Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 94
Avante! A guerra incessante na Capital Central e uma ameaça na Montanha Paozu!




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Graças aos esforços de Tenshinhan e seus alunos, de Chaos e do Androide #17, grande parte da população da Capital do Sul se encontrava segura no subterrâneo sistema de metrô da cidade. Foi para lá que o triclope retornou devastado com tudo o que havia acontecido. Ele havia repousado o corpo sem vida de Lunch em um colchonete, a pele dela já estava pálida e fria, não havia mais o que se fazer e seus cabelos aderiram a um tom esverdeado, era como se suas duas personalidades tivessem se unido para irem juntas para o Outro Mundo.
Oolong, que a conhecia há tantos anos, estava arrasado:
— Ela... Ela não merecia isso!
#17 jazia em silêncio ao lado dele, não conhecia a Lunch como os demais, mas estava consternado pela perda deles. Ele viu que Tenshinhan afastado do corpo em um canto, sentado no chão e encostado na parede enquanto cabisbaixo, talvez não quisesse olhá-la naquele estado e então, o androide viu o pequeno velho amigo do monge se ajuntar a ele.
— Tenshin?
— Chaos? Por que está de pé? Você deveria estar descansando.
— Eu digo o mesmo para você Tenshin, pois acho que se esforçou bem mais do que eu!
Chaos sentou-se ao seu lado e Tenshinhan comentou:
— Enquanto você estava desacordado, foi ela quem te trouxe para cá e disse que o protegeria com a vida dela, se fosse necessário.
— Eu sei, o Oolong me contou...
— Ela também só foi capturada e morta porque queria me proteger.
— É porque ela sempre gostou de você Tenshin.
— A Lunch só queria que eu olhasse para ela...
— Está tudo bem Tenshin, nós ainda poderemos revivê-la com as Esferas do Dragão, fica tranquilo.
Alguns segundos de silêncio se passaram até que Tenshinhan voltou a falar:
— Chaos?
— O que é?
— O que você acha da ideia de, quando tudo isso acabar, eu pedir a Lunch em casamento? - a pergunta pegou Chaos de surpresa e este não pôde conter o riso, deixando o triclope com vergonha. - Chaos...!
— Hahaha, nunca pensei que fosse te ouvir dizer essas palavras algum dia! - Tenshinhan não sabia o que dizer e o pequeno continuou. - Fica frio Tenshin, eu vou te ajudar com isso, pois tenho certeza de que você vai se enrolar todo e não vai conseguir pedir para casar com ela sozinho.
— Obrigado Chaos.
Tenshinhan sorriu e Chaos sorriu de volta. O pequeno viu que seu velho amigo estava feliz com aquela decisão e talvez, no fundo, ele também sempre gostou dela, talvez Lunch desse um novo rumo para a vida dele que sempre foi dedicada às artes marciais e nada mais.
Oolong tinha consigo, dentro de uma cápsula Hoi-Poi, um compartimento de cama como as que Bulma usou quando os guerreiros morreram na luta contra Piccolo Daimaoh e contra os saiyajins, usando-a para guardar o corpo de Lunch e conservá-lo até que chegasse o momento de trazê-la de volta. Reunido então com seus alunos ainda vivos, Tenshinhan lhes informou:
— Tenho certeza de que ainda há muitos inimigos fortes para serem derrotados, por isso pretendo ir para a Capital Central, que é onde está a raiz do problema. Estou certo de que todos irão para lá e quero emprestar a minha força para que consigamos vencer o inimigo. Por isso, peço a vocês que fiquem aqui, protejam a cidade e salvem as pessoas, vocês são fortes e tenho certeza de que estão aptos para isso, eu confio em vocês!
— Sim mestre! - disseram todos em uníssono.
— Eu vou ficar aqui por enquanto, como combinei com Son Gohan e ajudarei os seus alunos. - informou #17. - Aqui eu estou mais perto de onde estão a ilha, a minha esposa e os meus filhos, tenho que ter certeza de que todos estarão seguros, antes de qualquer coisa, mas pretendo ir para lá também, assim que as coisas estiverem sob controle.
— E eu vou com você Tenshin! - disse Chaos, com um sorriso confiante que foi respondido pelo monge.

Tenshinhan ainda não sabia que o portal da Capital Central havia se fechado, as forças da Terra finalmente estavam em plena vantagem devido à falta de reposição dos números no exército de Máquinas Mutantes. O Exército de Rejick continuava na linha de frente, aniquilando as forças inimigas, mas um problema havia surgido em meio a isso tudo: o Exército de Freeza. O imperador havia ordenado que seus soldados conquistassem o planeta e para tanto, estavam não só atacando as Máquinas e Saibamen Mutantes, mas também os terráqueos e entrando em conflito direto com os homens de Rejick. Como se não mais bastasse, os netos de Piccolo Daimaoh, até então atuando junto ao exército dos cientistas, começaram a agir por contra própria, seguindo as palavras que o demônio deu a seus filhos quando os despachou, de que passassem por cima até mesmo das Máquinas Mutantes se preciso fosse para provar sua soberania e o pior, o fato dos filhos de Daimaoh estarem se reproduzindo só fazia com que seu número fosse crescente. A batalha que, no início, tinha apenas dois lados estava se transformando em um multiconflito, a situação estava fugindo do controle e mesmo cientes disso, Dr. Gero e Dr. Myuu continuavam tranquilos a observar a batalha de seu Androide Mutante #17 contra o Freeza Dourado. Myuu ainda tinha um trunfo na manga, o estranho frasco transparente com sementes esféricas verde musgo na divisão de cima e um líquido prateado na de baixo, aquilo certamente tinha algo a ver com a despreocupação deles em relação ao enfraquecimento do seu exército.
— Vamos Androide Mutante #17, continue assim! - ele bradou para a criação que fizera com Dr. Gero, a qual aplicou um golpe que lançou Freeza para o alto.
O imperador reagiu rapidamente e apontando o dedo, deu início a um bombardeio no campo de batalha com uma chuva de raios de energia. O falso #17 ascendeu do meio das explosões, com as mãos estendidas e alguns chamuscados, tendo conseguido absorver parte do ataque.
— Grr... Androide miserável! - ele ergueu o dedo para o alto, onde uma grande esfera de energia se formou.
Arremessando-a contra seu inimigo, o imperador sentiu a descida dela parar com o frear do androide a segurá-la com as mãos.
— Essa amostra... será suficiente! - ele disse a si mesmo enquanto sentia seu corpo começar a estufar.
Mesmo sem ver do outro lado do seu ataque, Freeza percebeu a intenção e cobriu-se com o manto dourado e flamejante de sua aura de ki e com os punhos estendidos, o imperador descendeu contra seu próprio ataque. O falso #17 começou a suprimir a Bola Mortal de Freeza, absorvendo-a para dentro de si e eis que seu ato foi interrompido quando a face do imperador surgiu em sua frente, tendo atravessado o ataque de lado a lado com o próprio corpo, o fazendo dissolver-se em uma explosão arrasadora no ar. O Androide Mutante foi atingido com os dois punhos no peito, sendo empurrado violentamente pelo golpe de Freeza que continuou descendendo em diagonal até a colisão estrondosa com o solo. Ao final de tudo, aquele lado da cidade estava tão arruinado que já não havia nada em volta a não ser pedaços das construções e o falso #17 estava caído em meio aos entulhos enquanto o imperador jazia imponente ao olhar de cima a flutuar enquanto o via se reerguer.
— Achou que eu deixaria você absorver o meu ataque? Você é só uma fraude que precisa do poder alheio, me surpreende que consiga aguentar o grande poder do Freeza Dourado circulando em seu corpo robótico. A pergunta é: até quando você vai aguentar? Pois pelo que parece, você precisa de muito da minha energia para poder me enfrentar de igual para igual.
— Manter-se contra ele é tão difícil quanto contra Vegeta como Super Saiyajin Blue. Ele pode não ter a capacidade de tomar o poder que absorvo de volta, mas é mais violento, esse último golpe me causou danos críticos, mas ainda posso continuar. Falta apenas um pouco mais, um pouco mais para completar o resto de minhas reservas de energia com o poder desta forma chamada Freeza Dourado.
— O que está resmungando? - Freeza perguntou, quando novamente se cobriu com sua aura de ki. - Se quer tanto assim o poder do Freeza Dourado, eu lhe dou com o maior prazer! - ele ergueu suas mãos para o alto, formando uma esfera de energia escura e flamejante. - Desapareça!
O imperador a arremessou e o Androide Mutante se preparou para absorver, no entanto, ele logo percebeu o orbe na palma de sua mão esquerda quebrado e a faiscar, assim falhando em completar a barreira esférica em volta de si.
— Meu módulo de absorção esquerdo está danificado, incapaz de absorver essa quantidade de energia de uma vez só!
Sem outra escolha, ele saltou para esquivar, deixando o ataque atingir o solo e se alastrar em uma colossal explosão.

O domo de energia podia ser visto de onde Rejick estava, com a cabeça coberta por seu capuz vermelho e cercado de vários corpos sem vida de crias dos filhos de Piccolo Daimaoh. A ventania lançou aqueles cadáveres para longe e parecia que o planeta todo estava tremendo.
— Outra vez aquele ki... - ele já havia notado o ki do Freeza Dourado quando este havia se transformado no início da luta. - Eu estava lá e vi ele ser destruído por Son Goku, mas também não posso estar enganado, pois fui o único dos soldados que sobreviveu depois de ter sentido esse mesmo ki monstruoso de perto.
Foi então que seu homem e sua mulher de confiança, Gel e Sheela, apareceram em sua frente como em um teleporte.
— Grande Rejick, encontramos o paradeiro do Doutor Gero e do Doutor Myuu, os responsáveis por essa invasão no planeta. - informou Sheela.
— Então é assim que se chamam? Onde eles estão?
— Estão na região da última grande explosão senhor, mas há uma batalha entre dois seres estranhos de grande poder acontecendo e por isso não conseguimos chegar perto. - respondeu Gel. - Além disso, estamos com outro problema, uma nave chegou ao planeta trazendo um exército de soldados que não só estão atacando as máquinas como também estão atacando os terráqueos e os nossos homens, eles são muito fortes!
— É mesmo? E como eles são?
— São de aparências distintas, mas todos usam armaduras de ombros largos e alguns portam dispositivos monoculares digitais capazes de rastrear ki.
A resposta de Sheela fez com que um sorriso de canto surgisse na face do mercenário:
— Então eu estava certo, de algum jeito, ele está mesmo vivo outra vez.
— Do que está falando senhor? - perguntou Gel.
— Nada, é coisa minha. - ele deu as costas, voltando-se para a direção onde estava acontecendo a luta de Freeza contra o falso #17. - Vocês dois vêm comigo, mataremos os tais doutores e com isso abalaremos toda a estrutura do exército inimigo, que ficará vulnerável sem seus líderes. Depois será só questão de tempo para destruirmos todos os inimigos e entregarmos o planeta de volta para o Rei da Terra, como combinado.
— Sim, Grande Rejick!
O mercenário partiu voando e a dupla logo o seguiu.

Gohan também havia sentido a explosão, mesmo estando longe enquanto voava pelo céu depois de ter deixado Uub e seu pai em segurança na Corporação Cápsula. Ele rumava ao oriente do mundo, onde já era entardecer, podendo ver os conflitos pelo caminho, assistindo assim os filhos dos filhos de Piccolo Daimaoh se voltando aos poucos contra as Máquinas Mutantes e também o Exército de Freeza batendo de frente com os subordinados de Rejick, já não dava mais para saber quem era o verdadeiro inimigo.
— Então o Freeza e seus soldados também estão aqui, mas por quê? A situação está ficando cada vez mais complicada, eu preciso saber como a Pan e a Videl estão e, se necessário, tirá-las da Terra antes que algo ruim aconteça!
Ele acelerou, rumo à Montanha Paozu.

O que Gohan temia estava de fato acontecendo, sua família estava em perigo, a mercê de um último inimigo que se colocara diante de Pan. No pátio da casa da família Son estavam espalhados pedaços de Máquinas Mutantes destroçadas pelos punhos da menina que desviou o rosto para trás e falou:
— Mamãe, pegue a vovó e fujam depressa!
Videl envolveu seu braço em volta dos ombros de Chi-Chi, mas ela se desvencilhou irritada.
— De jeito nenhum nós vamos te deixar aqui, não faz ideia do sacrifício que o seu pai e o seu avô tiveram que fazer para poder derrotá-lo no passado, você não vai poder com ele!
— Eu já sei vovó, todos já me contaram a história um bocado de vezes, mas se o papai o derrotou quando tinha a minha idade, então eu também consigo!
— Menina teimosa! Aaah, minha neta está se tornando uma rebelde sem causa, diga alguma coisa Videl!
— Está bem filha, nós vamos.
— O que?! Mas Videl...
— Tudo o que a Pan está fazendo é nos proteger, como o pai dela pediu. Eu confio que ela vai conseguir!
— Não se preocupe comigo vovó, eu ficarei bem. - ela sorriu, fazendo um "V" de vitória com a mão.
— Tudo bem então Pan, mas tome cuidado, por favor.
— Vem, vamos. - Videl a apoiou novamente. - Boa sorte filha!
— Obrigada mamãe, agora vão!
Assim, Videl ascendeu em voo, levando sua sogra e apesar das palavras que disse, não podia deixar de sentir um aperto em seu coração.
— (Também acho que ele é forte demais pra você, mas por favor filha, fique viva... Eu prometo que encontrarei ajuda!)
Voltando-se novamente para o inimigo, a menina de camiseta vermelha e bandana laranja sorriu confiante, levando as mãos à cintura.
— Muito bem sua barata verde, agora somos só nós dois!
A figura humanoide de bioarmadura verde e preto, com asas como as de um besouro nas costas apenas sorriu. O inimigo diante de Pan era o vigésimo primeiro androide do Dr. Gero, o que foi feito a partir das células dos guerreiros mais poderosos do universo, não era outro se não o poderoso Cell, aquele que foi um dos maiores inimigos dos Guerreiros Z no passado e que almejava a perfeição.
Ele notou que mesmo já tendo ouvido falar de tudo isso, Pan não esboçava medo algum diante dele, a determinação dela excitava seus genes de saiyajin, ainda que soubesse que aquilo talvez fosse um excesso por ela ser apenas uma criança sem a noção do perigo. Mesmo assim, ele queria ver do que ela era capaz e então apontou dois dedos na direção para onde Videl e Chi-Chi partiram, disparando uma esfera de energia. Pan notou aquilo de imediato e em um movimento rápido desapareceu, reaparecendo no alto e no caminho do ataque, repelindo-o com um tapa e deixando explodir a alguma distância. Quando o vento acalmou, o bio-androide notou a aura dourada que a rodeava e as madeixas loiras por baixo da bandana, ela havia se transformado para realizar aquele movimento.
— Super Saiyajin? Interessante...
— O que pretendia fazer? Achou mesmo que eu ia deixar que machucasse a minha mãe e a minha avó, é isso?
— Não exatamente, na verdade, queria que se enfurecesse para que eu pudesse ver seus verdadeiros poderes, mas talvez isso não seja necessário. Mesmo sendo filha do Son Gohan, posso ver que você é diferente dele, seu olhar não é o de alguém que não deseja lutar.
— O meu pai nunca gostou mesmo de lutar, mas eu gosto e desta vez serei eu quem vai te derrotar!
— Pois muito bem criança, vamos ver se você vale mesmo a pena, filha de Gohan. - Cell abriu os braços, provocando-a. - Venha!
Ela bradou ao descer contra ele, seu soco, defendido pela mão do bio-androide, reverberou em um tremendo impacto. Uma sucessão combinada de golpes então veio e Cell apenas os bloqueava com um sorriso confiante no rosto, testando sua oponente. Pan flutuou para um chute rumado à cabeça do bio-androide, que defendeu com o braço esquerdo. Foi então que a menina encaixou seu primeiro golpe, um soco com a canhota no rosto com toda a força que atirou Cell para longe, o qual apenas desviou o olhar para vê-la com as mãos estendidas para os lados, onde acumulou energia em duas esferas, que se juntaram em uma maior quando ela uniu as mãos e disparou seu ataque, explodindo em cheio. Quando a poeira se esvaiu, Cell estava no chão e Pan levou os punhos à cintura, sentindo-se vitoriosa.
— E então, gostou disso? Eu sou muito forte, então se não quiser se machucar, é melhor você pedir desculpas e ir embora!
— Tem razão, você é mesmo forte. - Cell assentiu ainda no chão, até que se levantou com um mortal para trás e começou a tirar a poeira que ficou em sua bioarmadura, ele não havia sofrido um arranhão sequer. - Mas infelizmente ainda não chega ao nível que seu pai tinha quando me derrotou.
A pequena saiyajin ficou surpresa inicialmente ao ver que o inimigo estava ileso, mas depois sorriu, conformada e disse:
— Eu sei, ainda tenho muito o que aprender, mas meu avozinho me ensinou a nunca abaixar a cabeça. - ela apontou o punho para Cell. - Por isso eu vou continuar lutando até te derrotar!
— Hahahahaha, você é mesmo engraçada garota, gostaria que Gohan tivesse sido mais como você quando tinha a sua idade, eu não teria tido tanto trabalho para fazê-lo despertar seu poder oculto. Mesmo assim, fico curioso para saber o que teria acontecido se eu tivesse matado aquelas duas, não devia tê-las deixado fugir, pois talvez a sua raiva trouxesse à tona algum poder ainda adormecido em você. É uma pena, mas acho que não vou conseguir me divertir com você nesse nível e portanto acho melhor eu me retirar e continuar procurando o seu pai.
Vendo o bio-androide lhe dar as costas, Pan exclamou:
— Você não vai escapar!
A menina se lançou contra ele em uma voadora, a sola de seu pé colidiu com força contra as costas de Cell, que nada pareceu sentir e incomodado, expulsou um pouco de ki, lançando-a para o alto. Ela logo rolou no ar e pairou, apontando as mãos juntas com as quais disparou dezenas de esferas de energia.
— Mas que persistente... - ele se voltou para as rajadas vindo em suas direção e levou os dedos indicador e médio da mão até a testa, sumindo com o teletransporte, reaparecendo diante dela e desferindo um chute no rosto, agarrando-lhe então a perna esquerda, o que a impediu se ser lançada para longe, terminando por arremessá-la para baixo rumo ao chão. - Não me obrigue a te matar!
Cell ergueu o dedo indicador para o alto, criando uma Bola Mortal, técnica do Freeza. A escura e flamejante esfera de energia gigante rumou à neta de Goku que, mesmo deitada no gramado, estendeu as mãos para segurá-la a todo o custo, elevando o seu ki ao máximo.
— AAAAAAAAHH!!!
Mesmo assim, a explosão foi inevitável e no final restou apenas uma cratera vazia para qual o bio-androide ficou a olhar lá do alto.
— Que desperdício, acho que tinha muito potencial. Esperava poder te deixá-la viva para que, motivada pela morte de Goku e de Gohan, ela ficasse mais forte e me enfrentasse no futuro, mas não me deixou outra alternativa. Agora só me resta encontrar o pai dela para que acertemos nossas contas pendentes. - novamente ele deu as costas e se preparou para retirar-se e nisso, dois pequenos braços o prenderam em uma chave de pescoço. - O que?!
— Eu já disse... Você não vai escapar!
Cell jogou o cotovelo para trás, acertando a cabeça de Pan, obrigando-a a largá-lo. Ela então elevou o seu ki, empurrando o bio-androide de leve para trás, o qual se voltou para a menina novamente.
— É realmente impressionante que tenha sobrevivido, tenho que reconhecer.
Levando as mãos em forma de concha ao lado direito do corpo, ela começou a acumular energia.
— Ka... me... ha... me... HA!
A poderosa rajada azul cruzou o céu até Cell, que a recebeu de peito aberto com um sorriso confiante no rosto. O resultante foi uma explosão considerável que deixou alguns chamuscados no corpo do inimigo. Apesar da ofegância no finalizar do ataque, dos muitos ferimentos que tinha e da diferença óbvia de poderes, a saiyajin se mantinha determinada e disposta a enfrentá-lo a qualquer preço, o que deixava o bio-androide muito empolgado.
— Você me deixa cada vez mais interessado em saber aonde pode chegar, pequena Pan. - ele flutuou a se aproximar dela, antes de continuar. - Gostaria de brincar um pouco mais com você, mas eu realmente preciso ir.
Foi então que, quando ameaçou se retirar pela terceira vez, antes mesmo de dar as costas, uma mão lhe segurou o pulso e a voz de um homem adulto lhe falou:
— Não ouviu o que disse a minha filha Cell? Você não vai a lugar algum.
— Papai!
Cell lentamente se virou para trás e viu o saiyajin mestiço de cabelos negros, gi roxo e capa branca a lhe fitar os olhos e mesmo crescido, não foi nem um pouco difícil saber quem ele era.
— Son Gohan...
Gohan e Cell se encaravam cara a cara, literalmente. A revanche da maior luta que esses dois já tiveram estava para começar!


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