Season of the Witch escrita por Nightshade


Capítulo 20
Futuro II


Notas iniciais do capítulo

Muito bem, pessoal, aqui está a playlist dessa fanfic:

* Season of The Witch - Karen Elson
* Witchy Woman - Eagles
* You Should Know Where I'm Coming From - Banks
* The Truth Beneath The Rose - Within Temptation
* The Chain - Fleetwood Mac
* Tír na Nóg - Celtic Woman
* Scotland - The Lumineers
* Angel - Aerosmith
* Lullaby - Nickelback



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Ana

 

— Espera... deixa eu ver se eu entendi. - falei - Então, quer dizer que nós somos meio que almas gêmeas?

— Tecnicamente sim... algo parecido com isso. - Jacob respondeu.

— Mas, espera. - falei, agora mais animada - Se você é um... lobo... quer dizer que os outros garotos na fogueira...

— Sim, eles também eram. Quil, Embry, Jared, Paul e Seth. - falou, sorrindo - Sam é o nosso Alfa, o líder.

— Não gostei muito de Sam. -eu disse, sinceramente, e ele riu alto - Mas enfim, posso fazer uma pergunta direta?

— Claro que pode. - seus olhos escuros estavam tão cheios de doçura que precisei de um momento para lembrar o que iria perguntar.

— Por acaso, Seth teve um imprinting com minha prima?

Jake arregalou os olhos, sorrindo.

— Você é mesmo muito esperta, não? Mas sim - respondeu - sua prima é imprinting de Seth, e ele está louco por ela. Ele não para de falar e pensar nela, acredite. Mas não conte a ela, será melhor se ele fizer isso.

Mordi os lábios.

— Jake, Miranda é um pouco complicada. - organizei minhas palavras - Ela passou por muitas situações desagradáveis na vida e, acredite, tem pavor de relacionamentos. Acha que isso é uma forma de prisão de alma ou algo assim. - franzi o nariz - Não que ela goste de se divertir com outros caras, mas ela é muito individual... Será melhor que Seth não fique tanto na cola dela.

— Eu entendo... - ele passou as mãos pelo cabelo - Mas acredite, ninguém consegue resistir ao imprinting. Ninguém consegue resistir a um nível tão grande de adoração. - o olhar que ele me lançou me fez corar.

— Eu acredito.

***

Quando Jake me levou para casa em sua moto, me senti um pouco triste ao ter que entrar em casa me despedindo dele, mas combinamos que no dia seguinte passaríamos a tarde juntos.

Quando fechei a porta, quase tomei um susto ao ouvir Mina gritar meu nome e descer as escadas correndo. Seus cachos loiros estavam bagunçados, mas, como sempre, ela estava adoravelmente bonita.

— Por Merlin, o que aconteceu? - perguntei.

— Anastácia, preciso que você leia meu futuro novamente! - ela exclamou, andando de um lado para o outro. A pele branca de seu pescoço agora estava avermelhada... ela estava realmente muito frustrada.

Peguei minhas cartas e as espalhei pela mesa da cozinha.

— Tire três. - pedi, e ela fez como já havia feito antes - Muito bem.

Ela me encarava com apreensão. Virei a primeira carta.

— Novamente Dois de Copas. - falei, me concentrando em minha intuição - Você está no exato lugar onde deve estar. Um encontro, um ajuste, algo certo aconteceu. Você está ligada a um amor recíproco. - ela inspirou ruidosamente.

Virei outra carta e Mina choramingou. Novamente a Morte.

— Você não vai morrer. - apertei sua mão com carinho - Como eu já havia dito, algo irá mudar a sua vida. Uma mudança bem grande. E o fato de você estar tirando novamente essa carta frisa isso.

Virei a terceira carta, e fiquei confusa.

— Interessante. O Enforcado. - murmurei - Aqui pode significar estagnação, um momento para a contemplação de várias perspectivas. Mas também pode significar sacrifício. Culpas ou arrependimentos, pode se encaixar em você, já que você se culpa até mesmo quando não é culpada. - a lancei um olhar de repreensão por esse motivo - De qualquer forma, você ficaria feliz em se sacrificar pelos outros, nesse sentido. Mas acho que posso dizer que há aqui a sugestão de uma... suspensão em sua vida. Não morte, - me apressei a explicar, vendo seu olhar em mim - mas talvez, como eu disse, uma estagnação.

— Estou confusa. - ela disse, puxando um de seus cachos.

— Eu também. - falei - Tire mais uma.

Ela hesitou, com a mão erguida, e em seguida puxou uma.

Virei. A imagem de um velho de capuz segurando uma vela me encarou.

— Mas que estranho... - falei - Basicamente todas as cartas que você havia tirado, com exceção do Enforcado, significam animação, empenho, amor, sair por aí e viajar como você sempre quis fazer... Mas agora vem O Eremita...

— O que significa? - ela se inclinou em minha direção, ansiosa.

— Em tese, ficar um tempo sozinha. - falei, franzindo o cenho - É o símbolo para restrição, afastamento e isolamento. O eremita se isola para descobrir o conhecimento que o rodeia, ou a si mesmo. Talvez, também, você encontre algo que esteja perdido ou descubra algo muito importante. - apertei minhas têmporas - Você precisa ser paciente e talvez até mesmo deva retomar algum... sei lá, projeto que tenha pensado em começar. Mas não posso afirmar progresso. O Eremita é neutro... de certa forma, como você. - respirei fundo - Eu te recomendo ter paciência e dedicação, observe sempre o caminho que está seguindo antes de cada passo. Significa, novamente, sacrifício, prudência, discrição, saber recuar quando necessário e, acima de tudo, vigilância.

O silencio foi rompido quando Miranda se levantou subitamente da cadeira.

— Eu não acredito! - ela gritou, me fazendo ter um sobressalto. Mina nunca gritava - Ele chega de uma hora para outra, joga um feitiço qualquer em mim que me faz pensar em nada a não ser ele e então destrói meu futuro! - ela estava furiosa, eu podia ver. Mas eu não entendia o que ela estava querendo dizer.

— Mina, querida... - tentei falar, mas ela estava descontrolada.

— Não, Anastácia, nem tente! - o tom que Mina colocou em meu nome me fez encolher os ombros - Você sempre teve uma vida perfeita! Não sabe o que tenho passado desde os dez anos de idade quando minha mãe me deixou! Sem nenhuma explicação, apenas conversas que eu ouvia quando o seu pai ia visitar o meu! - ela gritou.

Abri a boca, mas o olhar gélido em seus olhos - agora violetas - me calaram sem esforço.

Você sabe o que a minha mãe é! Com toda certeza você sabe!— rugiu - E todos me encaram como se eu fosse igual a ela! Tudo o que eu mais quero é sair da sombra de Aine Bledig! - ela cuspiu o nome da mãe como se fosse veneno. Eu sabia que Aine não era a melhor pessoa do mundo, mas não sabia que Mina se ressentia tanto - Eu iria viajar, pesquisar e me tornar a maior maga da geração, Ana, era isso que eu queria... mas então tudo muda, e suas previsões NUNCA falham...

— Mina... - sussurrei.

— Eu quero ficar sozinha. - seus olhos voltaram ao tom turquesa, mas sua expressão estava dura como pedra - Eu vou para o meu quarto, e não ouse se aproximar da minha porta.

Eu estava tão chocada, que só saí de meu estado quando ouvi a porta bater no andar de cima.

Pobre Mina.


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Notas finais do capítulo

E aí, revelei mais algumas coisas sobre o passado de nossas bruxinhas! Gostaram? Odiaram?

Comentários??



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