Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Heei! Aqui estou eu de novo. Nem demorei tanto u.u
Eu ia demorar mais até terça... mas consegui escrever mais, então... Post hoje!! asuidhiuashd

Espero que gostem, boa leitura!



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Capítulo 5.

 

Não sei porque, mas não voltei pra cama. Fiquei mais um tempo vegetando no sofá e... peguei no sono de novo. Se eu sonhei com o Felippe? Pfffff! Claro, né.

 

Foi um sonho muito esquisito. Eu estava com um garoto que conheci há algum tempo... Ok, com um ex-ficante. De repente, Felippe chegava e me tirava do garoto, alegando ser meu namorado. Quem me dera...

 

Acordei as 10:37, morrendo de dor no pescoço. Também... ninguém mandou eu dormir no sofá. Cara, porque minha mãe não me chamou? Nossa...

 

Levantei e caminhei preguiçosamente até o banheiro. E bota preguiça nisso.

Tomei banho com toda a calma do mundo. Isso se, por calma, você entende lerdeza.

Saí e olhei no relógio: 11:27. Droga! Devia ter ficado mais 10 minutos. Assim, pela primeira vez, teria levado uma hora no banho.

 

Saí do banho, me arrumei e... Caramba: 12:10. Almocei correndo peguei minhas coisas e saí.

 

Quando saio quase morro. Ele estava lá. Parado, lindo, com as mãos nos bolsos e o olhar fixo na porta. Quando percebeu que era eu quem saía, sorriu.

 

_Oi...

 

_Oi... Eu... eer... esqueci de perguntar o número do seu apartamento ontem e... sabe, se a gente quiser te convidar pra sair, eu e o meu irmão... Enfim. Como tinha esquecido de perguntar e não sabia quando te veria de novo... resolvi vir até aqui e esperar você sair. Então, qual o seu apartamento?

 

_301.

 

_Aah... tá. Hoje... eer. Hoje eu não tenho aula... e não queria voltar pra casa agora. Briguei com meu pai, sabe... será que... que eu podia... ir com... você... até a sua escola?

 

_Cla-claro. O Diego vai também?

 

_Não... hoje é um dia que o seu professor de Química não dá aula lá... então o Diego tem aula normal.

 

_Aah... tudo bem, então... Vamos?

 

_Aham. Você vai a pé... de ônibus...?

 

_De ônibus... mas se quiser ir a pé...

 

_É... se você não se importar, vamos a pé... Preciso muito esfriar a cabeça... se não quiser falar comigo, tudo bem. Só preciso andar ao lado de alguém... nem que seja em silêncio. Desculpa ter escolhido você pra me aturar em um momento tão... deprê. Mas eu não consegui pensar em mais ninguém e, apesar de ter te conhecido ontem, gosto da sua companhia... é.

 

_Que bom... eu acho... Haan... desculpa ser enxerida assim mas... porque exatamente você e seu pai brigaram?

 

_O mesmo de sempre. Os caras do trabalho dele fazem as merdas e meu irmão paga o pato. Eu já não aguento mais. Meu pai tem que entender que trabalho é uma coisa, família é outra!

 

_Entendo... desculpa mais uma vez eu me meter mas... Não é melhor vocês conversarem ao invés de brigar??

 

_Como se eu nunca tivesse tentado... Já discutimos muito sobre isso. Ele sempre fala que vai mudar, vai mudar, vai mudar... mas não muda coisa nenhuma. Hoje eu não aguentei ficar só na discussão... brigamos feio e ele levantou a mão pra mim. Ele nunca nem ameaçou me bater. Disse que se eu não calasse a boca, levaria uns tapas na cara. Eu disse que ele seria a minha maior decepção se fizesse isso. Ele abaixou a mão e disse pra eu sair de casa antes que ele mudasse de ideia. Então eu saí... pensei em ir até a casa do meu melhor amigo... mas é perto de onde eu morava antes... longe daqui. Então eu pensei em você... achei que não se importaria de me ouvir... ou de andar comigo... aliás... você precisa mesmo ir pra aula hoje?

 

_Precisar eu preciso todos os dias... mas tenho certeza que faltar um dia ou outro não vai me prejudicar mas... porque?

 

_Pode mesmo faltar?

 

_Aham.

 

_Então vem comigo.

 

Ele não me deixou nem raciocinar. Me puxou pela mão e saiu correndo.

 

Depois de corrermos pelo que pareceu uma eternidade, chegamos a um lugar lindo. Estava vazio, a não ser por nós dois ali, morrendo de cansaço.

 

_Nossa... que... lugar... incrível..._ Eu consegui dizer, entre arfadas.

 

_É... é mágico. Venho aqui pra espairecer.

 

_Legal...

 

_Pelo visto você ainda não recuperou o fôlego né?

 

_Não...

 

Ele riu. Depois me arrastou pra um banco. É, me arrastou. Eu não aguentava nem mais ficar de pé.

 

 

Passamos horas e horas conversando. Conversávamos sobre tudo. Aquele lugar era realmente mágico. E estava se tornando muito especial pra mim.

 

De repente ficamos em silêncio, apenas contemplando o por-do-sol. Passaram-se alguns minutos e eu tive que olhá-lo. Não aguentava mais, queria saber se ele estava acordado. Quando virei o rosto, ele também o fez. Ficamos cara a cara. Eu podia entir sua respiração fazendo cócegas em meu rosto, tamanha era nossa proximidade.

 

Virei o rosto, morrendo de vergonha. Tive a impressão de ter escutado ele dizer ‘droga’, mas não tive certeza. No fundo, eu queria que ele tivesse dito isso mesmo. E mais no fundo ainda, queria não ter virado o rosto.

 

_Foi mal...

 

_O que?

 

Ele sorriu de canto e respondeu:

 

_Nada. Sabe, eu gosto disso em você; não torna momentos constrangedores ainda mais constrangedores... age como se não tivessem acontecido.

 

_É melhor assim... não gera arrependimentos.

 

_Verdade... Se bem que eu...

 

Ele se interrompeu e eu fiquei confusa.

 

_Se bem que você...

 

_Nada... esquece. Pensei alto.

 

_Tudo bem, então.

 

O silêncio que se seguiu foi perturbador. Dessa vez, não ousei virar pro lado. Mais algum tempo passou... Olhei no relógio 18:21. Hora de ir embora.

 

_Felippe, eu... tenho que ir.

 

_Han? Ah, claro. Eu te levo.

 

_Obrigada.

 

Dessa vez, fomos mais devagar. Eu olhava pros lados, pras minhas unhas, pro chão... eu olhava pra tudo quanto é lugar, menos pra ele. Mas eu podia jurar que seus olhos estavam cravados em mim. Mais um tempo, chegamos em frente ao meu prédio.

 

_Eu fico por aqui, obrigada.

 

_Obrigada? Pelo que? Eu devo é ter te enchido... Desculpa, mesmo.

 

_Que isso. Não tem que se desculpar. E eu agradeço pela tarde ótima. Eu não teria visto aquele lugar lindo lá da escola...

 

Ele riu e eu me senti bem com seu sorriso. Ele passara toda a tarde com o semblante triste. Ou melhor, sorriu... mas muito pouco. As vezes até se queixava do pai, lembrando, com mágoa, de alguns fatos de sua infância.

 

_É verdade... que bom que se divertiu... ou algo do tipo. Minha intenção não era só encher tua cabeça com meus problemas... era te levar pra conhecer aquele lugar... Como eu disse, lá é especial pra mim e... olha! Eu nunca tinha levado alguém lá antes...

 

_S-sério? E porque você me escolheu pra ser o primeiro alguém?

 

_Na verdade, não escolhi... associei você aquele por-do-sol. Eer...

 

_Ok... Agora tenho que subir... Até... outro dia.

 

_Não duvide de que eu virei outra vez...

 

_Não duvido...

 

_Então tá.

 

E ele me puxou pra me dar mais um beijo, que me tirou o fôlego, na bochecha.

 

Ao invés de ficar olhando ele ir embora, saí andando, quase correndo, na direção da porta. Antes de entrar, arrisquei uma olhadinha. Yeah! Ele estava me olhando. Quando viu que eu me virei, desviou o olhar, fingindo olhar pra outra coisa. Em seguida, saiu andando em direção a sua casa, ainda olhando pra algum ponto distante no céu. Cara, porque os garotos são tão infantis?

 

Entrei apressadamente, temendo que minha mãe tivesse chegado e quisesse saber o porque da minha demora. Quanto cheguei... ufa! Ela não estava. Comi, tomei banho e deitei. Notei que estava cansada apenas quando vi meu sonho começar, o que aconteceu muito rápido.

 

Infelizmente, ao acordar, não lembrava do que tinha visto em meu sonho. Só lembrava de uma lágrima escorrer, e ela não veio dos meus olhos. Senti vontade de chorar e o fiz. Chorei por um motivo completamente desconhecido. Mas era um choro que me tirava o ar. Doía imensamente pensar naquela imagem da lágrima escorrendo. Minha visão no sonho estava tão nublada que eu não pude saber nem a cor daqueles olhos. Temi que, ao contrário do que pensei primeiramente, aquela lágrima fosse minha, sim. Temi também que fosse dele.

 

Não queria vê-lo sofrer. Não sei bem porque, mas pensar nele sofrendo, era muito desagradável. Na verdade, sei sim. Estou me apaixonando de forma incompreensível por ele. Alguns sonhos e uma tarde as vezes mexem com a vida da gente de um jeito... vou te contar.

 

Depois de me acalmar, voltei a dormir. É... eu acordei as 06:21. Não ia ficar acordada, fala sério. Mas... quem disse que eu conseguia dormir? Contei carneirinhos, bezerrinhos, passarinhos e todos os animaizinhos fofinhos de que eu me lembrava. Nada funcionou. Resolvi levantar e tomar banho. Depois de um banho de mais ou menos 7 minutos, voltei pra cama e... sono. Banhos relaxam... fato.

 

Por incrível que pareça, eu não sonhei com o Felippe. Não mesmo. Aliás, não sonhei com nada. Ou será que sonhei? Não lembro... Oh meu Deus! Será que daqui pra frente vai ser assim? Vou esquecer dos meus sonhos com ele? Ou deixar de sonhar com ele? Ou... ainda pior: será que vou ter sonhos ruins envolvendo ele?

Bem, eu espero que não.

 

As 10:15, como sempre, meu celular despertou. Dessa vez, não praguejei. Eu nem sequer estava dormindo... Me espreguicei e... Opa! O que minha mãe faz dormindo?

Olhei novamente no celular, pensando ter visto errada a hora... mas, não. O que eu não vi direito foi a data. Sábado. Beleza. É Sábado e eu perdi o sono.

 

Passei mais algum tempo deitada, pensando no que eu podia fazer durante o dia. Pensei, pensei e... Oh, minha nossa! Como não pensei nisso antes? Ah, não... não, não, não. Será que...

Fiquei discutindo silenciosamente comigo mesma até que decidi pelo sim: eu convidaria Felippe pra sair. E Diego, claro.

 


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Notas finais do capítulo

N/A: Esse capítulo foi mais... romântico, sei lá. E os próximos vão ser assim... até lá pelo 11... Mas aí as coisas vão começar a mudar e... Não conto mais. :X

Até o próximo... Beeijo!

PS: Quero reviews. u.u



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