Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 11
E a guarda vai para...


Notas iniciais do capítulo

Olaaa, é seguro voltar aqui? Gente, eu vi quase todo mundo reticente aos acontecimentos do ultimo capitulo, nãe esperava, real hahahaha mas eu só peço que confiem em mim e arpoveitem a história.
O capitulo de hoje teve que ser dividido em dois, por motivos dele ter ficado enorme, sério, mas sem mais delongas, boa leitura!



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No promises - Shawn Mendes

Damon andava nervosamente pelo escritório, a audiência de custodia, seria em algumas horas. A possibilidade de perder as filhas, lhe fizeram perder dias de sono. Um calafrio lhe percorreu a espinha, quando isso lhe veio à mente novamente. Era estranho, seis meses atrás, se lhe dissessem que ele seria pai e que amaria suas filhas, ele provavelmente mandaria internar tal pessoa. Hoje, a algumas horas de finalmente ter a resposta, ele temia pelo resultado.

Caroline havia deixado aquela expressão de “se eu pudesse, furaria seus olhos com meus dedos” de lado, mas ainda estava irredutível em relação a guarda. O que Damon entendia, é claro, o casamento com Elena se tornara uma relação conturbada depois da segunda gravidez, sempre brigavam, Elena inclusive lhe jogou um vaso de cristal na cara uma vez – chorando muito depois, enquanto costurava arrependida – as coisas não iam bem e agora ele entendia, não aceitava, mas entendia o fato dela ter partido. Então, Caroline brigar com unhas e dentes pelas filhas, não era uma grande surpresa, ele mal podia começar a imaginar o tipo de coisas que a esposa lhe contou.

Quando Enzo se deu conta de que se Damon continuasse andando em círculos, um buraco se abriria no chão, ele pigarreou, chamando a atenção do par de olhos azuis.

— O seu advogado está lá embaixo – Ele se encontrava apoiado no batente com os braços cruzados – Como você se sente? – Analisou o amigo. Damon passou a mão nos cabelos nervosamente.

— Sinto como se tudo fosse desabar a qualquer momento – suspirou cansado – O que eu farei se o juiz me negar o direito de ser pai? – Apoiou-se na mesa e encarou o outro.

— Ele jamais pode fazer isso Damon – Enzo se aproximou e pôs sua mão direita sob o ombro do amigo, encarando-o profundamente – Elena lhe deu esse direito, o que o juiz pode fazer é dificultar, mas você sempre será pai – Damon assentiu, acolhendo as palavras. Numa coisa, Enzo tinha razão, ele era pai, não importa o que dissessem, sempre seria.

Quando mais calmo, os dois saíram da sala, em direção ao elevador. O advogado de Damon, era um dos melhores em Nova York, ele não mediu esforços quanto a isso. Eles se cumprimentaram rapidamente e seguiram no carro particular de Damon até o tribunal.

O prédio era imponente, uma construção antiga, que lembrava muito a Grécia antiga. A bandeira do país e do Estado de Nova York, balançavam com o vento na ponta do mastro, em frente ao prédio, o que trazia uma certa cor ao lugar. Do lado havia uma grande estatueta do símbolo da justiça, era uma grande mulher com os olhos vendados e uma balança na mão, toda em bronze e muito bem polida.

Depois de passar por toda a segurança, eles caminharam até o balcão de informações, uma senhora negra com a cara de poucos amigos, lia sua revista tranquilamente.

— Boa tarde – o advogado lhe chamou atenção, ela o encarou sob os óculos e ergueu a sobrancelha direita em acusação – Preciso saber em qual sala será a audiência Salvatore vs. Forbes. – Ela simplesmente apontou um livro velho no balcão, o advogado sorriu amarelo e pôs-se a procurar. – Sala 08, 3º andar – falou olhando para Damon. Os dois seguiram lado a lado, em silencio.

Ao sair do elevador, pode ver Caroline sentada em um banco de madeira escura, ao final do corredor. Ela conversava animadamente com uma outra loira, o qual ele acreditava ser sua advogada. Eles se aproximaram e a conversa das duas cessou.

— Boa tarde – Damon anunciou – Caroline – ela deu um leve aceno em resposta – Você deve ser a advogada, Srta. ... – deixou a frase no ar, pois não fazia ideia de quem era a loira que lhe encarava debochada.

— Rebekah Mikaelson – ela estendeu a mão lhe cumprimentando. Damon engoliu em seco. A família Mikaelson era muito importante no mundo da advocacia, raramente perdiam casos e Damon estranhou, pois, ao entrar em contato com o escritório, disseram não trabalhar com casos de guarda infantil. Por um lado, ele sabia que a família era poderosa, mas por outro, o nome Rebekah, não era um nome que já tenha ouvido falar, então pensou que ela poderia ser nova no ramo.

— Como da família Mikaelson? – Foi o advogado que pronunciou, o mesmo não podia mais esconder o nervosismo, o que deixou Damon desesperado.

— Sim – ela respondeu simplesmente.

— Eu nunca ouvi sobre você – foi Damon que pronunciou a pergunta silenciosa, que os dois queriam saber. – É nova no ramo? – A esperança contida em sua voz, podia não ser detectada a outros ouvidos, mas fez Caroline sorrir.

— Rebekah atua a muitos anos na Inglaterra, ela veio para cá como um favor a mim – Caroline explicou. Sob a feição confusa de Damon, ela explicou – Nós estudamos juntas em Oxford, eu voltei para os Estados Unidos, Rebekah fez sua carreira lá – sorriu simples.

— Como amiga de Caroline e Elena, jamais poderia negar isso – Damon empalideceu mais, Rebekah conhecia Elena, sua causa era pessoal, assim como Caroline. Ele estava fadado ao fracasso, antes mesmo do início da audiência.

— Com licença – Damon puxou o advogado para um canto afastado – Ainda há tempo de fazermos um acordo? – O homem, que tinha um pouco mais de quarenta anos, franziu o cenho confuso.

— Como assim? – Sussurrou, encarando as duas, que apesar de não conseguirem escutar, os encaravam com curiosidade e um certo que de arrogância.

— Escute, Caroline e Rebekah, eram amigas de Elena, isso é pessoal para elas – passou as mãos em seus cabelos, completamente nervoso. O homem rico e frio, fora deixado de lado e agora dava espaço a um homem desesperado e paternal. – É possível ou não?

— Eu sinto muito Damon, a audiência começa em minutos – começou derrotado – O que podemos fazer é aguardar o juiz decidir, para então entrarmos com um recurso – o moreno assentiu e saiu de perto do homem, precisava de ar.

Caroline viu Damon se afastar e contra todos os instintos, resolveu segui-lo. Ele estava apoiado a balaústra e respirava profundamente, à beira de um ataque.

— Você está bem? – Ela o analisou. Damon virou-se e a encarou, não existia frieza no olhar, apenas descontentamento.

— Claro – sorriu simples. – O que faz aqui? – Caroline pode sentir o rosto corar. A verdade era que ela não sabia, talvez fosse para se vangloriar ou seu lado médico entrando em ação, mas quando percebeu, seus pés já arrastavam para fora daquele prédio.

— Eu quero conversar com você – se pôs ao lado dele e observou um pouco da cidade dali. – Sabe, eu não quero que o nosso relacionamento seja ruim Damon – ela virou o olhar para ele, que já a encarava. – Qualquer que seja o resultado, eu, apesar de tudo, não quero que as meninas sofram com sua ausência.

— Então porque está fazendo isso? – A encarou confuso.

Para ele, era simples, se ela quisesse que ele agisse como pai, deixasse as coisas como estavam. Apesar de não suportar a ideia de Caroline convivendo com as filhas, ele não mais a impediria de vê-las. Se sua desculpa anterior era de que ela era um lembrete vivo de Elena, numa conversa com Josie, entendeu que as gêmeas também eram. Se ele podia ver as filhas com um olhar positivo, a veria também.

— Eu prometi— ela pronunciou com dor nas palavras. Foi então que Damon entendeu, não se tratava de um capricho em fazê-lo sofrer, era uma promessa feita à melhor amiga, à mãe desesperada, à Elena. – Eu prometi que jamais as deixaria, que sempre estaria ali. – Ela virou-se e ficou de frente para ele. – Se você quer honrá-la, eu também quero Damon, existem dois lados nessa história. – Ela suspirou profundamente e se afastou novamente. Agora quem tinha os pensamentos nublados, era ela.

Damon a viu se afastar e soltou o ar que nem sabia que prendia. Ele começava a entender que não havia vilões ali, havia versões e sentimentos, inseguranças e conclusões. Ele sabia o que ele sentia, mas o que Caroline, Elena, ou até as filhas sentiam em relação a tudo, não cabia a ele. Ele era apenas o protagonista da própria história. Foi com esse pensamento que ele voltou ao prédio. Ali, ele se fez uma promessa, não importasse qual seria o resultado, ele a honraria. Se ele não pudesse ter as filhas consigo, aproveitaria cada segundo, ou deixaria Caroline se juntar a eles. Mais do que nunca, ele queria Elena ali, dizendo-o que tudo ficaria bem.

O juiz parado entre os dois, lia atentamente todas as informações passadas pelos advogados. Damon tremia desesperado, a perna batia incessantemente abaixo da mesa a qual ele estava apoiado. Caroline não estava muito diferente, podia sentir a boca seca e a mente nublada, sentia que desmaiaria a qualquer momento.

— Bem, eu tenho que dizer que é um caso realmente extraordinário – a voz grossa do juiz, invadiu o ambiente.


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Notas finais do capítulo

Eu seeeei que não respondi os comentarios, estão bem atrasada quanto a isso, mas ta tudo uma loucura, prometo que irei responder cada uma de vocês ♥



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