Ovelha Negra escrita por Rayanne Reis


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Queria agradecer e muito o apoio e carinho de vocês, amei os comentários e ainda vou responder a todos, mas hoje o dia foi corrido e ainda não deu tempo. Obrigada mesmo, fiquei muito feliz.

Esse capítulo é especialmente para a Waterhouse, que recomendou a fic, muitissmo obrigada , amei demais, e para todos que estão acompanhando e se divertindo com essas Ovelhas Negras...



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—Olha só quem chegou. – Emmett apontou para o irmão e Edward quase deu meia volta e foi para casa. Ele não queria ir ao almoço na casa dos pais, mas como era uma tradição, ele precisava comparecer. – Cadê a sua esposa?

—Problemas no paraíso? – Rosalie entrou na provocação e Edward revirou os olhos para a cunhada.

—Minha esposa está no hospital cuidando do pai dela, se vocês estão realmente interessados em saber. – respondeu controlando a respiração. A cabeça dele estava a ponto de explodir. Não tinha dormido direito e aturar a família pelo resto do dia seria um sacrifício tremendo, principalmente porque os avós paternos também estavam lá. – Olá vovó e vovô. – deu um beijo na bochecha da avó e apertou a mão do avô. – Faz muito tempo que não os vejo.

—Está tão bonito, querido. E fiquei sabendo que casou. – ele não soube dizer se ela estava o repreendendo ou o felicitando.

—As notícias voam. – deu um tapinha na mão dela e foi cumprimentar os pais.

—O que aconteceu com Charlie? – Esme perguntou preocupada.

—Ele ficou muito feliz com as últimas notícias e o coração dele não suportou tanta emoção. – Esme o cutucou. – Mas ele está bem. Não vou poder ficar muito tempo, tenho que ficar ao lado da minha esposa e dar todo o suporte a ela.

—Sempre gostei dela. Era uma menina tão doce e bonita. – Vivian Cullen comentou e Esme revirou os olhos para sogra.

—Bonita ela ainda continua, mas não sei se algum dia foi possível descrevê-la como doce. – Esme retrucou.

—Diga você, querido. – Vivian apertou a mão do neto, que aproveitou para sentar ao lado dela.

—Ah, vovó. – coçou a nuca pensando em como poderia descrevê-la. - Bella é incrível, inteligente, carinhosa e luta pelos menos afortunados. Acredita que ela ajudou a salvar um prédio que iria ser demolido? – ele falou aquilo com verdadeiro orgulho. Apesar de não aprovar os métodos da esposa, ela era realmente uma mulher incrível e que pensava nas outras pessoas, qualidade que faltava na família dele. – E ela está tentando derrubar um grupo que trafica animais. – ele descobriu aquilo através de um dos panfletos que ela havia deixado espalhado em cima da mesa da cozinha.

—Ela sempre foi assim, uma pessoa bondosa. Fez uma excelente escolha querido. Espero que valorize o que tem. Um amor como esse, não se encontra em qualquer lugar. Estava comentando com o seu avô que você e a menina dos Swan sempre formaram um lindo casal. – Edward pigarreou incomodado com as insinuações da avó. Ele nunca mostrou interesse em Bella, ela era mais nova do que ele e ele a achava muito desengonçada, a via apenas como uma irmã mais nova. Embora, tivesse que admitir que no fundo, talvez sentisse uma atração por ela agora.Ela havia deixado de ser o patinho feio para ele e se transformou em um lindo cisne. Sorriu com a vaga lembrança de uma piada entre ele e o irmão.

—Acha mesmo que eles se gostam, vovó? – Emmett sentou ao lado deles. – Eles só se casaram para nos irritar. Se bem que eles combinam, os dois são ovelhas negras.

—Está com ciúmes, irmão? – Edward perguntou rindo e Emmett ficou vermelho. – Ou só com raiva, porque eu me casei com Bella e não você? Lembro que tinha uma queda por ela.

—Isso foi há muito tempo. Éramos crianças e ela me dispensou. – Emmett gaguejava enquanto se explicava.

—Você doidinho para levá-la ao bai... – Edward parou no meio da frase e bateu a mão na testa. Ele sabia exatamente como havia partido o coração de Bella e ela estava certa em guardar rancor dele. – Estou ferrado! – declarou deixando o corpo cair na cadeira e voltou no tempo.

 

—Aí estão vocês. – Carlisle entrou na sala e encontrou os dois filhos jogados no sofá. – Preciso da ajuda de vocês com o baile anual da empresa.

—Você já não tem empregados suficientes para isso não? – Edward perguntou com a atenção voltada para o jogo de basquete que assistia na TV.

—Achei que quisesse fazer parte da empresa, Edward.

—Eu quero, mas quero comandar, estar à frente dos negócios e não carregar cadeiras por aí ou fazer seja lá o que for pedir.

—Eu ajudo, papai. – Emmett levantou animado.

—Você poderia ser mais como o seu irmão. Para chegar ao topo, é preciso começar do degrau mais baixo. Agora levanta e venha ajudar.

Mesmo contrariado, ele seguiu o pai e o irmão. O baile anual da empresa seria realizado no jardim da mansão Cullen, e uma equipe já estava a todo vapor montando um palco e uma pista de dança.

—Ei, Félix, trouxe mais dois ajudantes. – um homem alto os cumprimentou com um aceno de cabeça.

—Obrigado, Carlisle. Com essa gripe que está por aí, fiquei sem metade do meu pessoal, mas garanto que tudo estará em ordem para a festa.

—Confio no seu trabalho. – deu um tapinha no ombro dele. – Explore a vontade esses dois, principalmente o ruivo. – apontou para Edward que estava com os braços cruzados e muito mal humorado.

—Pode deixar. – sorriu para ele.

—Antes de começarem a trabalhar. – Carlisle puxou os filhos para um canto. – Preciso que hoje à noite, um de vocês seja o acompanhante da Bella. – ele olhou para os dois esperando uma manifestação.

—Vai nessa, Emm. – Edward empurrou o irmão. – Você não é doidinho por ela? – Emmett corou com as insinuações do irmão mais velho.

—Está decidido então? – Carlisle estava impaciente e precisava resolver logo aquela situação. Havia prometido a Charlie que arrumaria um par para que Bella não tivesse que ir sozinha ao baile. Ele a achava muito nova para participar do evento, mas a garota bateu o pé e o mínimo que ele poderia fazer, era ajudá-la a se divertir um pouco.

—Acho que ela não gosta muito de mim. – Emmett coçou a nuca. – Ela meio que brigou comigo da última vez que nos vimos e ela gosta é do Edward. – todas gostavam dele, bufou lembrando-se das várias garotas que Edward roubou dele.

—Então você será o acompanhante dela. – apontou para o filho mais velho.

—O que? – gritou bravo. – Fala sério pai, tenho 18 anos e a garota deve ter uns 10.

—Ela tem 14, Edward. E não estou pedindo para você casar com ela. É só a acompanhar e dançar algumas músicas. Que mal tem nisso?

—A garota é um porre. Muito chatinha e irritante. Com várias mulheres nessa festa, acha mesmo que vou perder o meu tempo com uma criança? Não vou ser babá de ninguém e não quero uma empata me perturbando a noite toda. Fora que ela é bem feinha, principalmente com aquele aparelho. – Edward riu e sentiu Emmett ficar tenso ao lado dele. – É sério gente, eu jamais sairia com uma garota feia daquele jeito, ela se veste muito mal também e anda meio que puxando a perna. – ele imitou o jeito dela de andar e ao virar, percebeu o porquê do irmão e o pai estarem tão tensos. Isabella Swan estava parada olhando para o nada e com lágrimas escorrendo pelo rosto.

—Bella. – Carlisle começou um pedido de desculpas, mas ela saiu correndo sem dar a chance dele tentar acalmá-la. – Olha o que você fez, Edward. – ele estava espumando de raiva. – Vou atrás dela tentar consertar essa bagunça, mas fique avisado que conversaremos e lhe darei um grande castigo para aprender a tratar uma mulher com decência.

 

Além de Edward ter trabalhado bastante com a equipe de organização e limpeza, Carlisle o proibiu de participar da festa e depois, o fez pedir perdão para Bella, mas ela se negou a desculpá-lo e isso só aumentou o castigo de Edward.

—Está tudo bem, filho? – Esme perguntou colocando a mão no ombro dele.

—Sim, mãe. – ele levantou um pouco atordoado. – Desculpa, mas não posso ficar, tenho que ir para o hospital, a Bella precisa de mim. – balbuciou e saiu sem se despedir, deixando a família confusa.

 

[...]

 

—Oi. - cumprimentou baixinho sem querer assustá-la. – Como seu pai está? – sentou ao lado dela.

—Passando por mais uma série de exames. – ela estava com olheiras e o cansaço dela era visível.

—Ele vai ficar bem. – segurou a mão dela e apertou em sinal de apoio e conforto.

—A culpa foi toda minha. – ela se aconchegou no ombro dele. – Estava com tanta raiva que agi sem pensar nas consequências. Achei que ele só estivesse tentando me pregar uma peça, mas os médicos acharam alterações no coração dele e ele está mesmo doente. – Edward sentiu algo quente escorrer na camisa dele. Eram as lágrimas de Bella.

—Você não tem culpa de nada. – passou os braços ao redor dela. – Seu pai vai ficar bem e se você quiser, podemos cancelar o casamento.

—Não! – ela quase gritou e o encarou. – Ele pode estar doente, mas assim que melhorar, vai voltar com força total ao plano dele. Preciso agir o quanto antes e construir a minha independência e você precisa focar no seu plano e tomar o que é seu. Você é um idiota, mas é competente para administrar a empresa. – ela secou as lágrimas e pigarreou. – Meu pai quer falar com você. – avisou endireitando os ombros.

—O quão mal ele está? – perguntou preocupado. Não queria ser o responsável pela morte dele.

—Não tão ruim assim, ele ainda pode te ameaçar. – Bella deu uma risadinha. – Ou jogar algo na sua cabeça. – o levou até o quarto em que Charlie estava. – Obrigada por ter vindo, não precisava. – agradeceu antes de entrar.

—Sou seu marido e lembrei de algo hoje, que me fez perceber que estou em débito com você. – murmurou sem desviar o olhar do sogro que o encarava. – Charlie, como está?

—Vivo. – resmungou diminuindo o volume da televisão. – Sente aí. – ordenou e Edward o obedeceu sem pestanejar. Agora ele entendia Bella, quando Charlie falava, as pessoas tendiam a obedecê-lo sem hesitar. Ele exalava autoridade e causava medo, mas era preciso resistir e mostrar que ele não podia mandar nas pessoas, por isso, Edward levantou e ficou ao lado da esposa.

—Pensando bem... Vou ficar de pé. – Charlie balançou a mão ignorando a atitude dele.

—Os médicos querem que eu diminua a carga de trabalho e fora que preciso focar na minha campanha. Para isso, tenho que colocar alguém à frente dos negócios. – Edward assentiu prevendo aonde ele queria chegar com aquela conversa. –Iria colocar o filho do Newton, mas além de Isabella ter feito o favor de estragar o nosso acordo, o garoto é uma anta. – Bella arqueou uma sobrancelha como se dissesse: e você ainda queria que eu me casasse com ele? – Mas ele é leal e estava disposto a colaborar com a causa. – Charlie apontou para a filha impedindo que ela protestasse. –E como você agora, infelizmente, faz parte da família e pelo que fiquei sabendo, seu pai não está disposto a coloca-lo na presidência. Gostaria que assumisse por um tempo a Swan Corp. Só até eu ajeitar as coisas e encontrar alguém em definitivo para o cargo.

—Vai deixar os negócios da sua família nas mãos de um Cullen? – Edward já esperava por aquilo, mas não achou que seria tão fácil assim.

—Não pense que vou deixar você me passar à perna garoto. Todas as decisões terão que passar por mim e vou ser bem claro quantos aos poderes que terá. Jacob vai cuidar da papelada e preciso que esteja amanhã cedo na empresa. – ordenou não dando chances para ele retrucar.

—E o que eu ganho em troca?

—O que você tanto quer. – ergueu o queixo. – Meu voto e total apoio para alcançar o seu objetivo. Posso ter sido expulso da empresa, mas ainda tenho contatos lá dentro e alguns amigos que me devem favores.

—Seria esse o começo de uma aliança, papai? – perguntou debochando e Bella sufocou uma risada.

—Me chame assim de novo e eu jogo você pela janela. – Edward riu e estendeu a mão para o sogro.

—Tudo bem sogrão. – Charlie correspondeu o aperto e o puxou para mais perto.

—Só um aviso, garoto. Se a minha filha, vier chorando para os meus braços mais uma vez por sua causa.

—Pai, não. – Bella falou em tom de advertência, ela não queria que Edward soubesse o quanto ela sofreu com a rejeição dele.

—Ele precisa saber. – apertou a mão do genro com mais força. – Se você fizer a minha menina chorar de novo, eu acabo com você, te caço nem que seja no inferno. – Edward sabia que ele cumpriria com a ameaça.

—Eu juro que não vou magoar a sua filha. – garantiu puxando a mão.

—Assim espero. Agora me deixem descansar. – os dispensou com um aceno de mão.

—Volto amanhã. – Bella avisou depositando um beijo na testa do pai.

—Se cuide, querida.

[...]

—Bella, eu queria... – Edward começou a falar, mas ela o impediu de continuar.

—Só esquece isso. Vamos deixar o passado para lá. – ela havia sofrido com as palavras dele e chorou bastante, mas tinha superado e seguido em frente. Não era hora de ficar remoendo o que passou e não podia ser consertado.

—Princesa? – Charlie chamou ao ver um vulto passando correndo pela entrada da casa. – Achei que já tivesse ido para a casa dos Cullen. – Bella estava parada ao pé da escada, de costas para o pai, ela não queria que ele a visse chorando. – Está tudo bem? – colocou a mão no ombro dela e ela virou enterrando o rosto no peito dele. – Ei, meu anjo, o que aconteceu? Está ferida? –perguntou preocupado, ela chorava descontroladamente. – Fala comigo.

—Não foi nada, papai. – fungou secando as lágrimas com a manga da blusa.

—Você não vai a lugar algum até me dizer o que aconteceu. – ele segurou o braço dela a impedindo de sair. Bella relatou o que havia acontecido na casa dos Cullen. – Eu vou matar esse moleque. Como ele se atreve a te menosprezar? – Charlie estava vermelho de raiva.

—Não faça isso, papai. – suplicou. Ela não queria causar confusão entre as duas famílias.

—Ninguém trata a minha filha assim e sai impune. Vou ligar agora mesmo para Carlisle, e se ele não der um jeito no filho dele, eu mesmo o farei. – Charlie ergueu o queixo da filha e a fitou nos olhos. – E você princesa, jamais deixe que um homem a trate mal, você é maravilhosa e linda e não deixe que ninguém diga o contrário. – beijou a testa dela. – Se arrume, pois eu serei o seu acompanhante hoje à noite, a menos que tenha vergonha de ser vista ao lado de um velho.

—Você não é velho, papai. Mas eu prefiro ficar em casa, perdi o interesse de ir a esse baile. – encolheu os ombros. – Vou subir e ver alguns filmes. – subiu correndo as escadas e se trancou no quarto. Ela prometeu que aquela seria a última vez que Edward Cullen a fizera chorar.

 

—Tudo bem. – não adiantaria conversarem ali. – Posso pelo menos me deixe levá-la para almoçar? Estou morrendo de fome.

—Ah, isso não só pode como deve.

—Então vamos lá, esposa. – estendeu o braço para que ela pudesse apoiar.

—Vamos lá, marido. – sorriu para ele.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Edward agiu e ainda tem agido como um babaca, mas está disposto a corrigir o erro que cometeu com a Bella quando eles eram mais novos. Ah, não se deixem enganar por essa trégua que o Charlie está dando ao casal, ele também tem segundas intenções ao deixar o Edward no comando. Carlisle vai surtar quando souber disso, rsrs.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.