O destino do tigre - POV diversos escrita por Anaruaa


Capítulo 9
Vozes dos que partiram - Kishan




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Quando tudo terminou, Nilima e Murphy voltaram para o avião. Ren e eu nos aproximamos de Kelsey, que tinha se afastado e estava sentada nos degraus de madeira da velha casa. Ela pediu ao colar 3 copos de água gelada e nós bebemos. Então Kelsey nos contou sobre o sonho que teve enquanto dormia no avião. 

Ela disse que sonhou com Lokesh jovem e ele torturava um velho monge por informações sobre o amuleto. Então, implorando por misericórdia, o homem disse a Lokesh: “Alguns séculos atrás, antes do nascimento do meu mentor, existia uma grande Guerra. Todos os poderosos reinos da Ásia se reuniram em uma batalha contra um demônio. Uma deusa se ergueu com duas faces: uma era escura e linda, a outra era brilhante e mais gloriosa que o sol. Ela liderou o exército da Ásia contra este demônio. A Ásia saiu vitoriosa, e como resultado, a deusa abençoou cada reino com um presente. A deusa pegou o amuleto de seu próprio pescoço e quebrou-o em cinco partes. Ela entregou uma parte para cada rei e aconselhou-os a manter segredo sobre sua origem e para usar seu poder para ajudar e proteger as pessoas. Eles foram instruídos a manter em suas famílias e passar para o filho mais velho.

Kelsey nos disse que acordou quando o homem ia dizer quais foram os 5 reinos que participaram daquela guerra. 

— O que acham que isso significa? — perguntou.

— Não sei — Ren disse. — Talvez sua conexão com Lokesh tenha se tornado mais forte assim que ele pegou a quarta parte do amuleto.

— Ou talvez o Sr. Kadam esteja mandando esses sonhos para ela — Sugeri— Como na vez em que ela sonhou com ele depois que a resgatamos.

— Prefiro pensar que é a última opção — Kelsey concluiu.

Ren agachou-se e tocou o rosto dela.

— Assim com eu.

— Descobriremos o que significa, Kells — Apontei para a casa— Gostaria de dar uma volta? — Peguei a mão dela, guiando-a pelos degraus antigos— Construímos para que durassem. Mesmo assim, eles precisam de algum conserto.

— Está numa condição realmente boa para a idade que tem. — Kelsey observou, correndo a mão pelo corrimão de madeira.

Entramos na casa e eu pude ver restos de objetos da época em que vivemos ali. Durante os anos em que vivi recluso na selva, em minha forma felina,  eu voltei àquela casa algumas poucas vezes, para me lembrar dos meus pais, da minha humanidade. 

Kelsey encontrou uma escova de cabelo de marfim esculpido que fora de minha mãe.

— Gostaria de ficar com isso, se não se importa.

Sorri pensando em minha mãe e em como eu sentia sua falta. Eu gostaria que Kelsey ficasse com algo que lhe pertenceu.

— Eu não me importo, bilauta.

— Você e Ren dormiam aqui?

Balancei a cabeça.

— Como éramos tigres o tempo todo naquela época, dormíamos na selva ou próximos aos degraus, vigiando durante a noite. Às vezes ficávamos na casa de Kadam do outro lado. Se houvesse tempestade, mamãe insistia que ficássemos do lado de dentro com eles, mas na maior parte do tempo tentávamos deixar nossos pais terem alguma privacidade

Kelsey me perguntou enquanto caminhávamos em direção à porta:

— Você acha que eles foram felizes aqui? Quero dizer, deixando seu palácio e suas riquezas para viver assim na selva?

Eu parei e pensei em como eu era mais feliz agora do que naquela época.

— Sim. Eles foram felizes aqui — Deslizei o dedo pelo seu rosto, delicadamente, pensando em mim mesmo— Quando se tem uma vida repleta de amor, não se precisa de mais nada.

Kelsey caminhou pela casa, tocando em cada objeto empoeirado. Enquanto ela fazia isto eu a observava. Eu desejava tanto que ela me amasse com eu a amava. Olhei para fora e vi Ren, inquieto e triste.

— Você o ama, Kells?

— Sim.

— Você me ama?

— Sim.

— Você tem certeza de que quer me escolher?

— Sim.

Eu sorri.

— Bom. Prometo que darei o meu melhor para fazê-la feliz.

Eu a envolvi em meus braços e ela colocou a cabeça no meu ombro.

— Kishan… Se quisermos nos fazer dar certo, teremos que deixar Ren. Não posso ser para você o que deveria com ele por perto. Será doloroso para todos nós.

Eu beijei sua testa, concordando.

— Então iremos embora. Depois que encontrarmos o quarto presente, iremos.

— Você deixaria a Índia por mim?

— Em um piscar de olhos.

Ela suspirou e olhou ao redor da casa.

— Gostaria de voltar aqui algum dia. Gostaria de plantar flores no túmulo do Sr. Kadam e fazer uma poda na selva.

Eu sorri e lhe beijei novamente.

— Voltaremos com frequência, se assim desejar.

Enquanto descíamos pelos degraus, ela perguntou:

— Se você tivesse algumas ferramentas, acha que poderia reformar a casa?

— Você quer fazer isso? 

— Seria legal ficar aqui de vez em quando. Este lugar é importante para você, para sua família. É sua casa. — Ela tocou a coleira de couro que eu usava no pulso. — Quero que você sinta que sua casa é lembrada e honrada.

— Você é minha casa, Kelsey. Onde quer que você esteja, é aonde eu pertenço.

Encontramos Ren no fim da escadaria da frente, descascando um galho fino com uma faca antiga. Ele olhou para nossas mãos entrelaçadas e franziu a testa.

— Encontrei a faca de caça do papai enterrada na sujeira.

— Ren, se estiver tudo bem para você, nós gostaríamos de voltar aqui algum dia e reformar a casa — disse Kelsey, hesitante. — Tecnicamente, você é o dono da propriedade, já que é o herdeiro.

Ele resmungou e levantou-se abruptamente.

— Ser o herdeiro não significa nada — Ele me encarou— Então vocês dois querem construir um ninho aconchegante. Os pombinhos querem um lugar para chamar de lar, não é?

Kelsey deu um passo em sua direção

— Ren, não.

— Não o quê, Kelsey? Não reagir? Não sentir? Não falar? Que coisa você não quer que eu faça?

— Ren, não quero brigar. Não hoje.Por favor.

Ele ergueu seus olhos lacrimejantes para Kelsey e a observou por algum tempo. Ele estava profundamente ferido e eu o compreendia. Ele virou a cabeça para o outro lado e falou:

— Faça o que quiser com o lugar. Não importa. Nada mais importa.

Ele se afastou em direção ao avião.

Assim que pousamos em casa, Nilima entrou, enquanto Ren, Kelsey e eu ficamos para nos despedir de Murphy. Quando entramos na cozinha, Nilima estava chorando. Havia uma pilha de papéis sobre a mesa.

— Ele sabia que tudo isso aconteceria! Kadam planejou tudo! — Ela anunciou.

Kelsey colocou as mãos em seu ombro:

— Do que está falando?

Ela fungou ruidosamente e virou-se para a mesa da cozinha. Agarrando o punhado de papéis e um envelope pardo, sacudiu os documentos e gritou:

— Achei isso. Ele deixou para nós. Ele planejou tudo!

Ren colocou a mão em seu braço. Ele rapidamente deu uma olhada nos documentos e franziu a testa.

— Acho que você deve ler em voz alta, Kells. Se importa?

Kelsey disse que o envelope havia sido enviado por um correio prioritário de um escritório de advocacia de Mumbai. Então começou a ler:

Meus queridos,

Quando receberem esta carta, eu estarei morto. Sei que vocês têm muitas perguntas que eu não pude responder antes e ainda existem muitas coisas que eu não poderei compartilhar agora. Como devem ter imaginado, o amuleto que eu usava me curou de pequenas feridas, preveniu doenças e me manteve vivo por séculos. Ele também tem mais poder do que havíamos pensado anteriormente.

Ele tem a habilidade de controlar o tempo e o espaço. Descobri este poder potencialmente perigoso por puro acaso quando tentei salvar Nilima no barco. O amuleto nos remove fisicamente e nos deixa soltos no cosmos. Também foi capaz de apagar a memória de Nilima sobre o acontecimento. Perdoe-me, minha querida, mas queria que pelo menos um de nós pudesse se recuperar da experiência e fosse capaz de ter uma vida normal.

Durante aquele período de tempo, pude ver o tempo se desdobrar diante de mim. Aprendi mais sobre o universo do que um homem deveria saber. É um fardo terrível saber o futuro. Eu não quis isso para você, Nilima.

Se houvesse existido qualquer maneira de garantir um resultado bem-sucedido sem minha morte, eu não teria me sacrificado. Por favor, acreditem nisto. Eu teria preferido ajudá-los a terminar a busca de Durga e teria apreciado seu filho saltando em meus joelhos, senhorita Kelsey. Não desejava nem um pouco deixá-la, mas era necessário.

Se eu sobrevivesse, um de vocês teria sido morto. Não poderia deixar que isso acontecesse. Quando Lokesh pegou o amuleto, usei seu poder para mandá-lo para o passado, porque era aonde ele estava destinado a ir. Mas isto não significa que ele se foi para sempre e que estão salvos dele.

Também sei definitivamente que sempre foi seu destino vencer Lokesh e só existe uma maneira de fazê-lo – através do poder do tigre.

Foi previsto que dois filhos dignos da Índia exercessem este poder, e embora eu não possa dizer mais neste momento, não posso pensar em quaisquer homens mais admiráveis e corajosos que vocês dois. O destino escolheu bem. As vidas de muitos foram confiadas aos seus cuidados. Considerem suas ações cuidadosamente. Ainda há muito trabalho a ser feito.

Senhorita Kelsey, deixo-lhe a minha biblioteca. Todos os livros que tenho agora pertencem a você. Esta biblioteca será o início de sua própria coleção. Mesmo que você deixe-os aqui ou os leve com você quando se casar, são seus. Você é uma filha para mim e este presente não é nada comparado ao que me deu.

Estude os livros que falam sobre a criação de Durga. Este conhecimento irá ajudá-la em sua jornada. Cuide de Ren e Kishan – ambos precisam de você, e guarde bem sua parte do amuleto. Ele é o único objeto protegendo o mundo de Lokesh, ele não irá parar até tirá-lo de você.

Quando vocês o conheceram, Lokesh ainda era mortal, mas no passado ele abraçou o mal e permitiu que sua alma apodrecesse na escuridão. Através da magia negra e da manipulação do amuleto, ele tornou-se um demônio, e embora vá cair por suas mãos, não será nesta época e nem neste lugar. Para derrotá-lo, vocês devem viajar para o passado e enfrentá-lo quando ele estiver em seu estado mais poderoso.

Incluí a tradução da quarta profecia para guiá-los em seu caminho. Nilima pode levá-los às Ilhas Andaman, onde encontrarão a Cidade de Luz. Não tenha medo da chama, senhorita Kelsey, pois se estiver preparada, não irá machucá-la. O objeto que estão procurando é chamado de Corda de Fogo. Ela irá transportá-los para a época e o lugar para o qual mandei Lokesh. Lá encontrarão um guia que os ajudará em sua batalha. Para usar a Corda, simplesmente pensem em quando e onde querem ir no tempo, vocês só precisam girá-la em um círculo. Um portal irá se abrir e vocês serão capazes de se deslocar pelo tempo.

Nilima deve ficar para trás e cuidar de todas as dificuldades que surgirão na empresa devido à minha morte. Se ela for com vocês ao passado, perecerá. Ela não deve ir!

Desejo poder estar com vocês. Desejo poder contar-lhes tudo. Mas prometo que vi seus futuros e sei que sairão vitoriosos. Vocês vencerão o monstro. Contem um com o outro; confiem um no outro. Em frente há uma vida cheia de amor e felicidade para todos vocês.

Há uma história sobre um rei e seu filho que deve lhes dar algum conforto: um oráculo predisse que o menino morreria picado por uma cobra no quarto dia de seu casamento. O rei, triste com a notícia, prometeu que seu filho nunca se casaria e lhe ensinou a encontrar um defeito em cada princesa que viesse oferecer sua mão.

Anos se passaram e, um dia quando o rei estava longe, uma jovem mulher irrompeu pelas portas do castelo e acusou o príncipe de estar prendendo seu pai por engano.

O príncipe ficou chocado. Nenhuma mulher jamais havia falado com ele daquela maneira antes. Seus olhos se fixaram na mancha em sua bochecha e no olho que era de um tom mais azul que o outro. Mas como ela continuou a lhe implorar, aqueles pensamentos se foram e logo ele notou o contorno de sua forma, o fulgor de seus olhos e o brilho de seus cabelos negros.

O príncipe exigiu que o pai dela fosse liberto. Em vez de jurar gratidão eterna, a mulher fez uma reverência curta e formal, que só fez o príncipe amá-la mais. Ele declarou seus sentimentos à mulher, que simplesmente zombou dele com desdém. No entanto, a sua persistência venceu no fim e ela veio a amá-lo tão fervorosamente quanto um dia o insultou.

Apesar das dúvidas do rei, os dois se casaram e ele contou à nova noiva sobre a predição do oráculo. Na quarta noite do seu casamento, a noiva arrumou cada peça de ouro e prata e as joias que o casal tinha. Tanto ela quanto o príncipe mantiveram vigília durante a noite e esperaram pela serpente. Ela acendeu as luzes, contou histórias ao marido e cantou para que ele se mantivesse acordado.

Mais tarde naquela noite, o deus da morte, Yama, chegou com o disfarce de uma cobra, mas seus olhos se deslumbraram com as luzes e a riqueza amontoada no chão. Ele oscilou com o ritmo alegre das canções, e ao amanhecer, foi incapaz de cumprir a profecia e arrastou-se para ir embora.

Eu conto esta história por duas razões. Primeiro, quero que vocês se lembrem que mesmo que seus passos tenham sido marcados por um caminho que não foi de sua escolha, vocês ainda têm liberdade para decidir seus próprios destinos. Não quero nada além de que sejam felizes. Esta história é um excelente exemplo da reviravolta do destino ao seu favor.

Também gostaria que soubessem que escolhi meu destino e não poderia ter desejado uma morte melhor ou ter esperança de um resultado mais benéfico. Não fiquem de luto por mim e considerem as bênçãos de uma vida bem vivida.

Há um ditado que diz: “Quando um pai presenteia o filho, ambos riem. Quando um filho presenteia o pai, ambos choram.” Vocês têm me dado muito, meus filhos. Estou muito orgulho de vocês. Tenho me lamentado com frequência com o pensamento de deixá-los, mas sei que serão capazes de continuar sem mim. Cuidem da senhorita Kelsey.

Os deixarei com um soneto. Talvez a leitura dele vá consolar todos nós.

Soneto 30

William Shakespeare

Quando à corte silente do pensar

Eu convoco as lembranças do passado,

Suspiro pelo que ontem fui buscar,

Chorando o tempo já desperdiçado,

Afogo olhar em lágrima, tão rara,

Por amigos que a morte anoiteceu;

Pranteio dor que o amor já superara,

Deplorando o que desapareceu.

Posso então lastimar o erro esquecido,

E de tais penas recontar as sagas,

Chorando o já chorado e já sofrido,

Tornando a pagar contas todas pagas.

Mas, amigo, se em ti penso um momento,

Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.

Pensarei em vocês com frequência, meus queridos amigos. Até que nos encontremos novamente.

Anik Kadam.

Sentindo pesar ao ouvir aquelas palavras, transformei-me em tigre para prestar-lhe um tributo também sob aquela forma, a qual me dominou por tanto tempo e para lembrar que Kadam nunca me abandonou, nunca desistiu da minha humanidade. Ren também se transformou. Kelsey virou o rosto triste para a janela, enquanto Nilima chorava baixinho.

— Por que ele não me contou? Eu poderia ter dividido esta carga com ele — declarou ela emocionada.

— Ele não queria isso para você —disse Kelsey. —Ele não queria isso para qualquer um de nós.

Kelsey pegou outro papel e leu. Era a tradução da profecia:

Chamas dos céus,

Nascer e Pôr do sol,

Esperam com um sopro ardente,

Vulcão descendente,

E Qilin defende,

Enquanto Rakshasas procuram sua morte,

Quando Bodha está perto,

Aquilo que você teme,

Irá ameaçar separá-lo em dois.

Mas, com armadura e espada,

Você encontrará sua recompensa

E os feitiços de ilusão se desfarão.

Os Lordes do Fogo

Pretendem conspirar

Para mantê-lo longe do que precisa.

Um chicote flamejante

No esconderijo da Quimera

Um prêmio que certamente não irão ceder.

Então, quando você vencer

E sua tarefa estiver cumprida,

É hora de atravessar o passado.

Quando o destino se aproxima,

Supere seus inimigos

E traga a paz para Índia por fim.

— Há uma nota anexada à profecia.

Reuni nesta lista o que acredito que vocês precisão enfrentar nesta última viagem. Em primeiro lugar, vocês devem viajar para as Ilhas Andaman, onde irão pegar um barco para a Ilha Barren, uma pequena ilha vulcânica que tem o diâmetro de apenas três quilômetros. Há coordenadas de como encontrar a Ilha Barren no GPS que instalei na embarcação.

Assim que vocês chegarem à ilha, subam até o topo do penhasco e desçam pela caldeira. Vocês devem proceder com cautela. Este vulcão está ativo e o penhasco é íngreme. Ele entrou em erupção este ano. A ilha é inabitada por humanos, mas existirão outras criaturas que não pertencem a este mundo. Vocês devem enfrentar a chama para entrar em Bodha, uma Cidade de Luz lendária que se encontra no centro da Terra.

Não se sabe muito sobre a cidade e seus habitantes, mas há um relato de um marinho perdido da Noruega que encontrou a entrada para a cidade subterrânea através de uma caverna no Polo Norte escrito por Willis George Emerson. A história de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, também está relacionado à Bodha. Neste caso, o aventureiro viajou para o centro da Terra por túneis vulcânicos na Islândia para encontrar um mundo perdido.

Algumas das outras criaturas que devem cruzar o seu caminho de acordo com a profecia são Qilins e Rakshasas. Um Qilin é uma criatura da mitologia chinesa. Ele tem a cabeça de um dragão, chifres de cervo e o corpo coberto de escamas como um peixe. Dizem que ele é uma criatura gentil e simboliza boa sorte. Rakshasas podem mudar de forma e devoram homens, usam magia e ilusões para capturar sua presa. São guerreiros e difíceis de matar. Eles possuem garras venenosas.

Tenham cuidado com a Quimera, de quem é mais provável que a senhorita Kelsey já tenha ouvido falar. É um leão com cauda de cobra e mais uma cabeça que geralmente é representada por uma cabra. A Quimera cospe fogo e é muito perigosa.

Vocês se encontrarão com os Lordes do Fogo, irmãos gêmeos malandros, poderosos e gananciosos. Um pode ser colocado contra o outro, mas unindo-se contra vocês, o resultado será trágico. Um deles luta com uma Gáe Bolga – um arpão entalhado em forma de uma lança. Sua extremidade se abre em trinta flechas pontiagudas com o impacto. A única maneira de remover a arma é cortá-la. O outro gêmeo empunha um par de chicotes farpados.

Não sei que tipos de criatura serão o Nascer e Pôr Do Sol, então eu me prepararia para o pior e esperaria o melhor. É o máximo que podem se preparar. Boa sorte a todos.

Ren aproximou-se de Kelsey, para mostrá-la que era hora de dormir e deixar para trás aquele dia triste.


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