Total Drama Sky High escrita por Pamisa Chan


Capítulo 2
Mãe!


Notas iniciais do capítulo

No último episódio Duncan estava prestes a dar um soco em Trent quando uma garota misteriosa apareceu e separou eles. Quem será essa garota? Descubram agora...
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760092/chapter/2

 

— Não se mete, ajudante! Acha que é alguma coisa só porque estuda aqui faz tempo?! — De repente, Duncan levou as mãos à cabeça e pareceu estar sofrendo — Sai da minha cabeça! — gritou para a garota e depois saiu de perto.

— Não se preocupem com ele, só fala! Ah, oi, meu nome é Heather. Prazer em conhecer vocês!

— Ahm, prazer! Eu sou o...

— Trenton. Trenton Stronghold! — Heather disse prontamente, antes do garoto terminar.

— Ah... já entendi! Telepatia! Incrível!

— Bom, também. Mas na verdade você é bem popular por aqui.

— E-eu sou?!

— Claro, você é o filho do maior casal de heróis do mundo! Todo mundo tá ansioso pra descobrir seus poderes. Enfim, a gente se vê. Até! — A garota disse e saiu, sem nem dar bola para o grupo que estava com Trent.

— E eu sou a Gwen... — a gótica murmurou, claramente incomodada com o desprezo.

— Sujeitinha mais suspeita... — Leshawna franziu o cenho, desconfiada.

— Ei, cadê o Geoff e o... — Trent se deu conta de que não sabia o nome do outro garoto que estava com eles, visto que era amigo apenas de Leshawna.

— Dj. — A garota do traseiro pula-pula revelou o nome.

— AHHHHHHHH! — Dois gritos vieram do banheiro masculino.

— Essa não! — Bridgette entrou em desespero e saiu correndo na direção dos gritos, sendo seguida pelas duas amigas e Trent.

Ao chegarem lá, as garotas ficaram do lado de fora e Trent entrou. Lá dentro, ele viu dois rapazes, um ruivo enfiando a cabeça de Geoff na privada e um de cabelo castanho, com os braços elásticos puxando os braços de Dj, fazendo-o gritar de dor.

— É assim que se faz, Cody! — o ruivo esbravejou para o outro, enquanto enfiava e tirava da privada a cabeça de Geoff numa velocidade supersônica.

— Não, Harold, assim é mais divertido! — o garoto elástico puxou os braços de Dj com ainda mais força e o fez gritar.

— Ei! — Trent tentou parecer ameaçador.

— Ih, olha lá! É o Stronghold! — Cody falou e soltou Dj, deixando-o se estatelar no chão.

— Você vai andar com a gente esse ano, né? Nós gostamos de ensinar uma lição pra esses ajudantes idiotas! — Harold rapidamente soltou Geoff e se uniu ao colega.

Enquanto falavam, Dj e Geoff aproveitaram a oportunidade para fugir, deixando Trent, Cody e Harold a sós.

— Hum... parece... divertido. — Trent disse nervoso. — A gente se vê. — Depois dessas palavras ele rapidamente saiu do banheiro.

— Geoff! Você tá bem?! — Bridgette perguntou desesperada enquanto usava seu poder para secar a água do corpo do namorado.

— Sim, sim, tudo sob controle! — O loiro afirmou enquanto passava a mão rapidamente pelos braços para se secar.

— O que aconteceu?! — Leshawna perguntou preocupada mas visivelmente irritada.

— Uns veteranos sem graça que se acham melhores que a gente só porque são heróis! — Dj explicou, zangado.

— E eles chamam isso de herói? — Gwen suspirou, frustrada.

— Tá tudo bem agora, galera... Bom, vamos voltar pra aula... — Trent disse e começou a caminhar em direção ao ginásio, cabisbaixo.

Ao chegarem no ginásio, o Treinador Hatchet os aguardava lá, novamente com um rosto nada amigável. Junto dele, todos os outros jovens que ainda não haviam feito o teste e os que fizeram e foram escolhidos como ajudantes, apenas aguardando o grupinho chegar.

—Vocês sabem o que é... PONTUALIDADE?! — Chef berrou supersonicamente na última palavra, fazendo a quadra inteira tremer.

— Nós não temos culpa, senhor! — Bridgette começou.

— É, alguns valentões veteranos estavam usando o Dj e o Geoff como saco de pancada! — Leshawna continuou.

— Acho injusto que esses veteranos estejam no grupo dos heróis! — Gwen terminou.

Chef desceu do palco circular e foi em direção às três. Ele se aproximou de Gwen e a gótica se encolheu.

— Você está dizendo que o meu método de avaliação NÃO É JUSTO?! — Berrou.

— Não, senhor... — Gwen murmurou, olhando para baixo.

— Vamos continuar os testes. Você! — Chef apontou para um garoto tímido com uma touca verde azulada.

— Meu nome é Ezekiel! — Depois de falar isso, o rapaz desajeitado cerrou os punhos com força e olhou para Chef forçando os olhos.

Logo, dos olhos de Ezekiel saiu um raio acinzentado que atravessou o Treinador Hatchet. Seu poder era visão raio-x. Então, assim que o feixe de radiação atravessou Chef, todos puderam ver o seu corpo. Mas não o seu esqueleto. Eles literalmente viram o corpo de Chef, que estava usando uma tanguinha cor de rosa com estampa de coração. Ao perceber o que os jovens estavam vendo, o professor se irou e pegou Ezekiel pelo pescoço e o levantou. Mirando nas grandes janelas do ginásio, deu um grito tão forte que quebrou todos os vidros e fez o aluno ser lançado para fora da escola, em direção às nuvens. Os alunos que ainda estavam ali tiveram que segurar suas risadas com as mãos. Em seguida Chef olhou para os alunos que restavam e disse:

— Quem mais vai fazer alguma gracinha?!

O ginásio ficou num silêncio ensurdecedor.

— Você. Venha aqui agora. — Apontou para Noah.

O rapaz subiu tranquilamente no palco e olhou para Chef com um sorriso sereno.

— Qual é seu poder, moleque?

— O desempenho das minhas sinapses é exatamente 113,4 vezes mais eficaz que o de qualquer um de vocês.

Todos encararam o rapaz com um olhar de pura confusão mental até que Chef pigarreou e soltou:

— Super inteligência? — suspirou — Esse lugar tem cota pra pessoas como você. Herói. — A reação do treinador causou uma indignação geral que pode ser ouvida num emaranhado de resmungos na quadra. — ALGUM PROBLEMA COM A MINHA AVALIAÇÃO?! — Chef gritou, fazendo as queixas cessarem instantaneamente — Você!

— Meu nome é Owen! — O jovem rechonchudo disse ao subir animado no palco — Ei, fala alguma coisa! — Pediu, olhando para Sadie.

— Alguma coisa...? — Sadie disse hesitante.

— Evidentemente ele quis dizer que é pra você falar algum substantivo. — Noah revirou os olhos.

— Ah sim! ... O que é um substantivo?

Noah colocou a mão sobre o rosto, frustrado e disse:

— Tanuki.

De repente, Owen se transformou em um fofo animalzinho peludo.

— Que fofo! Parece um cachorrinho! — Sadie disse, encantada.

— Pra mim parece um guaxinim... — Bridgette contrariou.

— É um cão-guaxinim! Um animal originário do Japão, da família dos canídeos. Ele não é um cachorro nem um guaxinim e sim uma das espécies existentes do gênero Nyctereutes. — Noah explicou.

— E como esse grandalhão sabia o que era um "Tekuni"?! — Leshawna indagou.

— É Tanuki! — Noah corrigiu.

De repente, Owen voltou ao normal e respondeu:

— Bom, é só eu pensar em alguma coisa que eu me transformo nela, mesmo sem saber o que é!

— UAU! Finalmente um poder interessante! Herói! — Chef aprovou. — Agora você!

— Meu nome é Dj... — o rapaz disse e fechou os olhos, colocando seus dedos nas têmporas.

— O que ele tá fazendo? — Os colegas cochicharam intrigados.

QUE PALHAÇADA É ESSA?! — Chef começou a ficar impaciente.

— Calma aí, eu tenho que me concentrar...

— 5... 4... 3... 2... 1... AJUD... — No momento em que o treinador começou a falar, o chão começou a tremer.

— Ele tem poder de causar terremotos?! — Beth perguntou assustada.

Subitamente, um monte de animais começaram a invadir o ginásio entrando pelas janelas quebradas. A maioria eram pássaros, mas também haviam alguns gatos, cachorros, esquilos e coelhos. Todo mundo ali presente ficou espantado.

— Olá, amiguinhos! — Dj falou com uma voz meiga — Tudo bem com vocês?

— He-he-herói... — Chef falou boquiaberto, olhando fixamente para aquele monte de seres vivos.

— Adeus, amiguinhos! Foi bom ver vocês! Até logo! — Dj se despediu e os animaizinhos foram embora pelo mesmo lugar por onde entraram.

— Próxima. Você... — Chef prosseguiu os testes, agora com apenas dois alunos faltando.

— Meu nome é Sierra! — A garota de longos cabelos roxos disse muito animada, finalmente tendo sua oportunidade.

— Qual seu poder?

— Precognição!

— E o que é isso?

— Habilidade de prever o futuro! — Noah se intrometeu.

— Hum... e como eu vou saber que isso é verdade? — Chef olhou desconfiado para Sierra.

— Coloque as mãos pra trás e erga quantos dedos  quiser e eu vou falar.

Chef colocou as mãos atrás do corpo e ficou encarando Sierra.

— Você não ergueu dedo nenhum, está tentando fazer uma pegadinha.

 — Mas... mas... — Chef se desestabilizou.

— Agora você ergueu três dedos da mão esquerda e dois da mão direita, mas seu plano era que quando eu acertasse, você tentaria roubar levantando cinco da mão esquerda e um da direita.

— Errou! — Chef mostrou os dedos, e assim como a garota dissera, estavam erguidos cinco na mão esquerda e um na direita. — Peraí, O QUÊ?!

Sierra se curvou diante dos colegas, como um músico depois de sua belíssima apresentação.

— Heroína! — Após essas palavras, o treinador olhou para o último aluno que faltava — Sua vez, Stronghold.

— Tá tudo bem, vai dar tudo certo... — Gwen sussurrou para o melhor amigo.

Trent subiu no palco e olhou para os colegas, suando frio, com um sorriso amarelo. Ele bateu algumas palmas, como que se preparando para a grande revelação na frente de todos os seus colegas.

— Anda logo! Não temos o dia todo! — Chef ordenou.

De repente, Trent se aproximou do treinador Hatchet e cochichou algo em seu ouvido. A reação dele certamente não foi das melhores:

COMO ASSIM NÃO TEM PODERES?! — indignou-se, fazendo um enorme silêncio ecoar pela quadra — Ah... peraí, você tá brincando né?! — Chef gargalhou — Grande Stronghold! Puxou o senso de humor do pai!

Após dizer isso, o treinador tirou do bolso da calça um pequeno controle remoto com um botão vermelho e o pressionou, fazendo um carro surgir do teto e cair em cima de Trent. Obviamente, o rapaz não foi capaz de segurar o veículo, e acabou ficando deitado embaixo dele.

— Você ficou louco?! EU NÃO TENHO SUPER FORÇA!

Ao apertar o botão novamente, o carro que repousava sobre o garoto sem poderes foi erguido por um ímã gigante e desapareceu. Logo Chef concluiu:

— Bom... então você tem o poder de voar da sua mãe! — ele apertou novamente o botão vermelho e fez com que uma plataforma com mola arremessasse Trent na parede.

Todos olharam chocados e preocupados para o jovem Stronghold e Gwen foi ajudá-lo a se levantar.

— Eu não tenho poderes! — Trent repetiu e se sentou com a cabeça baixa entre os joelhos dobrados. — Não tenho e nunca vou ter!

— Tá tudo bem, Trent... — Gwen se ajoelhou na frente dele e alisou seus cabelos negros.

AJUDANTEEEEEEEE! — Chef gritou e por fim a estridente sirene anunciou o fim da aula.

Após esses eventos traumáticos, Trent foi para a enfermaria com Gwen.

— Oi mãe. — Gwen falou, um pouco tímida.

— Oi, Gwenny, docinho! Como está sendo seu primeiro dia? Como é ótimo ver você aqui! Quer dizer... não tão ótimo assim, afinal, aqui é uma enfermaria! Tem alguma coisa errada? Algum osso quebrado? Essa não! Você está bem, querida?! — A gentil jovem senhora de cabelos castanhos enrolados começou a inspecionar a filha, que atravessou o braço da mãe usando seus poderes.

— Mãe! — A adolescente se irritou. — Eu tô bem... É o Trent!

Assim que a senhora Lynda olhou para o amigo de infância da filha, seus olhos brilharam e ela abriu um enorme sorriso.

— Trentie! Como é bom ver você de novo! A Gwenny nunca mais te levou em casa! Me mostre seus poderes! Você voa? Tem super força? Os dois?

— Mãe... é por isso que o Trent está aqui... — Gwen falou chateada.

— Eu não tenho poderes, senhora Stephan... — o rapaz explicou.

— Oh! — Lynda Stephan fechou seu sorriso e pediu para Trent se sentar na maca e colocou as mãos sobre ele, visto que ela tinha o poder de sentir o que a outra pessoa sente só de tocá-la. — Você não parece estar com dores. Por via das dúvidas deixe-me examinar seu peito. — disse e pediu para que o rapaz tirasse a camiseta, fazendo Gwen corar.

— Eu... acho melhor eu sair daqui, né? — A jovem gótica perguntou, indo em direção à porta.

— Que isso, Gwendolyn! — sua mãe tentou parecer séria, mas seu sorriso logo em seguida a entregou — Nem parece que você e o Trent corriam peladinhos na chuva quando eram pequenos.

— Mãe! — Gwen corou ainda mais, fazendo Trent corar e rir.

— Não tem nada de errado com você, Trent. — Lynda terminou o exame. — Você provavelmente é um dos que florescem mais tarde apenas.  Às vezes acontece.

— Mãe... tem alguma chance dele nunca desenvolver poderes? — Gwen perguntou, temendo a resposta.

— Existem dois tipos de pessoas. Humanos e super-humanos. Normalmente, quando alguém é filho de um humano com um super-humano, as chances dessa pessoa ter poderes são de 50%. Quando a pessoa tem ambos os pais super-humanos, ela quase sempre vai ter poderes... — Lynda respirou fundo — Mas há exceções. Existem pessoas que tem ambos os pais com poderes, mas que nunca desenvolve poderes.

— Você conhece alguém assim? — Trent perguntou.

— Não pessoalmente. Mas... — Lynda deu um sorriso esperançoso — Existe uma chance de alguém sem poderes conseguir poderes! Sendo picado por um inseto radioativo ou caindo no lixo tóxico. Na melhor das hipóteses, você consegue poderes. Na pior... bom, você morre... — A enfermeira deu um sorriso tímido.

— Não! Isso é loucura! — Gwen rebateu.

— Eu não ligo de não ter poderes! Já falei... — Trent suspirou. — Eu só tenho que dar a notícia pros meus pais.

Lynda dispensou os jovens e logo em seguida a sirene tocou pelo colégio anunciando o horário de ir embora. Ao chegar em casa, Trent se aproximou de seu pai e disse:

— Pai, precisamos conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Só consigo dizer que voltei a shippar Gwent hueauheuhea
O que acharam desse cap? :3
Beijinhos!