90210 escrita por Leoparda


Capítulo 2
2º Ato




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Aoi P.O.V'S

 Realmente Kai podia estar dizendo a verdade sobre ser invasão a domicilio e blá blá blá, mais cá entre nós, a verdade?

 Ninguém ali, presente queria ficar dentro do ônibus numa tempestade daquelas, e lógico ainda mais com o trauma do Kouyou com trovoes. Porque, sinceramente, no ônibus ele pediria para todos ficarem acordados com ele (Sim ele já fez isso) pra ele não fica ‘sozinho’ com aqueles barulhos, e já dentro de uma casa ele teria um quarto só pra ele, se trancaria dentro dele e deixaria todos dormirem, o que é o nosso foco principal, já que todos estão esgotados.

 

  Enfim, voltando a nossa historia...

 

- Eu acho que a gente vai morrer sufocado com tanto pó...- O baterista disse olhando um armário dourado que guardava algumas porcelanas quebradas

 - Argh! Quanto drama Kai, até parece que você é alérgico – Reita retrucou, assoprando o pequeno armário, em seguida e fazendo o pó ali presente voar - cof cof... - Logo em seguida tossindo desesperadamente

- É, agora eu tenho certeza que a gente vai morrer sufocado com tanto pó – Ele disse puxando o baixista pra longe do pó e do armário e fazendo cara de “Controle – se” para Reita.

 

- Vocês dois querem parar? É só uma noite, ninguém aqui vai morrer se dormir uma noite num lugar empoeirado! – Eu disse tentando apartar a discussão – Agora, todo mundo subindo e escolhendo um quarto, vamos logo dormir pra mais rápido a gente acordar e da o fora daqui!

 

- É o Yuu tem razão...- O guitarrista de cabelos claros disse com uma cara assustada devido a um forte trovão que havia caído – mais não era melhor ver se tem quartos suficientes antes?

 

- Uruha ‘ta certo, vai que alguém tem que dormir junto com alguém, – O menor presente disse com uma cara de desgosto – eu é que não durmo com o Akira, ele ronca mais que um porco!

 

Todos riram, todos menos Reita que ficou mais vermelho que um pimentão de ravia.

- Agora eu ronco é chibi? Não foi o que você disse daquela vez em Mie, alias você não dizia nada, só sabia gemer e gritar o meu nome - Disse num tom de voz rouco perto do ouvido do menor.

 

- Não tenho culpa que se estava bêbado o suficiente pra beijar você, seu porco roncador – Apertou mais os olhos – afinal de contas, pegar você só se tiver de muito porre mesmo.

 

- Seu na...

 - Chega vocês dois! – O líder disse, praticamente berrando – isso aqui não é a casa da mãe Joana, se comportem ou voltem e durmam no ônibus! 

- Sumimase – Ambos disseram com a cabeça baixa

 

- Aoi, tenta ver se tem energia na casa, andar com lanternas não me ajuda muito – Kou disse apontando com a lanterna pro gerador, na cozinha da casa.

 

- Hai

 Entrei na cozinha, ainda com uma lanterna na mão, tentando não esbarrar nas coisas empoeiradas e sujas, atrás do gerador, e quando liguei - o, foi a hora que eu presenciei um milagre.

  

  Aquela casa, mesmo velha, abandonada, empoeirada, e claro, suja ainda tinha energia. Fechei a caixa do gerador e andei de volta a sala, agora iluminada podia se ver muito bem as pinturas estranhas nas paredes, vários cacos de porcelanas espalhadas, e o que mais me chamou a atenção, uma coleção de taxidermia¹, fiquei olhando aqueles pobres animais mortos e empalhados, até que ouvi um berro com o meu nome.

 

- YUUUU!

 

Só com isso percebi que estava sozinho na sala e que todos os outros provavelmente já tinha subido e ido dormir.

 

- To indo.

 

 Apertei o passo, mais quando vi o estado da escada, senti um arrepio percorrer todo meu corpo. Havia uma enorme mancha de sangue na escadaria, como se alguém tivesse sido esfaqueado e arrastado por ali.


  Subi a escada com certo nojo e medo, aquela casa podia ter de tudo que eu não me incomodava, mas sangue, me perturba mais que qualquer outra coisa no mundo, e pra melhorar tudo  o corrimão estava cheio de teias de aranhas, pó, e buracos que pareciam ter sido feitos por ratos.

“E você queria o que? A casa ta abandonada Yuu, você mesmo teve a brilhante idéia de invadi-la, agora agüenta sua anta” eu  tentava (inutilmente) dizer a mim mesmo, “Bosta de ônibus, não podia ter quebrado perto de um motel? Qualquer coisa era melhor que ver essa casa, que com certeza já deve ter sido usada para vários assassinatos”

 

- Demoro hein? Achei quer tinha acontecido alguma coisa com você lá em baixo (...) – O baixista me disse, com os braços cruzados em cima do peito e encostado no batente da ultima das varias portas que havia naquele corredor.

 

- Gomen, é que eu tava...

- Iie, não precisa me falar, seu quarto é aquele – e apontou pra primeira porta da direita – como ficou por ultimo, não teve chance de escolher.

 

- Aah, eu não ligo, bom, mas obrigada mesmo assim por ter me avisado e talz

 

- Disponha. Agora, bons sonhos, boa noite, e até amanha de manhã se tudo correr bem.

 

- É idem, bons sonhos e boa noite.

 

Eu o vi se despedir e entrar no quarto, e fui direto para o meu, liguei a luz, fechei a porta e deixei a lanterna que ainda estava carregando numa mesinha de frente pra cama, com um espelho enorme colado em cima. Abri as cortinas senti aquele vento gelado bater contra o meu rosto, tornei a fecha-las, tirei os sapatos, apaguei a luz e me deitei, pelo menos ia poder descansar de todo o dia ruim que tivera.


Continua ~


¹ - "Taxidermia" = http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxidermia


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Notas finais do capítulo

- Estão gostando? :]
então mesmo esquema;

deixe reviews se não eu não coloco a continuaçao



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