The Queen escrita por PinkBlack


Capítulo 10
Capitulo 10




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Pov. Renesmee  

Adentrei o que seria daqui em diante os aposentos reais, era um quarto no lugar mais alto que havia no castelo, o mais afastado quarto, as paredes de pedras húmidas e frias como jamais tinha visto em qualquer parte do castelo, a iluminação era muito ruim, e o frio certamente era intenso, conforme subíamos a instantes atrás, eu pude sentir a temperatura diminuindo a cada passo que dávamos.  

Olhei em volta as cortinas pesadas e grossas, os lençóis do mais branco linho fino que pudesse ser encontrado, os tapetes de pele de urso postos pelo chão elegantemente, a lareira majestosa trepidava, um som agradável aos ouvidos, aquilo me trazia uma sensação breve de sossego.  

Suspirei sentindo o aroma que vinha de vasos de flores que estava postos em cima da lareira, jasmim, erva doce... Por fim, olhei para trás e vislumbrei a figura de Jacob, parado elegantemente, seguindo cada passo meu com o olhar, esperando pacientemente qual seria meu próximo passo.  

Seria totalmente inadequado para nossa lua de mel começarmos com uma discussão sobre a sua prima amante que estava grávida de um filho bastardo seu, mas eu não conseguia segurar meus pensamentos apenas para mim, não seria eu se fizesse isso.  

—Qual tipo de rainha quer que eu seja meu rei? - Questionei e ele me olhou sem saber o que eu queria dizer com aquilo, mesmo com a sua expressão serena seu cenho se franziu levemente em minha direção, uma expressão confusa, de uma forma verdadeira ele realmente não sabia aonde eu queria chegar com aquele assunto – Que me faça de cega para todas as amantes que tem e as que terá no futuro? Acha mesmo que algum dia eu serei este tipo de mulher? Que irei compactuar com este tipo de comportamento pecaminoso? - O afrontei diretamente e ele ainda mais confuso continuou em silencio esperando-me concluir meu pensamento - Você fez juras em frente ao padre, juras a mim e a Deus, e nem meia hora se passou e estava despindo sua prima promiscua com os olhos no meio da festa do nosso casamento. - Acusei e ele respirou pesado fechando de vez a sua expressão que antes se fazia confusa e agora tinha se fechado totalmente, Jacob se virou de lado afrouxando o laço de seu colarinho, e logo em seguida passando as mãos nos cabelos em um sinal claro de nervosismo, estava na cara que ele não tinha respostas para mim.  

—Não fale bobagens Renesmee. - Ele achou a voz desleixando do meu posicionamento bem colocado demais para que ele tivesse uma resposta descente para me dar  

—Ah bobagens você diz. - Soltei um risinho pelo nariz – Talvez estivesse se questionando se casou com a mulher certa. - O empurrei fazendo com que ele olhasse para mim novamente e ele começou a fica impaciente  

—Está louca? Como poderia cogitar casar com Claire ela é minha prima! - Bradou ele retirando o casaco, dei um passo atrás arqueando minhas sobrancelhas em uma falsa surpresa, afinal para mim tudo estaca claro desde o início  

—Claro, porque se não fosse sua prima, esta altura já estaria dentro dela a deflorando selvagemente nestes lençóis. - Alterei meu tom de voz, eu já estava farta daquilo tudo  

Jacob veio até mim me pegando pelos braços e me chacoalhando, sua expressão era distorcida em raiva  

—Em nome de Deus, como ousa falar deste jeito comigo sua mulher de boca suja!! - Bradou me jogando na cama, meus cabelos voaram em meu rosto 

—SEU TOLO! - Berrei me levantando na mesma velocidade que ele tinha me jogado sobre a cama e o empurrei - Você é um tolo Jacob, se você estivesse casado com outra mulher neste momento, provavelmente Claire seria sua amante, você não tem capacidade de pensar com uma cabeça que não seja a do seu pênis! - Disse entre dentes e ele segurou meus punhos contra meu corpo e me empurrou contra a parede me prendendo com seu corpo o olhei cheia de ódio  

—Pare de berrar essas besteiras Renesmee, você é uma rainha agora não quero que pensem que você não é uma mulher respeitável. - Jacob mandou e eu o chutei logo em baixo o fazendo se afastar de mim e se encolher de forma a gemer de dor  

—Eu não ligo para o que pensam de mim, respeitável ou não, meu rei, agora eu sou a rainha. - Disse enquanto ele se contorcia no chão de dor - Você não pensava sobre respeito quando rolava nos lençóis com a prostituta da sua prima... Lençóis. - Soltei uma risada baixa – Desculpe me expressei mal... Quando em qualquer canto escuro você se enterrava em sua prima. - Debochei e ele foi se levantando lentamente ainda com uma expressão de dor profunda  

—Se acalme, por Deus, você quase me deixou eunuco. - Rosnou entre deixando levantando as mãos de maneira apaziguadora para mim, o olhei ameaçadoramente e ele deu um passo atrás mancando um pouco  

—Admita Black, você se sentiu incomodado de ver Claire se esfregando com Quil em meio ao salão. - Disse e ele engoliu em seco 

—Jamais pensei que você fosse uma mulher burra Renesmee, nunca a colocaria em tal posição, nem em pensamento. - Ele se ergueu novamente respirando fundo para continuar a falar, ele limpou a garganta – Desde o início você mostrou que não era uma mulher tola. - Jacob continuou e eu ergui o queixo - Então sim, eu me incomodei com o que meus olhos viram. - Ele admitiu e meu peito inflou de ar e prendi a respiração o olhando furiosa – Tenho um sentimento de pose sobre o corpo daquela mulher... A usei várias vezes. - Ele deu de ombros como se estivesse falando que o dia era claro e a noite era escura – Mas nada mais que isso, não sinto amor por ela, de fato nunca senti este tipo de sentimento por Claire, e provavelmente nunca sentirei. - Afirmou e eu suavizei minhas expressões - Já lhe disse isso, não sinto nada por ela a não ser desejo... E eu quero esquecer isso. - Pediu se sentando na cama o olhei ainda desconfiada  

—Do jeito que você age não parece que quer esquecer isso. - Resmunguei  

—Eu lhe dei minha palavra, mas acho que nem isso é o suficiente para você, você reclama de minhas atitudes minha rainha, mas é você que insistentemente traz Claire para nossa vida, nossas conversas e... - Ele me olhou e depois abaixou os olhos – E para nossa cama. - Concluiu e eu respirei pesado o ar daquele quarto estava pesado demais, Jacob se levantou com um olhar apaziguador e deu um passo à frente, eu recuei o olhando ainda com aquela velha desconfiança 

—Não confio em você. - Disse e ele suspirou acenando brevemente como se concordasse com a minha fala  

—Também não confio em você senhorita, Adrien pode até ser tolo o suficiente para me fazer casar com uma princesa que foi devolvida algumas vezes, mas eu não sou. - Jacob garantiu e eu engoli em seco – Exijo que me diga, qual seu segredo Renesmee, talvez eu tenha fingido não perceber que essa discussão toda sobre Claire era apenas um meio de você adiar a nossa conversa, mas agora eu quero a verdade. - Ordenou e eu o olhei cinicamente  

—Exige? - Debochei -Acha mesmo que eu estou brincando em relação a Claire? Perguntei  

—Jamais, mas uma mulher como você Renesmee... - Ele suspirou, me olhando da barra de meu vestido até os fios de meus cabelos, corei levemente - Não deveria nem pensar em se sentir ameaçada por Claire. - Negou brevemente e um sorriso começou a nascer em seus lábios, pigarreei inquieta desviando os olhos  

—Quando ouvir o que tenho a dizer, vai achar que eu estou louca. - Resmunguei me sentando ao seu lado na cama e ele me olhou esperando que eu continuasse  

—Prometo que não, vou deixar você dizer tudo que tem a dizer. - Jacob me afirmou e eu assenti  

—Tem um reino vizinho ao nosso chamado RiverWood, acho que você deve conhecer o... 

—O rei velho, gordo e ambicioso que governa aquele reino? Ele já mandou vários saqueadores para minha cidade, já tentou fazer acordos com Adrian, para se aliar a nós, mas ele não é confiável, só quer dominar os povos e adquirir mais riquezas, explorando as pessoas e os tornando escravos, estuprando mulheres, sem falar que ele mexe com magia negra, para que o Diabo lhe garanta riqueza, virilidade e mais herdeiros, de todas as concubinas que mantem presas em suas masmorras. - Jacob explicou e eu podia ouvir o asco e nojo em sua voz  

—Sim, ele batalhou algumas vezes com o meu pai, o reino dele faz fronteira com meu antigo reino, mas nunca conseguiu nos vencer, sempre quis ter as nossas terras, nosso ouro, a força do nosso exército. - Expliquei e ele assentiu - Então ele partiu para a magia negra, ele tem uma bruxa que trabalha para ele, porque como você mesmo disse ele trabalha com magia negra, foram feitos vários feitiços para a minha mãe, e antes que eu nascesse, ela teve quatro abortos. - Disse e ele me olhou surpreso – E depois de mim ela nunca conseguiu conceber outra criança, não outra que nascesse com vida. - Expliquei e ele continuou em silencio esperando que eu continuasse a falar – Quando eu tinha dez anos eu estava passeando pela vila, quando encontrei uma senhora estranha, eu nunca tinha a visto pelas redondezas, ela foi muito simpática comigo, me levou para longe dos soldados do meu pai que faziam minha guarda e me deu muitos doces, ela passava as mãos em meus cabelos os massageando enquanto cantava músicas sussurradas, que mais pareciam orações em uma língua estranha que eu não conseguia entender, mas eu estava tão entretida em comer os doces que nem ligava para o que ela estava resmungando atrás de mim.... 

... Muitos anos antes...  

—Se afaste da menina ou cortarei a sua cabeça velha. - Um soldado apareceu do nada fazendo com que eu me assustasse com a sua agressividade com aquela senhora que me foi tão agradável, com o susto eu me afoguei com o doce que comia, comecei a tossir insistentemente sendo puxado pelo braço por outro soldado que me chacoalhava tentando cessar minha agonia 

—O que deu para a menina. - Questionou ele nervoso, afinal se eu morresse engasgada com aquele doce, quem ia morrer em seguida era ele 

—Ora... Apenas um leve agrado para a pequena princesa. - Sua voz esganiçada fez meus pelos se arrepiarem, enquanto o homem ainda dava leve batidinhas em minhas costas, funguei pigarreando tentando me recompor  

—Essa velha não me é estranha. - Comentou um homem para o outro  

—É a bruxa do rei Domenico!! - Uma mulher apontou para ela e uma movimentação se alvoroçou ao meu redor, a velha mulher sumiu no meio da multidão e eu comecei a chorar assustada com toda aquela gritaria, eu não estava entendendo nada, apenas comecei a sentir pontadas em minha barriga, que se tornaram um dor aguda e agoniante que duraram o caminho de volta ao castelo e continuou a me torturar 

Fui levada até a minha mãe, e ao nosso curandeiro, ele me examinou, os lençóis aonde eu estava deitada começaram e se manchar de sangue e a dor se persistiu por vários dias incessantemente, até que como surgiu do nada cessou, o sangue que tanto se esvaiu de mim vinha de minhas partes intimas, o curandeiro explicava para mim e para minha mãe que a velha bruxa tinha envenenado meu ventre, para que meu pai não tivesse herdeiros para seu reino, e assim ele sucumbisse, eu não entendia nada, naquele momento minha mãe só me abraçava chorando em meu cabelos.  

...Dias atuais...  

Eu não sabia, mas, daquele dia em diante minhas regras nunca mais sangraram... - Expliquei e ele se levantou ficando de costas para mim em total e absoluto silencio – Os estudiosos do meu pai pesquisaram vários remédios curativos..., mas só conseguimos uma resposta capturando a bruxa e a torturando para que ela falasse. - Disse e Jacob se virou me olhando severamente  

—Você não pode me dar um herdeiro e não falou absolutamente nada, deixou de nos cassássemos, achou que não aconteceria a mesma coisa, achou que eu não a devolveria? VOCÊ ME ENGANOU! - Ele me acusou e eu fechei os olhos, por Deus, não! Não posso deixar que se repita a mesma história  

—Em nome de Deus me deixe terminar de falar! Você prometeu me escutar. - Pedi e ele mesmo nervoso se sentou novamente na cama, mas continuava inquieto  

—A bruxa nos disse que havia uma cura, uma planta rara que nasce nas montanhas ao leste, mas nascem apenas no verão, uma pequena flor espinhosa purpura, ela nasce num pântano lanoso e se destaca por nascer em um lugar tão ruim. - Expliquei e ele continuou me olhando – Meu pai já fez várias expedições para lá e nunca conseguiu a encontrar.... 

—Seu pai é um inútil incompetente, como poderia...  

—Lave a sua boca para falar do meu pai seu imundo! - Me levantei de onde estava o enfrentando novamente e ele me olhou furioso  

—Você não pode exigir NADA de mim mulher! Me enganou, minha vontade é de nunca mais olhar para seu rosto, nem ouvi sua voz mentirosa em meus ouvidos. - Jacob rosnou apertando meu queixo e eu o olhei enojada  

—Eu sabia que você era igual aos outros, ME DEVOLVA LOGO SEU BASTARDO! - Berrei o empurrando para longe de mim – Um chá de uma planta pode curar meu ventre, mas não vai curar o asco que sinto de você. - Disse e ele riu levemente 

—Ora minha rainha, eu não vou devolve-la, se é verdade mesmo o que me disse, eu vou até o inferno para achar essa maldita planta, pode engolir esse asco que diz ter goela a baixo, porque é questão de honra para mim, eu vou conceber um filho em seu ventre, minha senhora. - Jacob disse firmemente, e eu ergui o queixo o olhando de cima  

—Pouco me importa a honra que diz ter Black. - Cuspi as palavras desdenhando de seu nome e ele mais uma vez soltou uma risadinha irônica o olhei enraivecida  

—Pode emburrar como uma égua chucra minha cara Cullen, mas não se esqueça que a partir de hoje você se tornou uma Black também. - Debochou, ele estava fazendo aquilo para me deixar mais irritada ainda, e eu estava caindo em seu joguinho ridículo  

—Você faz muitas piadas para quem vai passar a noite de núpcias sem encostas em sua esposa. - Provoquei me levantando e ajeitando a cama para deitar  

—Ah é mesmo e quem decidiu isso? Você? - Ele cruzou os braços a minha frente, arqueei as sobrancelhas o olhando firme  

—Pretende o que? Me forçar? - Perguntei e ele negou  

—Jamais, mas não irá dormir com esse vestido todo... - Jacob analisou e eu olhei brevemente, ele jamais teria de mim o que deseja esta noite, mas eu não podia deixar passar a maravilhosa sensação de o provocar 

—Ora, claro que não, talvez queira me ajudar com os laços do meu espartilho? - Arqueei minha sobrancelha erguendo meu busto para ele que engoliu em seco 


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Notas finais do capítulo

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