Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 9
Um resgate e um pedido


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo de hoje, que promete emoções.
Beijos e boa leitura.



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—E se eles não gostarem de mim?- meu filho questionou assim que paramos em frente a escola primaria Lucca Lafayette.

Sorri suave antes de me ajoelhar em sua frente e acariciar seu rosto com carinho.

—Quem não iria gostar de você? Um garoto incrível, inteligente e amoroso, só se eles não forem espertos.- segredei e meu filho sorriu suave.- E além do mais a Luna vai estar lá, e tenho certeza que vai estar ao seu lado, afinal foi o que ela prometeu ontem quando ligou , não foi?

—Foi, mas e se ela não ficar?- ele questionou nervoso.

—Conheço a família dela filho. E quando um Castillo faz uma promessa, eles sempre cumprem.- disse antes de lhe dar um beijo e me levantar para levá-lo até a sua sala de aula.

—Não se preocupe Srta. Collins seu filho ficará bem.- a professora garantiu e concordei antes de dá uma ultima olhada em meu filho.

—Sei disso Srta. Price, mas se algo acontecer, por favor, me avise.- pedi e ela concordou antes de eu sair da sua sala.

Enquanto caminhava pelos corredores da escola meu celular começou a vibrar, e o peguei em seguida estranhando o número.

—Alô.- disse assim que atendi.

—Olívia, você disse que me ajudaria quando precisasse de alguém para me tirar da detenção, então... Estou precisando de você agora.- Lizzie disse nervosa pelo telefone.

—Tudo bem, estou indo pra ir.- disse seria antes de desligar e correr em direção a rua chamando um taxi, pois mesmo que a  escola secundaria Thomas Marshall ficasse três quadras antes da escola primaria, não poderia deixar minha irmã esperando.

—Quem diria que veria a senhorita novamente nesta sala.- a diretora Viturini disse assim que entrei em sua sala.

—Acredite em mim diretora Viturini, não queria voltar aqui de novo, mas não posso deixar a minha irmã sozinha.- disse seria e ela sorriu suave enquanto indicava a cadeira para que me sentasse.

—O que aconteceu? Porque a minha irmã está na diretoria?- questionei e ela sorriu suave.

—Não sei se devo contar a senhora, afinal não é a responsável pela Srta. Collins.

—Claro que sou, enquanto meus pais estão trabalhando deixaram Lizzie sob os meus cuidados.

—Não sei se a senhorita é capaz de cuidar de alguém.

—Por favor, diretora Viturini,  já tenho trinta anos, não sou mais uma garotinha que se assusta fácil. E acredite, você é troco perto do que enfrentei no ultimo mês.- disse seria e ela concordou antes de me contar o que minha irmã tinha feito.

—Uma bomba? É serio isso?- questionei furiosa assim que levei Lizzie para as mesas de piquenique que ficavam ao ar livre.

—Foi idiota eu sei, mas na hora não pensei direito.- ela disse nervosa.

—Não me diga que fez isso por causa de um garoto idiota?!- pedi e ela corou.

—Por Deus Lizzie, nenhum garoto merece que você seja expulsa e acabe com a sua chance de entrar em uma boa faculdade.- a alertei furiosa.- O que foi que aconteceu com esses adolescentes de hoje?  No meu tempo usávamos uma roupa bonita para chamar a atenção de um cara, e não explodíamos uma bomba em um sala de aula.

—Mas o Charles Haas, é tão gatinho, se você o visse...- ela começou a dizer e a interrompi.

—Olha Lizzie, já tive a sua idade, sei como é ter uma queda pelo gato da escola. Mas não é certo que você faça algo só porque ele pediu. Se ele gostasse de você realmente jamais te colocaria em problemas, não acha?- questionei e ela concordou.

—E se ele gostasse realmente de você, estariam fazendo outra coisa ao em vez dele te mandar em uma missão explosiva.- disse e ela concordou.

E não pude evitar lembrar das vezes em que escapava das aulas, para ficar com Alejandro atrás da arquibancada do ginásio de esportes.

“-Você só pode ser louco de me tirar do meio da aula de física. Você sabe o quanto sou péssima nela.- disse furiosa assim que encontrei Alejandro.

—A sua sorte é que sou muito bom nela.- ele disse sorrindo antes de me puxar para os seus braços.

—Seu C.D.F. exibido.- sussurrei antes de puxá-lo para um beijo.

Beijar Alejandro era como flutuar em nuvens antes de cair em um sol escaldante, porque apesar de ser carinhoso, meu namorado sabia deixar as coisas intensas quando queria.

Talvez fosse por causa da sua descendência espanhola, afinal sua mãe sempre me dizia que os espanhóis têm fogo nas veias ao invés de sangue, e eu concordava plenamente com ela.

—Eu te amo.- ele sussurrou assim que nos separamos para respirar e sorri antes de encostar a minha testa na sua.

—Eu também te amo. Não importa a distância, do céu até a lua...- sussurrei e ele sorriu suave.

—Dá terra ate o mar, eu sempre vou te amar.- ele sussurrou antes de voltarmos a nos beijar.”

—Olívia?- ouvi minha irmã chamar e pisquei confusa tentando afastar as lembranças da minha mente.

—Sim.

—Você está bem? – ela questionou preocupada.

—Sim. Só que essa escola me trás lembranças demais, vou deixar você em casa e quero que se comporte. Agora vamos.- disse e ela me olhou sorrindo.

—Você estava lembrando das suas aventuras com o Alejandro?- ela questionou curiosa e virei para vê-la.

—Quem foi que te contou isso?

—Por Deus, irmã. Eu era criança, mas lembro do único namorado legal da minha irmã. Porque o Luciano era um idiota.

—Não preciso que uma adolescente, que jogou uma bomba em uma sala de aula, fique apontando os meus erros. Agora vamos para casa.- disse seria antes de fazer sinal para um taxi.

—Vou deixar você em casa e não quero que exploda nada na minha ausência.- disse assim que entramos no carro.

—Onde você vai?- ela questionou curiosa.

—Vou atrás de um emprego.- disse e ela sorriu.

—Tá bom. E o que você sabe fazer além de sorrir para os fotógrafos e bancar a esposa submissa?- ela questionou sorrindo.

—Olha aqui Elizabeth, acabei de salvar a sua pele, então seja mais gentil se não quiser que eu conte para o papai e para a mamãe sobre as suas tendências explosivas.- disse severa e ela concordou antes de passar um zíper imaginário em sua boca.

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Andei durante horas pelas ruas de Coleman em busca de um emprego, e parecia que todos sabiam da minha curta passagem pela cadeia, pois ninguém tinha nada a me oferecer. Eles praticamente me enxotavam de suas lojas.

Não podia pedir um emprego para o Hunter, afinal já seria demais. Pois o mesmo me defendeu  sem cobrar nada, e não podia depender dos meus pais para sempre.

 Então respirei fundo e continuei andando, mesmo que meus pés pedissem o contrario.

Assim que olhei a escola de dança Castillo, sorri saudosa me lembrando de todas as tardes que passei ao lado da Sra. Castillo, vendo-a ensinar seus alunos a dançar.

—Porque não.- disse suave antes de passar pelas portas giratórias da escola de dança.

— Dios mío, eso es un desastre.- ouvi a Sra. Castillo dizer enquanto tentava encontra algo no meio de inúmeros papeis no balcão da recepção.

—Sra. Castillo?- chamei e a mesma virou para me ver.

—Dios mio, então é verdade. Você voltou.- ela disse feliz e sorri concordando antes dela me puxar para um abraço apertado.

Sentia falta da espontaneidade da Sra. Castillo, ela era capaz de te amar com a mesma intensidade que podia te odiar, e estava feliz por ela não me odiar depois de tudo que fiz ao filho dela.

—Hei minha criança, porque está chorando?- ela questionou preocupada assim que comecei a chorar.

—Estou chorando por estar feliz de que a senhora não me odeia.

—E porque deveria te odiar?

—Eu fiz seu filho sofrer.- disse simples e ela suspirou antes de me conduzir até a lanchonete da escola.

—Eu não odeio você Olívia. Vocês dois eram jovens demais para um amor tão grande, e às vezes devemos recuar, mesmo que isso dure anos.- ela disse suave assim que estávamos sentadas em uma das varias mesas da lanchonete.

—Eu admiro a sua força e a sua coragem. Nem consigo imaginar por tudo que você passou. Mas aqui está você, livre e tentando reconstruir a sua vida. Você é uma mulher admirável.

—Não sou tão admirável assim.- disse suave e ela sorriu.

—Claro que é. Você podia ter escolhido qualquer outro lugar para recomeçar, mas decidiu voltar para a sua cidade natal, onde todos a conhecem desde que nasceu e podem julgá-la sem a menor sutileza. Isso é coragem minha cara.- ela disse suave enquanto segurava minha mão.- Você me faz lembrar de mim. Uma jovem viúva grávida que deixou seu país para trás, para dar uma vida melhor ao seu filho não nascido. E olhe para mim. Meu filho se tornou um homem maravilhoso que me deu uma neta incrível, e trabalho naquilo que amo. Uma paixão que compartilhava com meu falecido marido.

—O pai do Alejandro dançava bem?- questionei curiosa e ela sorriu.

—Há sim. Juan era um dançarino incrível, possuía os pés leves. Ele flutuava na pista e me conduzia junto. Alejandro herdou isso do pai, assim como sua aparência.

—Mas e você? Ao que devo a honra da sua visita a minha escola? Porque sei que você não veio apenas visitar a sua ex-sogra. -ela comentou e sorrimos.

—Não. Passei o dia inteiro andando atrás de um emprego e só recebi portas na cara. Não sei mais o que fazer, a senhora é a minha ultima chance. Eu aceito qualquer coisa.- implorei e ela ficou pensativa por alguns minutos antes de sorrir.

—Bom, como você viu preciso de uma recepcionista, pois a Melody se demitiu para ficar viajando com o namorado. Não é um emprego que paga muito, mas é tudo que posso lhe oferecer. -ela disse e sorri agradecida.

—É perfeito para mim. Muito obrigada Sra. Castillo.

—Me chame de Guadalupe, querida.

E naquele momento aquela escola de dança de fachada branca se tornou o primeiro degrau da minha independência, onde começaria a descobrir finalmente qual era a cor da minha felicidade.


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