Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse que não ia mais demorar tanto pra postar... aqui vai outro capítulo... espero que alguém goste asdpoaskdpos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/75910/chapter/15

Capítulo 15.

 

Eu pretendia ficar na casa dos garotos até os pais deles chegarem. Porém quando chegaram, insistiram pra que eu ficasse para o jantar. - Ou melhor, a mãe de Lippe insistiu... Notei que o pai só fazia o que a esposa queria. - Eu tentei recusar, mas Lippe também insistiu... e era cada vez mais difícil dizer não a ele.

 

A mãe do Lippe se parecia com a minha em muitos aspectos e sorria o tempo todo para mim. Já o pai, apesar de ser bem legal também, me olhava torto as vezes.

 

Depois do jantar, quando eu estava esperando Lippe ajudar sua mãe pra ir me levar em casa, seu pai foi falar comigo...

 

_Então, você é a garota que anda tirando meu filho de casa.

 

 

Sem saber o que dizer, apenas dei um sorrisinho fraco. Ele continuou falando.

 

_Espero que não prejudique o Felippe... Sabe, ele já não faz as coisas direito... É desatento e irresponsável. Agora que namora você... É capaz de ficar pior.

 

E fiquei totalmente sem reação. Procurei na minha cabeça qualquer coisa pra falar, mas eu só pensava em xingamentos. Como ele podia insinuar daquela forma que eu prejudicava o Felippe?

 

O cara até ia continuar falando, mas aí Lippe apareceu. Ele sorria de uma forma tão linda, que mesmo tensa pela ‘conversa’ com meu sogro, acabei sorrindo também.

 

_E então, do que estavam falando? De mim?

 

Seu pai não deu tempo nem pra que eu pensasse em responder. Disse rudemente:

 

_Não estávamos falando de nada.

 

_Tudo bem...

 

O homem se afastou e eu fui me despedir de Diego e sua mãe.

 

Me despedi e fui até a varanda, onde Lippe me esperava pra me levar em casa.

 

_Lippe... podemos ir.

 

_Filho... não demora.

 

O pai de Felippe não demonstrara o mínimo de carinho durante o jantar e não chamara ele de ‘filho’ uma única vez. Involuntariamente, fiz careta. A confusão tomou conta do rosto de Lippe. Ele me lançou um olhar de ‘o que houve?’. Devolvi com um ‘calma, tá tudo bem’.

 

 

Assim que estávamos a uma certa distância da casa, Lippe disse:

 

_Seja lá o que o meu pai tenha te dito aquela hora, não liga. Ele adora implicar, seja com quem for.

 

_Tudo bem... ele não disse nada demais.

 

_Mas esse ‘nada de mais’ te deixou tensa.

 

_Não não... não foi isso. É que... sei lá. Primeira vez que eu falo com seus pais...

 

_Aah...

 

O assunto morreu aí. Em seguida estávamos falando bobagens e rindo. Eu sentira tanta falta daquilo... Principalmente da parte de andar de mãos dadas.

 

A gente já tava quase chegando, aí Lippe falou:

 

_Sabe que eu sonhei com você essa noite? Foi um sonho tão... lindo. Acordei meio que chorando... Com um aperto no coração... Saudade.

 

_Mesmo? E como foi o sonho?

 

_Eu dizia que te amo... E a gente se beijava. Bem como aconteceu hoje...

 

_Isso lembra os meus sonhos... que também aconteceram, de certa forma.

 

_Seus sonhos? Que sonhos?

 

_Ah... alguns sonhos... Bom, é melhor a gente andar logo. Seu pai disse pra não demorar.

 

_Nem adianta mudar de assunto. Conta que sonhos são esses.

 

_Lippe... não. É melhor não. Você nem vai gostar...

 

_Não pode saber se eu vou gostar se não me contar!

 

_Ok...

 

Contei a ele todos meus sonhos: desde o primeiro, no qual eu só sabia que estava sentada e não via nada, até o mais recente, quando ele dizia a um ex-ficante que era meu namorado.

 

Não ousei olhar seu rosto enquanto falava. Eu estava morrendo de vergonha. Nem Diego sabia desses sonhos... Só minha mãe sabia, mas sem detalhes... E pra ele eu contei cada suspiro que eu dava depois de acordar.

 

Assim que acabei, continuei de cabeça baixa. Esperei que Lippe explodisse em uma gargalhada ou me xingasse... Mas ele estava quieto. Se eu não visse seus pés, poderia jurar que ele tinha ido embora.

 

Não aguentando mais o silêncio, olhei seu rosto. Estava iluminado. Ele sorria lindamente para mim e seus olhos estavam úmidos.

 

_Você não imagina o quanto eu te amo, Bárbara!

 

_Imagino sim... Porque eu também te amo.

 

Seu sorriso ficou ainda maior. Ele se aproximou de mim lentamente, enlaçou minha cintura, segurou suavemente meus cabelos, na base da nuca, e me beijou.

 

Assim que acabamos o beijo, ele olhou em meus olhos. Seu olhar era tão carinhoso... Seus olhos verde-azulados estavam mais felizes do que nunca. Não tive dúvidas de que ele realmente me amava.

 

_Eu te amo, Babi. Te amo, te amo, te amo, te amo... Não canso de repetir que eu te amo. Amo como nunca amei ninguém... Pode ter certeza disso. E tenho certeza que nunca vou achar alguém que eu ame tanto. Pode me achar idiota por ser tão novo, te conhecer há tão pouco tempo e estar dizendo que amo você... Mas é a mais pura verdade. E eu sou muito feliz por ela.

 

Eu apenas sorri. Nenhuma palavra que eu dissesse se compararia com as palavras perfeitas do meu Felippe.

 

Ele retribuiu meu sorriso. Tomou minha mão na sua e nós seguimos andando; em silêncio, dessa vez.

 

 

 

As semanas que se seguiram foram as melhores desde que eu e Felippe começamos a namorar. Saíamos sempre. Até mesmo com meu amigo Diego nós saímos. Lippe percebeu que nada do que ele dissesse me afastaria do meu melhor amigo.

 

Por falar em namoro... Resolvemos recomeçar a contagem de tempo depois da nossa ‘volta’. E faríamos um mês de namoro em 4 dias. Eu estava tão nervosa... Só não sabia ao certo porque. Eu tinha vários motivos pra ficar nervosa... Ou era o que eu pensava. Por exemplo: e se Lippe não lembrasse que era nosso primeiro aniversário de namoro, mesmo que fosse de um mês? Eu deveria comprar presente? O que? E se ele não gostasse? E se o presente dele deixasse o meu no chinelo?

 

O ‘grande dia’ chegou e eu fui pra escola normalmente. Na saída, ele estava lá. Até aí ok. Ele sempre estava lá. Nos cumprimentamos normalmente... Eu estaria felicíssima em um dia comum. Mas hoje não era um dia comum. Aquela era a primeira vez que nos víamos naquele dia e ele estava agindo como se fosse apenas mais um dia.

 

Calma, Babi. Respira. Ele só está fazendo um suspense.

 

QUE MANÉ SUSPENSE. Ele se esqueceu... só pode ser isso.

 

Não... Ele não esqueceu. Ele vai me dizer qualquer coisa quando chegarmos na frente do meu prédio... Vai me convidar pra sair... Qualquer coisa.

 

Meu lado otimista começou a perder quando chegamos e Lippe se despediu de mim como em qualquer outro dia: um beijo calmo seguido por um beijo na testa.

 

_Eer... Lippe.

 

_Oi?

 

_Tá a fim de dar uma volta?

 

_Humm... Hoje não, amor. Eu to tão cansado... Passei o dia todo arrumando umas coisas lá em casa, fazendo deveres de casa...

 

Mas que garoto insensível! Tá, nem tanto assim, mas...

 

_Tá bom, então. Até amanhã...

 

_Amanhã? Pretendo falar com você hoje a noite..._ *esperanças mode on*_ ...no MSN_ *esperanças mode off*.

 

_Ah, claro. Até depois, então.

 

Agora eu já estava com raiva. Era tão difícil lembrar que estávamos completando UM MÊS de namoro? Porra!

 

Assim que ele se virou pra ir embora, tive a impressão de vê-lo sorrir. Mas eu duvido muito disso.

 

 

 

Depois de duas horas esperando Felippe entrar na porcaria do MSN, desisti e fui ver televisão.

 

Assim que liguei a TV, o telefone tocou. Tomei um susto tão grande, que gritei.

 

_Alô!

 

Oi! Aqui é o Diego... Posso falar com a...

 

_Diego, sou eu!

 

Ah, oi! Não reconheci sua voz...

 

_Oi...

 

Tudo bem?

 

_Aham. E com você?

 

Que bom! Comigo também.

 

_Escuta, você é sempre tão animado a ponto de ligar pras pessoas pra saber como elas tão ou você quer me pedir ou perguntar algo? Não querendo ser grossa, mas já sendo...

 

Ah, claro! Desculpe a enrolação... O Lippe comentou comigo outro dia que você é boa em matemática...

 

_É... eu sou, modéstia a parte.

 

Será que tinha como você vir até aqui me ajudar?

 

_Eer... claro.

 

O Lippe até me ajudaria... mas ele não é muito bom no que eu preciso e tá tão cansado, coitado.

 

Tive a impressão de que Diego estava segurando uma risada... Vai ver Felippe ouviu a última parte e está xingando o irmão... Ou vai ver eu to ficando louca.

 

_É claro. Que hora você quer que eu vá?

 

Como já são 20:00... Pode ser agora, pra não ficar mais tarde. A prova é amanhã.

 

_Tudo bem. Eu já to indo.

 

Eu até te buscava, mas é que tenho que separar o material e...

 

_Não, não. Tudo bem. Te vejo em meia hora, mais ou menos. Só vou tomar banho e já saio.

 

Até mais.

 

_Até.

 

Beijo.

 

_Beijo.

 

Estranhei um pedido daqueles naquela hora. Mas quem era eu pra negar?

 

Tomei um banho rápido e vesti uma roupa simples, mas até que bonita.

 

Caminhei rapidamente até a casa dos meninos, pois eram quase 21:00. Na verdade, eram 20:25. Mas isso são detalhes.

 

Ao chegar na frente da casa, me perguntei se tinha ido ao lugar certo. O andar de baixo estava mal iluminado. A pouca iluminação se mexia. Pareciam velas. Devem estar sem luz, pensei.

 

Toquei a campainha e... Oh meu Deus! O que Felippe faz todo... gostoso na porta, sorrindo pra mim e com um buquê de rosas vermelhas nas mãos?

 

Precisei de um momento pra entender que eu não tinha sido chamada ali pra estudar matemática, e sim pra comemorar o aniversário de um mês do meu namoro.

 

A única coisa que eu consegui fazer naquele momento foi chorar de emoção. Um sorriso começou a se abrir no canto da minha boca e logo já preenchia cada pedaço de mim. Ou seja, eu estava felicíssima.

 

Ele sorriu de volta, um sorriso bobo de tão apaixonado, e disse:

 

_Seu sorriso é muito melhor do que suas lágrimas... mesmo que elas sejam de emoção.

 

Não achei que fosse possível, mas meu sorriso aumentou. Tratei de secar minhas lágrimas.

 

Ele se aproximou de mim e, suavemente, tirou minhas mãos do meu rosto. Começou a beijá-lo por onde as lágrimas passavam, como se as estivesse secando.

 

_Hoje eu só quero seu sorriso. Aliás, não só hoje. Quero te ver sorrir sempre. Vou te fazer sorrir sempre. Quero ser o seu alguém que te faz sorrir.

 

Ele me entregou as rosas e pegou minha mão livre, me conduzindo até dentro da casa.

Assim que coloquei meus pés na sala, me perguntei se estava mesmo na casa do Felippe. Ela estava toda decorada com velas e, no meio, havia uma mesa posta para duas pessoas. Estava tudo absolutamente perfeito.

 

_E então, gostou?

 

_Se eu gostei? Eu amei! É simplesmente... perfeito.

 

_Que bom que você gostou! Não imagina o quanto foi difícil manter segredo... Principalmente quando você me convidou pra dar uma volta, eu recusei e você ficou decepcionada por eu, supostamente, ter esquecido...

 

_Prometo que não vou mais pensar isso... tipo, que você esqueceu de algo.

 

_Eu é que prometo não fazer mais esse tipo de coisa! Você ficou tão magoada...

 

_Mas no final valeu a pena! Então... pode fazer quantas surpresas quiser!

 

Seus olhos brilharam e, inesperadamente, ele me beijou. Tão inesperadamente, que seu nariz se chocou contra o meu. Nós rimos bastante.

Quando a crise de riso passou, ele olhou nos meus olhos e disse:

 

_Agora eu vou devagar...

 

Felippe se aproximou lentamente. Me abraçou, colocando uma mão no meio das minhas costas e a outra na minha nuca, e depois me beijou suavemente.

 

 

 

_E então? Vamos jantar?

 

_Vamos..._ a resposta saiu mais como um suspiro do que como uma resposta propriamente dita. Ele riu da minha cara boba e depois me conduziu até a mesa, puxando a cadeira pra eu sentar. Um perfeito cavalheiro...

 

Durante o jantar, Lippe só abria a boca pra colocar mais comida nela. De vez em quando, sorria pra mim. Ele estava inquieto... Mastigava devagar, mas se apressava pra colocar mais comida na boca.

 

_Felippe, você tá bem?

 

_Hm? Eu? Claro! To ótimo!

 

_E tá nervoso porque?

 

_Nervoso? Pfffff. Eu não to nervoso.

 

_Então para de mexer essa sua perna! Tá ME deixando nervosa.

 

_Desculpa...

 

Ficamos mais algum tempo em silêncio. Ele voltou a mexer a perna.

 

_Felippe, ou me conta de uma vez porque ta fazendo isso ou para de uma vez de fazer isso!

 

_Isso o que?

 

_Se eu disser, eu vou embora!

 

_Ah, a perna...

 

_É!!!

 

_Ok, eu to nervoso.

 

_Por quê?

 

_Eu... eu queria...

 

_Desembucha! Não pode ser tão terrível... Da última vez que você fez isso, você me pediu em namoro! Eu aceitei... a gente tá aqui. Então fala de uma vez.

 

_Ok, você tá certa. Espera um segundo.

 

Ele levantou da cadeira e subiu as escadas correndo, na direção do quarto, eu presumi.

Alguns segundos depois ele estava de volta com as mãos pra trás. Minhas pernas tremeram.

 

Então, ao invés de se sentar de novo, ele se abaixou ao meu lado; colocou as mãos pra frente e as abriu, revelando uma pequena caixinha de veludo.

Meu coração estava quase pulando pra fora do meu peito, de tão forte que batia.

 

_Bom... isso não é um pedido de nada, já que você já namora comigo... Eu só queria te dar isso...

 

Ele abriu a caixinha, que continha duas alianças prateadas, e tirou uma; pegou minha mão direita, beijou a aliança e a colocou no meu dedo. Tudo sem parar de sorrir e olhando nos meus olhos, que estavam prontos pra despejar mais lágrimas.

 

_Eu te amo, Bárbara.

 

Ele estava prestes a pegar a outra aliança e colocá-la no seu dedo, mas eu o interrompi. Ele me olhou confuso. Tirei a caixinha de suas mãos, peguei a outra aliança, repetindo seu gesto de beijá-la, segurei sua mão direita e a coloquei no seu dedo. Vez do Lippe começar a chorar.

 

_Eu te amo, Felippe.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E as coisas se estabilizam... ou não...

Mas e aí, algum palpite sobre o próximo?
Algo sobre esse?

Lembrando sempre: muita coisa está por vir. Acho que a fic terá uns 50 capítulos... ou quase... ou quem sabe alguns a mais... O que eu quero dizer é que não ta nem na metade ainda então... bem, façam suas apostas. Gostei de escrever esse capítulo, assim como gosto de escrever todos. Uns mais, outros menos... mas sempre de todos ;)

Se quiserem comentar... mas é que nem eu disse no anterior e que uma grande autora costuma dizer: nunca subestime o poder de um review ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Garoto dos Meus Sonhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.