Parker escrita por Fofura


Capítulo 4
Um convite inesperado


Notas iniciais do capítulo

Olá ursinhos!
Eu peço mil desculpas pela demora, tive um problema com meu computador e fiquei dias sem conseguir usá-lo.
Obrigada por todos os comentários que deixaram, vocês são uns amores ^^
Quero dedicar esse capítulo pra Niimy e pra Lua ♥



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Dias se passaram e nesses mesmos que se sucederam, Rayle percebeu que durante os intervalos Renê a observava tentando ser discreto, sem êxito algum.

Até que um dia qualquer, o Chef se aproximou dela no fim do expediente já do lado de fora do restaurante.

— Oi Rayle.

— Ah, oi Renê! - ela se surpreendeu em ver que ele estava falando com ela. De repente ficou tímida.

— Eu gostaria de fazer um pedido.

— Pode fazer. - sorriu sem graça.

— Você aceitaria jantar comigo depois de amanhã? Eu soube que vai estar de folga.

Rayle ficou sem ter o que dizer de tão surpresa que estava, até gaguejou, e isso a surpreendeu mais ainda. Não era uma pessoa tímida.

— Ér... c-claro, eu vou adorar! - sorriu. — Ãhn...

— Me passa seu endereço que eu te busco lá, pode ser?

— Pode, claro. Espera um pouquinho. - Rayle abriu sua bolsa e pegou seu bloco de notas. — Eu vou anotar aqui pra você.

Renê sorria enquanto ela anotava.

— Pronto. - ela arrancou a folha e lhe entregou sorrindo sem mostrar os dentes. — Obrigada por me convidar.

— Eu que agradeço por aceitar. - Rayle sorriu. — Bom... eu vejo você amanhã então?

— Claro! Até amanhã!

— Até. - Renê pegou sua mão e deu um beijo no dorso. Não eram íntimos o bastante para dar-lhe um beijo na bochecha, então achou mais educado fazer assim. Virou-se e foi embora.

Parker ficou paralisada e demorou alguns segundos pra voltar à realidade. E quando isso aconteceu, abriu um sorriso que dava pra ver até de costas. Foi correndo pra casa.

~  ☺  ~

— Saritaaa!!!- Rayle entrou pulando no quarto.

— O que foi, sua doida? - Sara até se assustou. Nem tinha visto a hora passar.

— Sabe aquele gato do Renê?

— O chef de cozinha? - perguntou enquanto colocava o saco de salgadinho que comia na mesinha de centro.

— É!

— O que tem ele?

— Me convidou pra jantar!

— Ahhhh! – gritaram juntas.

— Viu só? Eu também tenho sorte de jantar com um cara que sou apaixonada. - fez cara de maliciosa em relação ao jantar que Sara teve com Grissom nessa mesma noite. — Aliás, você tem que me contar como foi.

— Não sou apaixonada por ele, Rayle. - ela não admitia de jeito nenhum.

— E como você explica o jeito que você chegou em casa no dia que o viu pela primeira vez, hein?

Sara chegou gritando do mesmo jeito que Rayle chegara agora, dizendo que nunca sentiu nada parecido, e se arrepiava só de falar de Gil. E claro, ela não soube como responder a pergunta da amiga.

— Sei lá. Mas não estou.

— Teimosa! Espera só ele ir embora de volta pra Las Vegas que você vai admitir rapidinho. Mas voltando ao assunto... Ele me convidou, mas preciso urgentemente de um vestido novo. Vamos em Fishermans Wharf comigo amanhã?

— Combinei com o Gil de ir no Exploratorium amanhã antes do almoço. Mas seria legal se fossemos em Fishermans Wharf também.

— Viu só? Até combinaram de sair de novo. - sorriu. — Vamos os três juntos? Depois que você me ajudar, eu deixo vocês sozinhos. - fez cara de maliciosa.

Rayle já torcia para que eles ficassem juntos, até seria cupido se eles quisessem, porque acreditava que eles foram feitos um para o outro.

Sara riu. Sua amiga não tinha jeito mesmo.

— Fechado.

~  ☺  ~

Fishermans Wharf é um dos principais pontos turísticos de São Francisco. Trata-se de uma área às margens da baía de São Francisco repleta de restaurantes, lojas, lanchonetes e áreas de lazer, todos em prédios de madeira que têm um charme de uma vila de pescadores.

Rayle, Sara e Gil foram em várias lojas para a loira comprar seu vestido.

— Grissom, você não se incomoda em nos acompanhar até as lojas, não é? - Rayle mal o havia conhecido e ele já estava indo comprar vestido com ela, era engraçado pensar assim. — Não tem problema se a Sara não for comigo, vocês podem me deixar sozinha.

— Imagina, Rayle. Não é incomodo nenhum.- respondeu o homem que tinha poucos fios grisalhos na cabeça. Ele era bastante educado e formal. — Sara e eu temos tempo até a conferência começar, não se preocupe.

— Meu Deus! Ele é um amor, Sara!

O criminalista corou com o elogio. Sara riu disso.

— Ele é tímido, Ray.

— Ai, perdão. Eu sou assim mesmo.- a loira riu e os três adentraram na primeira loja.

O ambiente era todo em tons claros entre branco, nude e bege. As únicas cores que diferenciavam eram as dos vestidos nas araras e nos manequins.

— Aqui tem bastantes vestidos bonitos, Ray!

— Verdade. Eu vi uns dois ali que já quero provar.

Uma vendedora foi em direção ao trio assim que os viu.

— Posso ajudar?

— Ah sim, eu preciso de um vestido pra um jantar elegante.

— A senhora tem preferência por cor?

— Moça, pelo amor de Deus, senhora é a mãe da minha mãe. Me chama de Rayle.

Sara imediatamente tapou a boca com a mão para abafar o riso. Gil balançou a cabeça escondendo o sorriso.

A vendedora ficou sem jeito.

— Desculpa, eu não quis te deixar sem graça, moça. Qual o seu nome?

— Imagina! - a mulher sorriu. — Meu nome é Nina.

— Gente, que nome mais amorzinho!

— Rayle, responde a pergunta dela, meu amor.- Sara riu.

— Ah é! Eu não tenho preferência não, o que ficar bom eu levo, mas não pode ser muito caro porque eu não acordei rica hoje.

Sara colocou a mão aberta com indicador e polegar apoiados na testa, e riu sem emitir som. Rayle não conseguia falar sério em muitas situações, aquela era um bom exemplo.

— Vejamos… Nós temos modelos mais chamativos e os mais básicos, qual você prefere?

— Eu gostaria de ver os modelos básicos. Chamativo já basta o meu jeito.

A vendedora não aguentou e riu discretamente.

— Me acompanhe, por favor.

Rayle foi atrás da vendedora para pegar alguns vestidos enquanto Gil e Sara ficaram sentados nos puffs de veludo esperando.

A loira pediu os dois vestidos que gostaria de provar e eram justamente os que a vendedora iria sugerir. Parker foi até o provador com ambos e saiu vestida com o primeiro.

Era um modelo curto, acentuado, com alças grossas e um tecido um pouco brilhante, todo na cor dourado claro.

— Nossa!- disse Sara.

— Você gostou?

— Ele é bonito, mas te deixou meio estranha.- respondeu a morena.

— Eu também pensei nisso. Parece que eu tenho o tronco grande e as pernas pequenas, sei lá.

— É…

— E o tecido dele também é estranho. Toca, Sara.

Sara fez o que a amiga pediu e realmente era estranho, meio duro.

— É verdade. Mas não tem problema, prova outro.

Rayle voltou ao provador e vestiu o outro vestido. Mais um modelo curto, porém colado com ombros caídos e decote coração, na cor preta.

— Ah, eu gostei desse!- adiantou-se Sara.

— E você, Gil? O que achou?

— É muito bonito, ficou bem em você.- respondeu o homem.

— Só tem um problema.- disse a loira.

— Qual?- perguntaram.

— Como ele é muito colado, quando eu ando ele vai subindo. Eu não quero ficar descendo ele toda hora, parecendo aquelas garotas de programa que ficam andando pelas ruas de Las Vegas sem saber andar de salto.

Gil conseguiu segurar o riso, mas Sara não.

— Besta! Vai lá trocar então.

— Tá.- Rayle sorriu e voltou ao provador. Nina já tinha colocado mais três modelos lá.

Parker queria um vestido que não fosse chamativo, e sim básico, mas o que Nina escolheu era meio a meio. Mais um modelo curto, dourado claro quase prateado, brilhoso, decotão e alças finas. Como Rayle tinha pouco seio, o decote não ficou tão chamativo.

— O que achou?- perguntou Nina.

— Gente! Tô gata!

Os três riram.

— Mas não achei básico não, Nina.- fez uma careta.

— Eu também não.- concordou Sara.

— Ah, eu acho.- respondeu ela sorrindo. — Mas o preto pode ficar melhor, mais básico que aquele você não acha, a menos que você queira um soltinho.

— Não custa nada provar.

E lá foi Rayle provar mais um vestido.

O preto que Nina mencionou era de alças finas, decote coração e não tão colado quanto o segundo vestido.

— Esse é lindo demais! Está linda!- a morena elogiou.

— Você acha que ele serve pra um jantar?- Rayle estava indecisa demais. — Ele está mais pra um… encontro no cinema.

— Você é muito indecisa, amiga. Faz o seguinte, leva o que você achar mais confortável.

— Ok.- Rayle voltou ao provador para experimentar o último.

Diferente dos outros, o vestido em questão era rosa bebê, sem decote, tecido bem leve com duas ou três camadas de seda, acentuado e com duas listras na cintura.

— Olha, eu não sou muito fã de rosa, mas eu amei esse. É tão romântico e delicado.

— Concordo, Sarita! Ele é lindo...- disse a loira.

Os três acharam que ela finalmente tinha escolhido um, mas comemoraram cedo demais.

— … Mas não acho que seja esse.

— Por que não?- perguntou Sara confusa.

— Não sei…- disse ela.  — Olha… Vamos ver em outras lojas, se eu não achar nenhum melhor, eu volto aqui e levo esse.

Sem mais alternativas, os amigos e a vendedora concordaram.

Olharam mais umas cinco lojas e Rayle não gostou de nenhum vestido. O único que ela gostou era caro demais.

— Ray, acho que está muito nervosa. - Sara dizia enquanto eles andavam até a última loja. — Você ficou bem em quase todos que provou, mas não comprou nenhum.

— Me permite? - Gil pediu permissão para dar sua opinião.

— Claro. - disse Rayle.

— Obviamente, logo de início, ele prestará atenção no vestido, mas dará atenção à você e não à ele no jantar.

— Isso mesmo. Ele está mais interessado em saber como você é e não como você se veste.

“Assim espero”, pensou Sara.

— E Sara tem razão, você ficou bem na maioria dos vestidos que provou.

— Poxa, é verdade, eu nem pensei nisso.- disse com o olhar distante. — Valeu gente!- voltou a olhar para eles. — Vamos entrar nessa última?

— Vamos. - responderam.

Rayle provou dois vestidos, mas eles não ficaram bem nela então ela nem saiu do provador para mostrar. Enquanto ela escolhia outro, o celular de Sara tocou. Ela pediu licença e foi atender lá fora. Era da clínica. Disse que ia pra lá à noite para ver sua mãe que estava pedindo sua presença. Não demorou muito para adentrar a loja novamente.

— Olha só! - Sara viu Rayle sair do provador. — Que chiqueza!

Pretinho básico até o meio da coxa, decote em V bem pra baixo do seio, alças largas, tecido liso e um cinto com detalhes dourados na cintura. Finíssimo.

— Achou mesmo?

— É lindo. Eu amei.

— E você, Grissom? O que achou?

— Também gostei.

— Parece que foi feito pra mim, né? - ela também amou, mesmo não sendo seu estilo.

Rayle foi até o caixa e saiu com a sacola.

— Obrigada pela ajuda, gente.

— Imagina, Ray. - Sara a abraçou pelo ombro. — Vamos comer alguma coisa?

Os dois assentiram e depois de comerem, Parker foi pra casa para deixar a amiga sozinha com o boy. Nem se quisesse ficar com eles poderia, porque tinha que ir trabalhar. Estava ansiosa para aquele jantar.


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Notas finais do capítulo

Eita mulher indecisa essa Rayle hsuahsua
O que será que vai acontecer nesse jantar?
Quem já shippa Parkoza aí? haha
Espero pelas opiniões de vocês, tabom? ^^
Abraço de urso :3