Parker escrita por Fofura


Capítulo 5
Acho que tem alguém apaixonadinha


Notas iniciais do capítulo

Olá ursinhos do meu coração!
Eu peço desculpas novamente pela demora. Eu tive uns problemas com meu computador e eu consegui dar um jeito de postar esse capítulo pra vocês hoje. Espero que ainda estejam aqui acompanhando apesar da demora. Era pra ser de 15 em 15 dias husahsa, mas a gente vai levando até lá. Espero que compreendam :3
Quero dedicar esse capítulo pras ursinhas Lua e Angel Daemon que além de comentarem nos quatro capítulos, recomendaram também e eu fiquei muito feliz! *-* Muito obrigada novamente, nenéns ♥
Boa leitura pra todo mundo :3



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— Como foi com sua mãe? Quando eu cheguei você já estava dormindo, não quis te acordar. - Parker sentou-se ao lado da amiga no sofá e segurou sua mão.

— Como sempre. - secou uma lágrima.

— Ela começou a gritar de novo?

Sara assentiu. Ela sempre voltava triste das visitas. Eram raras as vezes em que sua mãe não enlouquecia.

— Por que ela faz isso? - pensou alto.

— Ela ficou maluca, Ray. Acho que nem ela sabe por que faz essas coisas. Eu não fico condenando ela por isso, mas mesmo assim…- suspirou.

— Ainda não conseguiu perdoá-la, não é?- passou a mão por seus cabelos.

Sara negou com a cabeça.

Rayle amava Sara. Ela era sua melhor amiga, praticamente cresceu com ela e era doloroso vê-la triste. Sempre que Sara estava pra baixo, Rayle conseguia colocá-la pra cima com seu jeito maluco e amigável de ser. E ambas valorizavam muito a amizade que tinham.

— As coisas entre vocês vão melhorar, você vai ver.

— Nada vai mudar o que minha mãe fez, Ray, e eu nunca vou conseguir perdoá-la por quase destruir minha vida.- Sara dizia quase aos prantos.

— Oh Sarita...- a abraçou forte para lhe passar sua força.

Sara chorou no colo da amiga. Era tão bom ter alguém com quem contar na vida, estando ela boa ou ruim.

— Shiii... Vai ficar tudo bem. - Rayle fazia cafuné na cabeça dela.

Quando os soluços cessaram, Rayle a fez olhar pra ela.

— Olha...- secou suas lágrimas e Sara fungou. — E mesmo que não melhorem, você tem a mim. Sei que não é nem perto do cuidado e amor de uma mãe, mas o cuidado e amor de uma amiga você sempre vai ter.

Sara sorriu sem mostrar os dentes e a abraçou forte.

— Amo você.

— Também amo você.- lhe abraçou mais forte ainda fazendo Sara rir. — Olha só, vou animar você. Quer ver?- Sara levantou uma das sobrancelhas e escondeu um sorriso. — Meu jantar com o Renê é hoje!

— Ahhh é verdade!- Sara se levantou. — Temos que montar todo o seu look! Vem!- pegou na mão dela e a puxou para o quarto.

Rayle gargalhou.

— Eu disse que ia te animar!

~  ☺  ~

Sara ajudou Rayle com tudo, sapato, acessórios, cabelo… A única coisa que não fez foi a maquiagem, não tinha muito jeito pra isso, mas Rayle sabia fazer o básico então ela mesma fez.

Faltavam apenas alguns minutos para Renê chegar na hora marcada. E Parker como estava?

— Ai Sara, vai pegar um copo d’água pra mim que eu não estou aguentando de tanto nervoso.

— Rayle, pelo amor de Deus, esse é oitavo copo d’água que você me pede!

— E se eu ficar com vontade de fazer xixi no carro? Deixa quieto!

Sara deixou escapar um sorriso. Estava sendo divertido vê-la daquele jeito.

— Fica calma, coisa doida, vai ser um primeiro encontro tranquilo, relaxa. Eu nunca te vi tão nervosa.

— O que será que tem nele que é diferente dos outros, Sarita?- ela tinha essa dúvida.

— Ah, ele pode ser o amor da sua vida e você não sabe.

— Você entende bem de amor, não é?- Parker provocou a perita referindo-se a Grissom.

— Para Rayle!- Sara corou.

A loira riu.

— Quando ele vai embora?

— Daqui três dias.

— Aproveita Sarita! Ele pode ser o amor da sua vida e você não sabe.

Sara riu.

— Besta!

Os minutos se passaram e nada de Renê aparecer.

— Será que aconteceu alguma coisa?- estava preocupada.

— É normal se atrasar no primeiro encontro?- Sara respondeu com outra pergunta.

— O pior é que eu nem peguei o número dele. Eu poderia ligar.- antes de Sara dizer alguma coisa, Rayle prosseguiu. — Ai, mas será que eu ia parecer muito desesperada?

— Acho que sim.- Sara fez careta. — Seu cabelo não segurou os cachos que fiz nas pontas, deixa eu arrumar.- Rayle suspirou. — Ele vai aparecer, relaxa.

Com tudo feito de novo — o que não demorou muito já que era só nas pontas —, Rayle esperou só mais dois minutos e o interfone tocou. Era o porteiro Larry avisando que Renê havia chegado.

As duas suspiraram aliviadas. Sara desejou boa sorte e Rayle desceu.

Já se engasgaram com a própria saliva? Rayle quase fez isso quando viu o mexicano, e ele idem. Estavam uns xuxus! Renê queria pedir mil desculpas pra ela.

— Você está linda, Rayle!

— Obrigada!

— Vamos?- ele lhe estendeu a mão que ela prontamente aceitou sorrindo e assentindo.

Renê foi buscá-la de táxi e à caminho dele o Chef explicou.

— Peço desculpas pela demora e por vir te buscar de táxi. Meu carro deu problema e eu recebi uma ligação da minha mãe.

— Imagina! Não precisa se desculpar.

Renê abriu a porta pra ela e entrou pelo outro lado. O taxista deu partida e Rayle perguntou:

— Aconteceu alguma coisa com sua mãe?

— Ela passou um pouco mal, eu fiquei preocupado. Mas ela disse que está melhor.

— Tem certeza que não quer ir ver como ela está? Não tem problema adiar o jantar.

Ah como ela é um amor!

Renê sorriu.

— De maneira alguma. Eu disse pra ela me ligar se piorasse, não se preocupe.

— Tudo bem.- ela sorriu de lado.

Não demoraram muito pra pararem em frente ao restaurante. Optaram por um mais afastado do centro do que aquele que trabalhavam, para evitar comentários a respeito.

— Nunca vim nesse aqui.- ela comentou ao andarem em direção à entrada.

— Eu vim só uma vez e gostei muito. Achei que seria um bom lugar pra vir com você.

Rayle sorriu.

Entraram, Renê falou que fez a reserva de uma mesa e um garçom os guiou até lá.

O ambiente era agradável, paredes na cor vermelho escarlate, mesas redondas cobertas por um tecido branco e decoradas com taças de cabeça pra baixo com velas em cima, dentro das taças haviam rosas vermelhas, uma em cada taça. Antes de chegarem até a mesa, passaram por um lugar vago que era uma pista de dança, um tapete estampado na cor vermelho e dourado. Bem tapete de mansão mesmo. Havia uma pequena orquestra também tocando uma música ambiente.

Chegaram à mesa e Renê puxou a cadeira pra ela que agradeceu. Assim que Renê se acomodou também, o simpático garçom perguntou:

— Gostariam de fazer os pedidos agora? Ou preferem beber algo antes?

— Podíamos beber um vinho primeiro, o que acha?- Renê perguntou a loira.

— Acho ótimo.- ela respondeu com um meio sorriso.

— Vocês tem o Chateau Latour 1961?

— Temos sim. Uma excelente escolha!- Renê sorriu. Ele adorava aquele vinho francês. — Vou trazer, com licença.

Os dois agradeceram enquanto o garçom se retirava.

— Eu amei a decoração das mesas!- Rayle comentou.

— Eu também. Achei criativo.

— Bastante!- ela concordou.

— Eu nem perguntei se você bebe antes de pedir o vinho. Eu estou fazendo tudo errado.- ele riu.

Rayle achou fofo demais esse comentário dele e também riu.

— Eu só bebo em ocasiões especiais.

Sem perceber, Rayle deu a entender de que aquele jantar era especial e Renê sorriu com isso.

— Já que mencionou sua mãe, como é seu relacionamento com seus pais?- Rayle puxou assunto.

— Bem, meu pai morreu há um ano. Eu tenho tido dificuldades pra superar isso, pois eu era muito apegado a ele. Meu relacionamento com minha mãe sempre foi muito bom, a gente sempre se deu muito bem.

— Sinto muito pelo seu pai, Renê. Eu sei o quanto é difícil.

— Também perdeu seu pai?

— Meu pai e minha mãe, ao mesmo tempo.- ela revelou meio tristonha. Não devia ter tocado naquele assunto primeiro.

Renê ficou chocado.

— Jura? Como?- ele também ficou um pouco triste por ela.

— Assalto. Foram baleados. Eu tinha 7 anos, cheguei da escola e não os vi mais.

— Nossa, Rayle… Isso é muito triste. Eu sinto muito.- ele segurou a mão dela que estava apoiada na mesa.

Rayle sorriu de lado e apertou a mão dele.

O garçom chegou com o vinho e os serviu. Assim que ele se retirou, cada um pegou sua taça.

— Foi um primeiro assunto péssimo esse que eu escolhi né?- ela riu.

O clima melancólico foi quebrado com aquela pergunta.

— Pelo menos você achou um assunto. Eu nem sabia o que falar primeiro.

Riram e deram um gole no vinho.

— Já foi perseguido por um pinscher?

Renê quase engasgou com o vinho. Sabe quando você ri e faz aquele barulho na garganta? Pois então.

— Não.- ele tossiu uma vez pra se recompor. — Por que? Você já?- ele sorriu.

— Pois é.- ela comprimiu os lábios com uma cara engraçada e assentiu ao mesmo tempo.

— Como aconteceu?

— Sabe que nem eu sei? Estava indo pra casa, passei por um, ele rosnou pra mim e um minuto depois eu estava correndo desesperada pela rua com todo mundo olhando pra mim.

Renê deu risada.

— Coitada.

O papo fluiu bem descontraído até resolverem fazer os pedidos minutos depois. Rayle pediu camarão e Renê pediu salmão. Enquanto comiam, os dois conversavam sobre assuntos rotineiros de quando se está conhecendo uma pessoa. Descobriram que não tinham muito em comum, mas que se davam muito bem apesar disso. Rayle fez Renê rir consideráveis vezes e isso a deixou em êxtase.

Terminaram de comer e ficaram conversando um bocado enquanto bebericavam mais um pouco de vinho. Estava ficando tarde, mas a conversa estava tão boa.

— Você é bem divertida, Rayle.

— Obrigada!- ela sorriu. — Parece que eu fiquei tímida só quando cheguei. E não foi o vinho, eu juro.

Como muitas vezes naquele jantar, Rayle o fez rir.

— Quer dançar comigo antes de irmos embora?

Rayle se surpreendeu.

— Você gosta de dançar?

— Eu não costumo dançar muito, mas eu acho romântico.- sorriu sem jeito.

— Eu aceito.- disse ela com o mesmo sorriso.

Renê ofereceu a mão pra ela ao se levantar e ambos foram pra pista. Não haviam muitas pessoas dançando, só dois casais. Rayle pousou as mãos nos ombros de Renê e ele na cintura dela. A loira se arrepiou um pouco, foi uma sensação estranha, mas muito boa. Balançavam pra lá e pra cá lentamente ao ritmo da música. Renê ficava olhando pra ela às vezes - quando não estavam com os corpos colados - com cara de bobo e Rayle ficou sem jeito com isso.

Assim que a música acabou, ambos voltaram pra mesa e Renê fez questão de pagar a conta sozinho. Rayle quis dividir, mas ele não deixou, pois pra ele não seria cavalheirismo.

Ficaram poucos minutos do lado de fora esperando o táxi já que estavam sem carro, mas não foi problema. Rayle estava com um pouco de frio e Renê percebeu, então tirou seu paletó e colocou nos ombros dela.

Rayle achou aquele gesto muito fofo e agradeceu.

Alguns minutos depois já estavam em frente o prédio onde Rayle morava.

— O jantar foi ótimo. Obrigada pelo convite.- a loira agradeceu.

— Eu que agradeço por ter aceitado. Me diverti bastante.

— Que bom.- ela sorriu. — Ah.- ela lembrou do paletó e o devolveu. — Obrigada por isso também.

— Não foi nada.- ele pegou de volta e colocou. — Foi um prazer te conhecer melhor, Rayle.- pegou a mão dela e deu um beijo no dorso. — Espero que possamos sair mais vezes.

— Eu vou adorar.- Rayle sorriu abobalhada e sem jeito.

O chef se despediu com um “a gente se vê” e um sorriso, depois virou e foi embora.

Rayle ficou como da primeira vez, quando ele lhe fez o convite. Ficou paralisada e demorou alguns segundos pra voltar à realidade. Correu pra pegar o elevador com um sorriso enorme nos lábios.

Rayle chegou histérica em casa querendo contar todos os detalhes a Sara.

— Eita! Chegou tarde!- bocejou. — Como é que foi?- sentou-se. — Pela animação, o tamanho do seu sorriso e essa cara de tonta, foi ótimo!

— Você vai ver já a cara de tonta!- Rayle ameaçou rindo e Sara riu também. — Ain Sarita, foi incrível! Nunca tive um encontro tão romântico!

— Ahhh, me conta tudo!!!

— Vamos pro quarto que eu não aguento mais esse vestido e esse salto.- Sara sorriu e a seguiu ao outro cômodo. — Não vejo a hora de começarmos a sair pra lugares informais.- disse tirando os brincos seguidos dos saltos.

— Quer dizer que já tem chance de repetir a dose, é?

Rayle a olhou e riu sem responder.

— Arrasou!!

E elas passaram o resto da noite conversando e surtando.

~  ☺  ~

Gil e Sara tinham combinado de ir ao Palácio das Belas Artes no dia seguinte, e convidaram Rayle e Renê para irem junto, mas a fotógrafa havia dito que Renê não iria, pois teria que viajar pro México para ver a mãe que adoeceu, ela havia piorado e o chef foi correndo vê-la.

— Olha ele ali!- Rayle avistou o boy de Sara.

As duas se aproximaram.

— Oi Grissom. - disseram.

— Olá meninas. Tudo bem?

— Tudo. E você?

— Estou bem. Rayle, sem querer me intrometer, mas você não tinha um acompanhante?

Rayle sorriu. Ele era tão educado.

— Tinha, mas ele não pôde vir. E mesmo sem você perguntar eu vou dizer: meu jantar foi ma-ra-vi-lho-so.

Grissom olhou para Sara e ambos riram.

~  ☺  ~

Estavam sentados na grama quando Grissom perguntou a Rayle sobre o fim do jantar, que por incrível que pareça, ela não lhe contou.

— Ah sim. Ele pagou a conta e perguntou se eu queria dançar uma música com ele antes de irmos embora. Graças a Deus que eu sei dançar senão teria saído correndo pra não passar vergonha.

Gil e Sara riram.

— Dançamos coladinhos...- seus olhos brilharam. — E quando saímos ele me deixou em casa.- Rayle então resolveu falar tudo em exageros só pra eles rirem, mas até que tinha um fundinho de verdade naquilo. — Quase desmaiei com tanta beleza que ele tem. Tão lindo, tão charmoso, tão romântico... Ain...- suspirou e caiu na grama.

E os dois riram. Rayle adorava causar isso nas pessoas.


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Notas finais do capítulo

Eita jantar bom! Ficou legal pra um primeiro encontro? Me digam aí o que acharam hsaua :3
Eu tava aqui pensando... Será que tem alguém shippando a Sara e a Ray? '-' hsauhsuahsa Comenta aqui se você sim, tem problema não hsauhsa
Se eu sumir, não desistam da história, por favor, ainda tem muito pra acontecer, eu só estou com uns probleminhas técnicos nas postagens hsuha Perdoem as demoras e não desistam de mim ♥ Qualquer coisa falem comigo pelo facebook ou por MP mesmo, tabom? ^^
Até o próximo!
Abraço de urso :3