No capítulo anterior:

…2 horas depois…

Pov Castle

Acabei comendo uma pizza e retornei a casa na esperança de que eles não estivessem lá.

A comida tinha-me me ajudado. Estava mais calmo.

Avisto sombras dentro e casa e rapidamente pego um pau que tinha na entrada de casa.

Não era Beckett nem Demming, pois a estrutura era de um homem mais largo e mais baixo.

Ele estava remexendo as coisas na cozinha.

—Eu vou te pegar, filho da mãe… - Eu sussurro, segurando o pau com força, pronto para atacar.

Abro a porta das traseiras com um pontapé e o grito é imediato.

—AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!

—ESPOSITO?! – Agora sim, eu estava confuso.

—NÃO ME MATE POR FAVOR! – Ele tapava o corpo com os braços.

—SOU EU, CASTLE! – Eu o abano e ele percebe de imediato as figuras que estava fazendo.

—Ah! – Ele coça a cabeça, embaraçado. – Castle… Por aqui?

—Isso pergunto eu! O que você está aqui a fazer?!

—JAVI, TRAGA A COMIDA! – Ouço, Lanie, gritando lá de cima.

—Lanie?!

—Castle! – Ela desce as escadas, suando.

—Castle?!

—Kevin?!

Espera?! Que merda estava acontecendo aqui?!

—O que vocês estão aqui a fazer?!!! – Eu estou chocado.

—Isso é uma longa história… - Lanie, se aproxima.

—Eu falei que isso ia dar merda… - Ryan, acompanha Lanie.

—Nós podemos explicar… - Espo, fala.

—Podem explicar depois. Agora eu preciso da vossa ajuda. – Eu falo, enquanto passava uma ideia louca pela minha cabeça.

—Para quê? – Lanie é rápida a perguntar.

—Para sabotar o encontro de Kate e Demming. – Eu sorrio, traçando meu novo plano.

Esses dois não iriam ficar juntos. De jeito nenhum, ele ia roubar a minha Kate.

Pov Kate

Demming estava sendo atencioso demais e eu ia aproveitar isso para esquecer um pouco de Rick. Se bem que, tinha sido bastante engraçado vê-lo com ciúmes, apesar de, ficar com instintos homicidas.

O que estaria ele fazendo? Provavelmente indo ter com alguma vagabunda… Essa ideia fazia-me surtar. Era por essa razão que eu não podia me apaixonar por ele – ia ser mais doloroso que prazeroso. Richard Castle sempre esteve rodeado de mulheres e eu não sabia lidar com isso. Aliás, eu não conseguia.

A balada estava agradável.

As pessoas dançavam ao som da música alegre. O calor convidava ás gargalhadas, a bebidas frescas e eu iria aproveitar.

—Tudo bem? – Demming toca a minha mão, mas para minha infelicidade, não sinto nada.

—Sim, estava pensando no babaca do Castle e em o que ele fez… - Contorno a pergunta.

—Esqueça isso… Agora somos só nós dois! – Ele pega minha mão e me leva até ao balcão. – Eu te ofereço a bebida.

Tom pisca para mim e ordena duas bebidas à garçonete.

Pov Castle

—Estão prontos?! – Falo, colocando a peruca loira.

—Você está muito feio! – Esposito troça.

—Você não está muito melhor… - Eu reparo, depois de o ver vestido de mulher.

—Você parece uma matrafona! – Lanie, parece rindo às gargalhadas e logo depois a acompanhamos.

Nós estávamos muito ridículos, mas não podíamos ser reconhecidos.

Eu, loiro, risca ao meio e com óculos fundo de garrafa, super graduados.

Lanie, cabelo vermelho, roupa larga e chapéu.

Esposito vestido de mulher.

E Ryan, bem, usava apenas uns modestos óculos de sol.

Conclusão: parecíamos um grupo de homicidas em fuga.

—Depois daquilo que fizeram, estão perdoados. Sabem o que têm de fazer? – Pergunto de novo.

—Separar a minha melhor amiga do retardado mental?

—Correto. – Aceno, divertido.

—Você está mesmo afim da Kate, hein…? – Ryan se aproxima e me pergunta baixinho.

—Claro que não! – Disfarço. – Só quero ganhar a minha aposta!

—Tanto trabalho para isso… A mim diz-me que ela realmente é especial para você…

—O que estão falando?! – Espo reclama, indo na frente com Lanie.

—É impressão minha ou vocês estão mais empolgados do que eu…?

—Claro! Eu não quero ver Kate com aquele palhaço! – Lanie, exclama.

Essa noite ia render…

Felizmente os Hamptons não eram assim tão grandes e não seria difícil encontrá-los.

Chegamos ao primeiro sítio e o meu palpite dizia-me que eles estariam ali mesmo.

Saímos do carro e os olhares caíam sobre nós. Ou melhor, sobre Esposito.

—E aí, gata? Podemos nos conhecer…? – Um homem se aproxima, mas Javi, sem o menor cuidado espeta-lhe uma surra, derrubando a criatura.

—Cuidado da forma como aborda uma mulher! – Ele olha o homem caído no chão que estava sangrando.

Por incrível que pareça, o homem pareceu apaixonar-se mais pelas pernas másculas de Espo.

—É isso a sua forma de “não dar nas vistas”? – Pergunto, contendo o riso, mas Lanie e Kevin não se contiveram como eu.

—Belas pernas, jeitosa! – Outro homem fala e aí eu percebi que realmente a noite ia ser longa.

Que homem não sabe reconhecer umas pernas de mulher?! O mundo estava perdido mesmo.

Por favor… Esposito parecia um macaco nas pernas e aqueles gêmeos malhados não enganavam ninguém…

—Eu não estou para ouvir estes anormais! – Ele se chega para a minha beira.

—Relaxa, gata! – Eu torço. – Já penso em mudar de sexo? Seria a desgraça dos homens viúvos!

—Você fica me devendo uma! – Ele me olha furioso.

A música estava boa, assim como ambiente.

Com o maior foco e atenção procuro por Kate.

Avisto-os ao balcão, tomando uma bebida.

—Lanie, eles estão ali… - Eu chamo, Lanie.

—Estou vendo… Vou atacar!

—Atacar?! – Eu pergunto, amedrontado. Com Lanie, poderia sempre se esperar as ideias mais loucas. Inclusive, eu tenho a certeza que esta ideia de vir espiar-me e a Kate tinha sido dela. Passando á frente… Onde estava Lanie?!

Merda! Ela já estava lá na frente, bem perto deles.

Demming estava tocando na cara de Kate?!!! QUEM ELE JULGA QUE É?!

Avanço, impulsivo.

Ajeito os meus óculos e continuo caminhando com passes firmes.

—E AGORA! – O DJ afirma. – É A HORA DE DANÇAR AGARRADINHO!

Merda! O slow romântico começa e os pares apaixonados começam se formando.

Quando dou por mim estou no meio dos beijos e dos “apalpanços” e nem sinal de Demming, Kate ou Lanie.

Procuro rapidamente no meio da multidão e esfrego os olhos para que tenha a certeza que não estou a sonhar.

DEMMING ESTAVA DANÇANDO COM ESPOSITO?!

No meio do tumulto arranjo espaço para me rir.

Não sei que porra de bebida Lanie entornou para Tom, mas foi fantástico.

Kevin estava junto a Lanie, rindo de Espo que, estava prestes a arrebentar a cara de Tom.

Antes que a tempestade começasse procuro Beckett num ápice para que pudesse resgatá-la para o banheiro.

Só esperava que estivesse limpo… Nestes lugares nunca se podia esperar o melhor.

Encontro Kate perdida, procurando por Tom e num impulso rápido me aproximo por trás, tapo a sua boca e arrasto-a para o banheiro mais próximo.

Beckett esperneia nos meus braços e finalmente a solto no banheiro.

—VOCÊ É UM TARADO! – Ela pontapeia a minha perna, fazendo-me cair no chão.

Vejo-a sair, mas levanto-me rápido para alcançá-la de novo. Nesse curto espaço de tempo tiro minha peruca loira e óculos.

—ESPERA, KATE! – A seguro pelo braço.

—CASTLE?! – Ela parece surpreendida.

—Pelo menos te surpreendi… - Eu sorrio, aproximando-me.

—Você pensa que vai me trancar nesse banheiro como trancou Demming?! Eu quebro a sua cara!

—Eu vim atrás de você e é assim que sou tratado?! – Faço biquinho. – Me vesti a rigor e sou recebido com sete pedras na mão!?

—Você é tão ridículo! – Finalmente consigo lhe roubar uma gargalhada e nada me dá mais gozo do que isso.

—Está ouvindo…? – Eu pergunto.

—O quê? – Ela franze o sobrolho.

—A música… É tudo o que estou sentindo neste momento! – Confesso.

Johnny Orlando and Mackenzie Ziegler – What If (E se)

https://www.youtube.com/watch?v=yhvihpRde5Q 

Let's talk about all those things that we shouldn't talk about (Vamos falar sobre todas estas coisas que não deveríamos falar)

Those kinda words that will change all the things we talk about (Essas palavras que vão mudam tudo sobre o que falamos)

Tell me do you ever think of us? (Diz-me tu nunca pensaste em nós?)

Should I ask for more or should I stop? (Devo pedir por mais ou devo parar?)

What if our tomorrow means that we are here together? (E se o amanhã significar que nós estaremos aqui juntos?)

What if we are taking chances just to loose it all? (E se estamos correndo riscos apenas para perder tudo?)

Am I really crazy thinking 'bout this all together? (Estou realmente louco por pensar nisto tudo junto?)

…

What if I say (E se eu dissesse)

I know, you know (Eu sei, tu sabes)

What if I told you I like you? (E se eu dissesse que gosto de ti?)

…

—Você está dizendo que gosta de mim? – Eu vejo o brilho nos seus olhos.

—Talvez. – Eu sorrio, colocando a mecha de cabelo atrás da sua orelha e tiro proveito disso, aproximando-me ainda mais.

—E a aposta…? – Ela quebra o assunto.

—Que se dane a aposta, Kate! Você é tudo o que eu quero neste momento! – Falo, afastando-me de novo, aborrecido por ela estar pensando sequer sobre isso.

—Você apostou que iria comigo para a cama! Eu não sou nenhum objeto! – Ela se exalta e rapidamente o animo passa de 0 a 80.

Nosso relacionamento, se é que assim posso chamar, era do gênero de amor-ódio.

—E daí?!

—E daí?! É que eu apostei que nunca na vida você me teria na sua cama!

—Então somos farinha do mesmo saco! Eu apostei e você apostou de novo!

Agora sim, eu estava ofendido.

—Claro! Você pensa que eu sou lerda?!

—Um pouco!

—Realmente sou! – Ela me encara, nervosa. – Sou lerda por estar aqui com você! Fique bem!

—Mas que merda, KATE! – Eu corro atrás dela, antes que ela se vá e a puxo contra o meu peito. – É difícil perceber que você não me é indiferente?! Que quando a gente se toca há qualquer coisa que vibra? Que eu fico roído de ciúmes quando te vejo com o idiota do Tom? Que a merda da aposta já não tem significado nenhum para mim?!

Beckett olha cada detalhe do meu rosto, procurando pela verdade fixando-se nos meus olhos.

—É difícil meter nessa cabeça oca que eu gosto de você? Que eu me importo com você?!

Num misto de sentimento entre raiva, amor e desejo os nossos corpos se colam tão rápido como nossas bocas.

O beijo era urgente, assim como as minhas mãos que sustentavam o seu corpo contra a paredes.

A temperatura subiu depressa demais ao mesmo passo que Kate cravava as unhas nas minhas costas e chupava o meu pescoço, fazendo-me arfar e puxar os seus cabelos com força.

A minha língua passou por seu ombro nu, pescoço até retornar á sua boca que já estava inundada pelos gostos dos nossos corpos.

O nosso sexo ia ser quente e animal! Eu podia sentir isso.

—Rick… - Ela geme, mais do que me chama e aquilo me deixa louco. – Nós temos de parar…

A pouso no chão e me recomponho.

—Me desculpa. – Digo, ajeitando o meu cabelo.

—Não tem problema. – Ela faz o mesmo com suas roupas, totalmente bagunçadas.

—VOCÊ APALPOU A MINHA BUNDA?!

Eu e Kate nos olhamos assustados e saímos do banheiro para ver o que se passava.

—Relaxa, gata!

—DESCULPE! VOCÊ APALPOU A MINHA BUNDA?!

—Aquele é Esposito? – Beckett parece confusa. – Vestido de mulher?!

—Isso é uma longa história… - Eu sussurro, divertindo-me com o cenário.

—Você está a par disto?! – Beckett está incrédula.

—LARGA O MEU HOMEM! – Lanie aparece. Fudeu!

—Lanie?! – Kate observa tudo escandalizada.

—Isto vai ficar bom… - Kevin se junta a nós.

—Kevin?! – Kate, está quase surtando.

—AQUELE É UMA MULHER?! – Demming se junta a nós, totalmente desgostoso e bêbado. – Eu estava me apaixonado por ela!

—Tom você está bêbado?! – Beckett ia desmaiar. Seu amorzinho dizendo que estava apaixonado por Esposito?!

—Kate, você precisa de saber… Eu sou gay!

—O QUÊ?! – Eu, Kevin e Kate perguntamos alto e logo depois Tom caí redondo no chão, completamente bêbado.

E, quando, eu pensava que isto não podia ficar mais interessante, vejo Lanie esmurrando um homem e disputando Esposito.

—EU TE MATO! – Lanie se agarra á cabeça do homem e o derruba, puxando seus cabelos numa luta incessante.

Javi se dobra para ajudar, deixando os seus genitais peludos quase de fora e deixando os restantes machos muito incomodados.

No meio de toda a confusão só tenho tempo de ver uma garrafa de vodka voando e acertando em cheio na testa de Ryan, que, depois do impacto, caí por cima do Tom Gay, desculpem… Tom Demming!

Que mais ia acontecer esta noite?!

Eu só queria chegar inteiro a casa…