Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Essa coisa de postar dois por dia em breve acaba, ok? É só porque to com mais três capítulos de sobra... Depois disso vai depender do ritmo com que eu vou escrever, que eu prometo que vai ser relativamente rápido. Espero que gostem...



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Capítulo 16.

 

Entre beijos, abraços e amassos, comíamos, sentados no sofá, alguns morangos que Lippe havia pego assim que jantamos.

 

Logo que acabamos de comer, Lippe largou a bandeja na mesinha de centro e depois me aconchegou mais em seus braços.

 

Ficamos um tempo desse jeito: eu com as pernas encolhidas no sofá, deitada nos braços dele e ele acariciando meu braço, até que ele me ergueu gentilmente, me fazendo praticamente sentar em seu colo e encará-lo.

Ele não disse nada e nem esperou que eu dissesse. Me beijou calma e docemente, passando, aos poucos, os braços ao redor da minha cintura. Assim que o fez, me puxou para ainda mais perto de si mas, ao invés de me deitar no sofá, como pensei que fosse fazer, colocou minhas pernas ao redor de sua cintura e se levantou.

 

Eu não sabia exatamente para onde ele estava me levando, só queria que chegasse logo pra não corrermos o risco de sermos interrompidos. Quando a escada ficava cada vez mais pra trás, o telefone tocou.

 

Não sabia se ria da puta coincidência ou se chorava da minha desgraça. O toque não pareceu perturbar Felippe, que continuou me beijando.

 

Interrompi o beijo e quase ri da cara de cachorrinho abandonado que meu namorado fez. Não só disso, como do estado em que ele se encontrava: cabelos extremamente bagunçados e boca muito inchada e vermelha... poxa.

 

_Lippe, você não vai atender?

 

_Não.

 

_Mas poxa... acho que o telefone continuar tocando é o mesmo que a gente se interromper pra você atender...

 

Ainda comigo no colo, Lippe desceu as escadas, pegou o telefone e... desligou os fios? Opa... isso significa continuar de onde paramos. Adoro.

 

Ele me olhou nos olhos e havia uma mistura deliciosa de malícia com amor em seu olhar. Sorri e voltei a lhe beijar.

 

Ele subiu novamente as escadas e entrou em seu quarto. Eu não queria me desgrudar dele, mas a curiosidade falou mais alto. Aí você se pergunta: porra, grudada em um menino perfeito desses, tem curiosidade do que? Eu respondo. De ver o quarto dele.

 

Olhei em volta e fiquei surpresa. O quarto não era exatamente como eu imaginava, mas muito parecido com o que minha mente associava ao Felippe.

 

Quando olhei novamente pro meu namorado, um sorriso brincava no canto de sua boca perfeita.

 

_Sabe qual a melhor parte do meu quarto?_ ele perguntou.

 

Balancei a cabeça negativamente.

 

Ele encostou os lábios na minha orelha e sussurrou, me deixando arrepiada:

 

_Minha cama.

 

Ele se afastou e o sorriso ainda estava ali. Sorri da mesma forma e disse:

 

_Não é, não.

 

_Não?

 

_Não.

 

_Então qual é?

 

Imitei seu gesto de falar no ouvido e sussurrei.

 

_Você.

 

Aquilo bastou pra ele me beijar calorosamente e caminhar na direção da cama.

Ele me largou sobre ela delicadamente, sem parar de me beijar. Seus beijos alternavam entre minha boca e meu pescoço. Suas mãos ganharam vida e percorriam toda a extensão do meu corpo, da cabeça até as pernas.

As minhas não estavam muito diferente. Eram conhecedoras profundas das costas bem definidas dele.

 

_Sabe..._ ofeguei no meio de um beijo._você quase tem razão.

 

_Sobre...?

 

_Sobre a cama.

 

_Quase?

 

_Uhum.

 

_E por quê?

 

_Por que é a segunda melhor coisa desse quarto.

 

A partir daí esqueci de tudo. Esqueci meu nome. Esqueci colégio. Esqueci amigos. Esqueci a razão. Só existia a emoção. Só existíamos nós dois.

 

 

______________________________________________________________________

 

 

Acordei meio sonolenta. Olhei em volta e... não, eu não lembrei de coisas que aconteceram durante a noite. Ok, eu lembrei... mas enfim. Olhei em volta e ainda estava escuro. Levantei a cabeça, que estava pousada no peito de Felippe, e o olhei. Ele dormia tranquila e lindamente. Involuntariamente sorri. Depois de suspirar, me encostei a ele novamente e voltei a dormir.

 

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O sol que indicava o novo dia entrava pela janela e esquentava meu rosto, me impedindo de dormir um pouco mais. Ao invés de praguejar contra ele, sorri. Eu estava imensamente feliz e nada nem ninguém mudaria isso.

 

Apenas uma coisa me incomodou na cama. Eu ainda estava deitada da mesma forma, mas não era o peito de Lippe que estava debaixo da minha cabeça, era o travesseiro. Olhei em volta e não o vi. Como seu quarto era uma suíte e a porta do banheiro estava fechada, imaginei que ele estivesse tomando banho ou algo do gênero.

Resolvi chamar por ele.

 

_Lippe...?

 

Nada. Chamei novamente.

 

_Lippe?

 

Esperei alguns minutos... nada. Eu já estava preocupada. Me enrolei um pouco no lençol branco que cobria meu corpo e estava quase saindo da cama, quando a porta foi aberta.

 

Primeiro me assustei, depois relaxei. Era Felippe, que trazia uma bandeja de café da manhã com uma variedade de frutas, alguns pães, suco, geléia, dois copos, duas facas e uma rosa vermelha, que parecia ser recém colhida.

 

Após analisar rapidamente a bandeja, analisei meu namorado. Ele vestia apenas uma calça estilo moletom, branca. Algo simples, mas que caía perfeitamente bem naquele corpo perfeito. Depois de olhar para ele por alguns segundos com um sorriso idiota nos lábios, suspirei.

 

_Achei que fosse gostar que eu trouxesse alguma coisa pra comer...

 

_Claro que eu gostei... Quam não gostaria? Além do mais... eu to com tanta fome!

 

_Eu também! Não imaginei que fosse ficar com tanta fome depois do jantar.

 

_A questão não foi o jantar...

 

_Pois é... Mas mesmo assim... Enfim. Vamos comer?

 

_Aham.

 

Ele se sentou ao meu lado e começamos a comer. Enaquanto comíamos, não trocamos uma só palavra. Não sei se era pela fome ou pela vergonha. Sim, estávamos envergonhados. Só não sei porque nem do que...

 

De repente me lembrei de um pequeno detalhe que tinha sumido completamente da minha cabeça durante a noite. Pra ser sincera, só Felippe estava no meu pensamento até aquele momento...

 

_Minha mãe!

 

_O que tem ela?_ Lippe disse com a boca relativamente cheia.

 

_Ela não deve ter nem dormido de preocupação... ainda mais que eu deixei meu celular em casa e você desligou o telefone...

 

_Sua mãe dormiu super tranquila.

 

_Como você pode saber? Tá certo que as mães tem aquela coisa de sexto sentido... mas também não é pra tanto!

 

Ele riu da minha afobação e em seguida esclareceu.

 

_Eu pedi pro meu irmão ligar pra ela.

 

_O que? Como assim? E o que ele disse? "Alô, aqui é o cunhado da sua filha e ela foi lá em casa..."

 

_Não, não, não! Eu tinha tudo isso planejado..._ ele gesticulou na direção da cama._Não tinha certeza se ia dar certo, mas tava planejado. Ele ligou e disse pra sua mãe que era nosso aniversário de namoro... Que eu tinha preparado um jantar, comprado alianças, flores, que era uma noite especial e que ele não sabia como falar... Mas que você talvez ficasse aqui.

 

_Meu Deus! E ela?

 

_Disse que tudo bem e que era pra você voltar antes das 16:00 porque ela queria sair com você.

 

_Só isso? Mesmo? E o xilique?

 

_Bom... o Diego não me falou nada a respeito. Suponho que ela realmente não tenha se importado... afinal, ela confia em você, não confia?

 

_Sim, eu conto tudo pra ela. Certo que contaria isso também.

 

_Então tudo ok. Ela sabe disso. E também... Se ela tivesse se importado, tinha vindo aqui antes mesmo de você chegar. Mãe é mãe...

 

_Claro... Bom, me lembre de agradecer ao seu irmão.

 

_Ele mesmo vai se encarregar disso...

 

_Ok.

 

 

Um pouco mais tarde, perto do meio-dia, resolvi enfim sair do quarto. Já vestida e prestes a sair, me lembrei de outro detalhe: os pais do Lippe. Com que cara eu sairira do quarto dele e os encararia?

 

Estaquei na porta, segurando a maçaneta. Lippe me abraçou por trás, beijou de leve meu pescoço e perguntou:

 

_Tudo bem?

 

_Não.

 

_O que houve?

 

_Seus pais... Com que cara eu vou sair daqui, encará-los...? O que eu fa...

 

_Shhhh. Calma. Eles também sabem de tudo. Mas não se preocupa. Eles chegaram depois que a gente já tava dormindo ontem e saíram antes de eu levantar. Vão almoçar fora... Nós não somos o único casal feliz por aqui!

 

_Aah... E quanto ao Diego?

 

_No quarto, na cozinha...

 

_Ele dormiu em casa?

 

_Sim.

 

_Ai.

 

_Mas também chegou bem tarde.

 

_Isso não vai impedí-lo de fazer piadinhas a respeito de nós.

 

_É, isso não. Mas isso_ ele apontou pra sua mão fechada em punho_vai.

 

Nós rimos e depois saímos.

Como minha sorte era algo que vivia bem longe de mim, dei de cara com Diego assim que desci as escadas. Lippe tinha ido ao banheiro.

 

_Já era hora! Como foi a noite?_antes de fuzilá-lo com o olhar, fiquei roxa de vergonha_ Oh, não, não. Poupe-me dos detalhes! Eu quis perguntar... Como você dormiu?

 

Foi só eu que entendi o duplo sentido da pergunta?

 

_Dormi bem, obrigada. E você?

 

_Dormi muitíssimo bem. Mas aposto que não melhor do que você. E é claro que você dormiu bem, que pergunta a minha. Isso é... se você dormiu. Você dormiu?

 

_Já chega, né engraçadinho? Deixa a Babi em paz. Vai providenciar o almoço, ou qualquer coisa útil.

 

_Já fui.

 

Assim que ele saiu, me virei pro Lippe.

 

_Obrigada, Lippe... eu já não sabia mais onde enfiar a cara.

 

_Não da bola. Ele é idiota.

 

_Tá bom...

 

_Vem cá...

 

Ele me puxou e me deu um abraço apertado. Em seguida me beijou.

Como que por mágica, minhas mãos ganharam vida mais uma vez. Elas estavam ora nas costas do Lippe, ora em seus cabelos. As dele apertavam meu corpo cada vez mais forte contra o seu enquanto acariciavam minhas costas e cabelo.

 

_Epa! Só porque acabaram com a inocência de vocês, não precisam fazer o mesmo com a minha!

 

Lippe se separou de mim e encarou o irmão. Não com um olhar ameaçador, mas sim brincalhão.

 

_Tinha que ser meu irmão babaca. Por que você sempre chega na melhor parte?

 

_Ontem eu não cheguei...

 

_Ok, calado.

 

Ele fingiu fechar a boca com uma chave e jogá-la fora. Eu e Lippe reviramos os olhos.

 

Diego sorriu e depois disse:

 

_Gente, falando sério agora. Eu faço essas piadas e tal... mas eu amo vocês. Falo essas coisas de brincadeira... não levem a mal. É que eu to feliz... To feliz porque meu irmão mais velho preferido_ ele piscou pro Lippe_ ta feliz.

 

_Own, que meigo!

 

_Mesmo mano?

 

_Não! Foi gay!

 

_Lippe... não foi gay. Foi lindo. Não é todo irmão que diz uma coisa dessas... Ainda mais na frente da cunhada.

 

_Eu sei, é só pra não perder a pose._ ele piscou pra mim.

 

_Besta.

 

_Também te amo.

 

Revirei os olhos outra vez e sorri.

 

_Bom... isso que você disse, me lembra de te agradecer, Diego.

 

_Pelo que?

 

_Primeiro, por ter me apresentado ao seu irmão._ Lippe sorriu._ Segundo, por ter avisado minha mãe que eu tava aqui.

 

_Ah... que isso. Se eu não avisasse, ele me matava.

 

_Exagerado.

 

_E não é verdade?

 

_Claro que é.

 

_Então!

 

_Que seja. Olha... já que vocês falaram... Eu não posso ficar pra trás. Diego... obrigado por ter me apresentado a Babi... Te devo minha felicidade. Babi... obrigado por existir.

 

_Poxa, Lippe, assim eu choro!

 

_Não chora! Já te disse uma vez, e digo de novo: seu sorriso é bem mais lindo que suas lágrimas, mesmo que elas sejam de felicidade.

 

_Ai...

 

Comecei a chorar e a rir ao mesmo tempo. Chorava por estar emocionada e ria porque eles riam. E, porra, era mesmo engraçado.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Capítulo descontraído esse, não? E... surpresa! Ela dormiu na casa dele! aopskdopask Bem, nem tão surpresa assim... Que seja. Eu gostei desse capítulo e minhas amigas tb, haha

Espero que alguém goste... e se quiserem comentar...

Aderindo à campanha: nunca subetime o poder de um review. =)



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