Experimentando vestidos de noiva escrita por Denise Reis


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi! É uma despedida SEM SPOILER!! rsrs

Chegou ao fim mais uma história CASKETT e quero agradecer o carinho contido em todos os comentários. Obrigada também a todas as leitoras que escreveram lindas recomendações e que incluíram a minha fic na relação de seus favoritos, em sinal de apreço ao enredo e ainda em reconhecimento ao meu empenho em criar e escrever esta história de amor com o casal mais lindo da história de séries de TV, onde o amor, a paixão, a honra e a família são prioridades. Obrigada!!

Hoje, particularmente, quero agradecer a leitora "litaeml" e "Czsilva" que FAVORITARAM e a "Fran Sousa" que escreveu uma RECOMENDAÇÃO lindíssima que me emocionou muito mesmo!! Obrigada!!

Fico triste porque terminou esta história, mas fico muito feliz porque consegui mais uma vez cumprir minha missão, que é não deixar cair no esquecimento este casal que eu amo tanto, Richard Castle e Kate Beckett, que, muitas vezes eu até penso que fazem parte da minha família. Fico também muito feliz porque Deus me permitiu honrar o meu compromisso comigo mesma e com vocês em não abandonar uma fic pela metade, pois acho lamentável deixar os leitores sem saber o final.

Como eu já disse antes, esta fic tinha apenas oito capítulos e o final seria aquele, mas, no momento em que eu estava relendo e revisando, percebi que a história merecia um final CASKETT mais interessante, então decidi escrever este capítulo. Bem, eu me esforcei muito e botei minha cabeça para pensar e aqui está e espero que vocês gostem.

Leiam com carinho e boa leitura.

Beijos, com muito carinho.

Denise Reis



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Havia decorrido um mês da movimentada manhã de sábado onde Kate Beckett, com os nervos à flor da pele, experimentou sete vestidos de noiva na mais sofisticada loja especializada do ramo, sob muitas provocações e trocas de ironias com Richard Castle e ainda com a rigorosa avaliação dele, que resultou em um inusitado e emocionante pedido de casamento, seguido de lindas e emocionantes declarações de amor eterno.

 

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 Em Las Vegas

Richad Castle se encontrava em Las Vegas, hospedado no magnífico Bellagio, Hotel e Cassino.

Ele estava agitado como nunca, andando de um lado para o outro em uma das melhores suítes.

Muito ansioso e saudoso, ele sentia necessidade de telefonar para Kate e ouvir a sua voz, mas não podia, pois havia prometido não telefonar para ela. Ela disse que precisava de tempo.

Com o objetivo de se acalmar, ele ligou a TV e o aparelho estava sintonizado no Canal de Meteorologia e a moça do tempo estava lá, linda e loira, com seu belo vestido decotado azul, o sorriso de orelha a orelha, atualizando o telespectador... 

 

— “(...) a sexta-feira continua linda. No final do dia teremos um clima perfeito e a temperatura dos sonhos, sem chuvas. Olhem aqui no mapa a mesma previsão para o final de semana aqui em Las Vegas... (...)”

 

Sem nem mesmo pensar em mudar de canal, Castel desligou o aparelho. Não queria ver ou ouvir nada que não fosse Kate Beckett.

Consultou o relógio e a impressão que tinha era que o ponteiro dos minutos não saia do lugar.

Não se aguentando de ansiedade, ele pegou seu celular e telefonou para Kate e a ligação foi aceita somente no quinto toque e o Castle nem mesmo esperou ela fazer a sua saudação de praxe e logo a cumprimentou – Oi, amor!... Eu sei que eu prometi não te telefonar, mas...

— Castle, sou eu, a Lanie. A Kate não quer falar com você.

— Lanie, diga a Kate que...

— Castle, mais tarde a gente conversa, amigo. Tenha paciência... Eu te entendo, mas preciso que você também entenda a Kate. Olha, eu vou desligar porque neste exato momento eu estou muito ocupada.

A ligação foi desfeita.

Ele telefonou imediatamente para Martha – Mamãe, preciso de sua ajuda.

— Filho, eu estou com a Kate.

— Eu sei, mãe... Por isso que eu preciso de sua ajuda.

— Richard, eu vi a Lanie atendendo sua ligação no telefone celular da Kate. – Martha explicou.

— Mamãe!

— Querido, você está muito ansioso e se arrumou muito cedo. Fique assistindo TV, meu querido, ou lendo um jornal. – Martha falava com ele como se fosse um garotinho de nove anos.

— A Kate não está pronta? É isso, mãe? Ela desistiu de se casar comigo?

— Filho, não sei de onde você tira tantas ideias loucas.

— Teoria louca é a especialidade dele, Martha! – Castle ficou feliz ao ouvir a voz animada de sua noiva e percebeu que sua mãe colocara o telefone no modo viva-voz.

— Filho – Martha continuou –, sua noiva também está pronta. Aliás, ela está belíssima... Ah, tá... Isto não é nenhuma novidade, eu sei e você também sabe – Martha sorriu feliz –, mas a cabelereira está dando os toques finais na sua noiva, meu querido.

— O cabelo dela está solto ou preso, mamãe?

— Na capela você vai ver, Richard! – Martha retrucou.

— Mas mamãe... Nem isso eu posso saber.

— Amor da minha vida, eu te amo e daqui a pouco estaremos juntos, para sempre. – Castle ouviu novamente a voz de Kate e isso o deixou menos aflito.

— Eu também te amo, Kate!

 

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Um mês atrás em Nova York...

Após o primeiro almoço, como casal de noivos, Kate e Castle arrumaram a cozinha e foram para o sofá.

Assim que se sentou, Castle fez um movimento rápido e pôs a noiva no colo.

Pega de surpresa, ela adorou.

Ambos não queriam se desgrudar um segundo sequer, pois queriam aproveitar cada pequeno momento, haja vista que perderam muito tempo. Quatro longos anos.

— Ainda não acredito que estamos noivos. Parece um sonho, Kate. – Castle se sentia o homem mais feliz do mundo e não escondia isso – Eu quero gritar para o mundo que você é minha...

— E eu quero anunciar para as suas fãs do mundo todo que você agora é só meu e que já acabou a temporada de autógrafos nos seios, entendeu bem, Sr. Richard Castle, ou quer que eu desenhe? – Kate, sorridente, simulou uma ameaça.

— Hey! – O Escritor arregalou os olhos e ficou assustado – Já tem mais de dois anos que eu não autografo nos seios das minhas fãs...

— E acho bom o senhor também não autografar nem mesmo os seios de quem não seja sua fã, Sr. Castle... Porque, caso tenha se esquecido de um pequeno detalhe..., eu ando armada. – Ela prendeu um riso e piscou o olho de modo maroto.

— Como é que eu posso esquecer disso, se você me faz lembrar a cada meia hora, eihm? – Ele fazia cara de menino traquinas que tentava se passar por inocente somente para fugir da bronca da mãe.

— Sinto culpa no ar... – Kate se afastou um pouco para mirá-lo atentamente.

— E eu sinto como se estivesse sendo interrogado... Mas só que eu sou completamente inocente, entendeu, Detetive Beckett? E nem venha com seus métodos para me arrancar uma confissão, porque, culpa, é uma coisa que eu não tenho e eu não cometi nenhum crime.

Dito isso, ele sorriu, a tirou do colo, tipo romântico-rustico, e ela caiu deitada sobre as fofas almofadas que ornavam o largo e confortável sofá.

Com aquele movimento inesperado e nada delicado, os cabelos soltos de Kate se espalharam sobre seu rosto e sobre as almofadas coloridas e logo Castle ficou sobre ela e, como aquele era um dia de felicidade, tudo que acontecia era motivo para sorrisos e naquele momento não foi diferente.

Aconchegados no sofá, Castle passou a acariciar o rosto da sua noiva e com as mãos grandes passou a afastar uma a uma as mechas que estavam sobre a testa e sobre os olhos dela e a cada gesto de carinho, os olhos deles se encontravam e ele ia espalhando selinhos nos lábios, faces, ponta do nariz, testa, olhos, queixo, pescoço e orelha.

— Quanto tempo nós perdemos, eihm, Kate... – apesar de muito feliz, ele lamentou o tempo perdido.

— Humm, Rick! – Ela torceu levemente a boca em sinal de que estava refletindo – Acho que pensar assim, amor, só vai nos maltratar e nos fazer sofrer e não é isso que queremos, estou certa? Não acho que essa seja a melhor forma de começarmos uma vida juntos. E olha que sou eu, a cética, quem está falando isso, viu?

— Sim, você está certíssima! Como sempre, ponderada. – Castle a elogiou.

— Não vejo lucro em ficarmos aqui pensando em possibilidades remotas, Rick. Tipo, no que poderíamos ter tido... Esse negócio de ficar pensando “E se... E se... E se...”, não é bom. Melhor pensar no que faremos agora e amanhã, e depois de amanhã e na semana seguinte... No mês seguinte... No próximo ano... Daqui a dez anos... Sempre juntos.

— Sempre juntos! Amei isso! Concordo, amor.

— Veja! Estamos noivos há tão pouco tempo e eu já estou ficando otimista! Eu nem acredito que eu falei isso... – eles riram.

— Eu te faço bem e você me faz bem, Kate. E você está certa, amor. Não vamos ficar aqui tentando adivinhar o que poderíamos ter sido. Vamos aproveitar o presente para merecermos um futuro. Nada de ficar remoendo o passado, até mesmo, porque tudo que eu já fiz na vida, cada escolha que eu já fiz, cada coisa terrível e maravilhosa que houve comigo, me trouxe até aqui a este momento com você.

— Eu te amo, Rick.

— E eu também te amo muito. Você é a minha vida, Kate, e eu estou louco para me casar com você.

Neste momento, Kate teve uma ideia. Ela deu um beijo rápido no noivo e, sorridente e com habilidade, saiu debaixo do corpo dele e se sentou sobre suas próprias pernas, colocou uma almofada no colo, encheu o peito de ar, torceu a boca, pensativa, e tocou no rosto do Castle, direcionando-o para que ele a olhasse e a escutasse.

— Hey, que carinha é essa, eihm, moça? Toda sorridente... Anunciando uma peraltice. – Castle foi até ela e deu um selinho, mas retornou ao seu lugar.

— Sorridente? Eu? Não é para estar? Nós, finalmente, estamos juntos, apaixonados e noivos. Começamos já com meio caminho andado... Pulamos a parte do namoro.

— Ah, mas vamos namorar bastante...

Kate o olhou ressabiada – Hey, você não acabou de me falar que estava louco para se casar comigo? – Ela franziu a testa, receosa.

— Sim, falei. – Ele confirmou – Mas você sabe que mesmo estando noivos e casados, vamos continuar eternamente namorados, não sabe? A gente vai continuar sempre de chamego, beijinhos, carícias, rindo por nada ou por tudo, olhares eletrizantes... Arrepios. Isso é o amor, Kate, entendeu?

— Ah, tá, amor... Entendi... Então... Deixe-me falar uma coisa. – Ela sorriu transbordando felicidade.

— Diga. Adoro te ver sorrindo, assim, Kate... Toda feliz.

— Mas você vai ter que me ouvir até o final e não me atrapalhar... Se isso é possível para você... – ela torceu os lábios, com desconfiança.

— Jura que você vai me provocar agora, Detetive Beckett?

— Não! – Ela encheu o peito de ar e sorriu feliz – Mas prometa-me que vai me ouvir sem me interromper.

— Prometo! – De um modo bem divertido, ele cruzou seus dedos indicadores sob os próprios lábios e os beijou, fazendo sua noiva rir.

— Ok! Então, lá vai. Rick, até agora você deu as cartas e eu aceitei do jeitinho que você queria que, aliás, era o que eu também queria e deu tudo certo... Não tão fácil, é bem verdade, não é? Primeiro você chegou aqui logo cedo, me acordou, me tirou da cama, preparou o desjejum, propôs aquela ideia absurda para eu procurar e experimentar vestidos de noiva para Nikky Heat. Tudo fazia parte de um projeto, muito incomum, mas muito bem arquitetado pela mesma mente que cria não só as teorias loucas na delegacia e quase sempre certeiras, eu reconheço, mas também produz livros maravilhosos que são campeões de venda em todo o mundo. Rick, usando a justificativa de que queria avaliar os vestidos para sua personagem, você, na verdade, me analisou para saber se eu te amava de verdade não apenas como amigo, mas como homem e então, me pediu em casamento e eu aceitei... Mas até chegar o momento do pedido de casamento, você me deu uma canseira que me deu nos nervos e eu até explodi... Com razão, né?? – Eles sorriram – Bem, mas graças a Deus tudo foi esclarecido e estamos aqui.

— Ok! Você resumiu o início da nossa manhã...

— Calma! Ainda não terminei.

— Ops! Desculpe... – Castle colocou uma mão na boca, em sinal de que voltaria a ficar em silêncio – Mas tente ser breve...

— Vou tentar ser sucinta. Então... Continuando... Rick, você me pediu em casamento, eu aceitei e acabou de dizer que está louco para se casar comigo... – ela falava rápido e ele estava atento – Na semana, passada meu pai me disse que vai aceitar a oferta de emprego em uma Universidade na Nova Zelândia. E você deve saber que as Universidades de lá têm reputação de excelência na educação em escala internacional e meu pai amou ter sido convidado para fazer parte desta equipe de primeira linha. Ele está ansioso para começar a lecionar e vai viajar no final do próximo mês e vai ficar lá por um ano. Estamos na primavera, ou seja, o clima está maravilhoso...

— Ainda não entendi, Kate. – Ele a olhava intrigado – O que é que tem a ver o meu pedido de casamento com a oferta de emprego do seu pai e ainda, estarmos na primavera.

— Você já foi mais inteligente, Richard Castle! – Kate o instigou.

— Estou lento... – Ele fez bico e franziu a testa – Mas eu deixo você me dar uma dica. – Ele pilheriou.

— Não, Castle, eu não vou dar dica... Eu vou é ser bem clara: Estamos na primavera... Eu sou sua noiva e meu pai vai passar um ano na Nova Zelândia, ou seja, temos menos de quarenta e cinco dias para casar, e eu quero que meu pai me leve até o altar e me entregue a você no nosso casamento.

Castle estava visivelmente boquiaberto?

— Você não gostou da minha ideia. – Kate declarou em tom triste.

— Você deve estar brincando, Kate! – Castle continuava boquiaberto – Eu não gostei? Uauuww!!! Meu Deus! Depois do seu “sim” ao meu pedido de casamento, essa sua ideia foi a melhor coisa que eu ouvi hoje!

Ele se levantou do sofá e a ergueu nos braços e a girou no ar, como se ela fosse criança, igual como fizera na loja dos vestidos de noiva, assim que ela dissera o “sim”.

— Me ponha no chão, amor! – Ela pediu e ele atendeu.

Castle a pôs no chão e a abraçou apertado – Acho que nunca vou morrer de infarto, viu, Kate, porque hoje foi minha prova e passei! Meu coração está cem por cento perfeito! – Ele brincou.

— Então você aceitou se casar comigo? – Kate indagou.

— Claro! Aliás, eu que te pedi em casamento, mocinha, você agora apenas disse a data... Ou a época... Então temos que correr.

— A pergunta que não quer calar, Rick: Será que vamos achar uma igreja, uma catedral ou uma capela em tão pouco tempo, para o casamento religioso e um lindo espaço para a recepção?

Castle torceu a boca demonstrando preocupação – Kate, sem querer ser estraga prazeres, eu te digo que nem preciso trabalhar nesta área para saber que seria impossível! Geralmente os noivos têm que fazer reserva com um ano de antecedência...

— Então, Rick, se vire!

— Você é boa em mandar, não é? Você adora fazer isso! – Ele a provocou.

— Se não está satisfeito... Vamos esperar meu pai retornar da Nova Zelândia... Um ano ou um ano e meio... – ela o amedrontou e prendeu um sorriso no canto da boca, provocando-o.

— Só se eu fosse louco! Já esperei quatro anos... Deus me livre esperar mais um ano e o pior, um ano e meio.

— Então... Conhece aquela expressão, “Se vira nos trinta”? Pois é, Rick, a situação é complicada, eu sei, e exige agilidade e eficiência para fazer, então, quero ver agora sua agilidade e seus contatos, porque eu quero casar contigo antes de meu pai viajar... Não quero noivado longo.

— E quem foi que disse que eu quero noivado longo? Eu quero casar com você “ontem”! Ficou claro? Mas já que não podemos fazer isso “ontem”, então vou fazer o possível e o impossível para nos casarmos em tempo recorde na presença de seu pai.

— Dê seu jeito, Escritor. Do mesmo modo que você conseguiu alugar o salão da maior e mais sofisticada loja de noivas pelo turno da manhã, em pleno sábado, consiga uma igreja, ou uma capela e ainda um espaço para a recepção. Não faço questão de luxo, quero apenas que caiba nossos pais, nossas famílias e nossos amigos.

— Missão dada é missão cumprida, Detetive!

— Acho bom, Escritor! – Ela piscou o olho para ele e sorriu.

— Bem, vou aproveitar que ainda estamos em horário comercial, mesmo em dia de sábado, e vou fazer umas ligações. Vou correr contra o tempo, futura Sra. Castle.

— Acho bom mesmo, futuro Sr. Beckett.

Eles riram.

Castle pegou seu celular e fez várias ligações e ela ficou ali, ouvindo e festejando com cada expressão de alegria que ele fazia e cada informação que ele repetia enquanto conversava com seus contatos no modo viva-voz.

Em menos de duas horas estava tudo decidido.

— Jura, amor? Eu ouvi isso mesmo? – Kate estava emocionada com a rapidez com que as coisas se resolveram.

— Juro! Isso mesmo que você ouviu, Kate. Vamos nos casar em um mês em uma das capelas do Hotel Bellagio, em Las Vegas. É um Hotel e Cassino e nele tem duas capelas. Aluguei também um dos salões de festas. As capelas que realizam casamento em Vegas estão por toda a parte e funcionam 24 horas, mas nem todas são do jeito o do tamanho que você quer... Aliás, que nós queremos. E como você quer um amplo salão de festas, a melhor opção mesmo é o Hotel Bellagio. Lá teremos as duas coisas do jeitinho que você merece e que nós queremos.

— Oh, amor! Parece um sonho! – Kate se jogou no colo dele e o encheu de beijos. – Então eu vou voltar à loja das noivas com a Lanie, a Martha e a Alexis. Vou conversar com a Matilda King e ver se ela consegue encontrar um horário para me atender e só saio de lá com o meu vestido de noiva.

— Ah, pode deixar que eu telefono agora mesmo para ela... Ela não vai ter como me negar, até porque, ela ficou de me enviar os dois vestidos que eu comprei esta manhã...

— Ãããnnhh?? Entregar dois vestidos? – Kate fez uma expressão de surpresa – Quais vestidos? Castle...

— Os dois primeiros que você vestiu, amor. O preto tomara que caia e o vermelho comprido, todo em rendas e com transparências... Belíssimos! Eu os comprei porque você, que já é maravilhosa, ficou deslumbrante neles. Não podia deixar passar.

— Ah, aqueles que você me disse que eu iria vestir nos eventos do seu livro...

— Isso mesmo!

— Você, eihm, Castle... Sempre aprontando... – ela sorriu feliz com a surpresa.

— Pode ir se acostumando.

— Por falar em livros... Não saia daqui. – Kate se levantou e correu para o quarto deixando o noivo sentado no sofá. Ele se levantou e foi até a janela apreciar a vista.

Passados cinco minutos, ele a ouviu chamando – Castle, venha cá no quarto.

Castle foi até o quarto da detetive e ao entrar quase enfartou.

Ela estava ajoelhada na cama, no meio de vários travesseiros. A imagem era pura perfeição e ela usava apenas um shortinho jeans e uma camiseta muito decotada que aparecia parte do bojo do sutiã preto. Kate segurava um livro dele e uma caneta.

Kate adorou que ele ficou boquiaberto e, aproveitando que ele estava perturbado, ela fez uma voz sensual e pediu – Richard Castle, autografa meus seios...

— Hummm!! – Mesmo muito excitado com a situação, ele a olhou desconfiado – Se eu autografar seus seios, eu corro o risco de dormir no sofá?

— Se não autografar... Sim. – Ela sussurrou de forma sensual.

— Mas você me ameaçou... Você me disse que...

— Castle, cala a boca e realize minha fantasia... – ela ralhou com voz rouca, mas sem quebrar o encanto do momento.

— Ele se ajoelhou na cama e pegou o livro e a caneta na mão da noiva. Ele abriu o livro e viu uma dedicatória antiga e seu autógrafo – O livro já está autografado, amor...

Kate tomou o livro das mãos dele e com cuidado o colocou na banca de cabeceira – Escritor, eu quero que você autografe nos meus seios...

— Ah, tá... Oh, meu Deus! – Ele encheu o peito de ar – Castle conferiu a caneta e viu que ela estava pronta para escrever. Passou a mão esquerda no pescoço da noiva e foi descendo até o colo, alisando cada pedacinho de pele. Ele esticou um pouco a gola, aumentando o decote e tentou escrever – Hey, linda, acho que se você tirar esta blusa, o autógrafo vai ficar melhor... – Castle arriscou, maroto – É só uma dica.

Kate ergueu os braços e ele, prontamente tirou a camiseta dela.

Castle nunca se sentiu tão nervoso para dar um autógrafo a uma fã e enquanto autografava os seios de sua noiva, sentia a respiração profunda dela e os seios dela subiam e desciam e os bicos quase furavam o sutiã e, lentamente, ele escreveu uma dedicatória bem próximo à auréola do seio, no limite do sutiã:

 

“Para Kate, a minha fã mais especial, minha noiva, o amor da minha vida. Te amo!

Richard Castle.”

 

Kate tentava identificar o que ele escrevera e ao ler, ela deu um sorriso tímido, pegou a caneta das mãos do noivo e a jogou no pé da cama e o enlaçou pelo pescoço – Uaauww! Como estou nervosa! Estou me sentindo como se estivesse com o Richard Castle... O Escritor...

— E eu como se estivesse fazendo algo errado... Eu, noivo de você e na cama com uma fã, autografando os seios dela, quase sem roupa, e morrendo de tesão por ela.

— É para eu ficar com ciúmes desta sua fã? – Kate mostrou-se pensativa.

— E é para eu ficara com ciúmes deste Escritor? Você me confundiu, Kate, pois eu estou com ciúme de mim mesmo...

Castle a empurrou sobre os travesseiros e ficou a apreciá-la – Que mulher é essa, meu Deus! – Ele respirou fundo enquanto se aproximava e começava a acariciar todo o corpo de sua noiva, iniciando pelo rosto, descendo pelo pescoço, passando pelos seios, abriu o fecho frontal do sutiã. Segurou ambos os seios com suas mãos e, com o polegar, passou a intensificar as carícias nos bicos eriçados e logo se juntou a ela, beijando e sugando cada um dos seios, mordiscando a pele sensível, provocando suaves gemidos de satisfação de Kate. Enquanto se deleitava com os seios de sua amada, ele acariciava o umbigo dela e Kate tremia de excitação, fazendo-o seguir a trilha até que alcançou a delicada calcinha de renda que, com certa dificuldade, foi retirada, juntamente com o short. Com habilidade e atiçado pelos pedidos roucos de Kate, acariciou a parte mais sensível dela e ela se contorcia e pedia por mais. Ao mesmo tempo que Castle mordiscava os bicos arrepiados do seio de sua noiva, ele introduziu dois dedos nela e fazia movimentos rápidos, profundos e contínuos, até que ela alcançou o prazer máximo.

Sem esperar Kate se recuperar do orgasmo, ele se despiu com rapidez, beijando-a de modo apaixonado e se colocou sobre ela. Afastou-lhe as pernas e, sabendo que ela estava pronta para ele do mesmo modo que ele também estava pronto para ela, a penetrou de modo viril, quase primitiva, com movimentos repetitivos. O ruído dos corpos se chocando se misturava ao som da respiração ofegante deles. O cheiro de amor e sexo tomava conta do quarto e ainda tinha o som rouco das suplicas de Kate pedindo para ele não parar e a todo momento, o Castle a exaltava com todo tipo de elogios, dos mais doces aos mais picantes, até que Castle sentiu que Kate chegara ao orgasmo. Ela estava trêmula e a musculatura da intimidade dela apresentava contrações rítmicas, apertando seu membro e essa sensação maravilhosa o fez alcançar o orgasmo.

Suados, porém, satisfeitos, Kate e Castle eram só felicidade.

Castle se retirou de Kate e se jogou sobre os travesseiros, de barriga para cima, mas como não queria ficar um segundo sequer longe da noiva, a trouxe para junto de si, abrigando-a nos seus braços.

As respirações foram, aos poucos, voltando ao normal, quando Castle acariciou os cabelos e os braços de sua noiva e, girando o corpo para poder ter acesso visual aos olhos dela, ele falou o que não era mais segredo – Kate, eu te amo, e não sei mais viver sem você.

— Eu também não sei mais viver sem você, Rick. Eu te amo como nunca imaginei poder amar alguém.

— Vamos viver felizes para sempre.

— Sim, Rick, para sempre.

 

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Em Las Vegas...

Muito tensa, apaixonada e ansiosa, Kate olhou a sua imagem refletida no amplo espelho do quarto onde estava se arrumando, na companhia de Martha, Lanie, Alexis e uma equipe de maquiadores e cabelereiros.

— Katherine! Este vestido de noiva ficou perfeito em você... Este penteado... A maquiagem... Eu sei que você é linda de qualquer jeito, mas hoje, filha, com toda essa magia de ser o dia do seu casamento, todo o amor que envolve você e o meu filho... você está deslumbrante!

— Oh, querida! – Lanie murmurou – Eu estou tão emocionada! Nem acredito que minha melhor amiga está aqui na minha frente toda linda neste maravilhoso vestido de noiva e vai se casar com o Escritor, depois de negar por quatro anos que o amava... Depois de tantas brigas, tantas coisas que passaram juntos... Nunca vi um amor tão lindo assim...

— Ah, Kate...Parece um sonho que você e meu pai finalmente vão se casar – Alexis admitiu – e eu vou ter você todos os dias juntinho de mim lá no loft... Ah, sim, também estou vendo meu lado, né, porque você sempre foi mais do que uma amiga para mim... Pode ser um papo piegas, e tal... Mas você é a mãe que eu nunca tive.

— Lanie, Martha e Alexis, eu amo vocês, mas, se o objetivo de vocês era me fazer chorar, vocês conseguiram. Parabéns! – Kate ralhou, com os olhos cheios d’água – Vocês sabem que o Castle é o amor da minha vida e eu nem acredito que em menos de uma hora eu já estarei casada com ele e dançando a nossa música.

— Minhas queridas! – A líder das maquiadoras as repreendeu – Eu amei estar aqui com vocês. Vocês quatro são ótimas! Eu amo ver a noiva ser tão amada pela sogra, pela amiga e pela enteada, mas, vou dar uma dica: Que tal se vocês escolherem um assunto menos emocionante, eihm, porque, apesar de a maquiagem que eu usei na Kate ser à prova d’água, não sei se seria bacana testar agora, ok? – A moça sorriu e piscou o olho, de forma camarada.

Beckett, sua sogra, sua enteada e sua amiga concordaram com a advertência da líder das maquiadoras.

— Então, já que ainda temos vinte minutos para sair daqui do quarto antes de descermos para a capela, vamos contar umas piadinhas... – Lanie era hilária –Aliás, vou fazer melhor... Vou contar para vocês umas situações divertidas, tipo, umas briguinhas hilárias entre a Kate e o Castle lá no meu Necrotério.

— Sério, Lanie!? – Kate não queria acreditar que a amiga tencionava narrar aquelas coisas.

— Ah, conte mesmo, Lanie. – Martha incentivava Lanie a introduzir um assunto divertido, ainda mais que se tratava de seu filho e de sua nora.

— Bem, teve um dia... – A Médica legista começou a narrar um dos muitos casos que ela sabia e a diversão era certa.

 

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Richard Castle chegou à capela dez minutos antes do horário da cerimônia e ficou esperando Kate Beckett.

Todos os familiares e amigos convidados já se faziam presentes.

Fazia parte do contrato da capela que os noivos não poderiam se atrasar, então, no horário combinado, Kate chegou, feliz, segurando seu lindo buquê de alfazemas e, a passos lentos no compasso de uma doce melodia, atravessou o tapete vermelho acompanhada do Jim Beckett até alcançar o seu noivo, Richard Castle.

A felicidade dos noivos estava estampada nos sorrisos deles.

O Reverendo realizou a cerimônia religiosa com efeito civil e no seu sermão, disse lindas palavras relacionadas à importância da família na vida do casal e também sobre a necessidade do amor, do respeito, da amizade e da admiração para a manutenção do casamento.

Assim que chegou o momento dos votos, Kate foi orientada a iniciar.

— Quando você passou a ser meu parceiro de trabalho e começou a fazer parte do meu dia a dia, Rick, mesmo cética, eu sonhei que queria você. Eu era sua fã e tinha todos os seus livros. Só que você não era aquela pessoa que eu imaginei. Você não era apenas aquele autor de livros, cuja fotografia enfeitava a contracapa dos seus livros que enchiam a minha estante ou se amontoavam na minha banca de cabeceira... No dia a dia, Rick, eu pude constatar que, sim, você não é apenas o melhor Escritor, meu Autor favorito e o homem mais bonito do Mundo. Ah, não! Você é muito mais do que isso. Você é também o mais inteligente, o mais cavalheiro, o mais atrevido, o mais irritante, mas que, por tudo isso, é o grande amor da minha vida. Richard Castle, você é o único homem que consegue me tirar do sério, mas também o único que, mesmo nos piores momentos, consegue me fazer sorrir e o único também que teve amor e paciência suficiente para esperar o meu tempo e ainda coragem e sabedoria para transpor minhas barreiras. – Com o queixo trêmulo de emoção, Kate tentou completar – Você me fez acreditar que sonhos podem, sim, se transformar em realidade e que o amor é possível. Eu te amo, Rick, e quero fazer parte da sua vida, da sua família, da nossa família. Sempre.

Assim que terminou seus votos, Kate estava muito emocionada e lágrimas teimosas, escorriam e o Castle, amoroso, as enxugou, mas, em seguida, pegou as duas mãos dela, unidas, e beijou as pontas dos dedos.

O Reverendo autorizou o noivo a dizer seus votos.

— Apesar de lamentar as circunstâncias que favoreceram nosso encontro, Kate, eu agradeço todos os dias a Deus por hoje você fazer parte da minha vida. Você modificou a minha vida para melhor. Não somos iguais, muito menos perfeitos, mas é isso que nos instiga a querer ficar juntos e procurar o melhor caminho para a felicidade. Sozinhos somos bons, mas juntos, somos ótimos! Quanto eu te vi pela primeira vez, você passou a fazer parte dos meus sonhos, mas como eu sou muito otimista, meus sonhos se tornaram realidade e, graças a Deus, você faz parte da minha vida. Katherine Beckett, seu sorriso me inspira. Seus olhares me desafiam. Sua voz, me arrepia. Sua mente e sua força me encorajam. Seu amor e a sua admiração me fortalecem. Por você e por nós, eu quero ser melhor a cada dia. Eu te amo e quero que a nossa vida seja plena de felicidade, de alegrias, saúde, amor, admiração, respeito e confiança. Sempre. E que todo dia ao acordar, possamos dizer que aquele é o melhor dia das nossas vidas.

A verdade contida naqueles votos, emocionou a todos e o Reverendo fez as perguntas tradicionais.

— Katherine Houghton Beckett, você aceita Richard Alexander Castle como seu legítimo marido, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, amando-o e respeitando-o todos os dias da sua vida?

— Sim, eu aceito.

— Richard Alexander Castle, você aceita Katherine Houghton Beckett como sua legítima esposa, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, amando-o e respeitando-o todos os dias da sua vida?

— Sim, eu aceito.

As alianças foram abençoadas e colocadas.

— Então, em nome de Deus e com os poderes a mim conferidos, eu os declaro casados. Pode beijar a noiva, Castle.

Kate e Castle aproximaram seus rostos e, muito lentamente, roçaram seus lábios num beijo casto, cheio de amor, mas que, lentamente, finalizou com três selinhos e sorrisos de felicidades.

 

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Ao final da cerimônia religiosa com efeito civil que acontecera na capela do hotel, o casal seguiu para o luxuoso salão onde haveria a recepção e lá ocorreu a festa mais linda do mundo, não somente por conta da ornamentação, mas também, porque ali havia o amor mais lindo e mais verdadeiro do mundo.

Kate e Castle aproveitaram a festa, cumprimentaram todos os convidados, cortaram o bolo, fizeram brindes, posaram para fotografias e dançaram.

 

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A noite de núpcias foi um sonho se tornando realidade.

— Bom dia, amor! – Castle cumprimentou Kate, assim que a viu abrindo os olhos pela manhã – Hoje é o dia mais feliz da minha vida!

— Oi, amor, bom dia! – Kate se espreguiçou e, ainda sonolenta, se aconchegou no peito do marido – Você me disse isso mesmo, ontem... Ou melhor dizendo... – ela deu um monte de beijinhos no pescoço dele –, Você me disse isso mesmo nesta madrugada depois que fizemos amor pela última vez, antes de dormir. Rick... Nossa primeira noite de amor depois de casados.

— Pois é, Kate, é como eu te falei há um mês, no nosso primeiro dia juntos, como casal... Nós nos amamos muito, então, tudo é motivo para eu dizer que hoje é o dia mais feliz da minha vida e o mesmo se aplica a você.

Kate deu um longo suspiro e o olhou apaixonada – Você está certo. – Ela se sentou na cama para se levantar – Hey, amor, estou com fome. Vamos...

Castle a interrompeu e a puxou de volta para se deitar junto com ele e começou a enchê-la de carícias – Fome de mim? – Ele perguntou, maroto, continuando a beijá-la e a acaricia-la.

Muito feliz e sorridente, ela respondeu – Para ser bem franca, amor, eu até que estou com fome de você, mas... – ela fez uma careta a título de pedir desculpas – Mas neste exato momento, estou mesmo é com fome de comida... Um suco, uma panqueca com geleia, um pedaço de bolo com cobertura de chocolate, pão, queijo... uma boa caneca de café...

— Humm!! – Ele se admirou da quantidade de coisas que ela listou. – Quem é você e o que você fez com minha esposa? – Eles riram diante da brincadeira dele.

Ainda sorridente, Kate voltou a se sentar na cama e rapidamente ficou de pé, mas só que voltou a se sentar, pois sentiu o mundo rodar e pôs as mãos no colchão para se equilibrar – Uauww!  Estou até tonta de fome.

Caste percebeu que ela estava pálida – Sua tolinha! É porque você estava deitada e se levantou muito rápido e sentiu esta tontura. É normal. A gente tem que aguardar alguns segundos antes de ficar de pé.

— Ah tá... Beleza! Vou tomar banho.

— Vou com você, Kate... Eu até já enchi a banheira mais cedo. Vá que você precise de alguém, tipo um homem forte como eu para te segurar, ou para lavar suas costas... Nunca se sabe, não é? Minha intenção é só te ajudar. – Castle fazia cara de inocente, mas seus olhos eram de menino travesso e Kate amava isso nele.

— Ah, tá... Tô sabendo... – Ela sorriu ao concordar com ele – Acho bom mesmo, marido. – Kate estendeu a mão para o Castle e, juntos, foram tomar banho, só que o banho mesmo aconteceu mais de quinze minutos depois, pois assim que entraram na banheira as carícias começaram, seguidas de beijos, então fizeram amor.

 

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Ao invés de pedirem o café da manhã no quarto, decidiram descer para a luxuosa sala de refeições do hotel.

Antes de descer ela tomou um suco de uva de caixinha, bem gelado, que estava no frigobar.

A sala de refeição do hotel era um espetáculo. Só que ao invés de comer tudo o que listara mais cedo, Kate não conseguiu comer nada, pois assim que entrou no imenso salão, ela se sentiu nauseada com a mistura dos aromas dos alimentos e, assim que identificou a porta do banheiro, correu para lá e vomitou o pouco de suco de uva que tinha ingerido. Ela estava péssima e se sentia muito mal.

Castle ficou assustado com a cena de sua esposa correndo e se trancando no banheiro e, sem se preocupar com outras mulheres que poderiam estar lá dentro, ele foi atrás dela e a encontrou pálida, ajoelhada diante do vaso sanitário – Kate! O que foi isso, amor? – Ele a amparou e entregou-lhe um chumaço de papel higiênico para ela enxugar os lábios.

Assim que o mal-estar passou, ele a levou até a pia e a ajudou a lavar a boca.

— Senhor, este banheiro é feminino.  – Uma hóspede o avisou assim que saiu de uma das muitas cabines reservadas ao se deparar com o Castle segurando a Kate. Era uma senhora com voz gentil, muito bonita, por volta dos setenta anos.

— Ah, sim... Eu sei, senhora... Sinto muito... – Castle respondeu um tanto constrangido – É que minha esposa está passando mal e eu não podia deixa-la sozinha.

— Entendo... – A idosa mostrou-se preocupada e sincera – É a primeira gravidez dela? – A hóspede indagou de forma amorosa.

— Gravidez?

— Gravidez?

Kate e Castle perguntaram ao mesmo tempo e se entreolharam diante do questionamento da desconhecida e esta captou a hesitação do jovem casal – Ah, já sei... Vocês ainda não tinham percebido a gravidez...

— Estamos em lua de mel... – Kate informou.

Kate e Castle continuavam pasmos diante da desconfiança da outra hóspede e isso não passou despercebido por ela – Bem, eu tive cinco filhos e já vi milhares de gestantes. Por experiência, posso te garantir que você está grávida, querida. – A gentil senhora afirmou – E pelo visto você está em jejum... Venha, querida, vamos sair do sanitário. Vou te dar uma dica, enquanto estiver assim, enjoada, é melhor evitar ambientes com misturas de cheiros fortes. Melhor ficar no lobby do hotel, pois lá o ambiente é mais saudável... É maia arejado.

Os três saíram juntos do salão de refeições e a gentil senhora prosseguiu – Se vocês me permitem, vou fazer duas coisas: Primeiro, pedirei ao garçom para fazer um chá de gengibre para você e, em seguida, vou comprar teste de gravidez na farmácia aqui mesmo no lobby... Ali – ela apontou para a farmácia em frente a eles, bem ao lado do restaurante.

 

— Ah, pode deixar que eu compro... – Castle a interrompeu.

— E deixar sua esposa sozinha? Ah, não... Nada disso, filho.

A idosa, diligente, fez um sinal para um garçom à porta do restaurante e assim que ele se aproximou, ela fez o pedido do chá de gengibre.

Neste momento chegou um senhor muito bonito e muito bem arrumado, tal e qual a senhora – Hey, amor! Algum problema? Você saiu do restaurante... – O idoso demonstrou estar preocupado e tinha cara de apaixonado e ele estava acompanhado de dois adolescentes.

 

— Oi, meu amor! – A idosa o cumprimentou, sorridente – Eu saí do restaurante e nem te avisei, não foi? Desculpa... Foi tudo muito rápido – Esta moça está com hiperêmese gravídica. Eu já pedi um chá de gengibre ao garçom e agora eu vou comprar um teste de gravidez ali na farmácia. – Muito dinâmica, a senhora já se dirigiu à drogaria, deixando Kate e Castle na companhia do seu marido e de dois adolescentes.

— Olá, meus jovens! Minha esposa é assim... Ela quer ajudar a todos, mesmo que ninguém peça... – Ele deu um sorriso feliz – Mas peço que não se importem... Ela é uma ótima pessoa. – Bem, meu nome é Michael Mountain e aquela linda e maravilhosa mulher é minha esposa há cinquenta anos...

— Oh, meu Deus! – Castle o interrompeu – Sua esposa é Eva Mountain, a famosa ginecologista obstetra... Bem que eu estava achando a fisionomia dela muito conhecida, agora que o senhor falou seu sobrenome, eu liguei os fatos. Eu já vi dezenas de entrevistas com ela na TV e em revistas e até na Oprah Winfrey. – Castle viu a fisionomia de espanto de Kate – Isso mesmo, amor, eu assisti a entrevista da Dra. Eva Mountain na Oprah. Ela é um fenômeno! Ela tem dezenas de livros publicados, todos na área de obstetrícia. E, se não me engano, Sr. Mountain, vocês têm um hospital... Uma Maternidade...

— Ah, além de linda e maravilhosa como pessoa e como esposa, ela é uma excelente médica obstetra. – O marido dela era orgulhoso da esposa – Eu também sou ginecologista obstetra e temos um hospital-maternidade em Nova York. Mas já estamos aposentados e hoje quem trabalha lá são John e Laura, dois filhos nossos que seguiram nossos passos. Os outros três seguiram outras carreiras... David é Engenheiro, Mary é Advogada e a Sophia é Arquiteta. Estamos todos aqui comemorando os cinquenta anos de casados... Bodas de Ouro! Cinco filhos e dez netos. Estes são Matheus e Sarah, meus netos gêmeos. Dezessete anos.

Neste meio tempo o garçom já tinha trazido o chá de gengibre e Kate o ingeriu, fazendo careta, pois ardia um pouco, como se fosse apimentado e logo a cor voltou ao seu rosto e ficou animada.

Michael Mountain falava da esposa e da família com um amor que comovia Kate e Castle.

— Muito prazer, Michael... – Meu nome é...

— Richard Castle, eu sei. Você é o melhor escritor de mistérios que eu conheço. Eu tenho toda a sua coleção, meu jovem. Eu e minha esposa somos seus fãs.

— Eu também li toda a coleção da Nikky Heat da vovó... – Sarah se intrometeu na conversa dos adultos – E, pelo que posso perceber, você é a Nikky Heat... – Sara olhou para Kate.

— Bem, meu marido se inspirou em mim para escrever a Nikky Heat, mas meu nome é...

— Detetive Kate Beckett! – Sara voltou a falar – Sei tudo sobre vocês. Sou apaixonada pelos livros e nem estou acreditando que estou olhando para vocês, de verdade. Kate, você é linda! Deslumbrante! Estou completamente sem ação. Posso tirar uma self? – A garota já perguntou se aproximando de Kate e Castle, em total assédio, mas foi severamente repreendida pelo avô.

— Sarh, minha querida! Que coisa mais inconveniente! – E, se dirigindo para Kate e Castle, demonstrou estar constrangido – Desculpem a minha neta... Adolescentes! Esquecem a educação em casa.

— Ah, não se preocupe, Sr. Mountain... – Já melhor e saudável, Kate asseverou – Senta aqui, Sarah, pertinho de mim... Eu não sou famosa, você sabe, mas se quiser tirar foto conosco, tudo bem. Venha, querida. Rick, sente-se aqui também. – Kate olhou amistosa para o irmão gêmeo da garota – Matheus, que tal você tirar uma fotografia da sua irmã, eihm?

O garoto torceu a boca, bem do jeito de adolescente, ao receber o telefone celular da irmã e logo clicou um monte de fotos.

Eva Mountain retornou da farmácia com uma sacolinha com dois testes de farmácia e ela explicou como Kate deveria proceder e tanto Kate quanto Castle agradeceram.

— Querida, você já reparou bem na fisionomia deste homem? – Sorridente, Michael Mountain perguntou para a esposa, mas antes piscou o olho para Kate e para Castle.

— Ah, já, sim. Como não olhar este moço tão bonito, eihm? – Ela apreciou Castle – Que marido lindo você tem, eihm, garota... Ele só não é mais bonito do que o meu Michael. – Todos sorriram diante daquele comentário apaixonado da gentil senhora – Aliás, vocês fazem um lindo casal, viu, porque você, moça, é um espetáculo!

— Querida, você já foi mais observadora! – Michael comentou de modo divertido e então Eva ficou a olhar para o Castle até que ela ficou boquiaberta.

— Não! Não posso acreditar! Meu Deus! Michael, ele é o próprio Richard Castel, meu autor preferido... Em pessoa.

De um modo divertido e leve, a tietagem continuou por alguns minutos e houve mais sessão de fotografias, no entanto, logo a própria Dra. Eva Mountain orientou  Kate a subir para a sua suíte a fim de fazer o teste de gravidez, a aconselhando a procurar o médico para o acompanhamento da gravidez, mas que não precisava interromper a lua de mel por causa disso, tanto que junto com o teste de farmácia, ela também havia comprado fortificantes próprios para gestantes e medicamentos para evitar náuseas e vômitos a fim de garantir que Kate não ficasse desidratada.

Kate foi medicada.

A Dra. Eva Mountain também usou uma folha de papel da farmácia para listar alimentos que Kate deveria dar preferência por conta do bebê e outros que deveria evitar para não causar enjoo. Fez também outra relação de itens para uma dieta saudável para a gravidez.

— Isso vai servir até você procurar sua médica, querida. Mas não se esqueça de procura-la assim que terminarem a lua de mel. Eu ficaria muito feliz se durante esse tempo você me telefonasse para me contar as novidades. Eu já estou aposentada, mas vou adorar conversar com você... Não vou roubar você da sua médica. – Eva riu – Eu quero você como amiga, ok? – Eva examinou os olhos de Kate – Você está ótima, querida. Foi somente um mal-estar passageiro próprio de mulheres no seu estado. Curta a sua lua de mel. Felicidades! – Eva deu a mão ao marido e o olhou apaixonada e depois se dirigiu ao jovem casal - E, se vocês tiverem a metade do nosso amor, considerem-se premiados.

 

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 Como a Dra. Eva Mountain previu, o teste de farmácia deu positivo.

— Oh, meu Deus! – Kate estava sentada na cama da suíte e tremia ao segurar os dois bastõezinhos onde estavam a confirmação da sua gravidez.

Castle se sentou e pôs a esposa no seu colo – Kate, você me fez o homem mais feliz do mundo ao aceitar o meu pedido de casamento... Também ontem, ao se casar comigo e agora, meu amor, me dando este presente... Um bebê. – Castle estava emocionado.

Ele tirou Kate do seu colo e a colocou sentada na cama e se ajoelhou de frente a ela, ergueu um pouco a camiseta vermelha que ela usava e ficou a dar beijinhos na barriga dela, ainda completamente plana – Hey, bebê! Sou eu, o papai! Eu e a sua mamãe estamos muito felizes com a notícia da sua chegada e te esperaremos aqui com muito amor.

Kate não segurou a emoção ao ver o amor da sua vida, seu marido, conversando com o bebê deles. Lágrimas desciam.

Ainda ajoelhado no chão diante da esposa, Castle olhou para cima na direção dos olhos dela – Kate, nesta manhã quando você acordou eu te disse que hoje era o dia mais feliz da minha vida e eu nem sabia que você estava grávida. Pelo que pude perceber, nossa vida será uma sucessão de dias e horas felizes.

Com lágrimas dos olhos de felicidade diante do que ouvira do marido, Kate o puxou pela mão para que ele se levantasse e ela também se levantou da cama e o abraçou.

— Mas que tal se a gente sair para comprar alguns dos itens da dieta que a Dra. Eva Mountain me prescreveu, eihm, Bonitão... Ou comprar tudo... Estou com uma fome danada.

— Ah, claro! – Castle demonstrou que estava voltando a si depois do choque e ambos sorriram.

— Obrigada por me dar este bebê, Rick! Eu te amo! Sempre!

— Eu também te amo. Sempre.

 

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A gestação de Kate foi maravilhosa, sem nenhuma intercorrência.

Ela foi para todas as consultas com a sua médica obstetra, mas não deixou de manter contato semanal com a nova amiga, Dra. Eva Mountain, que a alegrava muito, pois a idosa era muito amorosa e dedicada e a tratava como uma mãe ou uma tia e isso  Kate amava.

Na quadragésima primeira semana de gestação, Kate deu a luz a um lindo e saudável casal de gêmeos, Thiago Beckett Castle e Helen Beckett Castle para a alegria de todos na família.

 

 

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A partir do momento em que Kate Beckett e Richard Castle ficaram noivos, a vida deles não foi mais a mesma.

Os dias até poderiam ter dificuldades, mas o casal driblava com muito empenho, pois o amor entre eles e entre a família aumentava a cada dia.

 

O amor deles transformava tudo para melhor. Eles eram muito mais felizes e tudo era lindo e maravilhoso.

E pensar que toda esta felicidade se iniciou com a Kate "experimentando vestidos de noiva"...

FIM – (clique aqui e veja as FOTOS DA FAMÍLIA CASTLE)


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Notas finais do capítulo

Preciso agradecer novamente. Não me importo em ser repetitiva. Agradecer faz bem para minha alma. Muito obrigada às leitoras que incluíram esta fic na relação das suas favoritas: "Sousaraiane", "Jansenizia Brasil", "Fernanda Mônica Souza Silva", "Fran Sousa" e "Luana Lima SKKB", "CamilaCaskett", "Glaucia", "gilvania", "Cleo Tavares", "Rita Vieira", "litaeml" e "Czsilva". Vocês me fizeram muito feliz, do mesmo modo que as leitoras que escreveram lindas RECOMENDAÇÕES com palavras animadoras: "Fernanda Mônica Souza Silva", "gilvania", "Bethlopes", "Cleo Tavares", "Rita Vieira" e "Fran Sousa".

Mil beijos a todos os leitores e ficaria muito feliz em vê-los pela última vez nos comentários.

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Link das imagens deste capítulo:
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