Ovelha Negra escrita por Rayanne Reis


Capítulo 32
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Como tudo que é bom dura pouco, minhas férias já acabaram e essa semana trabalhei tanto que já preciso de novas férias, rsrs.
Esse capítulo é especialmente para a Mone que recomendou a fic, muito obrigada mesmo, amei demais.
Espero que gostem do capítulo...



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—Cheguei! – Agnes anunciou entrando na cozinha. Bella e Edward estavam tomando café e sorriram ao ver a filha.

—Meu anjo. Estava com saudades. – Bella levantou para abraçá-la.

—Está me sufocando, mãe. – a pequena reclamou, mas não tentou se mover, ela amava ser abraçada e se sentir amada pelos pais.

—Desculpa. – Bella afrouxou um pouco o abraço. – Como foi a festinha?

—Muito legal. A neta da Maria é da minha idade e ela é legal, assim como as amigas dela. – ela jogou a mochila no chão.

—Ei. – Edward apontou o dedo indicador para ela. – Nada de deixar as coisas jogadas por aí, parece com a sua mãe. – recebeu um cutucão da esposa e Agnes pegou a mochila para colocar no lugar certo.

—Está dizendo que sou bagunceira?

—Amo várias coisas em você. – a puxou pela cintura. – Mas a sua organização não é uma delas. – os dois riram e Agnes olhou de um para o outro.

—O que aconteceu? Estão melosos demais. – deu um beijo na bochecha do pai.

—Também senti a sua falta pequena. – bagunçou os cabelos dela, a fazendo reclamar. – Quer panqueca? – ela assentiu e Bella encheu um prato para ela.

—Eu só fiquei fora por uma noite. – revirou os olhos achando exagerada a reação deles, mas a verdade era que ela tinha sentido a falta deles também.

—E foi o suficiente para nos fazer sentir a sua falta. – Edward piscou para ela.

—Ai, pai. – balançou a cabeça sorrindo. - Você sempre tão exagerado. Bella pode ir comigo depois comprar um presente? – perguntou com a boca cheia.

—Claro, meu amor. É para quem? – ela se juntou aos dois a mesa.

—Alex. – respondeu corando. – É aniversário dele na segunda.

—Ele? Esse Alex é um menino? – o modo ciumento foi ativado em Edward.

—Sim. O meu melhor amigo. – explicou concentrada nas panquecas.

—Ah, sim. O garoto sorridente. – ele se lembrava muito bem do garoto. – Droga, nós não temos mais o Fish. Quem eu vou soltar agora em cima dele? Precisamos de um novo animal.

—Como é? – Bella perguntou confusa. – O que está querendo aprontar, Edward?

—Nada, amor. – garantiu pesquisando animais perigosos no Google. Estremeceu com as imagens que apareceram, ele não gostaria de ter nenhum daqueles animais.

—Podemos comprar um bichinho para ele. – Agnes sugeriu e Edward sorriu.

—Pode dar uma cobra, tipo uma anaconda. – Bella balançou a cabeça, ela não deveria tê-lo deixado assistir aquele filme. Agora estava paranóico. Assim como ficou quando assistiram ao filme Tubarão. Agora ele achava que Bella seria devorada a qualquer momento por um no trabalho. Ele ligava várias vezes no dia para ela, apenas para saber se ela estava viva. O que era fofo e irritante ao mesmo tempo.

—Acho melhor comprar um brinquedo ou uma roupa. Vamos achar algo bem legal para ele. – Bella garantiu e Agnes suspirou aliviada. Ela gostava muito de Alex, ele era o melhor amigo dela e a protegia quando as outras crianças implicavam com ela.

—Obrigada, mãe.

—Não tem o que agradecer querida. Tenho que ir trabalhar, mas podemos ir mais tarde ao shopping.

—É sábado, Bella. – Edward fez bico. Queria passar o dia ao lado da família. Talvez pudessem fazer um piquenique.

—Eu sei, mas isso não faz muita diferença no meu trabalho. Resgataram alguns animais ontem e vão precisar de todo mundo lá hoje. – ela também estava um pouco chateada. Apesar de amar o trabalho, ela queria passar o dia com a família. Mas como uma pessoa responsável que agora era, teria que cumprir com suas obrigações e depois poderia ficar com a família. – Vamos todos ao shopping. – sugeriu para animá-los. – Vocês me buscam no trabalho e depois vamos para lá.

—Amei a ideia. – Agnes agitou as mãos, empolgada.

—Tudo bem. Tenho que ver alguns detalhes da inauguração da empresa e enquanto isso, nosso anjinho aqui pode tirar um cochilo, antes que caia de tanto sono. – apontou para Agnes que bocejava.

—Acho que preciso de uma soneca. – murmurou esticando os braços.

—Certo. Comportem-se e vejo vocês mais tarde. – Bella deu um beijo na testa da filha e outro nos lábios do marido. – Amo vocês. – sorriu para os dois.

—Também amamos você. – Agnes e Edward responderam juntos.

—Tome cuidado, baby. – Bella revirou os olhos. O marido era tão protetor com elas e essa era mais uma das razões para amá-lo. – E a senhorita, vai dormir que te acordo mais tarde.

—Sim, papai. – ela assentiu sonolenta. Deveriam ter ido dormir quando Maria mandou, mas as garotas passaram a noite acordadas brincando e apesar de cansada, elas tinham se divertido muito.

—Estarei no escritório se precisar de algo. – avisou, mas ela já havia saído.

[...]

—O que está fazendo? – Edward perguntou aproximando de Agnes que estava sentada no chão, com vários cartazes ao redor dela.

—Ajudando a Bella com a próxima manifestação. Estou terminando de colorir os cartazes. Quer ajudar? – estendeu um pincel para ele.

—Quero sim. – sentou ao lado dela e os dois trabalharam juntos.

Bella começou a levar Agnes em algumas manifestações que ela considerava serem mais tranquilas. E a garota amava ajudar. Edward apesar de não participar muito, ia a algumas. Ele dizia que era apenas para proteger as garotas, mas a verdade era que ele também se importava com as causas e gostava de ajudar.

Os dois estavam quase finalizando, quando o celular de Edward tocou.

—Alô.

É o senhor Edward Cullen?— uma voz preocupada soou do outro lado.

—Sim. Quem fala?

Que bom que consegui falar com você. — suspirou aliviado. – Meu nome é Jimmy e trabalho com a sua esposa.— Edward travou no lugar.

—Eu sabia. Falei com a Bella para não mexer com tubarão, mas ela me escuta? Não. Diga de uma vez qual foi a tragédia. – pediu levantando e já procurando pelas chaves. – Ela foi devorada por um tubarão? – perguntou baixinho, não queria que Agnes ouvisse, mas a garota já estava em alerta e acompanhava com atenção a conversa.

O que? Não. É claro que não.— Jimmy riu com a possibilidade. – Ela só desmaiou e a trouxemos para o hospital.

—Ah, só isso? – Edward bufou, mas agradeceu pela esposa não ter sido devorada, aquele era um dos maiores medo dele. – Se ela desmaiou é porque tem algo de errado e você fala como se não fosse nada demais? Você deve que não tem família. Seu desalmado. – gritou e Jimmy riu. Bella já havia contado que o marido tendia a ser meio dramático, mas ele não imaginou que fosse tanto assim.

Desculpe. Entendo a sua preocupação, mas ela está sendo muito bem atendida.

—Fala logo o nome do hospital que chego em cinco minutos. – Edward mal esperou ele terminar de falar e desligou o telefone. – Agnes, pegue suas coisas, vamos sair.

—O que aconteceu com a Bella? – Edward parou ao ver o desespero na voz dela. Ela já tinha perdido muitas pessoas e não suportaria perder mais ninguém.

—Ei, princesa. – agachou ao lado dela. – Ela está bem. Pode ficar tranquila. – ele queria a confortar, mas não poderia fazer isso até saber que a esposa estava realmente bem.

Os dois saíram correndo e Edward correu ainda mais para chegar rápido ao hospital. Entrou feito um furacão na recepção e respirou, aliviado ao ver Bella sentada o esperando.

—Não era para terem te ligado. Sabia que ficaria preocupado. – ela começou a protestar, mas foi interrompida por um abraço esmagador.

—Ah baby. Fiquei tão preocupado. – tateou o corpo dela em busca de ferimentos. – Está ferida? – ela negou e ele a abraçou com mais força. - Morri várias vezes até chegar aqui.

—Preciso respirar. – falou num fio de voz e ele a soltou, mas manteve uma mão no braço dela. – Estou bem Agnes. – garantiu para a garota que tremia. – Vem cá. – a chamou e ela correu para os braços da mãe. – Estou bem. – garantiu mais uma vez e ela relaxou. – Falei para o Jimmy não ligar. Sabia que você ia surtar e ia deixar a Agnes surtada também.

—Pois ele fez muito bem em ligar. Você desmaiou Bella. Como não iríamos nos preocupar? E cadê o idiota que não sabe nem dá uma noticia da forma certa? – procurou em volta.

—Ele já foi. E nós também devemos ir. – ela estava cansada e queria ir logo para casa.

—Não vamos sair daqui até falar com o médico. Preciso saber o que você tem.

—Estou bem. – Edward revirou os olhos.

—É claro. Vi numa reportagem, que quando a pessoa desmaia, é porque ela está bem. E quando você não desmaia, é porque está morrendo. – falou levantando a voz e Bella fez sinal para ele ficar quieto.

—Conversamos em casa.                           

—Não. – cruzou os braços. – Não vou sair daqui até saber o que você tem. Ninguém desmaia do nada, Bella. Você é jovem e saudável, por que desmaiaria se não fosse algo grave? – Bella arqueou as sobrancelhas e o encarou. Esperou ele passar por todas as possíveis causas, e os olhos dele arregalaram quando chegou à causa correta.

—Não surte ainda mais. – pediu colocando a mão no ombro dele.

—Você está? – perguntou gaguejando, ele não seria capaz de formular uma frase correta. Ele não sabia exatamente o que estava sentindo: alegria, euforia, medo, mais alegria e uma vontade incontrolável de chorar e de abraçar a esposa. E foi isso o que ele fez. Agarrou Bella e começou a beijar o rosto dela em meio aos risos dela e das lágrimas dele. – Não consigo acreditar. – falou por fim a soltando. – Estou tão feliz que não consigo explicar.

—Não estou entendendo nada. – Agnes encarava os dois. Ela não estava mais preocupada, eles não estariam rindo se fosse algo grave.

—Você vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha, ainda não sei. – Bella respondeu e ela soltou um gritinho de animação.

—Sempre quis ter um. Vamos ser uma família grande. – comemorou e os três se abraçaram. Algumas pessoas riram e outras aplaudiram.

—Podemos ir? – Bella pediu envergonhada por eles serem o centro das atenções.

Edward assentiu e as levou até o carro, as mãos dele tremiam e ele não conseguiu ligar o carro.

—Vou ser pai, de novo. – sussurrou emocionado. – Ah, Bella, eu te amo tanto e não sabe como acaba de me fazer o homem mais feliz dessa terra. – ela inclinou e o beijou.

—Que bom que ficou feliz. Estava um pouco preocupada com a sua reação. – ela respirou aliviada. – Quer que eu dirija?

—Não é perigoso? – ele iria surtar, não sabia nada sobre gravidez, só até a parte da concepção. Deu uma risadinha tentando imaginar quando foi que fizeram o bebê.

—Vai ser perigoso se deixar você dirigir nesse estado. – o empurrou e pulou para o lado do motorista assim que ele abriu a porta para sair.

—Está de quantos meses Bella? – Agnes colocou a cabeça entre os dois bancos.

—Sete semanas. – sorriu lembrando-se de quando descobriu sobre a gravidez. Não teve muitos sintomas, mas quando percebeu que estava atrasada, comprou um teste na farmácia e comprovou que estava realmente grávida. Ela queria contar logo para Edward, mas não sabia como.

—Você já sabia e nem me contou. – Edward acusou.

—Descobri tem duas semanas. Estava tentando descobrir o jeito certo de te contar.

—Era só dizer: estou grávida e você vai ser pai. – colocou a mão no ventre dela. – Não sinto nada.

—Ainda está muito cedo para sentir. – colocou uma mão sobre a dele. – Você está mesmo bem com tudo isso? – perguntou concentrada no trânsito. Ela sabia que ele a amava e aquilo a tranquilizava, não queria que ele ficasse preso a ela apenas pelas crianças.

—Não muito. Estou surtando por dentro. Tem tanta coisa para saber, para fazer, para aprender... – várias imagens passavam pela cabeça dele. Ele daria conta? Cuidar de Agnes era fácil, ela já era grande o suficiente para fazer várias coisas, mas um bebê dependeria 100% deles. E se ele fizesse algo de errado? E se fosse um péssimo pai? Bella parou no acostamento e virou para olhar o marido.

—Edward, só respire tudo bem? Inspira e expira. – pediu e ele a acompanhou. – Não precisa se preocupar com nada. Teremos muito tempo pela frente e aprenderemos o que for necessário. Seremos ótimos pais.

—Vocês já são. – Agnes sorriu para eles e Edward acalmou. Sim, eles seriam. Ele se esforçaria muito e faria de tudo pela criança, assim como fazia pela esposa e pela filha.

—Certo. – falou mais calmo. – Não garanto maiores surtos, mas por hora, está tudo certo. – garantiu e Bella deu a partida no carro. Ela sabia que mesmo com o jeito meio dramático e desesperado, Edward estava ao lado dela e a apoiaria em todos os momentos e aquilo era tudo o que importava.

[...]

Bella foi acordada por um barulho de conversa. Ela não encontrou o marido na cama, então resolveu ir procurá-lo. Saiu na ponta dos pés enrolada no robe e o encontrou sentado no sofá com o notebook no colo.

—Tem várias opções de berços, como vou conseguir escolher um? – perguntou e uma voz arrastada soou do outro lado em meio a um bocejo.

Escolhe qualquer um. – era Jasper, Bella reconheceu a voz e olhou no relógio. Edward tinha mesmo ligado para o coitado às 3 da manhã? Balançou a cabeça desacreditada e aproximou do marido.

—O que pensa que está fazendo? – ele deu um pulo de susto.

—Quer ficar viúva, mulher? – perguntou com a mão no coração. – Quase me mata. O que faz acordada? De acordo com um site que li. Grávidas precisam de repouso e de boas noites de sono.

—Acho que não leu a parte que dizia que elas precisam que os maridos não fiquem às três da manhã conversando com o amigo e a acordando.

—Jackson não se importa. – retrucou.

Droga. Voltamos a Jackson.— lamentou bocejando.

—Vá dormir Jasper. – Bella encerrou a ligação e sentou ao lado do marido. Ele passou a coberta em volta dela e os dois ficaram abraçados no sofá. – Achei que o seu surto tinha passado.

—Não estou surtando. Só fiquei empolgado e como estava sem sono, comecei a pesquisar umas coisas. Tem tanta coisa fofa. – mostrou um quarto todo rosa.

—Acha que vai ser menina? – perguntou admirando o quarto.

—Acho que sim, mas se for menino, também ficarei feliz.

—Achei que quisesse um menino, para equilibrar as coisas aqui.

—Gosto de ter a casa cheia de meninas. – deu de ombros. Ele amava as garotas dele.

—Espere então até todas estarem de TPM ao mesmo tempo. – ele estremeceu com a possibilidade. – Ou quando os namoradinhos começarem a surgir. – estremeceu ainda mais.

—Por favor, nem me fale nisso. Acho que acabei de mudar de ideia. – riu já tramando várias formas de manter os garotos longe de Agnes e da possível filha. – Estive pensando e não surtando. – esclareceu e Bella deitou a cabeça no peito dele. – Vamos precisar de um lugar maior.

—Ou podemos só fazer uma reforça e construir outro quarto. Dá para pegar espaço lá de cima.

—Sim, acho que dá, mas e quando tivermos mais filhos? – beijou os cabelos dela.

—Mais? Já está pensando em mais? – eles não haviam conversado sobre filhos, mas sorriu ao ver que os planos deles eram parecidos. Ela queria ter uma casa cheia e ele também.

—Pelo menos mais uns cinco. – Edward falou e Bella o olhou, espantada. Ela não pensava em ter uma família tão grande assim, embora a ideia não fosse tão ruim.

—Cinco é? E espera que todos saiam de mim? – o cutucou de leve e ele riu.

—Só se você quiser, vou amar fazer cada um deles. Mas se não quiser, existem outras possibilidades. – ela voltou a deitar e os dois ficaram em silêncio, perdidos em planos e imaginando o futuro.

—Vamos um de cada vez e veremos o que acontece. – Edward a abraçou.

—Tudo bem, mas saiba que quero construir um rebanho com você. Várias ovelhinhas correndo pela casa afora e nos enchendo de alegria. Sabe o que é engraçado? Achei que fosse passar a vida toda, solteiro e sozinho e agora, estou aqui, planejando ter uma família enorme. Você me mudou mesmo. – deu um beijo nos lábios dela.

—Também não imaginava que um dia estaria fazendo planos com você. E o que posso dizer, é que estou amando isso. Amo você, a Agnes e esse bebê. – colocou as mãos no ventre.

—Está ouvindo, bebê? – Edward inclinou para ficar mais próximo. – Papai e mamãe te amam. Independente de como você será. – Bella levantou de repente o assustando.

—Edward, me promete que nunca vamos querer mudar os nossos filhos e que os apoiaremos em qual for as escolhas deles e que ficaremos ao lado deles, sempre, mesmo que a vontade deles não seja a nossa. – suplicou e ele a beijou para tranqulizá-la.

—Eu prometo Bella. Não vamos cometer o mesmo erro dos nossos pais. – garantiu e ela suspirou aliviada. – E por falar neles...

—Amanhã ligamos e os convidamos. Eles vão surtar com as novidades. – os dois riram.

—Espero que o coração do seu pai esteja melhor. – Edward murmurou e a puxou para seus braços. – Vai ser um jantar e tanto.

—E mal posso esperar por isso.


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Notas finais do capítulo

E a família vai aumentar. Edward quase teve um ataque achando que a esposa foi devorada por um tubarão, rsrs.
Teremos mais dois capítulos e eles já estão prontos, só precisam de revisão, então comentem que volto rapidinho.

Bjs e até mais.