:

—Eu sei que você e meu filho estão juntos – a atenção do rosado foi totalmente voltada para a senhora, um cupcake decorado pela metade esquecido na mão – posso ser velha, mas não sou cega, Jin-ssi. A maneira como ele te olha, como vocês dois interagem... Está na cara.

—Ahjumma...

—Não, a ahjumma está falando agora – ela pegou as mãos de Jin nas suas, fazendo-o virar para si – eu não sei exatamente o porquê vocês resolveram esconder, mas tenho uma noção e eu quero que saiba de uma coisa: O que a família de Jun-Ho-ssi disser não importa. O que meu marido disser não importa. O que qualquer um disser, não importa. O que realmente importa nesse momento é você e Namjoon. Vocês dois, e como vocês dois estão indo. Nada mais importa certo?

—Eu tenho medo de que a família dele tome como uma ofensa...

—Deixe que se ofendam – a mulher o abraçou apertado, compartilhando seu enlace maternal com o rapaz – Eu não vi meu Namjoon sorrir tanto quanto hoje em muito tempo, Jin-ah, e eu tenho certeza que você é o culpado por grande parte disso.

—Então a ahjumma apoia nosso relacionamento?

—Enquanto eu ver aquele sorriso genuíno no meu filho, Jin-ah, vocês sempre terão meu apoio.

Os convidados foram chegando e logo a sala de Namjoon se tornou pequena, o que não foi problema para a festa, já que essa aconteceria no jardim da casa. O moreno só teve uma pequena pausa durante a tarde, na qual trocou a filha do pijama para o seu vestido. Era um dia quente e assim, a celebração ao ar livre parecia encaixar perfeitamente com o tema.

A ideia de deixar Jimin organizar a festa foi ótima, deixando o moreno ao menos um pouco mais relaxado. Quer dizer, o tão relaxado que ele poderia ficar quando tinha que dar atenção a todos os convidados e ainda distrair Chae da mesa de docinhos, que já sofria ataque, principalmente de Taehyung, Jungkook e Hoseok, três pessoas que só cresceram na altura.

Por volta das três horas, os parabéns pra você foi cantado, com velhinhas e tudo. Chae, como a amante de atenção que era, bateu palmas durante a música toda, com um sorriso radiante enquanto seu pai dançava com ela no colo, indo de lá para cá totalmente encantado com a alegria da menina. Assim que a canção acabou, Jimin começou um coro alto, tendo apoio do marido e logo se espalhando pelos convidados, todos empolgados e pedindo por um “discurso”.

—Aish, vocês são impossíveis – Namjoon disse por fim, aceitando a sua sina – Eu não preparei esse discurso, então ele será bem ruim

—Diz o produtor musical – alguém exclamou e todos riram.

—É, acho que se fosse uma música daria certo – o moreno falou baixinho, olhando para a filha em seu colo – Esse ano foi uma grande montanha russa. Sério. Uma hora eu me sentia o melhor pai do mundo e na outra eu queria bater a minha cabeça na parede por não conseguir resolver alguma coisa. Tive que aprender tudo muito rápido, e se vocês me perguntarem o que aconteceu nos primeiros três meses, eu não vou saber dizer.

Os convidados riram e Namjoon desviou os olhos da menina, encarando sua família e amigos. Jin tinha se unido ao irmão e agora estava no fundo do jardim, sorrindo doce e atento ao discurso.

—Eu preciso agradecer todos vocês, de verdade. Todos vocês me ajudaram tanto – o moreno falou baixinho, sentindo as lágrimas se acumulando em seus olhos – Me ensinaram com tanta paciência, me ajudaram quando eu ficava sem esperança, cuidaram de mim quando eu só queria desistir – sorriu para a mãe, que já tinha o rosto molhado de choro – Obrigado por me ajudarem a me reconstruir. Graças a vocês, nós estamos aqui, Chae e eu, inteiros e bem.

Ele encarou a filha de novo, deixando uma lágrima de alegria escapar de seus olhos. A menina, sem entender o motivo de seu pai estar chorando, encostou na bochecha de Namjoon, tentando secar o rosto do produtor com sua mãozinha.

—E obrigado, minha filha – ele disse baixinho, mas todos conseguiram ouvir – Obrigado por ser minha, obrigado por me deixar ser o seu pai. Eu falhei muitas vezes, mas eu ainda estou aprendendo. Obrigado por me amar incondicionalmente.

—Chae-Won significa renascimento – ele afirmou com sua voz tomando um tom mais alto e a alegria sendo visível nela – e nós não poderíamos estar mais certos ao escolher esse nome. Chae foi o meu renascimento, e é o motivo pelo qual eu ainda estou aqui – beijou a testa de menina, que riu com a sensação – eu te amo, minha Chae. Para sempre.


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Notas finais do capítulo

Com amor, Pauline ♥



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