A Estrela e o Vira-lata escrita por renard


Capítulo 4
Separação


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu em mais uma madrugada produzindo mais um capítulo boa leitura!



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Algumas semanas se passaram desde o acontecido. Parte da Soul Society já havia sido reconstruída, exceto por alguns danos maiores que levariam mais tempo. Os sobreviventes da Seireitei entravam na fase final de seus respectivos tratamentos, e a 4ª divisão logo ia ficando com alguns leitos vazios. Além disso, algumas patentes que ficaram sem ocupantes devido aos falecimentos causados pela guerra foram sendo preenchidos. Com a ida do general Yamamoto e seu tenente Sasakibe, os cargos foram assumidos pelo então capitão da 8ª divisão Kyouraku Shunsui e sua tenente Nanao. O cargo de capitã da 8ª divisão ficou para Lisa Yadomaru. Com a morte da capitã Unohana da 4ª divisão, sua tenente Isane Kotetsu assumiu a liderança, e a nova tenente ficou sendo sua irmã caçula Kiyone, que era oficial da 13ª divisão. Rukia, por sua vez, assumia interinamente a posição de capitã de sua divisão, mas nada fora oficializado. O cargo de tenente provisório  da 13º divisão ficou para Sentaro.

Lentamente, a rotina da Seireitei ia voltando à normalidade. A comunicação entre as 13 divisões já não era apenas sobre a Guerra e a destruição que ela trouxera, mas sim sobre diversos outros assuntos que antes eram costumeiros. Os dias de folga, que pareciam que nunca chegariam novamente, enfim apareceram. Os shinigamis puderam, finalmente, respirar um pouco e terem um tempo para si.

Era fim de tarde, quase à noite. Renji estava desempenhando várias funções em seu esquadrão, pois seu capitão estava de folga. Ele estava aparentemente cansado e enxugava frequentemente seu rosto com a manga do quimono. Todavia, quando o serviço perecia ter terminado e os oficiais já tinham ido embora, além de está tudo na mais absoluta calma, o tenente finalmente fechou o quartel e foi para sua casa, que era vizinho ao local. Ao sair dali e direcionar o olhar para a frente de sua casa, avistou uma jovem meio encabulada, trajando um kimono azul florido e segurando algo na mão. Ela estava sentada nos degraus que davam acesso à entrada da edificação. Renji ficou surpreso ao se aproximar e notar quem era, mas foi abrindo um sorriso espontâneo.

— Rukia! - Ele ia se aproximando mais e parava em frente a ela - Caramba, realmente é uma surpresa ver você aqui.

— Bobo. Você disse que não era pra eu esperar você vir até mim sempre, foi o que eu fiz... Vim até você. - Rukia se levantava e deixava mais evidente que segurava algo, mas escondia entre as mãos.

— É, parece que sim. - Ele observava os trajes dela e abria um sorriso bobo ao ver o quão bem ela tinha ficado neles - A propósito, você estava de folga hoje?

— Estava. Sentaro assumiu as tarefas do nosso esquadrão, mas como trabalhei a semana inteira não deixei muito serviço pra ele. Estou me esforçando para ser ao menos a metade do que o capitão Ukitake era.

— Não fale assim. - Ele cruzava os braços, a encarando - Você não é o Ukitake, você é você. E embora não acredite, você é capaz de inspirar e motivar pessoas assim como seu capitão fazia. - Ele dava uma pausa. "Eu, por exemplo", ele pensava. - Então, Rukia, nunca se menospreze. E-Eu nunca te disse isso, mas você é uma das pessoas mais fortes que conheço, forte em vários sentidos.

— S-Sério? - Rukia demorava pra reagir, mas corava ligeiramente e encarava Renji - Bom... Então vou fazer o possível pra continuar sendo essa pessoa forte. Meu esquadrão precisa de mim. - Ela sorria com ternura e isso fazia o ruivo corar subitamente.

— M-Mudando de assunto. O que é isso aí na sua mão? - Ele mudava rapidamente de assunto, apontando para o objeto não identificado.

— Ah, isso aqui... É algo que eu queria ter te dado ainda na época da academia, mas não tive oportunidade. - Era um pequeno caderno artesanal que tinha ilustrado na capa dois coelhinhos que Rukia adorava desenhar, mas esses se pareciam curiosamente com ela e com Renji. - Eu estive guardando isso durante todos esses anos, mas estava arrumando meu quarto e achei. Daí pensei que talvez você fosse querer ver. Era um presente que eu ia te dar por ter sido aprovado nos exames.

A expressão de Renji tinha, naquela hora, um misto de curiosidade, alegria e melancolia. Ele não sabia o que tinha ilustrado ali, mas lembrou que, depois de Rukia ter sido adotada pelos Kuchiki, ela foi logo colocada numa das treze divisões e eles passaram a se evitar, chegando ao ponto de evitarem se cruzar para não se olharem. Aquele, sem dúvida, foi o momento mais difícil da vida de ambos. Agora, depois de todo esse tempo, ele havia sido pegue por aquela surpresa.

— Eu lembro... no dia que eu ia te dar a notícia, os Kuchiki vieram te buscar. E depois... - Ele baixava a cabeça de leve.

— E depois você deu total apoio àquele fato e deixou que eu fosse embora. - Ela inchava uma das bochechas, demonstrando chateação.

— É claro que eu deixei! Você ia finalmente ter uma vida digna de... você. Foi o que eu pensei naquela hora. Você acha que eu me achei no direito de te pedir pra não ir? Eu me sentiria a pessoa mais egoísta do mundo. Mas eu... - Ele finalmente sentia que era hora de revelar - Eu sempre estive perto de você. Quando eu ainda estava na academia, eu ia atrás do capitão Kuchiki pra ver se ele era mesmo um bom parente, e eu também te observava de longe, você sempre com uma expressão tão triste. Rukia, eu... eu me dediquei dia após dia pra alcançar seu irmão, para então... "Não podemos voltar no tempo, seu idiota" .

— Toma. Pegue logo antes que eu mude de ideia. - Ela o interrompia de novo com a voz baixinha, dessa vez estendendo o braço em direção a Renji, que pegava o caderno. Seu rosto ainda estava levemente avermelhado. - N-Não precisa abrir agora.

— Obrigado... Ah, você não quer entrar? Tá meio bagunçado, mas se você não se incomodar, eu posso até fazer umas panquecas e...

— Não posso ficar mais, eu demorei bastante tempo aqui te esperando, não sabia que demoraria tanto hoje.

— Me desculpe...

— Tudo bem. - Ela tocava levemente o braço de Renji, abrindo um sorriso doce - Continue se esforçando, senhor Tenente. - Ela dizia num tom brincalhão, sem perder o sorriso.

— Como você é boba. - Ele retribuia o sorriso da mesma forma.

Ela então se despedia de Renji e, ao notar que já anoitecera, ela ia para casa em passos apressados. Renji ficava observando ela ir embora, e quando a perdera de vista, ele sentava no mesmo local que a garota estava sentada o esperando. Transbordando curiosidade, o ruivo abria o caderninho. Logo na primeira página, havia uma espécie de tirinha, ilustrando dois "coelhinhos"  felizes. Uma das frases escritas era "Renji, se esforce bastante e logo você se formará! Eu também vou me esforçar. E quem se formar primeiro vai construir nossa casa." Essa frase tivera um efeito avassalador em Renji. Ele ficou estático, pensativo e olhando para o nada, segurando o caderno firme. Ele cerrou firme os dentes e seus olhos ficaram um pouco marejados.

— Eu sou um imbecil mesmo...


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Notas finais do capítulo

Genteee, esse lance que eu coloquei dos cargos é canon, ta? hahahah Pra quem não sabe, é falado mais sobre isso na novel "We Do Knot Always Love You" de Bleach, que fala do casamento do Renji e da Rukia ♥ Inclusive tem tradução e tudo na página da Bleach Brasil!
Nhaa, e finalmente os personagens vão demonstrar mais sentimentos daqui pra frente ♥ esse capítulo foi só uma amostra, e só encerrei ele aqui porque eu to bem cansada y.y mas logo mais postarei o próximo ^^
Beijos, e obrigadinha por acompanharem. ♥
P.S.: gente, eu não costumo pedir isso, mas, se tiverem gostando, comentem e/ou favoritem a história. Isso incentiva muito pra eu continuar a história e ter vontade de deixar ela lindona. E vamo mostrar que RenRuki tem um fandom também. u.u/



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