Pandora escrita por majestyas


Capítulo 7
Capítulo VII. Celebrando o Amor.


Notas iniciais do capítulo

Oi, galera! Espero que gostem desse capitulo. Ele é especialmente para quem shippa Pandora e Jacob hihi (apesar de ter uns momentos com Edward)
Beijosssss ♥



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— Alice, lembre-se que eu não posso estar mais chamativa que a noiva. E se bem conheço Emily, ela vai estar o menos chamativa possível.

— Sem problemas, já sei a roupa perfeita — ela desaparece closet adentro, enquanto eu me jogo na cama, suspirando. Nas próximas duas horas eu serei a Barbie dela e da Rose. Espero que mamãe venha me ajudar.

Me assusto com a porta se abrindo, eu estou só com roupas íntimas. Edward fica paralisado na porta e eu na cama. Me forço a tentar ser natural, mas tenho certeza que meu coração poderia ser ouvido a quilômetros de distância.

— Oi, invasor — forço uma risada, lembrando-o dos primeiros dias na casa.

Ele finalmente sai do seu estado de topor.

— Perdoe-me, eu não sabia... — ele foi fechando a porta, mas eu o interrompi.

— Sem problemas, é como um biquíni, certo? — saio da cama, puxando meu cobertor e me cobrindo — aconteceu algo?

— Eu vim te avisar que sou eu que vou te levar para o casamento. Todos os presentes já estão sendo colocados no meu carro — diz, olhando para o chão.

— Legal, tudo bem. Obrigada, Eddie — sorrio.

Ele assente e sai rapidamente.

— Ele é tão estranho — resmungo, voltando para cama, deixando o cobertor de lado.

— Você também é — Alice me assusta, colocando o vestido ao meu lado — combinam muito.

— Combinamos, é? Se ficassemos juntos os Cullen seriam finalmente pares certinhos — reflito.

— Sim, isso seria realmente espetacular! — ela se senta ao meu lado — e aí, quando vai rolar?

Assim até parecemos adolescentes normais.

— Você é a vidente aqui — rio — me diga você.

Ok, nem tão normais.

— Bom — ela começa hesitante — como estamos no século vinte e um, acho que seria legal se você chamasse ele para sair.

— Moramos na mesma casa, um encontro serve para se conhecer melhor, né? Como conhecer melhor alguém que vive com você? — falo.

— Ele tem cem anos, acredite, você ainda precisa conhecer melhor ele — ela sorri — e ele também não sabe tudo sobre você, é claro.

— Só eu comeria — observo.

— O menor dos problemas — ela abana a mão em descaso — aliás, falando em problema, e o lobo?

Travo no lugar. Suspiro. Olho suplicante para minha irmã, que sorri consoladora.

— Tudo bem, tudo bem — ela segura minha mão — não precisa decidir nada agora. Voltemos a nossa fantasia. E o lugar? Onde seria perfeito?

— O mais romântico possível, pois sou uma dama — finjo uma cara apaixonada e giro pelo quarto — e então ele pedirá minha mão em casamento e seremos felizes para sempre!

— Eu estava pensando só em um encontro, mas se você já está pensando em casamento... — Alice sorri travessa e pula até mim — mas agora é hora da arrumação. Depois vemos isso.

Concordo e vou ao banheiro começar os preparativos. Será um longo dia.

 

·.༄࿔


Como o casamento será na praia, Rosalie deixou meus cabelos o mais natural possível, apenas o repartindo no meio e colocando uma presilha com uma pedra azul atrás para prende-lo. A loira também pintou minhas unhas em um tom perolado e me deu um par de brincos reluzentes, que eu desconfio serem diamantes. Esme faz uma maquiagem muito leve, destacando principalmente meus lábios com batom vermelho. Alice simplesmente fez um vestido com base em um outro vestido que eu já tinha no meu closet. Ele é lindo, mesclado em tons de azul com branco, longo. Por fim, uma rasteirinha e uma pequena bolsa prateada.

— É isso — Alice diz, dando uns passos para trás — você está linda!

— Uma obra de arte — Rosalie sorri satisfeita.

— Graças a vocês! Obrigada, família! — damos um abraço em grupo e finalmente sou liberada para ir.

Me despeço de todos e encontro com Edward no carro.

— Você está linda — elogia ele, me olhando.

— Obrigada — coro, olhando para a janela.

— Me lembrei da primeira vez que conversamos, lembra? — ele liga o carro, partindo.

— É claro. Eu tinha um certo receio de você naquela época — confesso.

Ele sorri.

— Ainda tem?

— Ora, que bobagem. É claro que não — olho para ele — você nunca me faria mal, Eddie.

— E logo você será como eu, então... — ele para, suspirando.

— E então...? — incentivo.

— Você aceitaria ser minha companheira? Viver comigo pela eternidade, Pandora? — pergunta, bruscamente. Ele é assim. Às vezes simplesmente solta o que está pensando...

Prendo a respiração, estagnada. Ele está mesmo falando isso? Nesse momento?

Eu não havia parado para pensar na minha vida amorosa (céus, há semanas atrás ela nem existia!) desde que Jacob me beijou. Pensar que terei que tomar uma decisão, escolher um e magoar o outro me parte o coração. E eu nem mesmo sei o quanto eu amo os dois, se eu realmente amo eles desse jeito. Decidir assim, sem pesar nada, as consequências, tudo, é impossível.

— O que está me pedindo para responder é algo que está além de mim agora — falo finalmente.

— Eu entendo — murmura e eu sinto meu coração apertar tristemente por ele.

Ficamos um tempo em silêncio, minha consciência pesando. Saber que estou magoando ele não correspondendo seus sentimentos parte meu coração. Mas algo me diz que partir o coração do Jacob me causaria mais dor ainda.

— Mas saiba que eu não vou desistir, Pandora — a frase me pega de surpresa — Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha existência, você trouxe luz para a minha vida... Se é que eu posso chamar de vida. Eu te amo. E não é um lobo que vai estragar nosso destino juntos — Edward quebra o silêncio. Suas palavras me fazem sorrir um pouco, mesmo parecendo errado.

Olho distraída para a janela e vejo figuras velozmente passando ao nosso lado.

— O quê?!

— Como eu vou te levar até a casa de Sam para entregar os presentes, seremos escoltados — meu irmão diz com um certo deboche.

Assinto, observando os lobos correndo em um borrão.

 

·.༄࿔


Eu seco meu rosto banhando em lágrimas, vendo os noivos finalmente falarem "sim". O amor irradia deles, parece que só existe os dois nesse momento. Me sinto abençoada por presenciar tal cena. Até mesmo Leah parece olhar com outros olhos para eles.

Jacob chama minha atenção, segurando minha mão e sorrindo para mim. Por um minuto imagino nós dois no lugar deles, casando na praia, vivendo uma vida simples e divertida com os quileutes, sem problemas. Como se fosse fácil assim, bufo internamente.

— Pan? Vamos? A festa vai começar. — Jacob já está de pé e me puxa fracamente pela mão.

— É claro — confirmo, indo com ele.

A festa é logo ao lado, onde tudo foi preparado com um clima agradável e acolhedor. Todos estão sorridentes e uma fila começa a se formar na frente dos recém-casados. Fomos até lá.

— Parabéns! Meu Deus, vocês são tão perfeitos juntos! — abraço os dois, rindo à toa. A felicidade deles é contagiante! Jacob faz o mesmo, desejando tudo de bom.

— Obrigada. Eu estou muito feliz que estejam aqui! — agradece Emily, radiante.

— Muito obrigado — sorri Sam. Os dois pareciam dois sóis colados.

— Minha família também está muitíssimo feliz e mandaram presentes, espero que não se importem — faço uma carinha adorável com expectativa.

Eles se entreolham, pensativos.

— Aliás, o presente de Carlisle e Esme é férias de uma semana no Havaí com tudo pago em um resort ou algo assim — bato palmas, animada.

O queixo de Sam quase vai até o chão e Emi não está tão diferente.

— Não podemos... — ela começa, mas logo corto.

— Por favorzinho, não façam desfeita. Aliás, eles são podres de ricos, então o dinheiro gasto nem faz falta. E eles realmente gostam de vocês, poxa, que que custa? Oh, seria tão indelicado recusar, é só uma semaninha, sem toda essa confusão e loucura, só os dois juntinhos no paraíso, sem se preocupar com nada, fazendo o futuro primeiro filho e... — Jacob tampa minha boca, rindo nervosamente.

— Às vezes ela não consegue se controlar — diz ele, como quem pede desculpas.

— Está tudo bem — ri Emi, sendo seguida por Sam — prometemos pensar.

— Não tem como devolver — cantarolo, sorridente — e Esme ficaria de coração partido, pense só, aquela pobre rica mamãe vampira, lamentando-se porque seu presente não foi bem recebido. E Carlisle! Ah, papai que salva tantas vidas e nunca matou um humano sequer — evito mencionar que isso é o que eu acho, papai pode muito bem ter matado... — escolheu com tanto apreço e...

— Ok, os outros da fila já estão ficando impacientes — Jacob sorri e me leva embora dali, dando tchauzinho para o casal.

— Controle seu imprinting, Black — um dos garotos do bando diz, sorrindo um pouco. Ele estava logo atrás de nós.

— Impossível — resmunga ele.

— Eu não preciso ser controlada — cruzo os braços.

— Claro que não, querida — ele concorda, me olhando divertido.

— É, querida — Leah chega debochando. Presto bem atenção ao seu rosto, procurando algum sinal de que iria surtar e matar todo mundo. Nada.

— Oi, Leaaaaaah — me jogo nela, que me abraça rindo, algo raro para a quileute.

— Não me amassa, pirralha! — ela reclama, me empurrando levemente. Rio, saindo de cima dela.

— Por que eu não ganho abraços assim? — Jacob faz bico.

— Porque não tem meu charme — Leah joga seu cabelo curto para trás.

— Charme? Qual é! — Jared já chega zoando.

— Como se você fosse muito charmoso, zé mané — Seth chega perto de nós.

Estamos em uma rodinha amigável, que só vai crescendo. Falo com o casal do ano sobre minha festa de aniversário e foi decidido que eles não iriam. Ficamos conversando por um tempo, nossa rodinha já consistia em todos os lobos, até mesmo os mais novos. Sam e Emily andam pela praia distraidamente.

— Mostra, mostra, mostra, por favor! — Collin, um dos lobos mais jovens me pede com afinco.

— Qual? — cedo, rindo da sua empolgação.

Logo todos começaram a falar um elemento diferente, mas Collin chega a pular para chamar minha atenção.

— Fogo! Fogo! — diz.

Assinto, me levantando. Vou até a fogueira que está no meio do grupo, aproximando minhas mãos. Me concentro o suficiente para que uma pequena chama flutuasse até minhas mãos, pairando acima delas.

— Que incrível! — murmurou o jovem, me olhando desacreditado.

Sorri, assoprando a chama. Em vez dela se apagar, lentamente vai flutuando até acima da fogueira, onde mais fogo sai da mesma e vai até aquela pequena chama. Logo ela está grande o suficiente para formar um círculo com pequenas formas de lobos e velozmente dar voltas a nossa frente.

— Isso é tão demais! — Brady, outro lobinho jovem admira.

O fogo volta para a fogueira, causando espanto. Dou uma conferida nos outros quileutes não mágicos, mas eles estavam entretidos demais em suas conversas para notar a gangue de Sam se divertindo.

— Isso foi incrível! — elogia Seth. Todos concordam, me enchendo de elogios.
Sorrio, sentindo meu rosto queimar de vergonha.

— Bom, obrigada. Vocês são uma ótima platéia — faço uma reverência exagerada, causando risadas.

— Hora do buquê! A noiva vai jogar o buquê! — avisa Sue.

As garotas correm até onde está Emi, mas permaneço imóvel junto com Leah.

— Não estou vendo minha prima, nem Pandora... Não jogo sem elas aqui! — reclama Emily, cruzando os braços.

— Para de ser chata e joga logo isso! — grito.

— Só com vocês aqui! — ela bate o pé.

Eu e Leah nos entreolhamos, recebendo olhares furiosos das outras mulheres. Por fim suspiramos e fomos até lá, ganhando palmas.

— Agarra isso, mana! — Seth grita para a irmã, que lança um olhar mortal para o moreno.

— Levanta as mãos, norinha! — incentiva o senhor Black, me enchendo de vergonha.

Emi finalmente joga a porcaria do buquê, essa mulher tem uma mira dos infernos, porque bateu na cabeça da Leah e caiu nos meus braços cruzados.

As risadas nos atigem como chicotes, me fazendo agarrar o buquê com força.

— Toma, pode ficar! — jogo para Leah.

— Nem pensar! — ela joga para mim de volta.

— Eu insisto! — taco nela.

— E eu recuso! — ela joga novamente.

— Pelo amor de Deus, aceita logo! — devolvo.

— Só por cima do meu cadáver! — ela joga na minha cara dessa vez.

Solto um gritinho frustado e jogo o buquê longe. Mas é claro, claro, que iria parar bem nas mãos de Jacob, para completar meu sofrimento.

— Ih, agora você não tem escapatória — ri Leah. Traidora!

Todos começam a rir e aplaudir. Eu só quero sair correndo. Jacob se aproxima de mim sorrindo, por favor não me peça em casamento, penso.

— Vamos lá queimar isso? — ele propõe, balançando o buquê.

Dou um sorriso para ele. Cara, dá até para acreditar que é minha cara metade!

— Vamos lá, lobão! — puxo ele até a fogueira onde estávamos e ele joga o buquê lá. Trocamos olhares antes de admirar novamente o fogo.

 

·.༄࿔


— ... E então queimamos o buquê — conto, rindo. Depois de toda aquela vergonha, a situação parece até engraçada.

— Está com tanto medo de casar assim, Dora? — Rose pergunta.

Estamos eu, ela, Lice e Esme na sala sozinhas, conversando sobre o casamento e a festa. Os homens da casa foram caçar para podermos fofocar em paz. Apesar do casamento ter sido ontem, hoje ainda estou cansada e espero amanhã estar disposta para aula. Graças ao meu papai não tenho mais aquela droga de aula de educação física, pelo menos...

— Tente não ficar com medo quando se tem só dezessete anos e já estão falando em casamento pra cima de você! — rebato finalmente, parando de divagar.

As três sorriem se olhando, cúmplices.

— Que foi?

— Viemos de uma época que dezessete anos é uma boa idade para casar — diz Esme.

— Eu fiquei noiva aos dezesseis — acrescenta Rose.

— Ainda bem que os tempos mudaram — suspiro, gerando mais risadas.

Nossa conversa é interrompida por uma Alice com olhos vidrados e em pânico.

— O que está vendo? — Esme segura sua mão, tentando acalmá-la.

— Alec Vulturi está vindo — ela diz, chocada.

Um Vulturi vindo? E nem é minha festa ainda? Coisa boa não é. E lá vamos nós...


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