Solitude escrita por Lillac


Capítulo 11
Justiça parcelada.


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ISSO AQUI POR FAVOR OBRIGADA.
Vou começar agradecendo à pessoa que recomendou a fanfic. Eu SEMPRE esqueço de agradecer, e eu peço desculpas por isso. Muito obrigada mesmo, significa muito ♥
EU ADICIONEI UM AVISO AO DISCLAIMER. Eu não tinha pensado muito nisso quando escrevi, mas quero pedir desculpas se a cena do Luke deixou qualquer de vocês desconfortável. Eu deveria ter tido consciência disso e avisado. Da próxima vez que a fic abordar qualquer tema referente à suicídio, será devidamente avisado. Mais uma vez, mil desculpas.
A frase que a Reyna fala em latim significa "dar a cada um o seu próprio" ou "dar a cada um o que lhe é devido". Ela não fala latim na fic (lembrando que se passa em um universo alternativo), mas essa frase é bem famosa, então achei que não seria aleatório demais.
Bem, é isso. Espero que gostem!



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Quando Reyna terminou de falar, Percy respirou fundo. Era até possível imaginar que ele estivesse absorvendo a informação, aos poucos, pelo olhar perdido e respiração constante.

Mas o punho que ele tinha fechado sobre o próprio joelho dizia o contrário. Seu corpo tremia de raiva, e ele estava focando toda sua concentração em respirar pausadamente, uma técnica que Sally havia lhe ensinado muito tempo atrás. Para ajudar, Rachel passou o polegar de leve na mão que ainda segurava.

— Percy?

Um, dois...  

— Sim? — Três.

Ele estava bem. Não ia surtar.

— Eu... — Nico umedeceu os lábios — eu não sei ao certo o que dizer. Quero falar para você manter a calma, mas...

— Mas Reyna foi esfaqueada — Percy completou — e Rachel quase morreu em uma sala de cirurgia. É.

— É absurdo — Reyna recostou-se na cadeira —, em uma situação como essa, você imaginaria que seriam os zumbis nos devorando. Não nós mesmos, como um cardume de peixes assassinos.

— Não é absurdo — Percy corrigiu. — Canalhas são canalhas. Com ou sem fim do mundo batendo na porta.

Ele levantou-se da cama, acariciando de leve a mão de Rachel uma vez antes de soltá-la, e virar-se para os outros dois:

— Reyna — ele chamou —, o que você me diz de fazermos um pouco de justiça?

O olhar dela foi dele para Nico, e então de volta para ele, como se balanceasse que chances aqueles dois garotos tinham de fazer uma vingança à altura dela. Bem, delas.

— Percy — Rachel chamou. — Não... —

— Não se preocupe, Rachel — ele afirmou — eu não vou fazer... —

— Eu só ia dizer para você não pegar leve — ela sorriu. — Eu quero ver ao menos dois olhos roxos quando o vir de novo, tudo bem?

Percy não pôde evitar o próprio sorriso. Talvez fosse o que acabara de acontecer com Luke, ou simplesmente toda a frustração dos dias no auditório e da fuga que — se não fosse pela queda de Rachel — poderia ter sido muito mais pacífica. De um jeito ou de outro, ele sentia como se cada nervo do seu corpo estivesse tremendo, ligado à uma tomada de duzentos volts.

— Reyna?

O cabelo preto dela havia caído sobre os olhos, enquanto ela ponderava. Mas, quando a garota o olhou mais vez, com uma sombra sobre o rosto e um sorriso digno de um lobo alfa de matilha, Percy pôde quase adivinhar a resposta dela:

Suum cruique tribuere, garotos — disse. — E, nesse caso, eu acho que sei muito bem o que é devido a ele.

 

 

Poucas coisas no mundo eram mais irritantes do que o som de metal batendo em metal. Mas Percy mal pôde se importar com a cacofonia no momento. Sua mente estava à mil. Seu único arrependimento era que Rachel não poderia estar ali para ver.

Eles cruzaram os corredores silenciosos. Todos ainda estavam mergulhados em um silêncio mórbido, triste. Ninguém parou para perguntar onde Percy e os dois estavam indo.

Toc-toc — ele chamou, batendo com o punho fechado na porta da cabine.

Alguém grunhiu desgostosamente lá dentro, e passos arrastados foram ouvidos, até a porta ser aberta apenas minimamente, revelando um olho castanho em uma face pálida.

— O que você quer, Jackson? — Octavian grunhiu.

— Nada demais — ele garantiu. — Só um pouco de justiça. Parcelada, claro.

Então, levantou o taco de beisebol e bateu com ele na ponta da própria mão:

Bem parcelada.

Com a mão livre, Percy agarrou a porta e a escancarou. Assim que ela bateu contra a parede e Octavian perdeu o equilíbrio, ele fechou uma mão na nuca dele, segurando-o pelos curtos fios de cabelo loiro, e o trouxe até que estivessem face-a-face.

— Se você confessar agora, eu até posso decepcionar a Rachel e ninguém sai machucado.

— Eu não sei de que porcaria você está falando.

— Uma pena — Percy deu de ombros —, vai ser do jeito difícil então.

Com uma força calculada, Percy atirou o garoto no chão. Octavian grunhiu alto o suficiente para que três das outras cinco portas do corredor fossem abertas. Por cima do ombro, Percy viu que os dois grandalhões que haviam arrastado Luke eram daquele corredor também. Sua mão que segurava o bastão tremeu por um momento, memórias do rosto machucado do rapaz voltando à sua mente, o modo como Luke parecera completamente acabado assim que chegara à enfermaria, os sorrisos cruéis nos rostos deles.

Respirando fundo, Percy deferiu um golpe. Que pegou em cheio no piso.

O som ribombou por todo o corredor daquela vez. As demais portas se abriram. Os dois fortões correram para o lado de Octavian, e o mais alto empurrou Percy pelos ombros.

— Que merda é essa?!

Ele deferiu um soco certeiro, que atingiu Percy bem no olho direito, mas, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, no entanto, Jason colocou-se entre os dois, empurrando os ombros colossais dele para trás. Percy apenas sorriu, olhando-o no fundo dos olhos. Agradeceu a Jason — que parecia absolutamente perdido, embora não tenha vacilado —, com um apertão no braço e deu a volta. Octavian havia conseguido erguer o tronco mais uma vez. Aparentemente, o impacto havia reaberto o corte dele na boca, e ele limpava o sangue com a gola da camiseta.

— Já se sente mais compelido a falar?

— Vá a merda!

— Resposta errada.

Percy passou o taco de beisebol zunindo bem acima da cabeça dele. Octavian se encolheu como um animal, cobrindo a cabeça com os braços e tremendo. Percy deu um passo para a esquerda acertou o chão bem ao lado dele com um impacto tão forte que fez a parede mais próxima tremer. O bastão ficou um tanto amassado na ponta.

— Tem certeza, Octavian? — Instigou. — Porque, você vê, minha melhor amiga nunca mais vai poder andar por sua causa. Ah, e não se esqueça... — Percy abaixou-se até estar de cócoras, e puxou a cabeça do loiro para trás, forçando-o a olhar na direção de Reyna: — ela não foi a única que você quase matou.

Os olhos do rapaz ficaram úmidos quando Reyna o encarou. Embora com ferimentos daquele nível ela não pudesse fazer muito além de assistir à distância, apenas o olhar dela era o suficiente para fazer um covarde como Octavian tremer. Percy largou o cabelo dele, que deslizou, aterrorizado, até estar escorado na parede.

À essa altura, uma multidão já havia se formado ao redor deles. O segundo grandalhão que aparentemente seguia Octavian como um cachorrinho tentou avançar para cima de Percy, mas teve seu pescoço envolvido por um braço ainda mais musculoso. Alguma coisa no peito de Percy amoleceu ao ver Frank protegendo-o: o garoto ainda tinha um curativo no nariz que havia sido deslocado, mas seus olhos escuros olhavam para Percy com a mesma lealdade e gentileza de sempre. Ele agradeceu com um gesto discreto.

Ao mesmo tempo, a voz de Clarisse se fez ouvir, ofegante:

— Mas que porra é essa, Jackson?!

Octavian pareceu vitorioso por um único momento, olhando para Percy com um sorriso cínico, o que só era meio desconcertante, uma vez que o garoto tinha sangue empapando seu queixo e pescoço.

Percy ergueu o taco acima da cabeça e o encarou, olhos tão escuros quanto o fundo do mar, e tomou impulso:

— Eu empurrei Rachel Dare! — Octavian choramingou, cobrindo o rosto com os braços. — Fui eu quem esfaqueei a Reyna! É isso que você quer ouvir?!

Talvez Octavian estivesse esperando uma resposta, alguma reação, porque assim que percebeu que ninguém havia dito nada, abriu os olhos expectantes.

E deu de cara com Clarisse, que havia segurado o taco de beisebol acima da cabeça de Percy, o fuzilando com o olhar.

— Cara — ela rosnou, entredentes. — Você já era.

 

 

— Então você não ia mesmo bater nele? — Annabeth perguntou, enquanto cautelosamente corria o algodão com remédio pelo olho roxo dele — Mesmo?

— Óbvio que não — ele deu de ombros, e então sibilou quando ela pressionou com força demais. — Quer dizer, claro que eu tive vontade. Mas se eu espancasse ele... isso só me colocaria no mesmo nível que ele e aqueles dois brutamontes.

— É, Jackson — Thalia, que estava sentada no chão, balançou a cabeça — você é até bem inteligente.

Ele lhe mostrou a língua, mas Annabeth o puxou pelo queixo para olhar para ela de novo, afim de terminar de passar o remédio. Percy brincou com a barra da própria calça. Era quase meia-noite, e ele sabia que ela ainda não havia conseguido dormir. Era quase irônico — o fato de que eles haviam passado por tudo aquilo, e, mesmo assim, parecia que nada havia mudado.

Queria conversar com ela sobre Luke, mas, ao mesmo tempo, sabia que não era bom com palavras, que, provavelmente, só tornaria tudo pior. Ele limpou a garganta:

— Clarisse disse que Ares ainda vai decidir o que fazer com ele — informou —, mas mencionou alguma coisa sobre uma decisão democrática.

— Por mim — Thalia pronunciou-se — jogamos ele lá fora como lanchinho.

Percy forçou uma risada, mas sequer conseguiu torna-la convincente. Ele sabia que Thalia estava falando sério. E que agora ele havia dado a ela mais um motivo para querer acabar com a raça de Octavian. Ao mesmo tempo, não podia julgá-la. Estivera quase tão lívido quanto ela, com raiva borbulhando dentro de si.

Talvez Octavian não merecesse todo aquele ódio. Talvez ele fosse mais uma criança assustada (e detestável) tentando sobreviver naquele inferno, do jeito dele.

Talvez.

Mas a realidade era que todos ali estavam irritados — com os zumbis, com o mundo. Com todos os outros. E precisam de uma válvula de escape. E acontecia que Octavian tomava perfeitamente o papel de uma.

— Eu vou para a minha cabine, ok? — Thalia avisou, espreguiçando-se. — Eu... eu preciso pensar um pouco. Dormir.

— Certo — ele concordou. — Eu espero que consiga.

Ele não desejou “boa noite”. Ele sabia que agora, aquilo era exatamente o que soava: apenas um desejo. Não mais uma realidade.

— Vocês também.

Ela foi embora, fechando a porta atrás de si. Annabeth jogou o algodão usado em um saco plástico que estava usando de lixeira e guardou o remédio de volta na mochila. Eles ficaram em silêncio.

Droga, nessas horas, Percy queria ser um orador como ela. Ou, ao menos, um mentiroso muito bom, no nível da Piper.

Na verdade, até um mentiroso meia boca, mais ou menos no nível Leo, serviria.

Tudo o que ele conseguiu dizer foi:

— Eu sinto muito.

Ele esperava que Annabeth fosse brigar com ele. Honestamente, ele estava surpreso que ela ainda não havia brigado com ninguém, considerando o temperamento dela. Mas, pensando sobre isso, Percy não a conhecia tão bem assim. Eles passavam a maior parte do tempo brigando, então era óbvio que ele tinha essa imagem dela.

Percy nunca a havia visto extasiada. Ou surpresa. Ou sem-jeito, antes de um primeiro encontro. Haviam sido Luke e Thalia quem a tinham visto daquele modo. Haviam sido eles que sempre estiveram com ela.

Havia sido Luke que soubera lidar com uma Annabeth despedaçada e desolada, como agora.

Percy, não.

— Eu sei — ela respondeu, de repente. E então, a mão dela deslizou pela cama e encontrou a dele. Percy não soube exatamente o que estava fazendo, mas quando ele entrelaçou os dedos com os dela, pareceu a coisa certa. — Muito obrigada. Por ficar do meu lado.

— Eu — ele começou, mas a voz dele afinou como a de um garotinho de treze anos antes da puberdade. Foi então que ele percebeu que estava suando. — Eu sempre vou estar.

Pelo que pareceu a primeira vez em uma eternidade, Annabeth abriu um mínimo sorriso. E embora ela já a houvesse visto sorrir algumas vezes (mais propriamente de forma convencida e em forma de deboche, quando ganhava de alguém. O que era, tipo, sempre), aquele pequeno sorriso, que não era mais do que um levantar sutil das pontas dos lábios, significou muito mais do que qualquer outro.

— Você pode ficar aqui? — Ela pediu. — Só, só essa noite.

Percy não conseguiu responder como o quase adulto funcional que era, então, ao invés disso, apenas acenou com a cabeça.

Annabeth deitou-se na cama, deixando espaço para ele, e ele deitou-se ao lado dela. Por um momento, eles ficaram só ali, de mãos dadas no silêncio escuro da noite. Mas quando o silencio estendeu-se por tempo demais e Annabeth começou a tremer, ele soube que ela estava pensando. Pensando em Luke.

— Ei — ele aproximou-se. Muito delicadamente, com medo de assustá-la, ele passou um braço por baixo do tronco dela e a puxou levemente — está tudo bem se eu fizer isso?

Ela confirmou com um aceno. Então, Percy terminou de puxá-la, até que ela estivesse com a cabeça deitada no ombro dele, a mão dele na costa dela. E, por fim, as mãos entrelaçadas pousadas no peito dele.

Ele estaria mentindo se dissesse que a respiração dela continuou estável a noite toda, ou que ela não tremeu a meio a sonhos. Mas quando isso acontecia, ele acariciava levemente a costa dela e sussurrava:

— Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Até que ela voltasse a dormir calmamente.

Ele não soube exatamente quando, mas acabou caindo no sono ao som do coração dela batendo, tão viva.

Tão perto.

 

 

 

Quando Percy acordou, Annabeth não estava mais no quarto. Na verdade, ele só a encontrou no refeitório, quando ela já havia escovado os dentes e tomado banho. A mesa na qual ela estava sentada já estava cheia, então ele procurou por outra, mas, quando passou por ela, Annabeth segurou a mão dele por um momento e sorriu, como se dissesse “obrigada”.

Percy quase tropeçou nos próprios pés.

— Eu espero que as coisas deem certo para vocês — Nico comentou, mastigando desgostosamente o pedaço de pão que tinha na boca —, dá para ver que vocês se gostam muito.

Hazel concordou energicamente, enquanto Frank contentou-se com um aceno tímido.

— Aliás, eu não te agradeci ainda por ontem — Percy sorriu para ele — você salvou o meu olho.

— O outro olho, você quer dizer — Reyna comentou — quando a Rachel disse dois olhos roxos, eu pensei que ela estava se referindo ao Octavian.

— Há-há — Percy rolou os olhos, acertando-a com o ombro — por falar em Octavian, alguma notícia?

— Nenhuma — Nico suspirou — Clarisse disse que Ares vai decidir a sentença dele pessoalmente, mas aparentemente o Coronel não está muito bem.

Percy parou com o copo de café erguido na metade do caminho.

— Como... como assim?

Nico gesticulou vagamente com o pedaço de pão e Hazel o acertou, ofendida com a falta de modos do irmão.

— Não sei — ele respondeu, massageando o ombro. — Só nos disseram que ele não sai da própria a cabine há dois dias. Se parar para pensar sobre isso, é mesmo estranho que ele não tenha aparecido mesmo com... tudo o que aconteceu.

Percy esforçou-se para ouvir, mas seus pensamentos estavam em outro lugar. Tudo no que conseguia pensar era no fato de que Ares havia voluntariamente se deixado ser mordido. E que, embora todos ali estivessem possivelmente infectados, ele era o único que havia colocado alguém ali em perigo sabendo disso. Ele era o único que havia se trancafiado em uma base militar sabendo que estava infectado.

Bem, ele e Percy, Annabeth e Rachel.

— ... o que me faz pensar que talvez ele tenha algo a ver com o Ethan... —

— Oi? — Percy piscou, pegando apenas o final da frase.

— É um tiro no escuro, para falar a verdade — Frank explicou — mas Nico acha que, depois de tudo o que Octavian fez, não é muito difícil que ele tenha aberto a porta para o Ethan sair também.

Percy não soube como responder àquilo. A princípio, parecia, de fato, lógico. Mas alguma coisa lhe dizia que, embora Octavian fosse um covarde, ele era um sobrevivente. Tudo o que ele fizera até então (ao menos, até onde eles sabiam) havia sido tentando salvar a própria pele. Empurrar Rachel para descer mais rápido, e tentar assassiná-la depois para apagar provas. Tudo era um instinto de sobrevivência. Mandar Ethan para fora do auditório era simplesmente crueldade.

Mas ele não teve tempo de dizer isso a eles. Naquele momento, Clarisse havia entrado no refeitório e marchado diretamente até ele. De forma relutante, Percy colocou o copo de café de volta na mesa. Ultimamente, “Clarisse” nunca significava boas notícias.

Daquela vez, no entanto, até mesmo ela parecia um pouco menos... Clarisse. O olhar dela parecia menos com chumbo puro, pesado e mortal e mais com... algo menos, embora ainda letal e perigoso.

É, ainda era Clarisse, afinal. Não ficava melhor do que isso.

— Jackson — chamou. — Bom dia, seu amigo acordou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentários são sempre apreciados e até a próxima!



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