Broken Trust escrita por bea weasley


Capítulo 2
Capítulo Dois




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James não sabia exatamente o que ele pretendia fazer quando alguém abrisse a porta, supondo que alguém iria abrir mesmo a porta. Talvez ela tenha percebido que ele estava atrás dela, e já tenha conseguido escapar dele mais uma vez. Mas ele sabia que isso era improvável, afinal, ele era o melhor em rastreá-la, e deveria ter conseguido localizá-la há muito tempo, só não conseguia se forçar a ir atrás dela. Então respirando fundo, ele esperou pacientemente que alguém abrisse a porta e acabasse com o nó no estômago que ele estava sentindo.

— Pois não, em que posso ajudá-lo? - uma adolescente de não mais que 15 anos abriu a porta e perguntou ao homem em sua frente. Ele tinha tocado na casa certa não é? Ele tinha certeza de que tinha visto Lilian entrar naquela casa de paredes amarelas e porta branca.

— Hum, me desculpe. Acho que acabei confundindo a casa. Desculpe o incômodo. - ele disse enquanto se preparava para voltar para o hotel.

— Quem você está procurando? Talvez eu possa ajudá-lo a lhe mostrar a casa certa. - ela disse sem se preocupar em saber o nome dele. Vantagens e desvantagens de se estar em uma cidade pequena.

— Hã... eu acho que é melhor eu voltar pro meu hotel. Você não deveria estar tão à vontade conversando com estranhos sabe? - ele disse olhando para dentro da casa, para ver se conseguia ter um vislumbre dos pais da garota.

— Eu imaginei que você não deveria ser perigoso, afinal, ninguém nunca vem aqui. – a garota disse dando de ombros, olhando para um James desconfiado.

— O que você quer dizer com ninguém vem aqui? – James estava atordoado e começava a achar que tinha algo de errado nessa casa. – Seus pais devem receber visitas não?

— Ah, mas eu não moro aqui. Estou só trabalhando. - a garota estava achando estranho que o homem a sua frente fizesse tantas perguntas, e começava a se perguntar se deveria responder todas elas mesmo.

— Trabalhando? – James estava ficando cada vez mais confuso com tudo o que saía da boca daquela adolescente.

— Quem está na porta Molly? – veio uma voz de dentro da casa, uma voz que era inconfundível para James, que ainda causava borboletas no seu estômago.

— Ele ainda não se apresentou Srta. Evans – a adolescente disse encarando a ruiva que havia ficado ainda mais pálida ao notar quem estava na porta.

— O que você está fazendo aqui? – Lilian perguntou com um tom de voz, que era ao mesmo tempo amedrontado e ao mesmo tempo, incrédulo.

— Eu vim te buscar, Srta. Evans – James respondeu com um sorrisinho de lado, que fez a pele de Lilian se arrepiar, ela só não sabia por qual motivo no momento.

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Sirius estava ficando impaciente. Apesar de não querer relatar detalhadamente seu encontro com Lilian, ele precisava contar o que tinha achado de rever a velha amiga depois de tanto tempo. Mas para isso, o resto da equipe tinha de estar naquela sala, e ele não sabia quanto tempo ainda restaria para que eles aparecessem. Era como se eles tivessem fazendo de propósito para Sirius sofrer. Não que isso não tivesse passado pela cabeça deles, mas eles estavam fazendo o possível para solucionarem o caso que tinham em mãos.

— Porque vocês duas não estão com os outros procurando maneiras de solucionar esse caso mais rápido? - Sirius perguntou olhando a morena e a loira que o haviam recepcionado.

— Porque nós já terminamos nossa parte. A Lene instalou um rastreador no carro do Malfoy, achando que ele poderia nos levar até o Riddle. E eu estou seguindo eles no GPS, viu? - Emmeline mostrou um aparelho com um pontinho brilhante piscando na tela, indicando onde o carro deveria estar no momento.

— Eu deveria perguntar como você conseguiu instalar esse GPS ou prefere que eu permaneça na ignorância? - Sirius perguntou, olhando para uma Marlene que tentava esconder o riso a todo custo.

— Prefiro que você permaneça sem saber, é pra sua própria proteção Black. - a morena disse piscando, o que causou um rubor na face de Sirius, fato esse que não passou despercebido por Emmeline.

— Olha só, achei que nunca viveria pra ver esse dia. - ela disse risonha.

— Que dia? - Sirius perguntou, parecendo meio desnorteado.

— O dia em que o grande Sirius Black iria corar por uma frase dita pela nossa querida Marlene McKinnon. - Emmeline disse e logo começou a rir da cara de pateta que Sirius estava fazendo, logo sendo acompanhada na risada por Marlene.

— Nossa, que engraçadas vocês. Olha só como estou morrendo de rir. - ele disse enquanto fazia de tudo pra esconder a vermelhidão de seu rosto.

— Ah, qual é Six? Você sabe que foi engraçado. Estou vendo a sombra de um riso no seu rosto, não tente disfarçar. - Emme disse indo até Sirius e levantando os dois lados da boca do moreno.

— Você se acha bem engraçadinha não é mesmo? – Sirius disse tirando as mãos dela do rosto.

— Eu faço o que eu posso. Quando você vai contar pra gente como foi com a ruiva fugitiva? – Emmeline perguntou, com o sorriso falhando.

— Assim que todos os outros chegarem. Já disse que não quero ter de repetir a história. – Sirius disse se afastando, e tentando esconder a dor que se via refletida em seu olhar.

— Então pode começar a contar, porque eu estou ansiosa pra saber. – uma loira entrou na sala, fazendo com que os ocupantes se sobressaltassem. – Que foi gente, estão assustados é?

— Você nunca é uma pessoa discreta não é mesmo Dorquinhas? – Sirius perguntou olhando a garota que respondia ao apelido mostrando a língua ao rapaz.

— Eu sou discreta quando tenho de ser, mas não preciso ser discreta aqui não é mesmo? – ela disse enquanto sentava-se a mesa onde Marlene se encontrava. – Então, o que está esperando Sirius? Quando vamos poder ver nossa ruiva favorita novamente?

— Qual a parte de “assim que todos chegarem” que você não entendeu? Acho que você está precisando limpar os ouvidos hein?! – ele disse em tom jocoso enquanto tentava ganhar tempo para si mesmo.

— Acho que você está enrolando Sirius, pode começar a falar, ande. – um loiro entrou na sala, encarando Sirius com um sorriso de lado.

— Não faço ideia do que você está falando Pedro, eu não estou tentando ganhar tempo pra nada. – o moreno tentou desviar a atenção que estava sobre si mesmo.

— Aham, sei que não. Pode começar a falar, o Remo ainda vai demorar. Ele estava falando com o Amos quando eu passei por ele no corredor e disse pra começarmos sem ele. Então, cadê a Lilian? – Pedro foi direto ao ponto.

Sirius podia sentir os olhos de todos sobre ele e sabia que não tinha opção se não começar a narrar como tinha sido o encontro na cafeteria. Foi o que ele começou a fazer.

— Então, como vocês sabem... – Sirius começou a história que sabia que partiria o coração de todos os presentes, algo que ele tentou evitar a todo custo.

—________________________________________________________

Remo podia sentir que uma dor de cabeça descomunal estava chegando e não tinha pretensão de ir embora tão cedo. As missões que ele e sua equipe recebiam sempre eram complicadas, mas esta estava se provando ser um desafio ainda maior, considerando que além do objetivo principal, ainda precisavam ir atrás de uma ruiva que definitivamente não queria ser encontrada. Remo sabia que se Lilian queria se esconder, ela conseguiria. Ela era a melhor nisso, e ele sentia uma falta imensa dela.

— Não sei Amos, eu não faço ideia de onde o James está. Ele disse que tinha ido atrás dela, mesmo eu tendo dito que era uma péssima ideia, mas você sabe que ele nunca ligou muito para isso não é mesmo? E acho que ele precisava ter certeza de que era ela. – o rapaz de cabelos castanhos falava com uma voz cansada ao telefone.

— Sim, eu sei disso Remo. Mas o que eu espero da minha equipe é que ela seja responsável e possa fazer o que lhe foi pedido. Eu espero uma atualização em breve. – uma voz do outro lado da linha respondeu.

— Assim que tiver algo que possa ser reportado, eu aviso Amos. Vou passar os detalhes para os outros agora e vamos pensar em algo. Até breve. – Remo desligou o telefone e encostou-se à parede, soltando a respiração que ele não sabia que estava segurando.

Ele ainda não conseguia entender como tinha sido nomeado líder da equipe – um papel que ele nunca quis assumir. Pra ser sincero, ele sabia bem como tinha se tornado líder, e talvez, por esse mesmo motivo, ele estava ansioso para que Lilian voltasse a equipe e tudo voltasse a ser como era antes. Pena que ele não poderia estar mais errado com relação a isso.

Preparando-se para voltar para a sala de conferências, e quem sabe, descobrir como tinha sido o encontro de Sirius com a ruiva, Remo ia repassando na cabeça todas as informações que Amos tinha lhe dito e que poderiam ser úteis. O que ele não esperava era a cena que encontraria quando entrasse na sala.

— O que está acontecendo aqui? – ele mais gritou do que falou ao se fazer notar na sala.

A cena seria cômica se não fosse trágica: as três garotas presentes na sala estavam em cima de Sirius, provavelmente prestes a encher o mesmo de porrada, enquanto Pedro estava no canto tentando esconder o riso.

— Remo! Graças à Deus você chegou! Você pode tirar essas doidas de cima de mim? – Sirius implorou com o olhar, o que fez com que as garotas espumassem de raiva ao ouvirem a fala do mesmo.

— Assim que alguém puder me explicar o que diabos está acontecendo aqui. Achei que você já tinha contado o que tinha acontecido Sirius. – Remo foi buscar uma xícara de café, porque pelo visto, café seria a única coisa que o ajudaria a lidar com tudo o que estava acontecendo.

— Ele disse que tinha de esperar todo mundo chegar, mas aparentemente ele estava só enrolando, porque até agora ele não disse nada remotamente coerente. – Dorcas respondeu, saindo de perto de Sirius e se jogando em uma cadeira.

— Vamos lá Sirius, estamos todos aqui. O que aconteceu no encontro entre você e a Lily e quando vamos poder vê-la. – Emme disse, como se fosse a voz da razão se afastando um pouco, mas ainda perto o bastante para bater em Sirius se fosse necessário.

— Era o que eu estava tentando dizer antes dessas malucas pularem em cima de mim! – Sirius estava quase gritando, com a face avermelhada pelo stress.

— Ok Sirius, sem enrolação. Só nos diga quando nós vamos poder vê-la e onde devemos busca-la. – Remo disse com um tom de voz cansada, o mesmo tom que ele usou com James ao telefone.

— Esse é o ponto: ela disse não. – ele disse essas palavras tão baixo que ninguém acreditava que ele realmente tinha dito.

— Como assim ela disse não? – era possível ouvir a descrença na voz das cinco pessoas reunidas, mesmo que em tons diferentes.

— Ela disse que tinha feito uma escolha, e não ia voltar atrás. Acho que ela pensa que ninguém foi atrás dela, por isso não temos motivo pra ela nos ajudar. – Sirius disse de cabeça baixa, evitando os olhares que sabia que seriam direcionados a ele.

— Então, temos de mudar a cabeça dela. Ela tem de saber que procuramos por ela. Além do mais, se alguém pode resolver esse caso é ela. – Marlene disse com um olhar feroz, olhar que os outros sabiam bem o que significava: ela estava prestes a sair pelas portas do hotel e ir atrás da ruiva, ela mesma.

— Não vai ser preciso Lene. – veio uma nova voz da porta, o que fez com que todos se virassem pra ver quem estava entrando.

— James? O que você quer dizer com isso? – Emme estava de pé, sem perceber, e tentando disfarçar a alegria que estava sentindo, imaginando o que James queria dizer.

— Ela já sabe que procuramos por ela, e está disposta a ajudar, não é mesmo Evans? – James deu espaço na porta para alguém que estava parado atrás dele. Ninguém conseguia acreditar no que seus olhos estavam vendo: parada ali, na porta da sala de conferências do hotel estava Lilian Evans, parecendo mais perdida do que nunca.

— Oi gente, como vocês estão? – foi o que a ruiva conseguiu dizer olhando relutantemente para todos, antes de ser esmagada por um abraço de Dorcas, Marlene e Emmeline. Os garotos só trocaram olhares entre si, e James deu de ombros, dando a entender, que Lily contaria tudo. E ela estava prestes a contar tudo o que tinha acontecido nos três anos que desapareceu.


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Notas finais do capítulo

E agora, a Lil vai ter de começar a se explicar! Haha espero que estejam gostando e vamos ver o que a Lil vai revelar pra seus amigos! Até o próximo!



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