Paixão Sob Comando escrita por Bruna Herrera


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, tudo bem?
Capítulo novooooooooo! Aproveitem!



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Roman descansou o dia todo, e no jantar, resolveram fazê-lo no quarto. O casal não se opôs, afinal não seria bom que ele fizesse muito esforço, embora insistisse que estava bem o suficiente. Patterson o ajudou a se alimentar com calma, e tentava cuidar dele ao máximo, por mais que ele se contrariasse com isso. Era extremamente teimoso, porém entendia que seria bom para ele descansar o quanto era devido, deveriam ganhar tempo para que soubessem o efeito que isso causou ao cartel. Era dia do enterro dos homens mortos no confronto. Patterson passou apenas para prestar uma homenagem e conversar com as viúvas.

O clima era ruim o suficiente na casa e deveriam aproveitar a distância dos criminosos.

Levaram pelo menos dois dias até serem procurados por Marisa e Hector. Estavam no escritório, de frente aos dois seres mais procurados pelo FBI. Claro que Patterson tinha medo de o plano maluco de Roman não ter dado certo, e de quebra colocar ambos em um problema sério, porém se tivesse ao menos surtido efeito sobre os dois, seria um verdadeiro golpe de mestre, nada que ele já não tenha feito milhões de vezes. Roman estava com o braço ferido na tipoia, e sua outra mão segurava o whisky, ele parecia distante naquela manhã, porém poderia ser só dissimulação para o casal. Às vezes era um pouco irritante a maneira dele lidar tão passivamente com as situações ou de fingir com naturalidade. Gostaria eventualmente de tentar entender se dissimulava também em relação a eles, nas vezes que estavam juntos.

Fora desperta dos pensamentos profundos pelas unhas de Marisa que batiam na mesa da escrivaninha.

 

— Creio que é o momento de falarmos sobre o que aconteceu. - Disse Marisa enquanto se encaminhava para a janela, com vista para o jardim. - Enterramos nossos mortos, secamos nossas lágrimas, e precisamos continuar.

— Foi uma semana realmente difícil para nós. Se temos sorte, é de termos nossos maridos de volta. - Disse Patterson tentando passar algo positivo daquele saldo. Não sabia nada de Marisa, mas certamente ela estava feliz por ter Roman vivo, de volta.

— Alguém cometeu isso contra nós, e agora estamos em guerra novamente. - Tomou um gole da bebida. - Eu pelo menos gostaria de saber se foram um de nossos homens que barraram a entrada. - Marisa olhou pra eles. - Vocês ficarão responsáveis pelo tráfico em Chicago, no primeiro deslize dos distribuidores, me avisem. 

— Sim, senhora. - Roman respondeu.

— E quero lhe agradecer por ter ajudado Hector a voltar para casa. - Marisa sentou-se ao lado do marido.

— Hector salvou minha vida, senhora Morales. - Disse Roman.

— Eu só agradeço por ele ter trazido meu marido de volta. - Patterson o beijou no rosto, com um claro alívio de vê-lo ali.

— Sem Max, não teria sobrevivido. - Hector disse. - Onde aprendeu a atirar assim?

— Sou de uma família de caçadores, atirar foi o que fiz a minha vida toda, inclusive em invasores da nossa propriedade. - Disse naturalmente. - Foi como sobrevivemos quando adolescentes num lugar ermo e hostil, até eu ter idade para conhecer o mundo e estudar mais. 

— Existe uma vaga de associado sobrando ao nosso lado, espero que não se assuste facilmente com o trabalho. - Disse Hector.

— Não me assusto, e creio que minha esposa não poderia se opor, apesar do susto. - Roman olhou para Patterson.

— Eu me oponho se passar a se aventurar sempre dessa forma. - Pegou na mão dele e apertou com força.

— Bom, não tem nada que gostaríamos mais e fazer do que aceitar oficialmente. - Ele sorriu.

 

O escritório de contabilidade era grande com uma vista magnífica para o grande deserto. Patterson olhava alguns números de apresentação e via com atenção tudo o que foi anotado. A receita das vendas era muito grande e percebia que alguns números eram secretados. Certamente ficavam escondidos em pastas eletrônicas, provavelmente.

Mas certamente era aquele o homem quem tinha o poder dos números e precisava conversar com ele para tentar descobrir mais alguma pista de onde poderia procurar evidências de quantidade de distribuição, locais, folhas de pagamento.

Roman entrou aos risos com o homem, falando sobre cavalos de corrida, sorriu. Como sempre Roman estava sendo ele, pelo menos o ele que nos últimos anos, conhecia.

Levantou-se para cumprimentar o homem e sentou-se olhando novamente os papéis.

 

— São ótimos números, te parabenizo pelo trabalho. - Disse ela com um sorriso estoico, precisava ganhar a confiança dele debatendo sobre os números. O charme deixaria com Roman.

— Obrigada, senhora. Tem sido um trabalho duro, porém muito recompensador. - Ele encheu o peito de orgulho e sentou-se com uma presunção absurda.

— Bom, creio que consigamos o dobro para onde vamos, acho que vai precisar trabalhar um pouco mais para esconder.

— Senhora, se conseguir o dobro, ficarei feliz em nunca mais dormir. - Eles riram.

— Bom, o que deveremos fazer? - Disse Roman. 

— Bom. - O contador tirou um saquinho com um telefone e um bloco de anotação, dentro. - Precisarão disso.

— O que tem nas anotações? - Perguntou Patterson curiosa.

— Alguns códigos para se dirigirem a mim, certo? - Ele apontou para o saquinho nas mãos de Roman. -  Isso é o que nos mantém negociando anonimamente, estejam atentos.

— Certo, seguiremos à risca. Quem ficará responsável pelos dados de venda? - Ela perguntou despretensiosa.

— Todos os relatórios você me passa no contato que tem aí, me passe apenas a receita líquida e bruta e anexem a documentação.

— Haja servidor para guardar as informações. - Ela riu.

— Entende de servidores, senhora? - Perguntou o homem.

— Tive que entender uma coisa ou outra para fazer meu trabalho da melhor forma possível. - Ela refolheou algumas páginas e fez algumas ressalvas sobre a forma que gostaria de trabalhar com as finanças.

— O meu acredite é muito bom, ficamos com os dados criptografados numa base cuidada por uma equipe de tecnologia específica.

— Isso é muito profissional. A equipe fica aqui? - Ela perguntou curiosa.

— Bom, essa informação eu não teria. - Sorriu sem graça.

— Compreensível, claro. - Ela o agradeceu. - Se tivermos mais dúvidas,  iremos te ligar. Provavelmente estaremos de viagem na próxima semana, mantenha-me atualizada caso precise de alguma papelada específica.

— Certamente, senhores. - Eles saíram e Patterson começou a teorizar como descobririam onde ficava esse local em que detinham os dados de todas as operações financeiras.


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Notas finais do capítulo

COMENTEEEEEEEEEEEEEEM! Beijos amores!



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