Na Mira escrita por Dani Uchiha


Capítulo 3
Novos Ares


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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O amor é mesmo cego? Até que ponto o amar sem ser amado é suportável?

Dominika Dorlani

  Na manhã seguinte acordei assustada com o despertado do meu celular olhei envolta não estava sonhando nem nada do tipo eu estava mesmo no apartamento do Tristan, me levantei com cuidado não queria acorda-lo abri minha mala e procurei uma roupa, queria tomar um banho me trocar e sair. Eu já sei o que eu iria fazer.  Assim que caminhei um pouco pela sala notei um bilhete sobre a mesa. Com apenas algumas contadas palavras escritas.  “Fui trabalhar”

— Realmente ele deve ter se esforçado muito para escrever isso!

 Eram só oito da manhã e ele já tinha ido. Bom, peguei minha roupa e tomei um banho não me atrevi em tocar nos coisas dele para fazer um café da manhã, sai logo eu iria procurar um trabalho e já sabia aonde ir. Eu sei que não sou suficientemente feminina mas eu iria pedir emprego no bordel aonde a Lylla trabalha sei que ela pode me ajudar.

Sai animada sei que a Lylla trabalhava no cabaré do centro mas não tinha certeza porem iria lá assim mesmo. Preferi ir de taxi não queria correr o risco de andar só na rua. Entrei na rua de trás iria entrar pelos fundos já que apenas os clientes podiam entrar pela frente. Assim que entrei naquele corredor escuro vi Lylla ao fundo, levantei a mão para acenar para ela quando vi um homem estranho perto dela. Me escondi não sei porque.

— Você conseguiu mais informação Lylla?!

— Nada, Tristan é muito cuidadoso.

 Eu não conseguia entender direito o que eles estavam falando mas não parecia ser algo bom o cara entregou algo para ela e saiu, esperei um pouco e então entrei.

— Lylla!

 Lylla se virou para mim surpresa vi que ela escondeu o que tinha recebido discretamente em seu bolso eu fingi que não vi nada e dei meu melhor sorriso para ela, tanto anos naquele orfanato eu aprendi que quando se trata de membros da máfia não se pode confiar em ninguém. E por mais que ela seja minha amiga eu à vi em atitudes suspeitas.

— O que você está fazendo aqui Nika?!

— Eu vim pedir emprego aqui.

— Você quer servi aos homens?!

— Não, bem quero dizer eu faço qualquer coisa. Me ajuda Lylla. Eu só preciso de um trabalho.

— Verei o que posso fazer por você, mas no momento só temos vaga no balcão precisamos de alguém para limpar toda sujeira que fica por ali.  Você não é feminina e atraente então seria um trabalho ideal não?

— Eu aceito!

— Você pode começar por agora as garotas estão indo embora e os rapazes então chegando dentre duas horas as outras mulheres chegaram então preciso que limpe tudo até a hora de abrirmos atarde está bem?

— Sim.

— Ótimo me siga!

 Segui Lylla até o balcão ela me deu um avental e tudo que eu precisaria para limpar o local, eu comecei imediatamente, eu realmente preciso de um trabalho, e eu não me incomodo de fazer o “trabalho sujo”. Me distrai fazendo minhas obrigações devo estar aqui a mais de uma hora, a todo momento entravam diversos homens seja os que trabalham aqui na segurança ou como clientes, mesmo estando fechado alguns eram permitido entrar e eram acompanhados para uma sala.

 Ouvi um murmurinho entre as garotas que estavam arrumando o salão olhei rapidamente e senti meu coração acelerado. Era o Tristan, ele estava sorrindo e cumprimentando todas que claramente babavam por ele.

Eu nunca tinha o visto sorrir antes foi a primeira vez, ele parecia até um príncipe seus longos cabelos ruivos seus olhos negros tão profundos. Queria gravar aquela imagem dele sorrindo para sempre, e gravei. De repente ele me notou atrás do balcão, seus sorriso sumiu na hora, sua feição se tornou aterrorizante e séria. Ele veio em minha direção como um felino pronto para tacar uma indefesa presa.

— O que você está fazendo aqui! — Gritou claramente incomodado com a minha presença aqui. Como eu sou idiota eu esqueci que ele era gerente dos bares dos caberes mas entre tantos ele tinha que gerencia justo este? Hoje!

—Eu...eu viu para trabalhar. 

 Ele me olhou sério deu uma olhada em volta em todos que nos observavam, gritou para que todos voltassem ao trabalho me pegou pelo braço e me levou para os fundos sendo arrastada por ele, passamos pela porta e ficamos no corredor da rua detrás.

— Posso saber por que diabos você veio para esse lugar!

— Eu preciso de um trabalho, eu preciso ganhar dinheiro não posso ficar na sua casa então pensei em trabalhar no cabaré o dia todo a noite toda e dormir por aqui mesmo nos sofá do salão assim você terá todo seu apartamento de volta.   

 Tristan passou as mãos em seus longos cabelos claramente nervo deu uma volta em torno de si mesmo e me olhou novamente, seu olhar era ainda mais frio, caramba o que deu nele! Ele está tão nervoso como um leão enjaulado ou algo assim.

— Dormir aqui?! — Soltou as palavras com desdém.

— Sim.

— Você tem conhecimento de que você é uma mulher?!

— Sim.

— Que dormindo aqui você provavelmente ficar sozinha quase duas horas com homens até as outras garotas chegarem.

— Sim...

 — E ainda assim você quer dormir aqui! Eu não poso acreditar. Você está se ouvindo? — Tristan estava tão nervoso não entendo com o que, eu só queria facilitar a vida dele e poupá-lo de ter que cuidar de mim eu não sou mais uma criança.

— Eu só queria....

— Porque você não quer ficar na minha casa?!  Não é confortável o suficiente para você? Quer mais luxo? Uma casa enorme! Belos carros...

— Porque você está me dizendo isso! Eu não quero nada disso! Eu nunca quis uma vida assim. Eu só queria ter tido uma vida tranquila e para começar ter os meus pais de volta e então, então eu não teria sido jogada de um lado para outro até parar aonde eu parei.  — Meus olhos estavam cheios de lagrimas eu não consegui me conter diante dele e comecei a chorar. Ele respirou fundo segurando meus ombros. Droga! Me sinto tão ridícula mas eu não consigo controlar minhas lagrimas.

— Ok pare de chorar me desculpe por gritar com você. Mas você não parece entender a gravidade da sua ideia estupida, os caras podem te agarrar se te encontrarem aqui sozinha, será possível você não ter pensado nesse detalhe!

 Eu me sentei no meio fio da rua pondo minha mão em meu rosto, que estupida eu não tinha pensado nisso, também eu nem sabia como funcionava esse bordel. Eu só queria um trabalho e sem muito pensar eu simplesmente vim.

— Eu sou uma idiota.

— Sim você é uma idiota.

— Eu só queria um trabalho. E pode pagar um lugar para ficar

— Você pode ficar na minha casa não se preocupe e quanto ao trabalho, tudo bem você trabalhar aqui, mas você só vira atarde e ira embora anoite. Não te quero entre os homens desse lugar entendeu.  E também você precisa retomar seus estudo Tomy foi bem claro quanto a isso!

— Mas aonde eu vou estudar!

— Já matriculei você na escola do centro.

— Mas...

— Dominika!

 Respirei fundo, ok vou aceitar essas condições eu não quero mais brigar. E eu realmente preciso terminar meus estudos se eu quero seguir o meu sonho, quero ser fotografa profissional. Olhei para o céu suspirando, enrolei meus longos cabelos castanhos e fiz um coque.

— Tristan eu....

— Vá comprar tudo que você precisa para as aulas, você começa amanhã! Tome aqui tem mais que o suficiente e se precisa de mais me avise.  

— Certo.... — Me levantei e olhei para ele pegando o envelope de dinheiro, e então uma coisa me passou pela cabeça. — será que devo contar à ele o que eu vi mais cedo? E se contar pode ser que eu prejudique a Lylla e pode ser que não tenha sido na demais...

— Se você quer me dizer alguma coisa diga logo, não fique apenas me encarando.  

— Não quero dizer nada. Eu vou indo então.

— Tome cuidado.

— Sim...

— Eu estou falando sério Dominika! Há membros de outras máfias por ai e você sabe que a nossa maior rival é a máfia do leste, se eles a pegarem eles não terão clemencia. 

 Odeio quando o Tristan fala assim, me faz lembrar do quanto corro perigo andando sozinha, já tentaram me matar dentro das dependências da Máfia do sul que é considerada a mais difícil de se invadir, se conseguiram entrar para tentarem me matar, agora que não estou mais lá....

— Vão me matar... — Deixei escapar essas palavras, Tristan me olhou sério.

— O que você disse?

— Estou pesando em quem tentou me matar, não entendo o porquê.

— Não pense nisso! Você já saiu de lá nada vai te acontecer.

 Tristan falava mas eu não o escutava eu comecei a andar lentamente meus pensamentos estavam uma bagunça, lembrei da morte dos meus pais, foi bem na minha frente os gritos da minha mãe nunca saiu da minha mente, eles queriam ela?! Eu me forço a lembrar mas a barreira que eu mesma construí para me privar de lembrar desse dia me impedia de lembra com clareza o que aconteceu, mais eu não tenho dúvidas eles a queriam, meu pai tentou nos defender mais então.... Senti as mãos de Tristan em meu ombro e então eu parei o olhando.

— Domi....

— Eu preciso arrumar minhas coisas para amanhã....

 Tristan não tentou me impedir me deu as costas e então entrou no bar suspirei e segui para o centro iria usar o dinheiro para comprar algumas coisas para escola meus últimos anos foram tão monótonos que toda essa agitação em tão pouco tempo estava me deixando acabada.  

Fiz compras por duas horas e depois voltei para o apartamento aproveitei para arruma-lo e preparei algo para que o Tristan pudesse comer quando chega-se. Eu esperei por ele o dia todo e boa parte da noite, mais mas ele não tinha chegado, por fim eu adormeci no sofá já não conseguia mais espera-lo o sono me venceu.  

~**~

 Acordei atordoada com o barulho do meu despertador tive uma noite horrível e para piorar meu pescoço estava doendo, ótimo não poderia começar melhor. Olhei para mesa que tinha preparado ontem, estava intacta. Olhei para o quarto a porta estava fechada, bati devagar ninguém respondeu então eu entrei.

— Tristan EU só....

 O quarto estava vazio e exatamente da mesma forma que eu deixei quando o arrumei. Eu caminhei pelo quarto olhando cada detalhe, seu quarto era como ele, discreto clássico e com um tom misterioso. Peguei uma de suas blusas que estavam jogada sobre a poltrona no canto.  Senti o cheiro do seu perfume.  Meus olhos se encheram de lágrimas.

— Eu não posso continuar assim! Amando alguém que não sente nada por mim. Ele não dormiu aqui certamente estava com alguma mulher e por eu estar aqui ele não pode traze-la.

 Tomei um banho peguei um copo de café gelado e fui para a escola talvez quem sabe nessa nova escola eu tenha sorte e faça novos amigos, eu sinto falta do Kai, sinto falta de suas brincadeiras idiota e da sua forma de me fazer sorrir.  Parei diante do enorme portão, respirei fundo e entrei. Caminhei em direção a sala e ao abrir a porta vi que todos já tinham chegado.

—Me perdoe pelo atraso eu posso entrar? — perguntei encarando a professora me checou algo em sua folha.

— Dominika Dorlani?!

— Sim sou eu.

— Entre e sente-se.

 Eu entrei e procurei um lugar vazio na sala e encontrei um na frente de um cara que estava com a cabeça baixa sobre a mesa virado para o canto, ótimo que o lugar seja do lado da janela, me sentei e então a menina ao lado sorriu para mim me cumprimentando. 

— Oi eu sou Jenna.

— Oi Jenna eu sou Dominika.

 Sorri para ela e então me endireitei na cadeira para prestar atenção na aula, as primeiras aulas aconteceram normalmente o cara atrás de mim não prestou atenção em nem uma das primeiras aulas ele me lembra o Kai totalmente desinteressado nas aulas, o intervalo logo chegou, a maioria das pessoas saíram rapidamente eu não tinha presa alguma.

— Ei John vamos. — Jenna tinha o chamado dando um tapa em seu ombro.

— Estou indo Jen não precisa me bater.

 Eu os olhei sorrindo, eles realmente me lembravam eu e o Kai.  Estou com saudades dele olhei o pátio pela janela, todas aquelas pessoas sorrindo, todas aparentavam ter uma vida feliz suspirei me debruçando pela mesa.

— Ei novata! — Levantei minha cabeça e vi John e Jenna me encarando.

— Sim?

— Você não vem? É o inervá-lo, anda vem com agente.

 Jenna não me deu tempo de responder me pegou pelo braço e saímos da sala, fomos os três para o pátio nos sentamos em um banco debaixo de uma arvore conversar com eles estava sendo tão divertido eles me faziam rir e por incrível que pareça eles parem saber exatamente o que dizer para me deixar feliz é como se eles me conhecessem a anos. Eu gostei disso! Realmente gostei de me sentir querida.

— Então Dominika já falamos de mais de nós, agora nos fale um pouco de você.

— Há bom... eu não tenho nada de interessante para dizer. Minha vida é monótona de mais.

— Certo... o que seus pais fazem?

— Meus pais....

 Meus olhos se encheram de lagrimas os meus pais... meu pai era um comerciante e minha mãe uma aspirante a designer de moda ela era tão jovem com vários sonhos meu pai fazia o possível e o impossível para realizar todos os sonhos da minha mãe ele abriu uma loja para vender todas as roupas que ela criava e modestamente a loja era um verdadeiro sucesso. Eu amava ver o sorriso de satisfação em seus lábios a ama ver os olhos do meu pai brilharem ao ver minha mãe tão contente eles se amavam intensamente.

— Dominika?!

— Os meus pais eram comerciantes... — Sussurrei olhando o chão.

— Eram? Eles por acaso...

—Eles faleceram... — Contei não conseguindo deter minhas lagrimas.

— Me desculpa eu não queria te fazer chorar, me perdoe por favor, John me ajuda eu não o que fazer.   

 Eu tentava deter minhas lagrimas mas eu não conseguia quando esses sentimentos vinham eu não conseguia para-los que droga!  Jenna parecia desesperada tentando me acalmar, quando dê repente eu senti dois braços fortes me envolverem.  De repente meus olhos foram de encontro ao peito de John e então ele seguro meu rosto entre suas grades mãos e simplesmente me beijou.  Meu coração parecia ter parado na hora!  Ele me soltou me olhando nos olhos eu estava tão supressa que quando ele deixou meus lábios eu fiquei com a boca entre aberta o olhando.

— Pronto resolvido ela pareou de chorar.  — John me soltou e saiu andando Jenna me olhou tão surpresa quanto eu pela atitude dele.

— Desculpe o John ele, eu... ai Dominika me desculpa.

— Tudo, tudo bem...  Eu só vou ao banheiro, onde é?

— Por ali a esquerda.

Me levantei e fui o mais rápido possível para lá lavei meu rosto me encarando no espelho a imagem da atitude do John, ele mexeu comigo como isso é possível! Respirei fundo me secando, ele foi um idiota mas tudo bem eu entendo que ele queria me fazer parar. Sai do banheiro voltei para a sala iria esperar a próxima aula lá, assim que entrei vi John dormindo sobre a mesa, me sentei devagar em meu lugar.

— Me desculpe pelo beijo, eu só queria parar você.

—Há está tudo bem. De qualquer forma obrigada quando eu lembro dos meus pais, eu realmente não consigo parar... eu....

 Vi John diante de mim com um sorriso no canto dos lábios ele tinha um ar brincalhão e então disse.

— Será que alguém precisa de mais um beijo?

 — Não eu realmente não preciso. — Respondi com um sorriso tapando minha boca com minhas mãos.

— Que bom porque você fica melhor sorrindo.

 Sorri mais uma vez discretamente e então voltei minha atenção para o pátio minha mente viajou para longe mais exatamente minha mente viajou para o Tristan suspirei é uma droga ama-lo. É uma droga não poder me jogar em seus braços e me ver em seus braços, que aquelas mãos me acaricie.

 Após a aula terminar eu fui para minha nova casa estava animada iria começar a trabalhar abri a porta e dei de cara com uma mulher se vestindo na sala, ela não estava nua, mais estava pondo sua camiseta ela não me viu já que estava de costas para mim. Vi o casaco do Tristan sobre o sofá minha garganta se fechou fui tomada por uma forte vontade de chorar.

— Tania eu vou tomar banho então....

— Não se preocupe assim que eu sair eu bato a porta, e não se esqueça se precisar é só me chamar.

— Obrigada pelo ótimo trabalho, você é incrível.

Eu sai da sala antes que fosse vista por ela ouvi quando Tristan ligou o chuveiro, eu estava com um nó sem tamanho na minha garganta. Meu coração estava se partindo em mil pedaços.

— Chega! — Disse a mim mesma secando minhas lagrimas.

 

 Continua....


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Notas finais do capítulo

Estão gostando comentem favoritem e até o proximo amores



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