Ovelha Negra escrita por Rayanne Reis


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Amei as reações sobre o capítulo anterior. Agora vamos saber a reação dos Swan, e já vou adiantando que não vai ser muito boa não.



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— Boa noite, querida família. - Bella cumprimentou os pais com um abraço forte, ela estava irradiando felicidade. O prédio estava a salvo e o grupo de investidores, arrumados por James, daria início ao processo para reformar o local e ele seria transformado em um centro que ajudaria a comunidade através de aulas de artes, práticas de esportes, e várias outras atividades que ainda estavam sendo estudadas.

— Está tão feliz. - Renée observou com um sorriso enorme. Ela estava aliviada por ver que a filha havia comparecido ao jantar e estava vestida decentemente, toda de preto, mas usava uma roupa que ela julgava ser apropriada para um jantar de noivado.

—Tive um ótimo dia. - deu de ombros. - Os Newton já chegaram? - Bella pediu para que Edward esperasse o sinal dela, queria que a entrada dele fosse no momento perfeito.

—Devem chegar a qualquer momento. - Charlie avisou e colocou a mão direita no ombro da filha. - Espero que tenha pensado na proposta.

—Pensei sim, papai. E, se, o melhor para a nossa família é que eu me case, eu caso. - declarou para alívio total de Charlie.

—Obrigado meu anjo. Estou muito feliz que tenha tomado juízo e que vá ajudar a família. - apertou a bochecha dela.

—Ah, papai. Tudo para o bem da nossa família. Só quero fazer a minha parte. - Edward disse que ela era uma excelente atriz, então, nada melhor do que usar seus talentos recém-descobertos.

—É assim que se fala. Agora sorriso no rosto e trate de usar o seu charme para conquistar o Mike. - alertou indo recepcionar os amigos. -Michael, como é bom revê-lo. - os dois trocaram um aperto de mão.

—Obrigado por nos receber novamente.

—Boa noite senhor Swan. - Mike o cumprimentou.

—Mike. Acredito que Bella tenha algo a lhe dizer. - Charlie apontou para a filha que deu um passo a frente.

—Queria pedir desculpas pelo meu comportamento na outra noite. - abaixou a cabeça envergonhada. - Não estava bem naquele dia e acabei sendo rude com vocês.

— Tudo bem, Bella. - Mike entregou um buquê de flores vermelhas para ela.

—Ah, flores. - ela não conseguiu disfarçar a cara de desagrado. - São lindas. - a contra gosto, pegou o buquê.

— Que bom que gostou. - sorriu triunfante.

—Filha, por que não mostra a casa para o Mike? - francamente, pai, tem como ser mais sutil? Foi o que Bella pensou. Não conseguia entender como o pai podia usar ela assim sem sentir o menor remorso ou vergonha.

—Ótima ideia, papai. - entrelaçou o braço com o de Mike. - Por aqui.

Ela o levou para um tour completo e teve que se segurar para não jogá-lo na piscina ou das escadas. Mike estava praticamente num monólogo, enquanto Bella apenas fingia ouvir, ele parecia achar de suma importância que a “noiva” soubesse de cada detalhe sobre a vida dele.

—... depois que formei na faculdade, passei um ano viajando. Cada semana estava em um país diferente e isso... – Bella sorria e esperava estar fazendo isso nos momentos certos. - Comprei um carro e...

—Mike. – Bella o interrompeu. – Por mais que esteja achando fascinante a história da sua vida. Precisamos entrar. O jantar já deve estar sendo servido e meu pai odeia atrasos.

—Desculpa. Você está certa. Não quero irritar o meu sogro. – ela disfarçou a risada com uma tosse. – Está bem? – ele parecia visivelmente preocupado com ela.

—Ah, sim. Só uma leve irritação na garganta. – explicou o conduzindo até a sala de jantar.

—Já ia mandar alguém chama-los. – Charlie avisou. Bella duvidava muito que aquilo fosse verdade. Ela sabia que o pai esperava que os dois voltassem do pequeno tour completamente interessados um no outro. No que dizia respeito a Mike, ele estava complemente caído por ela. Já ela, não tinha a menor dúvida de que havia tomado à decisão certa em não se casar com ele.

—Que bom que não foi preciso incomodar ninguém, então. – Mike puxou a cadeira para a pretendente e Bella mandou uma mensagem para o marido. Já era hora de acabar com aquele sorrisinho de Charlie.

—Agora que vocês já se conheceram melhor, podemos falar sobre o casamento.

—Estou ansioso para isso. – Mike secou as mãos suadas na calça e olhou em expectativa para a futura noiva.

—Quanto a isso... – Charlie ergueu o dedo a interrompendo.

—Nem comece. Você concordou em se casar. – a lembrou em tom de ameaça.

—Sim. Eu concordei. Mas infelizmente não posso me casar com o Mike. Desculpa Mikezinho, mas não quero ser presa.

—E por que será presa se casar com o meu filho? – Michael estava começando a perder a paciência com a filha do sócio. Charlie havia prometido que ela cooperaria e que não seria um problema para a campanha deles.

—Simples. – Bella ajeitou o corpo.  – Se me casar com o Mike, estarei praticando bigamia e isso seria um crime. – olhou horrorizada para o pai. Talvez ela realmente fosse uma grande atriz, afinal.

—E por acaso você já é casada para cometer bigamia casando com Mike? – Charlie perguntou irritado.

—Sim. – responder simplesmente.

—Isabella, do que está falando? Não temos tempo para brincadeiras.–Charlie lançou um rápido olhar para o sócio e viu que ele não estava gostando nenhum pouco do que ouvia.

—Não estou brincando, papai. - retirou a aliança do bolso e colocou no dedo. - Surpresa!

—Diz que isso faz parte de algum tipo de pegadinha. - Charlie, vermelho de raiva, levantou da cadeira e deu a volta parando ao lado da filha. - Se você estiver falando a verdade, eu vou ser obrigado a fazer algo que não faço há tempos e te dar umas palmadas. - avisou erguendo a mão.

—Não sou uma criança, pai. O que faço ou deixo de fazer, definitivamente, não é da sua conta. Tenho quase 26 anos e não vou deixar que controle a minha vida.

—Não me provoque garota. - alertou se aproximando mais dela que estufou o peito em desafio.

—Não ouse tocar na minha mulher. - uma voz soou fazendo todos virarem para ver quem havia chegado.

Charlie ficou pálido de repente. Ele não o via pessoalmente a quase 10, mas o conhecia o suficiente, e acompanhava as matérias sobre ele, para reconhecê-lo em questão de segundos.

—Você não fez isso. - Charlie levou a mão ao peito e cambaleou para trás derrubando uma travessa. - Meu próprio sangue me traindo dessa forma. - afrouxou a gravata respirando com dificuldade.

—Querido, você está bem? - Renée levantou preocupada.

—Vou ligar para a emergência. - Bella avisou pegando o celular.

—Não estou bem. - foi tudo o que Charlie conseguiu dizer antes de cair no chão.

—Pai! - Bella correu para socorrê-lo. - Fala comigo, pai. - ela o sacudia tentando reanima lo.

—Calma. Vou chamar ajuda. - Edward avisou completando a ligação que Bella não conseguiu fazer.

—Isso tudo é culpa sua. - Renée a acusou.

—Ligo mais tarde para saber notícias. - Michael Newton avisou saindo de fininho enquanto puxava a esposa.

—Vou ficar para ajudar. - Mike avisou, ele ainda mantinha a esperança de que fosse tudo um mal entendido e que ele e Bella ficariam juntos.

—Isso é assunto de família, garoto. - Michael puxou o filho pelo braço.

—Não morra pai, por favor. - Bella suplicava chorando sobre o corpo inerte do pai.

—A ajuda está a caminho. - Edward avisou agachando ao lado deles. - Ele vai ficar bem. - assegurou colocando as mãos nas costas da esposa.

—Não me toque, a culpa é toda sua. - Bella gritou sem desviar a atenção do pai.

—Minha? Foi você quem casou comigo.

—Como teve coragem Bella? Se ele morrer, a culpa será toda sua. Como pode casar com o filho do homem que quase tirou tudo de nós?

—Agora não mãe. - Bella pediu abraçando o pai. - Desculpa papai. Só queria te provocar um pouco, não quero que morra.

Foi com alívio que eles ouviram as sirenes chegarem à mansão Swan. As mulheres acompanhavam tudo com atenção, enquanto Edward limitou a ficar no canto sem atrapalhar ninguém. Ofereceu para levar as duas e elas concordaram sem dizer nada. O caminho até o hospital foi em silêncio, exceto pelos barulhos de choro de Bella e Renée.

Quando conversaram sobre as reações da família, nenhum dos dois imaginou que alguém pudesse ter um ataque. Eles esperavam ouvir gritos e várias indignações, mas não contavam com a reação de Charlie. Talvez ele ainda não tivesse superado o que aconteceu. Edward só esperava que o sogro não morresse e mesmo querendo sair correndo daquela confusão toda, a esposa e muito menos a sogra estavam em condições de ficarem sozinhas. Ele precisava mostrar apoio e fazer o papel de marido e ficar ao lado de Bella.

—É melhor ir embora. - Renée rosnou para ele enquanto andava de um lado para o outro da sala de espera do hospital.

—Só quero ajudar, Renée. Vou ficar até saber que está tudo bem. - esticou as pernas se acomodando melhor na cadeira. Bella mantinha os olhos fechados, ela estava tão quieta que eles acharam que ela estava dormindo.

—Ajudar? Se não fosse por você. Charlie não estaria entre a vida e a morte.

—Menos, mãe. - Bella pediu abrindo os olhos. - Papai não corre riscos. - lembrou-se das palavras que um dos médicos disse ao atualiza- lós rapidamente sobre o estado de Charlie. Ele precisaria passar por mais alguns exames e ficar em repouso, mas ao que tudo indicava, ele sobreviveria.

— Seu pai vai morrer de desgosto, Isabella. Onde estava com a cabeça? Melhor, onde foi que erramos? - Bella pensou em responder, mas preferiu ficar em silêncio. Não queria mais brigas naquela noite, só queria ver o pai e depois ir para casa descansar.

Quando disse que o pai teria um infarto ao saber do casamento dela com Edward, não imaginou que aquilo realmente aconteceria. Sabia que ele ficaria bravo, muito bravo, mas não que passaria mal e acabaria numa cama de hospital.

—Ele está chamando pela filha. - os três assustaram com a chegada silenciosa de um dos médicos.

Bella não sabia se chorava de emoção por saber que o pai estava bem ou de desespero por enfrenta- lo. Por mais que estivesse com raiva dele, ela o amava muito e não queria magoá-lo de verdade e muito ter uma briga tão tarde da noite.

Reunindo toda força e coragem, que não tinha, ela seguiu o jovem médico até o quarto em que o pai estava. Ela havia cutucado a fera e agora precisava arcar com as consequências de seus atos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não se preocupem que Charlie ficará bem, foi só um susto mesmo, mas ele vai sobreviver. Bella apesar de estar com raiva do pai, ama muito ele e não queria que ele reagisse assim.

Comentem, indiquem, palpitem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.