Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 7
Uma centelha de esperança


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo de hoje, e estou louca para saber a opinião de vocês sobre ele.
Beijos e boa leitura.



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—Hora de acordar belas adormecidas.- ouvi Hunter dizer e abri os olhos já vendo-o de terno e gravata enquanto fechava seu copo térmico de café.

Estava toda dolorida por ter dormindo no sofá, passamos a noite toda conversando, ou melhor Noah  passou a noite toda me consolando enquanto eu chorava.

—Havia me esquecido o quanto Noah chuta enquanto dormi.- reclamei e Hunter riu.

—Eu ouvi isso, sua ingrata.- Noah reclamou ainda de olhos fechados.- E além do mais,  não chuto meu marido.

—Mentiroso.- Hunter sussurrou pra mim e sorri.

—Que horas são?- Noah questionou ainda adormecido.

—Sete e meia da manhã.- Hunter disse olhando para o seu relógio de pulso.

—Por mais que goste de dormir o dever me chama.- Noah disse sonolento enquanto se levantava.

—A Manuela já acordou?- Noah questionou assim que se aproximou do marido.

—Não, nisso ela puxou para você. - Hunter brincou e Noah revirou os olhos.- Eu preciso ir, tenho uma reunião com um cliente as oito. E não se preocupe, porque vou buscar a Manu na creche e fazer o jantar.

—Eu sei disso, e é por isso que te amo.- Noah disse amoroso para Hunter que sorriu.

—Pensei que você me amasse por causa dos meus incríveis olhos castanhos e meu senso de humor sarcástico.

—Por isso e outras coisas também. Tenha um bom dia querido.-Noah desejou antes de dar um leve beijo no marido.

E naquele momento desejei ter um amor assim.

Um amor que só quisesse a minha felicidade, que estivesse ao meu lado nos piores  e melhores momentos e que me protegesse de qualquer coisa. Um amor que além de tudo fosse meu melhor amigo.

—Tau Olívia.- Hunter disse se despedindo, me despertando dos meus pensamentos.

—Tau Hunter, tenha um bom dia. E prometo não atrapalhar a noite de vocês hoje.

—Você jamais vai atrapalhar algo. Você é a melhor amiga do meu marido e a madrinha da nossa filha, já é da família. Pode vir aqui sempre que precisar.- ele disse e agradeci antes dele sair.

—O que ele disse é verdade. Mas não venha toda hora, afinal preciso cuidar do meu marido. Você já viu os sócios dele?- Noah questionou ciumento e sorri.

—Como se o Hunter fosse te trair. Ele é louco por você.

—Sei disso e confio cegamente nele.  Não confio é nos sócios. Sei o quanto meu marido pode fazer as pessoas fantasiarem coisas impróprias.- ele disse e o olhei confusa.

—Por acaso estou incluída nisso?- questionei ofendida, afinal jamais seria capaz de algo assim.

—Claro que não, você é minha amiga.- ele disse e respirei aliviada o que nos fez rir.

—Acho melhor você tomar um banho, afinal não está pesando de forma coerente.- aconselhei e ele concordou antes de subir.

Eu sabia que apesar de Noah confiar em Hunter, ele ainda era inseguro no quesito relacionamentos, afinal meu amigo nunca conseguiu ser feliz com um cara até o Hunter aparecer. Mas tinha plena consciência de que Hunter sabia disso, afinal quando os dois começaram há namorar o ameacei de morte se ele machucasse o meu amigo.

“- Você parece ser um cara legal. Bem mais legal do que os outros caras com quem meu amigo ficou.- disse assim que Noah foi ao banheiro me deixando a sós com Hunter, em uma saída que meu amigo marcou para que conhecesse seu novo namorado.

—Obrigado pelo elogio.- ele disse irônico.

—Olha, o Noah tende a ser inseguro nos relacionamentos dele, então se fizer algo para machucá-lo, juro por Deus que sumo com você e que ninguém vai te encontrar.- sussurrei seria enquanto olhava em seus olhos castanhos e ele sorriu.

—Porque você está rindo? Eu acabei de ameaçar a sua vida.- questionei confusa e ele sorriu mais antes de tomar um pouco do seu Martini.

—Eu estou rindo, porque apesar de estarmos a pouco tempo juntos, sei o quanto Noah é inseguro e o quanto ele já sofreu nessa vida, e jamais faria algo para machucá-lo. Tudo que desejo é vê-lo feliz. E não ligo para o que você pensa de mim, tudo que me importa é o que o Noah pensa.- Hunter disse serio e fiquei surpresa.

—E eu achando que você era mais um idiota de fala mansa.

—As aparências enganam Olivia.- ele disse dando de ombros e logo Noah veio do banheiro, nos permitindo continuar a noite.”

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—Tem certeza de que você vai ficar bem?- Noah questionou assim que estacionou na porta da casa dos meus pais.

—Tenho, não posso mais fugir no meio da noite como uma adolescente rebelde.- disse e ele concordou.

—Qualquer coisa me deixe um recado, que  ligo de volta.- ele disse e concordei.

Afinal, quando Noah dava plantão na emergência ele ficava incomunicável.

Apesar de ter especialização em cardiologia, meu amigo preferiu atuar no ramo da emergência, nunca entendi como ele conseguia ser frio e racional trabalhando todos os dias com a vida de pessoas que estavam por um fio. Mas tinha que admitir que ele era bom nisso.

Dei tau para o meu amigo antes de entrar na casa dos meus pais.

—Olívia, é você?- minha mãe questionou assim que entrei em casa com Vinicius.

—Sim mãe.- disse e ela respirou aliviada assim que nos viu.

—Que bom que estão bem.- ela disse seria antes de se dirigir ao meu filho.- Eu acabei de fazer panquecas, está lá cozinha, querido.

—Posso ir mãe?- ele questionou e concordei suave antes de Vinicius ir até a cozinha.

—Você não pode mais sair de casa daquele jeito Olívia, ainda mais com uma criança pequena.

—Eu sei disso mãe, só que não estava raciocinando direito para lidar com as acusações da Lizzie.

—A sua irmã não teve a intenção. Seu pai e eu conversamos com ela e Lizzie irá lhe pedir desculpas.

—Mãe não precisa, ela tem razão. Fui uma péssima filha e uma irmã mais velha horrível. Não posso culpá-la por me odiar, tudo que posso fazer é tentar compreender o que houve e fazer com que ela me perdoe.

—Olívia, filha você passou por coisas demais. Não pode ficar se culpando por tudo.

—Eu sei mãe, mas isso é culpa minha, é prometo fazer tudo certo dessa vez. Vou recuperar o tempo perdido.- prometi e ela concordou suave antes de me desejar boa sorte.

—Lizzie, será que poderíamos conversar?- questionei assim que a mesma abriu a porta do seu quarto.

—Porque iria conversar com você?- ela questionou seria.

—Achei que talvez, você pudesse me dá uma chance de nos conhecermos melhor, afinal somos irmãs.- ofereci e ela me olhou desconfiada.

—Você está doze anos atrasada Olívia.

—Antes tarde do que nunca.- disse e ela suspirou antes de me deixar entrar.

—Será que essa sua conversa poderia ser rápida, ainda tenho que ir para a aula.- ela pediu e concordei.

—Eu só queria me desculpar. Me desculpar por não estar aqui ao seu lado quando você mais precisou.- disse e ela me olhou confusa.

—E isso seria quando?

—Quando você precisou de alguém para te tirar da detenção?  Quando você estava desesperada com a nota final da Sra. Campbell, e poderia ter pedido o trabalho da sua irmã?  Quando você estava com medo da sua primeira aula no ensino médio? Quando você estava em duvida sobre o que sentia pelo garoto que sentava na sua frente? Quando você estava em duvidas sobre que curso irá fazer?- questionei e ela me olhou surpresa.- Eu deveria ter lhe ajudado em todos esses momentos e sinto muito por não estar aqui, mas se me permitir  posso ajudar agora.

—Eu nunca senti falta de você Olívia. Quando foi embora eu era pequena demais para me lembrar de você, e agora não preciso de você. Se me der licença preciso ir para a escola.- ela disse seria e concordei, mas sorri assim que vi a sua pulseira.

—Você ainda usa a pulseira que lhe dei no dia que fui para Nova York.- disse e ela se assustou por eu ter percebido.

—Claro que não, ganhei essa pulseira de uma amiga.- Lizzie disse tentando disfarça, mas reconhecia a pulseira de ouro com uma fita rosa entrelaçada em sua armação, tendo como pingentes a torre eiffel, duas estrelas, um livro, uma rosa e duas pedras de strass.

Aquela pulseira de fita rosa me deu a esperança de que poderia sim reconquistar o afeto da minha irmã se tivesse paciência.

 E eu teria.

—Não vou desistir de ser sua amiga Lizzie, nem que isso demore o resto da minha vida.- prometi antes de deixá-la a sós em seu quarto.

Assim que todos sairão de casa, ficando apenas eu e meu filho, decide desarrumar as malas antes de fazer o almoço. Depois que tudo estava devidamente organizado, Vinicius e eu decidimos dá uma volta pelo bairro, pois gostaria de lhe mostrar onde ele estudaria a partir de amanhã.

Coleman podia não ser tão agitada ou badalada quanto Nova York, mas era o meu lar.

O lugar onde cresci, onde aprendi a andar de bicicleta por suas ruas, onde conheci meu amigo de infância, que esteve ao meu lado até hoje ,onde dei o meu primeiro beijo na praça da cidade sentada no banco a sombra de um pessegueiro aos quinze anos. E definitivamente, o lugar onde vive um amor de verdade, puro, inocente e que jamais exigiu sacrifícios em troca.

E queria que meu filho tivesse a oportunidade de viver as melhores fases da sua vida aqui, nessa pequena cidade cheia de amor e união.

—E então filho, gostou da sua nova escola?- questionei enquanto saímos da escola primaria Lucca Lafayette.

—Parece ser legal mãe, será que eles vão gostam de mim?- ele questionou nervoso e sorri amorosa.

—Claro que sim. Não conheço ninguém no mundo que não goste de você.- disse e sorri suave.- Que tal se fossemos até a praça tomar uma sorvete?

—Iria ser legal.- ele disse e concordei antes de irmos para a praça que ficava uma quadra depois da escola.

Comprei dois sorvetes e fui me sentar em um dos bancos da praça, enquanto meu filho interagia com outras crianças que haviam acabado de sair da escola.

—Aproveite porque um dia quando menos se espantar ele já terá ido para a faculdade.- Alejandro disse enquanto se sentava ao meu lado.

—Meu filho só tem sete anos, e além do mais não lembro de ter te convidado para sentar.

—O banco é publico Liv.- Alejandro disse antes de sorrir de forma debochada.

—É Olívia, e nem sei porque ainda me dou o trabalho de te corrigir.- disse e ele sorriu suave antes de se aproximar de mim.

—Você ainda faz aquela coisinha no nariz quando está com raiva.- ele disse surpreso e revirei os olhos.

—O que você quer?- questionei voltando minha atenção para o meu filho.

—Não acha que me deve uma explicação.

—Você quer saber porque terminei depois de doze anos?-questionei surpresa.

—Antes tarde do que nunca. Você me deve isso, depois de tudo que vivemos.- ele disse e concordei.


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Notas finais do capítulo

Pulseira da Lizzie:

http://tendencias2015.com/wp-content/uploads/2015/05/pulseras-tejidas-4.jpg



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