Sokka logo se encontrou com as meninas, e após responder um longo questionário partiram sem algum rumo atrás da dominadora. Enquanto isso Zuko e Katara eram colocados dentro de uma pequena sala com paredes de ferro, ambos estavam desacordados por conta do remédio que haviam tomado ao serem acertados pela agulha de um dos guardas. 

Os guardas não voltaram para o reino, pois descobriram que quem levasse o príncipe ganharia uma recompensa, então resolveram esperar a recompensa aumentar para entregar Zuko e de brinde a dobradora que o príncipe havia permitido que escapasse. 

Katara abriu os olhos lentamente ao notar o raio de sol entra pela pequena janela, sentou e notou que o rapaz ainda estava desmaiado, esperou a cabeça parar de rodar e foi olhar através da janela. Não havia nada além de areia. Bateu na porta e tentou abrir, mas não obteve resultado, resolveu então acordar o príncipe para ajudá-la a pensar em algo. 

— Ei, acorda — dizia enquanto dava uns tapinhas no rosto do garoto.  

Ele abriu o olho lentamente e sem entender nada perguntou onde estava, sem paciência ela respondeu que também queria saber, Zuko massageou a cabeça para aliviar a dor e se levantou, assim como a garota, olhou pela janela e tentou abrir a porta, não teve sucesso. 

— Estamos trancados — ele pensou alto. 

— Sério? Não tinha percebido — ela respondeu cruzando os braços. Estava irritada, não parava de pensar o quão idiota foi ao sair de casa. "Poderia estar deitada na minha cama ouvindo Sokka reclamar da vida, mas não tinha que bancar a neta rebelde e sair de casa sem rumo", pensava enquanto encarava a parede cinza. 

Zuko ignorou a ignorância da menina e voltou a pensar, ele se lembrava de ter ouvido um dos guardas falar sobre leva-los a Ozai, mas estar no meio do deserto não ajudava entender as coisas, o reino não ficava para esses lados não fazia sentido estarem no deserto. Planejou alguns planos para conseguir sair, resolveu ir para o mais fácil e mais racional. 

— Abram a porta — gritou dando alguns socos na porta, Katara revirou os olhos, ela já havia batido e não teve resposta, porque com ele seria diferente? 

— Eles acordaram, é melhor ver se estão bem — alguém disse do outro lado da porta. 

Uma fresta surgiu no meio da porta, apenas os olhos do guarda eram visíveis. Katara boquiaberta descruzou os braços e se aproximou da fresta, ainda não entendia porque não havia sido respondida quando bateu na porta. 

— Vocês estão bem? — o guarda perguntou. 

— Onde estamos? — Zuko respondeu com outra pergunta. 

— Acho que estão bem — concluiu — já iremos trazer algo para vocês comer, por enquanto fiquem aí quietos. 

A fresta fechou, os presos se encararam, o rapaz sentou em um dos cantos e Katara começou a bater na porta novamente.  

— Eles não vão abrir — disse com os olhos fechados, sentindo a persistência da menina. 

— Porque não? — ela virou-se para ele com a sobrancelha franzida. 

— Por que eles foram pegar comida — respondeu como se fosse óbvio. 

A garota bufou sentando do lado dele, Zuko sussurrou que tinha um plano, após explicar tudo para a garota ficaram em silêncio até a porta se abrir. Um guarda entrou colocando uma bandeja no chão, Zuko e Katara se levantaram e se entreolharam, quando o guarda deu as costas para sair o plano entrou em ação. 

— Você não respondeu minha pergunta, onde estamos? — o príncipe segurou o guarda contra ai parede e ameaçou com o punho fechado, enquanto a dobradora trancava a porta e dominava a água para um futuro ataque. 

— Estamos no meio do deserto, viemos para cá, pois o rei está oferecendo uma recompensa para quem leva-lo até o reino — respondeu com certa dificuldade. 

— E o que eu tenho a ver com isso? Porque me trouxe aqui também? — Katara ameaçou o guarda com a água congelada e afiada. 

— Pensamos que era uma amiga do príncipe, e você é dobradora é o nosso dever entrega-la ao rei — o guarda disse encarrando o gelo que estava cada vez mais próximo do rosto, que por sinal estava coberto com um capacete do reino do fogo. 

Zuko largou o cara e abriu a porta da cela, ela continuou ameaçando o guarda. 

— Você não vem? — o príncipe perguntou encarando a menina. 

 Katara, após acenar com a cabeça, congelou o homem e trancou a porta, depois seguiu o príncipe. 

Sokka, Suki e Toph vagavam pela redondeza do reino, estavam quase desistindo quando avistaram a bolsa de Katara. 

— Isso é da Katara!  

— Iremos acha-la Sokka, você não está sozinho — Toph consolou o amigo ao sentir o desespero do rapaz.  

— É Sokka, Katara não é uma garota fraca, ela sabe se cuidar — Suki disse abraçando o namorado. 

O garoto começou a pensar onde a irmã poderia estar ou onde ela iria, em sua mente ia riscando certos lugares, pensou por um tempo até chegar à conclusão que Katara foi até ao norte, pois lá é o único lugar que pode se dobrar água com liberdade. 

— Nós vamos para o norte! — gritou erguendo o bumerangue para cima, apontou para uma direção e começou a andar. 

— Sokka— a guerreira o chamou. 

— O que foi mulher?  

— O Norte fica para o outro lado — Sokka se virou e partiu para caminho correto como se nada tivesse acontecido, as meninas segui-o dando algumas risadas. 

Enquanto isso no palácio, Azula recebia a notícia que os guardas que ela havia enviados para capturar o irmão, haviam fracassados. 

— Princesa Azula, um dos guardas enviou uma carta dizendo que o príncipe e a plebeia escaparam — uma criada avisou entregando um copo de chá. 

— O que? Como esses incompetentes deixaram Zuko escapar? Quem é essa plebeia? — a princesa levantou da cadeira onde estava e jogou o copo no chão. Uma outra empregada logo se dispôs a limpar a sujeira. 

— É uma dobradora de água, aquela que o príncipe impediu que os guardas a seguisse.  

"Se eu quiser pegar minha presa devo ser ágil, rápida, preciso de uma pequena equipe de elite¹", Azula pensou, logo imaginou chamar Mai e Ty Lee, suas melhores amigas, a princesa conhecia o potencial delas, porém tinha um pouco de receio de Mai não aceitar, uma vez que a garota era apaixonada pelo príncipe e ele iria se casar com Yue. 

— Vá chamar Mai e Ty Lee. Agora! — ordenou se retirando do local.