Vínculos escrita por Lilie


Capítulo 3
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não abandonei a fic, essa demora toda foi por causa dos contratempos da vidas mesmo kkkkkk
Quero deixar aqui um agradecimento especial à Miss América pelo comentário MARAVILHOSO, que além de ser o primeiro é o único da fic até o momento. Obrigada também as pessoas que começaram a acompanhar!
Espero que gostem!



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Capítulo 2- Segredos

Terça-feira, 2 de Setembro de 2003.

 O despertador de Skye estava regulado para tocar às sete da manhã, mas ele não foi necessário porque os gritos vindos do andar de baixo da casa cumpriram seu papel vinte minutos mais cedo. Levantou-se da cama se espreguiçando e foi para o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, imaginando por qual motivo suas irmãs estariam brigando logo cedo. Era raro Amy gritar daquele jeito com alguém que não fosse Skye.

 Vestiu seus jeans, uma blusa preta de lã e um suéter cinza por cima. Também ajeitou o cabelo e arrumou sua bolsa. Tudo isso ao som dos xingamentos de Shae e de palavras como “irresponsável” e “imatura” vindas de Amy.

 Deu de cara com a irmã mais nova nas escadas. Ela pisava duro e estava emburrada. Ao perguntar o motivo da confusão, ela respondeu:

 — A Amy não sabe cuidar da própria vida.

 — E isso lá é novidade?

 Assim que botou o pé na cozinha, Amy disparou:

 — Isso é tudo culpa sua!

 Skye franziu o cenho. Por que ela queria discutir em um dos raros dias em que não estava disposta a brigar?

 Não era um bom momento para ficar estressada. Tinha uma reunião marcada com uma editora que costumava contratá-la como freelancer.

 — O que é minha culpa, especificamente? — indagou com desinteresse enquanto ia se servir de chá.

 — O comportamento descontrolado da Sheila! Sabia que ela foi demitida do restaurante por bater na gerente?!

 — Sei — respondeu ao tempo em que se sentava à mesa com a xícara cheia.

 — E o que você fez?

 — Dei os parabéns por ela ter vencido a briga. — Deu de ombros e bebericou o chá.

 Como a calmaria antes da tempestade, houve um período de silêncio antes dos gritos:

 — Skylar Rose O’Flahertie, qual é o seu problema?!

 “ Você é o meu problema, Amethyst”.

 — Relaxa, ela vai arrumar outro emprego.

 — A questão não é essa! Sheila é impulsiva, imatura e irresponsável. Simplesmente faz tudo e qualquer coisa que der na cabeça sem nem parar para pensar nas consequências!

 — Não exagera...

 — Sabe o que acontece com pessoas assim?! — continuou, ignorando o desdém da irmã oito anos mais nova.

 — E eu lá tenho cara de quem carrega uma bola de cristal por aí?

 Amy espalmou as mãos com força na mesa de madeira e inclinou-se logo na direção de Skye.

 — Para de gracinha, tudo nessa vida tem hora!

 Skye tomou um longo gole do chá antes de responder:

 — Falando nisso, já passou da hora de você voltar para a Alemanha.

 Dezessete anos trás, Amy fora fazer intercâmbio em uma universidade de Frankfurt. Assim que chegou, conheceu um alemão chamado Franz Hirschmann e logo começaram a namorar. Pouco tempo depois, Amy engravidou por acidente e eles acabaram se casando por pressão da família de Franz. Desde então, ela morava lá com ele e as duas filhas: Claire, de dezesseis anos, e Lydia, de doze.

 Novamente, Amy a ignorou para continuar com seu sermão:

 — A culpa é sua! — repetiu a acusação.

 Skye bateu a xícara na mesa e voltou-se para a irmã:

 — E o que, caralhos, é essa minha culpa, Amethyst?!

 — O comportamento da Shae! Você nunca impôs limites nela e é por isso que ela ficou desse jeito!

 — Ai, meu Deus do céu, lá vamos nós de novo... — disse ao jogar a cabeça para traz e soltar um gemido de desânimo. O discurso de “você é uma péssima influência para a nossa irmãzinha” era um dos clássicos de Amy.

 — Eu só podia estar louca quando permiti que ela viesse morar com você.

 Skye forçou uma gargalhada irônica.

 — Você permitiu? Você?! Engraçado, pelo que eu me lembro, quem “permitiu” que ela ficasse comigo foi o juiz, não você.

 Em 1988, dois anos após a morte do pai, a mãe das irmãs O’Flahertie também faleceu. Com isso, houve uma disputa judicial entre Amy e a avó materna, Violet, pela guarda de Skye e Shae, com respectivos quatorze e quatro anos de idade. O juiz acabou decidindo dar a guarda de Skye para Violet e a de Shae para Amy, que a levou para morar com ela na Alemanha.

 Em 1993, Violet, depois de muito esforço, convenceu Amy a ceder-lhe a guarda de Shae. Quando ela faleceu, cinco anos depois, a custódia passou para Skye. No entanto, Amy achou que deixar a irmã mais nova sob inteira responsabilidade de uma louca feito Skye era uma péssima ideia, o que a fez entrar na justiça para recuperar a guarda. Isso serviu muito bem para piorar a relação entre as duas, que já não era boa. No final, depois de um processo que se arrastou por meses, o juiz decidiu que o melhor para Shae era continuar na Irlanda com Skye.

 — Eu não engulo isso até hoje!

 — E ninguém se importa com isso — rebateu Skye, cansada daquela discussão inútil. Saiu da cozinha, deixando a irmã e suas reclamações para trás.

 Subiu as escadas e gritou por Shae, perguntando se ela queria carona para a universidade. Ainda faltava um tempinho considerável para a reunião começar, mas não estava nem um pouco disposta a continuar aturando a irmã mais velha.

 Como se houvesse estado disposta alguma vez na vida...

(...)

 — Eu ainda não entendi muito bem essa história do Vince ter te traído.

 Shae levantou os olhos de seu bolo de chocolate para fitar Ethan, cujo cabelo negro, que batia nos ombros, encontrava-se preso em um coque. Estavam em uma lanchonete próxima da universidade esperando por Nate, que ainda estava preso na última aula.

 Antes de conseguir um emprego melhor em um pet shop, Nate trabalhava em um estabelecimento que era uma mistura de bar e restaurante com o nome clichê “Favorite”. Como ainda era amigo da dona, ele tentaria ajudar Shae a ficar com seu antigo cargo de garçom. Era por isso que ela aguardava o amigo loiro, enquanto Ethan estava lá mais por pura falta do que fazer mesmo.

 — Seu “maravilhoso” irmão, Vincent Theodore Walsh, me traiu. Qual parte dessa frase você não entendeu?

 Ethan bufou.

 — Ei, não precisa falar assim comigo. Só estou achando essa história estranha. Eu conheço o meu irmão, ele não é disso.

 — E eu não sou de mentir! O Nate acreditou em mim na horinha em que eu contei...

 — Espera aí! — Levantou as mãos no ar, em um sinal de “pare”. — Você contou pro Nathaniel e para mim não?!

 — É claro! Ele é meu melhor amigo.

 Se aquela conversa fosse do tipo que permitisse que seu humor ficasse um pouquinho melhor, ela teria rido da cara de indignado que ele fez.

 — E eu não sou também?!

 — É claro que é! Mas também é irmão do Vince, não ia dar certo eu te contar isso. Veja só, eu adoro o Mark, mas se um dia eu descobrir que ele traiu a Skye, eu mato ele.

 — Ok, ok — Ethan disse, ainda não muito contente com a resposta — Mas, voltando ao assunto, por que você acha que o Vince te traiu? Você viu ele com alguém?

 Sheila pegou o garfo e começou a brincar com o bolo.

 — Eu não precisei — disse com ar infeliz. — Semana passada eu fui na sua casa e achei uma calcinha no bolso do casaco dele e um brinco no chão do quarto, do lado da cama. Eu perguntei para ele o que aquelas coisas estavam fazendo lá e ele desconversou, fingindo que a minha pergunta não tinha importância, fingindo que o brinco e a calcinha não significavam nada. Nessa hora eu soube que ele tinha me traído.

 — E em vez de você ter insistido na pergunta ou terminado com ele, você resolveu cair na cama do Logan Connely por vingança? — questionou em tom de julgamento.

 “ Não só na do Logan”, pensou Shae, lembrando-se do cara ruivo no funeral da tia.

 — Para que eu ia insistir na pergunta? — Endureceu a voz e levantou o olhar de volta para ele. — Para ele continuar de enrolação com a minha cara? Para ele mentir para mim? Para me fazer de boba? De jeito nenhum! Eu traí ele sim, Ethan, assim como ele me traiu. Eu vou terminar com ele, mas só depois de fazer ele provar do próprio veneno.

 Com uma pontada no coração, recordou do ex-namorado, Kevin. Nunca foi tão humilhada em toda a vida, recusava-se a passar por aquilo novamente. Não podia garantir que nunca mais seria traída, ela não controlava o comportamento das outras pessoas, mas podia, ao menos, se vingar.

 Assim que ela terminou de falar, Ethan respirou fundo e disse:

 — Ele não te traiu, Shae. Vince perdeu uma aposta idiota com os amigos e teve que passar um dia inteiro vestido de mulher. A calcinha e o brinco faziam parte do pacote. Provavelmente, ele não te contou nada por vergonha. Você sabe como ele é orgulhoso. Tem até uma foto, eu posso trazer para você se quiser. O brinco era de pressão e a calcinha era roxa, não eram?

 Foi como se Shae tivesse tomado um tapa na cara. Viu toda a certeza que tinha se transformar em pó e a culpa e o arrependimento tomando seu lugar.

 — Refletindo sobre o que não deveria ter feito?

 — E também sobre a vaca que eu sou.

 — Seja bem-vinda ao clube! — Ethan levantou sua latinha de refrigerando como se estivesse fazendo um brinde. Apesar do ato aparentemente alegre, era fácil notar amargura em sua voz.

 Sheila inclinou-se sobre a mesa e cobriu a face com as mãos.

 — Puta que pariu, o que foi que eu fiz?!

(...)

 — Isso é para você aprender a investigar as coisas direito antes de tomar decisões precipitadas — ralhou Nate, para quem Shae havia contado sua recém descoberta no caminho até o Favorite. Ethan havia ido para casa.

 — O que você tá falando? Você também acreditou que ele tinha me traído — retrucou.

 — Mas só porque você me disse isso. Quem tem que verificar a veracidade dos fatos é quem passa eles para frente.

 Sheila gemeu de frustração, com vontade de se trancar em seu quarto e nunca mais sair. Vendo a aflição da amiga, Nate a abraçou e beijou o topo de sua cabeça.

 — Não fica assim, linda. Todos cometem erros.

 Ela apenas enterrou o rosto no moletom azul escuro dele. Continuaram abraçados, com Nate passando o braço por seus ombros, no caminho até o restaurante.

 “ Todos cometem erros”. Será que ele pensaria assim se ficasse sabendo que Ethan foi para a cama com Esther? Torcia para que sim. Uma das últimas coisas que queria no mundo era os amigos brigados. Lembrou-se que ainda precisava conversar com Ethan a respeito. Devia ter feito aquilo mais cedo na lanchonete, mas a história da não-traição de Vince ocupou completamente sua cabeça.

 O Favorite era pequeno e parecia se esconder entre uma livraria e um velho prédio residencial. Sua faixada era de tijolos, assim como quase todas as construções daquela rua.

 Depararam-se com o lugar cheio, com as duas garçonetes praticamente correndo de um lado para o outro. Nate foi direto falar com a mulher rechonchuda e de longos cabelos cor de mel que estava no caixa.

 — Hey, Mia — cumprimentou-a com um sorriso.

 — Oi, Nate. Espera só um minutinho...

 Mesmo com a cara de cansaço, ela devolveu o sorriso antes de ter que voltar a atenção para alguns clientes que esperavam para pagar a conta.

 — Essa é Mia Costello, a dona daqui — murmurou para Shae enquanto esperavam.

 Assim que ficou livre, Mia voltou-se para Nate:

 — Desculpa por te deixar plantado aí. — Sorriu sem jeito.

 — Sem problemas — riu. — Mia, essa é Sheila, a minha amiga de quem eu te falei.

 Shae viu os olhos castanhos da mulher ganharem um brilho novo quando ela a fitou, como se só naquele momento tivesse se dado conta de sua presença ali.

 — Ainda bem que você está aqui! — disse, não disfarçando o alívio. Ela foi quase correndo para os fundos e, rapidamente, voltou com um avental verde-escuro. — Meus parabéns, florzinha, está contratada. Pode começar agorinha, ajudando Emma e Lucy a servirem os clientes. — Apontou para as garçonetes, uma morena que usava óculos fundo de garrafa e uma loira com mechas multicoloridas.

 Outros clientes apareceram e Mia teve que voltar sua atenção para o caixa. Mesmo feliz, Shae sentiu-se um tanto quanto perdida, sem entender direito como diabos tinha conseguido um emprego tão facilmente. As coisas em sua vida não costumavam dar tão certo assim. Lançou um olhar confuso para o amigo, que abriu um sorriso brilhante e lhe disse:

 — Por que ainda tá parada aí? Você tem muito trabalho pela frente...

(...)

 Skye chegou em casa com uma sacola do supermercado, onde tinha passado após sua reunião na Gaille. Foi para a cozinha guardar as compras e, ao acabar, pegou uma lata de cerveja e se dirigiu para a sala pretendendo assistir qualquer bobagem na televisão.

 Não se surpreendeu ao encontrar Amy aconchegada em meio a um cobertor em uma das velhas poltronas de camurça com um livro no colo — uma edição especial em capa dura de “Helter Skelter” que havia ganhado de Mark há alguns anos. Ambos amavam ler. Por isso ele mantinha o costume, que vinha desde antes de começarem a namorar, de lhe presentear com livros em momentos completamente aleatórios e sem nenhuma ocasião especial como justificativa.

 Os olhos azuis de Amy foram direto para a cerveja na mão de Skye, que já sabia o que a irmã ia dizer antes mesmo de ela abrir a boca.

 — Você não devia beber.

 — E você devia voltar para a Alemanha — respondeu, jogando-se no sofá, também velho e de camurça, e ligando a TV. Particularmente, não gostava da mobília herdada da avó materna, juntamente com a velha casa. Porém gastar dinheiro com móveis novos passava longe de sua lista de prioridades.

 A mais velha soltou um suspiro que podia ser tanto de irritação quanto desânimo.

 — Eu vou amanhã de noite, se isso te deixa feliz...

 — Muito mais do que você imagi... Ei!

 Quando deu por si, Amy já tinha se levantado e tomado a latinha de sua mão.

 — Tá maluca?! — Sentou-se bruscamente no sofá, enquanto via a irmã derramar a cerveja no vaso de uma planta que ficava ao lado da porta da sala.

 — A única maluca aqui é você — devolveu, indo para frente da irmã e cruzando os braços. — Não. É. Bom. Você. Beber. Quantas vezes tem que escutar isso até aprender, hein? Quer ter uma recaída?

 — Você é muito exagerada, não vou ter uma recaída! E nem tenho problemas com álcool!

 — Você já escutou muito que representa um risco.

 — Tem anos que bebo e fumo e nunca deu nada de errado. Se eu tivesse percebido que tem algum “risco”, eu mesma já teria dado um jeito de parar.

 — Mesmo assim, Skye. Você tá sendo imprudente...

 Skye bufou.

 — Já chega, Amy. Puta que pariu, você tem que aprender a cuidar da própria vida!

 — Eu me preocupo com você!

 — Eu tenho quase trinta anos, um emprego, casa própria, casamento marcado, pago minhas contas... Consigo tomar conta de mim muito bem, não preciso da sua preocupação.

 — Está para nascer pessoa mais teimosa do que você!

 — E mais intrometida que você!

 Amy respirou fundo e fechou os olhos por um tempinho. Skye sabia o que ela estava fazendo: contando até dez mentalmente para tentar se controlar, mania que tinha desde criança.

 — Preciso conversar com você sobre uma coisa — anunciou ao abrir os olhos, adotando um tom mais sério.

 Skye segurou-se para não revirar os olhos, imaginando qual seria a próxima discussão inútil que ela começaria.

 — Sobre o quê? — perguntou a contragosto, enquanto ajeitava sua postura no sofá.

 A expressão da mais velha foi lentamente se transmutando para tensa enquanto ela voltava a se sentar na velha poltrona. Ela pôs as mãos sobre o colo e as fitou por um momento, como se estivesse pensando quais seriam as palavras mais adequadas para abordar o assunto. Quando começou, havia certo receio em seu olhar.

 — Nora McGrath me ligou na semana passada, um dia antes de eu vir para a Irlanda. Ela me disse que precisa falar sério com você. Não me pergunte sobre o quê, ela só falou que era muito importante e me pediu para te convencer a entrar em contato com ela ou o marido o mais rápido possível.

 Um calafrio passou rasgado pelo corpo de Skye e ela se esqueceu de como se respirava. Não.

 Não não não não não não...

 — Skye?

 A voz preocupada e cautelosa da irmã a arrancou do devaneio. Não sabia quanto tempo havia ficado fora do ar, apenas que fora uma pequena e dolorosa eternidade.

 — Não. — A palavra arranhou sua garganta, como se as letras se recusassem a serem pronunciadas.

 Como se estivesse à procura de um apoio, estendeu a mão e agarrou o braço do sofá, fincando as unhas no estofado e apertando com tanta força que os nós de seus dedos perderam a cor.

 — Como tem coragem de me pedir uma coisa dessas? — disse com rancor, em voz baixa e rouca.

 — Me desculpe, eu sei que é um assunto delicado...

 — Então não fale sobre isso!

 — Nora parecia realmente desesperada. Olha, não custa nada...

 — Custa! Custa muito! — A respiração pesada e desregulada de Skye soava quase tão alta quanto as vozes do noticiário na televisão. — Você pode até achar que sabe de tudo sobre mim, Amy, mas não sabe de porra nenhuma. Se soubesse, e se se preocupasse com meu bem-estar como diz que se preocupa, teria dito a Nora para nem pensar em dizer meu nome em voz alta, a sequer pensar em mim, não importa o motivo.

 — Skye...

 — Chega — rugiu. — Você vai voltar a ler seu livro, enquanto eu vou tomar um calmante, beber um chá, fumar um cigarro e colocar as roupas sujas na máquina de lavar. Esse assuntou acabou.

Apesar da demonstração de fúria incandescente, Skye sentia o medo congelar seu interior. O que Nora poderia querer com ela depois de tanto tempo?

 Não, não havia nada que ele pudesse querer. Já havia lhe dado o que ela mais queria, sua mente teimou em dizer.

 — Mark sabe?

 Skye paralisou em seu caminho para a cozinha. Qualquer coisa menos isso...

 É claro que Amy não ficaria sem dar a última palavra, devia ter previsto.

 Vaca.

 — Mais uma palavra e te boto para fora da minha casa! — Mesmo que Shae fosse ficar puta da vida.

 Os saltos de Amy estalaram contra o piso de madeira quando ela disse, subindo para o quarto:

 — O serviço de quarto do Finnstown Castle é melhor que sua comida.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



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