Benevolência escrita por IsaWeasley


Capítulo 4
O trabalho de estudo dos trouxas


Notas iniciais do capítulo

*leiam as notas finais*



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—E então… como é que termina a missão da bruxa da ilha de Wasperzin?

Scorpius sorriu.

—Essa é uma outra história, jovem bruxo.

Louis e Scorpius estavam sentados de baixo de uma árvore no jardim de trás do castelo, muitos quadrinhos estavam rodeados por toda a sobra da árvore.

—Uau. Ele é mesmo poderoso não é? Assim como o Dumbledore? -perguntou o mais novo.

Scorpius revirou os olhos. -Mais do que o Dumbledore.

—Uau.- repetiu fascinado

—Bom, agora vamos deixar ou quadrinhos de lado, você precisa se aventurar no mundo secreto de Coraline, uma das mais incríveis…

—Malfoy!!! -ele foi interrompido pelo chegada de Rose, Hugo e Albus.

—Só me chamem em caso de urgência.

—É uma urgência, Malfoy. -gritou Rose muito irritada. -Você sabe quantas horas estávamos procurando o Louis?

—Pois é. Eu poderia estar descansando minha beleza, mas fiquei na correria para depois saber que ele estava com o Malfoy. -irritou-se Albus.

—Eu estou aqui, Rose. -afirmou o corvino com brilho nos olhos - ele está me mostrando as aventuras de Zapena, a bruxa ultrapoderosa na ilha de Wasperzin. - Louis olhou para Scorpius - Você é meu super herói. -disse dando um soco fraco na mão de Scorpius, que mantinha um sorriso irônico.

—Deixe-me ver isso. -disse Rose pegando os quadrinhos do chão e folheando. -Malfoy!!! Isso é totalmente inapropriado!!!

—Tem razão, é melhor eu te dar a número um, para você entender a história desde o começo, Louis.

—Você não vai mostrar isso para o meu priminho!!! É muito vulgar!!!

—Ruiva, ela é um exemplo de força e defesa feminina, como você!!! Um exemplo de conduta!!! -disse provocativo

—Mas eu não uso short de couro nem blusa justa, Malfoy.

—Graças a Merlin.

—Deixe eu ver. -pronunciou-se Hugo pela primeira vez pegando o quadrinho. -Uau. Você me empresta depois, Malfoy?

—Cale a boca, Hugo. -disse Rose - Albus, Hugo e Louis, me dêem licença para fazer o trabalho de estudos dos trouxas com o Malfoy, por favor.

—Ok, eu vejo você amanhã se você não estiver salvando o mundo bruxo ou algo assim. - diz Louis saindo, Albus e Hugo o-acompanham irritados.

—Porque você fez isso Malfoy?

—Porque eu quis.

—Você é inacreditável. -resmungou raivosa - Vamos para a biblioteca. -diz Rose

—Não.

—Não?

—Não. Estamos aqui, vamos fazer aqui.

—Você está louco, Malfoy? Aqui não tem livros, não tem pergaminhos, penas e nem nada! Como você quer fazer um trabalho aqui? -perguntou indignada

Ele revirou os olhos. -Você é uma bruxa ou não? - pegou sua varinha e a moveu -Accio pergaminhos e penas e livros de estudos dos trouxas da sala de matériais!!! -alguns pergaminhos, livros e penas vieram voando.

—Bom, não tinha pensado nisso. -diz Rose meio envergonhada, mas ainda irritada

—É bem melhor fazer aqui, com a natureza em volta e o vento batendo no rosto. E nada mais.

—Que profundo, Malfoy. -Rose ironizou

—Agora, por onde começamos? -Ele a ignorou

—Qual vai ser o objeto que a gente irá explicar o funcionamento?

—Hum…

—Você não deve saber nada sobre isso, não é? -perguntou Rose o que todos queriam perguntar mas não tiveram coragem -Digo, seus pais são sangue puro e tem preconceito com os nascidos trouxas, você não deve ter contato com essas coisas, né? Nem entendo o porquê de você fazer estudos dos trouxas.

Scorpius suspirou entediado. -O que eu tenho ou não contato não é da sua conta, Weasley. -ele viu a expressão de curiosidade do rosto da garota se desfazer e continuou -Mas o que é preciso saber é que minha família já mudou bastante e que os boatos não passam de mentiras que as pessoas acreditam ser verdade. Nunca julgue um bruxo por sua família, eu posso ser bem mais do imagina.

Rose ficou boquiaberta com a resposta do garoto, mas resolveu deixar o assunto para lá.

—Aliás, o que você acha de o objeto ser uma câmera fotográfica?

—Nossa Malfoy, você está definitivamente superando minhas expectativas.

—Não tenha expectativas, Weasley. Essa é a regra número um para não ser uma fracassada.

—Você está querendo dizer que sou fracassada? -perguntou vermelha

—Não era bem isso, mas já que a carapuça serviu.

—Você é patético, Malfoy.

—Nossa, estou tão ofendido. -o sonserino fingiu tristeza -Diz logo o que você acha, carambolas.

—Acho uma boa idéia. -admitiu de cara amarrada.

—Ótimo. -Ele tirou uma câmera do bolso da capa, fazendo a garota arregalar os olhos.

—Você anda por aí com uma câmera do bolso?

—Seja menos intrometida, obrigado.

—Eu acho que ficou legal. -disse Scorpius vendo as fotos que tirou de Rose

—Mas não ficou perfeito.

—O que é imperfeito para você pode ser de bom tamanho para mim. Aliás, nem existe perfeição, é só uma coisa idiota que inventam para fazer as pesoas se cobrarem mais.

—Mas olhe, o meu cabelo está tampando meus olhos nessa foto, e nessa estou em uma pose estranha.

—Depois eu vou editar um pouco, mas está bom.

—Eu não entendo, como você sabe…

—Você decorou sua fala?- interrompeu o loiro

—Er… o fincionamente de uma camêra fotografica SLR trouxa é basicamente assim: os raios de luz passam pela consertativa, refletem no espelho movel a 45° e se refletem num bloco de espelho pentaprismaticos de quatro pontos...- disse ela rapidamentw

—É objetiva, e não consertativa. E não é quatro pontos, são dois. Preste atenção.

—Nossa, depois eu é que sou exigente. Você é muito contraditório. Bom, acho que já está bom para um dia só, tenho que encontrar o Lean…

—O Lean? Lean Thomas? Esse Lean? -Scorpius gargalhou maldosamente

—Alguma coisa contra? -disse ela avermelhada

—Nada não, Weasley. Cada um estraga sua vida da forma que deseja… -disse ainda rindo, agora pegando seus livros e HQs do chão -Bom, lá vou eu… sorte com "seu Lean". -disse em meio às risadas, e se foi.

Rose estava irritada. O que as pessoas tinham contra Lean? A ruiva não ficou se questionando por muito tempo, sentiu alguém tocar suas costas e se deparou com o capitão do time de quadribol da grifinória. Deixou escapar um suspiro de paixão.

O clima estava bastante frio, mas isso não impediu que Rose Weasley saísse de sua casa para brincar pela manhã como sempre fazia quando estava de férias e não tinha nada de interessante para fazer.

Olhando aquele velho parquinho quase abandonado perto de sua casa, não pode deixar de notar algo diferente... quem era aquele menino que estava sentado no balanço com lágrimas nos olhos?

A menina de nove anos se aproximou com um misto de curiosidade e pena do menino negro dos cabelos castanhos que aparentava ter a mesma idade.

—Ei, porque você esta chorando?- questionou docemente

—Quem é você?- perguntou com a voz falha

—Sua amiga, agora. -Ela diz fazendo o menino sorrir

—Os meus pais estão brigando muito. Por minha culpa. Eles não me amam.

—Oh. Os adultos são mesmo complicados, os meus pais brigam sempre, mas depois vêm os momentos bons, de carinho…

—Para mim não vêm os momentos de carinho. -ele disse tristemente -o meu pai tem um trabalho muito bom, mas é muito bravo. A minha mãe não tem trabalho nem nada. O meu pai tem vergonha de mim, porque eu nunca demonstrei magia e nunca tirei notas boas. Sou péssimo em tudo que eu faço e dizem que sou burro.

—Porque?

—Eu não consigo ler nada… não presto atenção em nada…

—Eu posso te ensinar. -Ela sugeriu, e o que antes era pena foi trocado por compaixão -Ah, e o meu nome é Rose Weasley! -a menina estendeu a mão

—E o meu é Tony Jones. -ele a-apertou com um sorriso

Desde aquela tarde os dois viraram amigos, praticamente irmãos. Tony ficava bastante tempo na casa de Rose por não aguentar o desprezo da fámilia, Rose sabia dos problemas do amigo e sempre esteve lá por ele. Nada iria mudar isso.

—Você o que? -Anne gritou assustada novamente

—Estou namorando o Lean Thomas- Rose repetiu

—Eu não acredito. -disse Lily - Você está namorando o cara mais gato da grifinória? Uau. Se até uma nerd conseguiu arranjar um namorado, porque não eu?

—Ei!!! -Rose bateu de leve no braço da prima -Eu não sou nerd…

—Ah tá, e eu sou o coelhinho da páscoa.

—Você fala demais, Lílian.

—Rose, eu acho que esse tal de Lean não é o cara certo para você…

—Mas me conta de novo, como foi isso? -Lily interrompeu

—Assim, foi muito romântico, ele me levou para o jardim e me deu um livro de presente, super fofo…

As três meninas ficaram sentadas no sofá do salão comunal da grifinória por um tempo, embora Anne pertencesse a lufa lufa, quando Rose decidiu dormir logo.


Dois dias depois


Querido irmão

Estou escrevendo está carta pois fui mandado pela professora de estudos dos trouxas a escrever uma carta sobre coisas que eu sinto sobre alguém e não tenho coragem de contar para essa pessoa… Diferente do que você provavelmente pensa, eu não sinto raiva de você. Ok, talvez eu sinta um pouco. Muito pouco. Mas eu sinto bem mais raiva de mim do que qualquer outra coisa. E isso me quebra. Me despedaça. Sei que é difícil falar sobre essas coisas, mas quando você tem alguém é muito mais fácil. Eu não tenho ninguém. Eu sei, sua vida é bastante complicada e eu deveria agradecer pela minha vida facil. Eu odeio quando sentem dó de mim, não quero me fazer de vítima jamais, mas é tão difícil quando…

Scorpius largou a pena. "Patético, é isso que eu sou" o loiro suspirou e já ia se levantar para jogar a carta fora quando…

—Ei, posso ver sua carta?

—Claro…

Rose deu um enorme sorriso e estendeu a mão.

—…que não!!! Sai daqui.

—Nossa, que frieza.

—Pois é. -respondeu seco e levantou-se, mas ao virar viu a carta nas mãos da grifinória. Sentiu o sangue ferver de raiva e pegou a carta das mãos da garota.

—Você tem um irmão? -Elá deixou a pergunta escapar.

—Eu te odeio. -ele disse e saiu.

Rose entristeceu-se. Sabia que havia cometido um grave erro, mas isso bastava para que uma pessoa a-odiasse?

Seu ponto fraco era a curiosidade, de fato. Sabia quase tudo sobre todos os alunos, professores, lugares… menos Scorpius. A garota não sabia nada sobre ele.

Mas ela estava decidida a saber.

 


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Notas finais do capítulo

Olá

Quanto tempo, ein?

No meio do capitulo tem um pequeno flash back mostrando com o Tony e a Rose viraram amigos. Eu ainda quero explorar muito esse personagem.

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