Fred e Katie continuaram na lanchonete, depois do Sr. Willians saiu e logo uma garçonete chegou para atendê-los:

—Então o que vão pedir?

—Eu vou querer uma batata-frita. – Diz Katie.

—Ótimo e você, garoto? – Pergunta a garçonete se direcionando a Fred.

—Acho que vou pedir uma coxinha de carne.

—Aqui só vendemos em porção as coxinhas.

—Ok, então me vê uma.

—Certo, com licença.

Por alguns minutos eles ficaram em silêncio apenas olhando um ao outro até que a comida chegou, eles comeram e Fred decidiu quebrar o silêncio:

—Então, você teve alguma aula legal hoje?

—Não, só tive aula de física, aula dupla de matemática, uma de história e no final uma de química. E você?

—Eu tive aula dupla de geografia, uma de português, uma de inglês e uma biologia.

—Fred, depois que você se formar no colegial, que faculdade você quer fazer?

—Eu estou entre medicina e biomedicina. E você?

—Eu estou entre moda, arquitetura, artes cênicas e artes.

—Pelo menos temos um padrão, todas envolvem artes, mas se você tivesse que escolher um só, qual seria?

—Acho que arquitetura, depois vem artes, depois moda e aí artes cênicas.

—Você gosta de desenhar, né?

—Sim, na verdade gosto de tudo que envolva artes, mas amo desenhar e pintar.

—Você tem algum outro desenho além do sabre de luz?

—Sim, tenho de uma raposa, que eu fiz ontem, a foto tá no meu celular. – Ela abre uma bolsinha azul que estava junto com ela e pega o celular. – Olha.

—É muito bonito, você tem um dom nato para isso.

—O-obrigada. – Ela cora e solta uma risadinha fofa.

—De nada.

A comida chega e eles comem, as vezes Fred roubava uma batata da Katie e vice-versa, no final se despediram e foram cada um para sua casa.

Fred chegou em casa e seu pai estava assistindo um jogo de futebol na TV:

—Oi, filho, como foi o seu dia?

—Foi legal.

—Você tá bem?

—Estou me sentindo um pouco estranho.

—O que aconteceu?

—É estranho pai, quando eu estou com a Katie, meu coração acelera, minhas mãos soam e eu fico nervoso.

—Isso se chama paixão.

—Será mesmo, pai?

—Tenho certeza, eu ficava desse jeito com a sua mãe.

—E o que eu devo fazer?

—Corre atrás dela, se você tem certeza de que está apaixonado, é isso que deve fazer.

— Mas como?

—Sabe onde ela mora?

—Sei, eu levei ela na casa dela semana passada depois da caminhada.

—Então vai lá, fala o que você sente por ela, resolve o assunto.

—Você tá certo, eu vou!

—Vai lá, filhão, esse é o meu garoto.

—É eu vou!

—Então vai logo.

—Eu vou!

—Anda logo, diacho.

—Eu vou!

—Vai logo se não fica de castigo de celular por uma semana.

—Tô indo. – Ele abre a porta e saí correndo.