Experimentando vestidos de noiva escrita por Denise Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Voltei rapidinho, não foi? ❤️
Esta é uma história bem pequena... Tive um insight divertido e não podia perder a chance de mostrar a vocês.
Era para ser uma one-shot, mas fui me estendendo... estendendo...
Espero que gostem e se divirtam muito.
Boa leitura e não se esqueçam de comentar, favoritar e recomendar.
Ah, o capítulo é bem pequeno, então, aconselho que leiam lentamente, aproveitando as provocações do nosso divertido casal.
Um beijo no coração de todos.
Denise ❤️



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Richard Castle estava no seu escritório do loft, sentado na confortável, robusta e sofisticada cadeira giratória em aço cromado, revestida em couro marrom.

De modo displicente, Castle apoiava as pernas sobre a sua mesa de trabalho, dando-lhe equilíbrio e segurança para ter o encosto levemente inclinado para trás e, diante dele, estava o seu notebook que se encontrava acomodado sobre seus joelhos.

Em outros tempos, estaria se divertindo com qualquer joguinho virtual de guerras, pois, além de não estar com vontade de escrever, também estava sem inspiração. Sim, mas mesmo estando com bloqueio criativo, tal travessura seria impossível naquele momento, pois tinha um contrato para cumprir, visto que o prazo que Gina lhe dera já fora bastante estendido e agora não tinha alternativa... Seria escrever ou escrever, já que o tempo estava se esvaindo e ele não aguentava mais ouvir os gritos e as cobranças da sua editora que, outrora, por sua infelicidade, foi sua segunda ex-esposa.

A tela do notebook estava em branco, a exceção das letras do título do capítulo em caixa alta e em negrito, no entanto, a todo momento ele o alterava.

 Como Escritor, Richard Castle se utilizava de diversos meios para obter inspiração, desenvolver suas ideias, facilitar a visualização e quase a concretização da sua imaginação e um destes recursos era o mundo. Mas também usava bastante a internet, ambiente virtual simples, coletivo e muito frequentado por todas as faixas etárias, homens e mulheres de todo o planeta e que também abrangia todas as classes sociais. Todavia, o que ele queria para aquele capítulo era algo não muito comum, pois chegara o dia em que iria escrever sobre a festa do casamento da Detetive Nikky Heat com o Jornalista Jameson Rock. Para tais cenas, precisava ver modelos de vestidos de noiva que combinassem com a personalidade peculiar da bela protagonista. No entanto, o Castle não estava tendo criatividade suficiente para idealizar tal traje, aliás, nem mesmo conseguia distinguir o estilo escolhido pela linda, sexy e audaciosa detetive e, após visitar dezenas de sites de lojas de vestidos de noivas, Castle não alcançara o objetivo desejado.

Durante sua longa carreira de Escritor já fizera milhares de consultas em bibliotecas e também em site de buscas sobre temas variados acerca de mobiliários, cidades, profissões, maquinários e até mesmo sobre objetos de prazer BDSM, também sobre vestuários, roupas íntimas, corselet e espartilho de todo tipo, variedades e cores, diversos acessórios, trajes completos, calçados e centenas de outras coisas, com o objetivo de dar veracidade à cena. Sempre tivera êxito nestas pesquisas, contudo, escolher vestido de noiva estava complicado. Não estava achando nada fácil, talvez pelo fato de ter sido tão infeliz nos seus dois casamentos e também porque não conseguia tirar a Beckett da cabeça.

Como aquela tarefa o consumia, Castle não iria ao Distrito naquela quarta-feira nem nos dias seguintes porque precisava focar unicamente no livro a fim de viabilizar a entrega do capítulo à Editora, cujo prazo final se encerrava na segunda-feira seguinte e isso o deixava nervoso e ao mesmo tempo entediado, porque ele estava com saudades de ver e provocar a Detetive Kate Beckett... e se não fosse ao Distrito, não poderia se divertir ao brincar de ser policial.

Apesar de não estar conseguindo escrever, ele pensava na Detetive Nikky Heat, mas ele estava cansado.

Usando uma desculpa para ouvir a voz da bela Detetive de carne e osso que o inspirava a escrever a outra Detetive que residia nas páginas do seu livro, Castle pegou seu telefone celular para comunicar sua ausência, só que, obviamente, Kate Beckett não deixou barato.

Beckett logo viu a origem da chamada e atendera a ligação no segundo toque, tentando demonstrar na voz um desinteresse que estava longe de sentir.

Ao invés de atender à chamada informando seu cargo e seu nome, como era de praxe, ela já foi logo ralhando com o Escritor, pois, como diz o ditado, a melhor defesa é o ataque  – Até sem vim aqui você atrapalha, eihm!!?? São nove horas da manhã de uma quarta-feira, Castle. Estou na Delegacia revisando alguns relatórios, pois não temos nenhum caso em andamento, então...

Ele a interrompeu e devolveu o cumprimento, só que de forma jocosa – Bom dia para você também, Detetive Beckett. Percebo que adorou ouvir a minha voz.

Mesmo sem vê-la, Castle tinha certeza que neste momento Beckett enchia o peito de ar e, irritada com o seu telefonema, estaria a revirar os olhos.

— Ok!! Ok!! Bom dia, Castle... O que você quer? Diz logo, porque... – Ela falava de modo quase rude.

— Uaaauw, Detetive! Jura que você está mesmo me perguntando o que eu quero? Ah, o que eu quero... – ele fez uma curta pausa e, com um tom sensual, ele voltou a falar com o objetivo de provoca-la – Talvez não devêssemos tocar neste assunto por telefone... – e, com voz rouca ele completou – Quem sabe se estivéssemos frente a frente... Coladinhos... Olho no olho...

Com o coração acelerado e queimando de excitação ao ouvir aquela insinuação direta com conotação nitidamente de cunho sexual, Beckett ficou sem fala e deu graças a Deus daquela ligação não ser por meio de videoconferência, porém, logo tentou recuperar o controle e procurou disfarçar sua inquietação – Deixe de falar asneiras, Castle, e diga logo o assunto que o fez telefonar para mim... Além de, claro, me incomodar que é o que você adora fazer. Lógico que, vindo de você, Castle, não deve ser nada sério... Deve ser bobagem...

— Ah, Detetive, como você é doce! – Castle ironizou e riu ao imaginar a cara de raiva que ela deveria estar fazendo. Só que ele adorava provoca-la e continuou no mesmo ritmo – Se eu fosse diabético, eu morreria agora com hiperglicemia... Pois é, coma glicêmico. Mas tudo bem... Vou ser breve. Eu estou telefonando para te informar que a Gina está pegando no meu pé... Ela disse que eu tenho até segunda feira para entregar um capítulo do livro e eu ainda não consegui começar a escrever, pois, estou sem inspiração... Quer dizer... Eu já tenho o título... Mas, para ser bem franco com você, nem isso eu ainda me decidi, Beckett... Então, quero te avisar que não vou ao Distrito hoje, amanhã, nem depois... Nem sábado e domingo...

— Castle... Não acredito! Espera para ver se eu entendi direito... Você está me dizendo que não vem hoje, amanhã e depois... Nem sábado e domingo... Sério!? Você est... Castle, isso é verdade ou é apenas uma das suas gracinhas somente para me dar uma alegria momentânea? – Ela o provocava abertamente – Posso comemorar ou daqui a pouco você chega aqui no Distrito e estraga tudo... Eihm, Castle!?

— Tente não chorar muito de saudade de mim, Detetive Beckett! – Ele deu uma risada solta, sem tentar esconder o ruído.

— Eu... Eu... Pois fique sabendo que eu vou comemorar... – Kate completou.

— Rá, rá, rá... – Castle sabia que ela zombava dele. Ele reproduziu o som de uma risada ácida e isso a provocou em dobro, mas ele não se intimidou – Você não teve êxito em me achincalhar, Kate. Acho até que esta sua reação ríspida é para disfarçar a saudade, pois nos conhecemos há quatro anos e eu sei que você adora minha presença e a minha indiscutível colaboração e o sucesso na resolução dos homicídios, Beckett...

— Ah, claro! Suas teorias loucas, completamente fora de propósito... Tipo... múmia, CIA, fantasmas, zumbis, Drácula, Lobisomem, OVNI, bala de gelo, Extra-Terrestre, o viajante do tempo...

— Sei que você está falando isso apenas para me insultar, Kate, já que está muito chateada e até triste porque vai ficar sem a minha ajuda valorosa... E tem mais... Você não está suportando a ideia de que vai ficar sem me ver estes dias... Cinco longos dias... Tente resistir, Kate. – Ele sorriu ao proferir as provocações.

— Oh! – Ela ficou pasma – Eu não estou acreditando no que estou ouvindo... Você é muito petulante! Oh!!... – mas logo reagiu – Vou tentar sobreviver sem a sua presença aqui no Delegacia... – ela devolveu-lhe o sarcasmo – Vou ver se consigo trabalhar e encerrar os casos que eu pegar... E te garanto que isso vai ser fácil, pois não vou ter você me atrapalhando o tempo todo...

— Pode falar o que quiser, Beckett... Pode fingir o quanto quiser... Pode tentar me enganar dizendo que não vai sentir falta de mim e da minha imprescindível colaboração e eu vou fingir que acredito. Mas se a saudade apertar, venha até o loft para você me ver ao vivo e à cores... E até poderemos conversar olho no olho... Bem de pertinho... Duas taças de vinho... A lareira crepitando... – ele sorriu.

— Vá sonhando, Escritor... Vá sonhando...

— Eu já te disse muitas vezes que meus sonhos se transformam em realidade, Detetive... E eu estou até achando que meus sonhos são também os seus sonhos... Adeus!

O Castle desfez a chamada do celular com um sorriso preso no canto da boca, tendo a certeza que a Detetive iria ficar uma fera e a essa hora deveria estar descontando sua raiva nos meninos ou se enchendo de café... Aliás, um café horroroso, pois, ela não aprendera manusear aquela enorme cafeteira industrial que ele comprara para o Distrito.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram da ideia da fic?
Comentem...
Beijos.


Link da imagem do capítulo:
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