Scorpius

Caro irmão

Estou sentindo muito sua falta. Você não faz idéia do quanto fiquei feliz ao ler as coisas que você me disse. Meu dia melhorou 100%. Eu tenho algumas coisas para te falar também.
Gostaria que não se sentisse mal por mim, eu estou bem e ficaria feliz em saber que você também está.
Eu sei o quanto se sente mal, mas não torne as coisas piores pensando que dói mais do que realmente está sentindo.
Mesmo com o tempo e a distância, eu te amo cada dia mais.
Você disse que tínhamos uma chance, então a-agarre.
Você pode ser feliz, irmãozinho! sua felicidade está aí dentro e só precisa de uma oportunidade para ser ampliada, compartilhada e destacada. Essa oportunidade está aí com você, em todos os momentos. Você é dono disso tudo.

Com amor
          Jake.

O.b.s: papai mandou um beijo.

…

Rose

Rose, Lorcan e Anne seguiram pelo salão principal onde estava concentrada, no meio, uma grande quantidade de alunos interagindo entre si.

—Mas… o que está acontecendo? -questionou Anne

—Você já vai ver. -Prometeu Lysander, que surgiu do nada.

—Não gosto de lugares cheios. -Anne já ia sair, mas Lorcan a segurou pelos ombros.

—Calma amor, você vai gostar. -disse carinhosamente Lorcan, a fazendo ficar corada.

Rose, que já morria de curiosidade, se aproximou daquele grupo, onde no meio de tantas vozes foi possível captar a do seu "primo". Ted Lupim. Professor de defesa contra as artes das trevas.

O homem do cabelo azul dizia, animado. -Olá, caros alunos e alunas, professores e fámilia, hoje estamos aqui para mais um projeto, dessa vez sugerido por Lorcan e Lysander Scamander e Alice Longbotton. -Foram escutados inúmeros gritos, vindos principalmente de Neville, professor de herbologia. - Como bem sabem, sou professor de defesa contra as artes das trevas esse ano, e acredito que para aprimoramento dessa fascinante matéria é necessário prática. Vamos voltar com o clube de duelos!!!

Agora os alunos estava gritando tanto que Rose sentiu dor do ouvido.

—Bom, é claro que temos regras. Todos os alunos abaixo do terceiro ano serão proibidos de participar por não terem o conhecimento necessário de feitiços. - alguns alunos reclamaram e sairam irritados - e todos que participarem serão vigiados. Será estritamente proibido feitiços que podem causar ferimentos graves. Vamos começar, só é preciso colocar seu nome em um papel e botar na caixinha vermelha perto da porta.

Rose colocou seu nome e Anne, meio a contra gosto, fez o mesmo.

—Bom, vamos começar então. -Disse Rose animada

—Não vamos começar nada não. Eu vou para o dormitório, minha cabeça está dolorida. -comunicou Anne. -Amanhã talvez. Tchau Rose.

—Nossa, minha melhor amiga vai mesmo me abandonar?

—Como sempre exagerada.- Anne riu e foi-se

Rose olhou para os lados, um pouco decepcionada. "Se Tony estivesse aqui." Logo avistou um certo sonserino. Scorpius Malfoy parecia ansioso para sair dali e um pouco irritado cada vez que algum dos alunos o tocava. A ruiva olhou novamente ao redor. Não havia sinal de nenhum Weasley disponível para duelar, nem mesmo o chato do Hugo ou do James.

—Querendo duelar, Malfoy? -ela perguntou se aproximando.

—A curiosidade matou o hipogrifo, Weasley.

—Não precisa ser sempre tão frio, Malfoy.

—Não precisa ser sempre tão irritante, Weasley.

—Bom, eu estou desocupada agora e você parece estar desocupado sempre, vamos duelar então?

—Isso foi um convite? -ele provocou

—Sim, um convite para a sua humilhação, porque, modéstia a parte, eu sou ótima em feitiços.

Agora ela cutucou o ponto fraco de Scorpius. Ele não recusava desafios. Pegou sua varinha do bolso e foi para um canto estrategicamente calculado. Era questão de honra vence-lá.

—É o que veremos, Weasley. Pode começar.

A grifinória começou -Conjunctivitus! -gritou

A visão de Scorpius ficou embaçada momentaneamente, mas ainda tinha a varinha em mãos. -Confundus!

Rose ficou tonta por uns instantes e o garoto se aproveitou. -Furnúnculus!!! -Ele berrou movendo a varinha e no mesmo instante surgiram vários furúnculos no rosto de Rose. -Locomotor Mortis!!! -berrou novamente e as pernas de Rose se grudaram, a fazendo cair. -Incarcerous!!! -várias cordas se formaram e prenderam Rose ao chão, mas aonda conseguia mo ver o braço com a varinha.

"Maldito Malfoy." ela pensou. -Finite incantatem!!! -urrou e os efeitos dos feitiços passaram. Menos a corda. Alguém precisava solta-lá.

—Expe…!!! -Ela ia completar, mas Scorpius foi mais ágil.

—Mimble Wimble!!! -a língua de Rose ficou presa, a-impedindo de falar. -Não se desespere, Weasley. Passa após alguns minutos. Você é boa, mas eu sou melhor. Ah, já ia esquevendo, amanhã iremos fazer o trabalho de estudos dos trouxas no jardim atrás do castelo, ok? -E assim o sonserino saiu, vitorioso.

"Maldito Malfoy. Mas… onde será que ele aprendeu a duelar assim?"

—Rose, o que está fazendo ai? -Ouviu a voz do capitão do time de quadribol da grifinória, Lean Thomas, um garoto do seu mesmo ano com cabelos castanhos e olhos cinza, se sentiu ruborizar. Tentou falar, mas sua língua ainda estava presa, então só sairam alguns sons estranhos.

—Acho que já entendi. -ele riu sozinho, pegou sua varinha e desfez o feitiço e as cordas, e a-ajudou a levantar.

—Você vai fazer alguma coisa por agora?

Ela sorriu.

...

Pov: Lily

Eu estou no salão comunal da grifinória batendo os pés repetidas vezes no chão, pensando no que fazer. Olhei para o lado. Hugo estava jogando xadrez de bruxo com meu irmão, Albus. Revirei os olhos. Eles nunca iriam parar de fazer isso.

Eu não aguento mais todo esse silêncio.

—Ei, que tal fazermos alguma coisa??? Ou vocês querem ficar aqui de bobeira em pleno sábado???

—Tipo o quê, Lily?- perguntou Hugo desinteressado

—Bom, que tal voarmos um pouco?

Hugo revirou os olhos. -Eu não posso, bati a cabeça e me disseram para não fazer esforço.

—Mas já fazem dois dias!

—Mesmo assim, a poção que eu tomei demora para fazer efeito, vai querer arriscar a saúde de seu amado primo, Lily? Ei, eu tenho uma idéia!- exclamou o grifinório repentinamente

—Aí vem besteira. - Albus suspirou entediado e concordei mentalmente

—Cala a boca, Albus. Você quer emoção, não quer? Vamos "perseguir" a Rose? Vamos fingir sermos detetives e ver cada passo que ela dá!

—Como assim, Hugo? Endoidou de vez?

—Lily, não é óbvio? Ele quer ver se ela está saindo com um garoto. - explicou Albus

—Inteligente, Albus. -riu Hugo

—É, eu sei que sou demais. -Gabava-se Albus passando a mão no cabelo macio e perfeito (de acordo com ele mesmo).

—Então topam?

—Hum… não.- disse meu irmão

—Nossa Albus.

—Eu sou muito bonito para morrer cedo.

—Ele tem razão, Hugo.- falei

—Eu sempre tenho. -Albus afirmou

—Mas, gente, não tem nada para fazer agora. Não custa nada, Rose nem vai pereceber.

—É claro que não. Desista.

…

Pov: Lily

O cardápio estava a altura da minha testa, de modo que era impossível ver todo o caldeirão furado, que era onde eu estava agora com o idiota do meu primo.

Ele parecia bastante interessado em ver Rose conversando com o líder do quadribol da grifinória, Lean Thomas, como se estivesse assistindo um daqueles filmes de fantasia trouxa que ele tanto ama e eu não entendo nada. A diferença é que ele parecia não estar gostando. Aquelas partes do filme que ele sempre pula. A parte que os principais se beijam.

Sim, Rose e Lean estavam se beijando no momento. Eu precisei segurar nos braços do meu primo para que ele não interrompesse o casal e me fizesse pagar o maior mico da minha vida.

—Ei, o casalzinho vai querer alguma coisa? -Perguntou a garçonete e senti minhas bochechas esquentarem.

—Hum, só duas cervejas amanteigadas, obrigada. Se acalme Hugo.

—Mas Lily, olhe só para aquele idiota se aproveitando da minha inocente e doce irmãzinha, na frente de todo mundo ainda por cima. Ele vai machuca-la que nem fez com todas as namoradinhas dele. preciso fazer alguma coisa!!!

—Não, não precisa.

—Ei, Thomas! Largue minha irmã agora! - Sim. Hugo fez exatamente isso. Se levantou e atrapalhou os dois. Aonde tem um buraco para me esconder?

—Hugo? - Rose se assustou, ela não havia nos percebido antes e agora olhava para mim. Eu estava vermelha. Ela entendeu o que aconteceu e também ficou vermelha, só que de raiva. Lean estava confuso.

—Caiam fora, Lily e Hugo. Ou querem que eu conte pra mamãe e para a tia Gina o que vocês ficam me espionando?

—Eu posso contar para o papai e vai ser bem pior para você.

—Ah, quer saber? - Rose se levantou, pegou sua bolsinha e saiu irritada. Lean parecia ainda confuso e agora eu fuzilava meu odiado primo com os olhos.

—Eu precisava manter a boa imagem da minha irmãzinha, Lily. - ele diz sorrindo envergonhado.

—Você precisa manter a sua boa imagem, seu idiota.

…

            Albus Potter caminhava pelo corredor apressado, até esbarrar sem querer com Scorpius Malfoy.

—Ei, olhe por onde anda, Potter! -exclamou o sonserino se levantando e pegando os livros que garregava .

—Foi mal, Malfoy. Acontece que estou procurando meu priminho, Louis.

—E…?

—Pode me ajudar a procura-lo?

—Não.

—Malfoy, ele é novo aqui, o castelo é muito grande e ele pode facilmente se perder e se meter em encrenca.

—Onde estão seus amigos quando precisa? -Zombou o loiro

—Tudo bem, Malfoy. -disse Albus. Ainda chegaria o dia que ele imploraria algo para alguém. Era orgulhoso demais para isso.

Scorpius sorriu de um jeito maldoso e continuou a andar pelo corredor, mas ao virar deparou-se com um menino ruivo com roupa da corvinal. Aparentemente adorável. Scorpius arfou.

—Olá, qual seu nome?- perguntou o menino.

—Isso é irrelevante. Você é Louis Weasley, não?

O menino balançou a cabeça positivamente, assustado.

—Nossa, como adivinhou? você tem super poderes?

Scorpius ignorou. -Você está perdido, né? Venha, irei te levar para os outros Weasleys.

O menino se aproximou de Scorpius e os dois foram para o outro corredor que já não se encontrava Albus.

—Você não irá dizer seu nome? É para manter sua identidade secreta de super herói?

"Ótimo, porque essas coisas acontecem comigo?".