Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 8
Uma coleção de memórias




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—O que você quer saber?- questionei vencida, pois ele tinha razão.

Eu lhe devia uma explicação.

—Porque decidiu terminar Liv? Pensei que havíamos combinado tudo. Você ficaria em Nova York estudando e eu iria visitá-la assim como você me visitaria. Porque decidiu mudar o plano?- ele questionou confuso.

—Eu me apaixonei por Nova York, e também pelo Luciano. Olha, você não merecia ser enganado, então decide acabar tudo antes de traí-lo.- confessei seria.

Afinal, podia ter me apaixonado por Luciano, mas jamais fiquei com ele enquanto estava comprometida com Alejandro.

—E porque você decidiu terminar por uma mensagem?

—Porque não ia conseguir terminar, ainda mais se você me olhasse desse jeito.- disse e ele piscou confuso antes de rir.

—Que jeito?

—Esse jeito de menino carente misturado com olhos de cachorro que caiu da mudança, desse jeito que está me olhando agora.- apontei e ele sorriu antes de voltar a atenção para o meu filho e uma menina que brincavam de pique.

—Acho que nossos filhos se deram bem.- ele disse e sorri concordando.

—Como a sua filha se chama?- questionei curiosa enquanto olhava para a menina que se parecia muito com Alejandro.

—Luna.- ele disse e sorri suave.

—É um belo nome, assim com ela. Ela se parece muito com você.

—É se parece mesmo.- ele disse todo derretido pela filha e sorri.- E não desconverse, ainda não terminamos.

—Quer mesmos discutir a relação de doze anos atrás com a sua ex ?- questionei duvidando de sua intenção.

—Claro que quero. Acho que mereço isso.- ele disse e concordei.- Fui até Nova York depois que recebi sua mensagem.

—Você fez o que?- questionei surpresa, afinal jamais soube disso.

—Fui vê-la, para perguntar o que havia acontecido e vi você beijando outro na porta do seu prédio, e naquele momento soube que tudo havia acabado.- ele disse e fiquei sem saber o que falar.-Está tudo bem, isso já faz doze anos.

—Me desculpe. Fui uma pessoa horrível.            

—Está tudo bem, eu não era a pessoa certa para você, não iria me adaptar nesse novo mundo que você estava entrando. E além do mais, estou feliz que tenha tido uma ótima vida.

— Eu não tive.- sussurrei entre lagrimas e ele me olhou nervoso o que me fez sorrir.

— Ainda não sabe o que fazer quando uma garota chora perto de você?- questionei chorosa e ele me ofereceu um lenço o que me fez rir.

—Desde quando você usa lenço?

—Minha filha tem o dom de se machucar ou se sujar de formas bem criativas.- ele segredou e sorri suave.- É serio, pergunte ao Noah quantas vezes a Luna já visitou a emergência? Ele me aconselhou a comprar um kit de primeiros socorros e colocá-lo no carro.

—E você fez isso?

—Eu tenho dois kits no carro.- Alejandro disse e sorrimos.

—É assim que quero vê-lo minha Liv, sorrindo sempre. Não importa se a sua vida não foi perfeita, ela te deu um filho que parece ser uma criança incrível, então agradeça e viva.- ele disse e concordei.

—Senti falta da sua visão positiva de tudo.

—E eu dos seus olhos verdes escuros.

—Você está me cantando seu sedutor barato?- questionei brincando e ele riu.

—Não posso controlar meu lado adolescente adormecido que era louco por você.

—Cuidado Alejandro Castillo, ou as fofoqueiras de Coleman irão espalhar que estávamos flertando.

—Como se ligasse para elas.- ele disse e sorrimos.

E naquele momento de descontração percebi que estávamos sentados no local onde nos beijamos pela primeira vez.

—Esse é o nosso lugar.- ele sussurrou confirmando meus pensamentos.-O que aconteceu conosco Liv?

—Acho que nós perdemos Alejandro, talvez não devêssemos ter ficado juntos. – disse olhando em seus olhos escuros.

—O destino pode ser cruel.- ele disse enquanto me olhava nos olhos e as crianças vieram até nós.

—Papá, posso convidar o Vinicius para brincar comigo lá em casa? Ele me disse que iremos estudar na mesma sala.- Luna disse empolgada e sorrimos.

—Eu não sei hija, se a mãe do Vinicius deixar, por mim não tem problema.- ele disse antes de olhar para mim.

—Por mim não tem problema, afinal eu e seu pai, fomos amigos quando mais novos.- disse e os três me olharam.

As crianças me olharam surpresas, já Alejandro me deu aquele olhar de que éramos muito mais que amigos.

—Bom, acho que devíamos trocar os números de celular, para marcarmos o dia em que as crianças brincarão juntas.- ele sugeriu e concordei sorrindo antes de pegarmos nossos celulares.

—Foi bom saber que apesar do cabelo comprido e das roupas de grife, você continua sendo a mesma garota incrível que roubou o meu coração. - ele disse suave enquanto desviávamos os olhos de nossos filhos que haviam voltado a brincar.

—Por acaso fiquei feia de cabelo comprido?- questionei meio incerta e ele sorriu.

—Não tem como você ficar feia Liv. Só estranhei, porque você vivia dizendo que cabelo comprido dava muito trabalho.

—E dá, mas fui deixando crescer e acabei gostando.- disse dando de ombros e ele sorriu.

—Obrigado por termos conversado.

 -Não precisa agradecer, devíamos ter tido essa conversa há doze anos atrás. Talvez, se tivéssemos tido, tudo seria diferente agora.

—E você mudaria algo na sua vida?

—Não. Se mudasse meu filho não estaria aqui.

—Eu também não. Amo a Luna, e não me vejo sem ela.- ele disse e concordei antes de Alejandro olhar para o celular.- Foi maravilhoso passar a tarde com você, mas preciso levar mi hija para casa.

—Você tem razão, está tarde.

—Até logo Liv.

—Até logo Alejandro.- disse antes de irmos buscar nossos filhos.

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—Como foi o seu dia?- meu pai questionou assim que chegou em casa enquanto fazia o jantar e Vinicius assistia a um filme da marvel na televisão.

—Levei o Vinicius para conhecer a escola em que vai estudar, depois fomos a praça perto da escola.

—Isso é bom querida, não queria vê-la presa nesta casa.- ele disse enquanto tirava o paletó e arregaçava as magas da camisa para me ajudar com o jantar.

—A mamãe ligou, e disse que ficara presa no jornal.  Parece que aconteceu algum acidente e ela terá que ficar com a equipe.- disse e papai concordou antes de pegar alguns ingredientes na geladeira para fazer uma salada.

—Certo, tomara que não tenha sido nada grave.- meu pai disse e concordei.

Ficamos alguns minutos ocupados com nossas tarefas até que meu pai me olhou de lado algumas vezes.

Ele sempre fazia isso quando sabia que estava escondendo algo.

—Olívia, aconteceu algo que não está me contando?

—Não.

—Liv, filha, é o papai.- ele disse suave enquanto se aproximava de mim e suspirei.- Pode contar qualquer coisa.

—Encontrei o Alejandro no parque, e ficamos conversando por horas.- disse e meu pai me olhou desconfiado.

—Olívia, você ainda senti algo por ele?

—Claro que não pai. Isso foi há tanto tempo.- disse voltando a mexer em uma panela.

—Você está desconversando querida.

—Não estou pai. E além do mais não quero cometer os mesmos erros do passado.

—Só se você voltasse para o Luciano.- Lizzie disse aparecendo na cozinha.

—Lizzie, já conversamos sobre isso. E além do mais, o seu sobrinho não precisa saber que o pai dele era um idiota.- meu pai sussurrou serio.

—Ou que minha irmã tem um péssimo gosto para homens.- Lizzie acrescentou.

—Menos o Alejandro, ele é um excelente homem. Conheço ele desde que era bebê.- meu pai disse e Lizzie concordou.

—Hei, não sei se os dois lembram, mais ainda estou aqui. Ou querem que eu saia para falarem mais a vontade de mim?- questionei seria e os dois riram.

E naquele momento percebi o quanto sentia falta dessa convivência.

A falta de falar amenidades enquanto preparávamos o jantar, ou das brincadeiras que sempre aconteciam durante esse momento.

Eu sentia falta de ser a Liv.

A Liv da minha família, a Liv do Noah e principalmente a Liv do Alejandro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo de hoje, beijos e até amanhã.



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