A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou
Notas iniciais do capítulo
Bom dia o/
Reta final, tudo indica que só falta um capítulo e o epílogo, mas ainda não escrevi kkkkkkk.
Boa leitura!
Enxergar, uma simples palavra que não existia naquele momento. O escuro dominava e ninguém sabia onde estava e o que fazer. Pouco a pouco voltaram a se mexer, podendo assim levantar e tentar olhar ao redor.
— Xadrez, o que está acontecendo? — perguntou Lucy. — Xadrez?
— Ele usou a habilidade das pedras. Quando isso é usado, tanto a luz quanto as sombras podem cobrir o lugar e como podemos ver, saiu o contrário do que ele esperava — respondeu Dona Mikori.
— Entendo... E onde está o Xadrez?
— Acabou de dormir no meu colo, ele usou toda sua magia e isso é muito perigoso, pois ele mantém um equilíbrio dentro de si, sem nenhuma luz ele não vai melhorar.
— Droga, onde vamos arrumar luz no meio desse breu? — perguntou Sting desesperado.
— Oh, a amizade de vocês é tocante. Pena que as coisas não saíram como vocês planejaram, mas sim como eu planejei — John riu. — Então o plano dele era acabar com a Floresta de Areia usando a luz... Interessante.
— Jonh.
— Hã, quem está me chamando?
— Jonh.
— Ah, fala logo.
— Ninguém te chamou não... Acho que ele está delirando, algo já esperado para alguém sem caráter — disse Kaile rindo como se estivesse ouvindo uma piada.
— Quem está delirando?
— Jonh, acabou a festa.
— Essa voz... Zeref?
— Espero, o Zeref tá aqui? — perguntou Lucy assustada. — Eu pensei que eles estives...
— Zeref não era só uma lenda? — interrompeu Dona Mikori, ela estava boiando nos acontecimentos.
— Venha até mim.
— NUNCA! — gritou irritado, cobrindo-se de areia.
— Você não tem alternativa, o seu tempo aqui está se esgotando. Eu avisei você.
— Não vou voltar a ficar preso, eu ficarei aqui e você não vai me impedir!
— Ele está ouvindo uma voz? — perguntou Lector curioso.
— É o que parece, mas não pode ser o Zeref que conhecemos... — respondeu Lucy.
— Existem outros mundos paralelos, talvez esse Zeref não seja daqui, assim como esse cara.
— Oh, faz sentido. Que gatinho esperto, muito bem, Lector — elogiou Dona Mikori.
— Não foi nada — disse envergonhado.
— Não vou repetir, volte para onde você não deveria ter saído.
— Se você quer tanto que eu volte, venha me buscar. Não vou me render tão facilmente — ameaçou com raiva.
— Essa é a nossa chance — Sting concentrou-se na voz de Jonh. — Ali! Rugido do Dragão Branco.
O ataque acertou o inimigo em cheio, pois ele estava distraído demais ameaçando a tal voz. O lugar por onde o rugido passou voltou a ser iluminado, afastando o escuro que tinha ao redor.
— Funcionou! — Sting sorriu animado.
— Agora ele vai melhorar, tenho certeza disso — Dona Mikori sentou no chão junto com Xadrez.
— July, consegue localizar aquela rede mesmo no escuro? — perguntou Lucy.
— Não sei, mas posso tentar...
— Ótimo, vamos nessa!
—— // ——
Quase seis meses, esse era o tempo que tinha se passado desde que Lucy, Lector e Sting tinham entrado na tal Floresta de Areia.
Rogue sabia o motivo desse tempo todo ter se passado, pois ele tinha pesquisado a fundo sobre o assunto e acabou descobrindo, por acaso, que o tempo passava de um jeito diferente lá dentro. A informação tranquilizou ambas as guildas, mas não evitou que ele mesmo ficasse preocupado.
As pesquisas sobre a doença de Sting tinham sido abandonadas, ele recebeu uma carta dizendo que era inútil procurar sobre esse assunto já que não existiam informações sobre. A carta também dizia a profecia, por isso seu foco passou a ser a busca pela entrada da Floresta de Areia, ele não descansaria até achar.
A profecia não citava seu nome, mas ele sabia melhor do que ninguém que fazia parte dela, não tinha outro motivo para mandarem uma carta com ela para sua casa. Ele e Sting tinham magias consideradas opostas, eles sabiam muito bem como unir as duas sem bloquear uma a outra. Isso o fazia se lembrar das pedras que também são opostas.
Frosh estava em boas mãos, por isso o moreno não precisava se preocupar com ele. As investigações que fez indicava a cidade da Bacia de Ouro, e foi para lá que ele foi, prontamente achando a tal bacia no meio da cidade.
Para sua sorte, ou azar, a entrada já estava aberta o que era muito estranho, por se tratar de uma entrada mágica ela deveria voltar ao normal sozinha. O mais estranho era a cor preta da estrutura, ele nunca tinha visto ouro preto.
— O que será que aconteceu aqui?
— Uma sombra cobriu toda a estrutura e não saiu mais — respondeu uma garotinha loira.
— Hum... Entendi.
— Tio, o senhor vai entrar aí? Papai sempre diz para eu ficar longe, porque é perigoso...
— Seu pai está certo, mas eu preciso entrar para buscar meus amigos.
— Ah, tudo bem. Boa sorte, tio, espero que consiga tirar eles daí — sorriu animada antes de sair correndo.
Sorrindo levemente, Rogue aproximou-se da estrutura e entrou no buraco do chão, logo passando pelo portal. O escuro não o incomodava, afinal ele podia muito bem se misturar ao transformar-se em sombras. E foi exatamente isso que ele fez.
Rapidamente, Rogue percorreu toda a estrutura e percebeu que estava dentro de um templo, provavelmente o mesmo que Sting tinha destruído tempos atrás. Vasculhando melhor o local, o moreno entrou eu um quarto onde algumas senhoras estavam olhando fixamente para um guarda-roupa.
O quarto estava sendo iluminado por velas que emitiam uma luz branca, muito diferentes de uma vela comum. Provavelmente velas mágicas
— Você não é daqui — disse uma senhora ruiva, olhando fixamente para ele mesmo estando em forma de sombra.
— Não, não sou. Estou atrás dos meus amigos.
— Nós sabemos, aliás, nós sabemos de tudo. A entrada para o Reino dos Gatos está depois daquele guarda-roupa. Tenha cuidado e boa sorte — sorriu carinhosa.
— Obrigada — sorriu minimamente.
Todas as outras senhoras abriram espaço para que ele passasse, desejando boa sorte a cada passo dado até finalmente estar cara a cara com a entrada.
— Não tem mais volta — respirou fundo e entrou.
O escuro já não era tão estranho, afinal o que quer que tenha sido aquela magia, atingiu até o lado de fora da floresta, o Reino dos Gatos não deveria ser exceção. Caminhando calmamente ele conseguiu ver uma parte que não estava escuro, nela Lucy e um homem lutavam contra um terceiro.
Pouco a pouco foi se aproximando sem ser notado pela maioria, mas uma senhora sentada no chão com um gato no colo sentiu sua presença, virando a cabeça em sua direção.
— Você veio mesmo, fico feliz que tenha entendido o recado e achado esse lugar — sorriu carinhosa.
— Foi a senhora que me mandou a carta?
— Sim, eu me chamo Mikori, estou aqui para ajudar seus amigos, mas como pode ver eles estão com um pouco de dificuldades.
— Então ele é o responsável por todo esse escuro?
— Não, isso foi obra desse pequeno aqui — indicou o gatinho em seu colo. — A magia dele seu um pouco errado...
— Entendo...
— Sting logo estará aqui, então vocês poderão fazer o que precisam.
— A senhora sabe meu plano? — perguntou surpreso.
— Eu sei de várias coisas, tenho certeza de que vai dar certo.
— Era só o que me faltava, surgiu um novo amiguinho — John revirou os olhos e desviou de um ataque de Taurus.
— Hã? Rogue, como chegou aqui? — perguntou Lucy surpresa.
— Vim ajudar.
— Chegou em boa hora, cara. Estamos prontos — Sting aproximou-se com a rede nas mãos.
— Uma... rede? Vocês vieram aqui para me divertir? — perguntou John rindo.
— Não, eles vieram para impedir você de acabar com tudo. Vocês vão saber o que fazer na hora, crianças. Apenas avancem — instruiu Dona Mikori.
— Sim! — disseram em uníssono.
John estava na única parte clara do local, pois achava que assim conseguiria ver e impedir os ataques antes que acontecessem. O lado ruim é que essa estratégia foi completamente inútil.
Kaile foi o primeiro a atacar, escondido na escuro começou a jogar esferas de luz negra no adversário, elas eram fácies de desviar e serviam apenas para distrair. Ao mesmo tempo, Lector passou a sobrevoar o mais alto que conseguia e a atirar pedrinhas certeiras.
— Seus idiotas — disse irritado, desviando das esferas, mas sendo acertado pelas pedrinhas.
Dona Mikori deixou Xadrez deitado em um lugar seguro e tirou conchas de sua bolsa, logo arremessando-as. As conchas grudaram no corpo de John como imãs na geladeira, dando pequenos choques sincronizados em seus braços e pernas.
July vendo o inimigo distraído, aproximou-se com a rede nos braços lentamente. Quando estava exatamente atrás dele, usou toda sua força e arremessou a rede por cima do moreno que logo veio ao chão.
— Rogue, está pronto? — perguntou Sting.
— Não vim aqui a toa, Sting.
— Nossa, que amor...
— Usem o ataque de vocês em mim — Xadrez levantou-se aparentemente cansado.
— Ei, você deveria estar descansando, Xadrez — advertiu Lucy.
— A magia desses dois podem potencializar aa pedras. Eu não vou cometer o mesmo erro, confiem em mim.
— Xadrez...
— Eu confio em você, Xadrez — Lector sorriu confiante.
— Se o Lector confia, não tenho porque não confiar — Sting deu seu voto de confiança. — Vamos nessa!
Xadrez posicionou-se na frente dos demais e começou a dizer frases em uma língua que ninguém entendeu, mas isso não importava no momento. Estavam focados e não se arriscariam a se distraírem.
— AGORA! — gritou o gato começando a brilhar.
— Unison Raid: Presa Afiada do Dragão Sagrado das Sombras — disseram Rogue e Sting juntos, acertando Xadrez com uma esfera de luz e sombras.
— Balança da Vida. Balanceamento Final — sussurrou enquanto as duas pedras brilhavam. — LUCY, AGORA!
— Abra-te, Portão do Espírito da Floresta, Tom.
— Ei, o que vocês pensam que estão fazendo — John tentava sair de debaixo da rede, mas não conseguia ver nada devido a luz que o cegava.
Pouco a pouco o escuro foi se dissipando, a área ao redor tornou-se visível novamente. Os gatos que estavam escondidos olhavam curiosos ao redor, o castelo antes quebrado voltou ao seu estado normal. Toda e qualquer marca de batalha sumiu como se nunca tivesse existido.
— Vocês...
— Bem, agora sem todo aquele breu, nada me impede de vir até aqui. — Tom olhou com raiva para seu inimigo, transformando-se em um elefante. — Você veio de um mundo paralelo, a mando do Zeref que você conhece. Pensou que seu segredo duraria muito?
— Não tenho segredos, nunca escondi essa informação de ninguém.
— Escondeu sim, agora as consequências estão batendo na sua porta. Está mais do que na hora de você voltar, aliás nem deveria ter saído de lá — disse aproximando-se.
— Espera, o que você pretende fazer?
— O que eu deveria ter feito antes mesmo de você por as mãos na Placa de Pedra — respondeu, tirando a rede de cima do moreno e o segurando com sua tromba. — Banimento Eterno — sussurrou.
John tentou escapar, mas antes que conseguissem algum avanço, seu corpo começou a brilhar. Então ele se deu conta que não tinha mais escapatória.
— Vocês venceram, mas um dia vocês se arrependerão disso — falou calmo, desaparecendo diante dos olhos de todos os presentes.
O inimigo tinha desaparecido, voltando para seu próprio mundo.
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Até o final!