Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 5
Bem vinda ao lar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo de hoje.
Boa leitura.



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Noah fez questão de dar uma festa em comemoração a minha liberdade, e apesar de estar exausta e meu corpo implorar por uma boa noite de sono, aceitei a sua proposta. Mas exigi que ele fizesse apenas um jantar intimo contado apenas com meus pais, meu filho, Hunter e ele.

E mesmo contrariado Noah aceitou.

—Ela está linda.- disse sorrindo enquanto via meu amigo babar pela filha em seu colo.

—É verdade, a cada dia ela se parece mais com Hunter.- Noah disse todo derretido e Manuela sorriu para o pai.

—Uma versão de olhos verdes dele.

—Isso ela herdou de mim.- ele brincou e sorrimos.

—O que houve? Você está tão calada.- ele questionou  preocupado enquanto colocava sua filha no berço.

—Estou apenas pensando no que vou fazer agora. Noah, não tenho nenhum emprego, todos os bens do meu ex-marido foram confiscados como pagamento das dividas e das indenizações, estou sem nada. Como vou sustentar o meu filho?- questionei desesperada.

—Uma coisa de cada vez.- ele me tranqüilizou suave.- Tenho certeza que se conversar com Hunter, ele pode arrumar um emprego para você no escritório de advocacia.

—Mas o escritório do seu marido fica em Coleman.- disse e ele concordou.

—Sei que é difícil deixar Nova York, mas acho que você e Vinicius precisam de um novo começo. Mas isso será decisão sua. Se decidir voltar para a nossa pequena e verde cidade, vou estar ao seu lado, mas se decidir que não irá continuarei ao seu lado.- Noah disse e sorri comovida antes de abraçá-lo.

—Eu amo você, e obrigada por sempre estar ao meu lado, durante os melhores e piores momentos. - sussurrei em seu pescoço.

—As verdadeiras amizades são feitas disso Liv.- ele disse suave e revirei os olhos enquanto me separava dele.

—Porque você sempre tem o poder de estragar os melhores momentos, me chamando de Liv?

—Você gostava, mas acho que isso te faz lembrar um certo espanhol da sua adolescência.- ele disse e sorri nervosa.

—Claro que não.

—Sei, como se você não suspirasse por ele durante toda a nossa adolescência.

—Olha quem fala.- disse e voltamos a sorrir.

—Prometo que vou pensar na sua proposta.- disse suave e ele concordou antes de voltarmos nossa atenção a Manu que logo começou a chorar.

Assim que Manu pegou no sono voltamos para a sala de estar da casa dos meus amigos, pois mesmo morando em Coleman eles ainda mantinham um apartamento de três quartos em Nova York.

Quando meu filho começou a apresentar os primeiros sinais de cansaço, me despedi de todos e o peguei no colo antes de irmos em direção ao quarto em que estávamos.

—Já escovei os dentes mãe.- Vinicius disse vindo do banheiro e o convidei para se aconchegar a mim na cama.

—Vou sentir falta da vovó, mamãe.- ele disse em meu peito enquanto acariciava seu cabelo.

—Eu sei querido, mas sua avó prometeu ligar sempre.- disse e ele concordou.

Felippa, veio  mais cedo deixar Vinicius, e me contou que havia feito uma visita para o filho, e conversado longamente com ele, tentando convencê-lo a me inocentar, mas ele continuava alegando inocência. Algo que nós duas não acreditávamos, mas a sua atitude me deixou comovida.

A mesma me informou que iria viajar pela Europa, por um longo tempo, mas que sempre estaria em contato conosco e se precisássemos de algo era só pedir, pois ela havia feito uma boa reserva na Suiça, onde ninguém sabia de seu dinheiro.

Questionei a Felippa sobre o seu filho, e ela disse que não podia fazer mais nada para ajudá-lo, Luciano havia escolhido as sementes erradas para plantar, e agora havia chegado a hora de colher frutos ruins.

—O seu padrinho e os seus avós, me fizeram uma proposta , e adoraria saber a sua opinião filho.- expliquei e ele concordou.

—Seus avôs me pediram para voltar para a minha cidade natal, e seu padrinho me ofereceu um emprego com o tio Hunter, mas esse emprego é em Coleman. Então, gostaria de saber filho, o que acha de moramos lá?- questionei nervosa por sua resposta, pois queria muito recomeçar com ele em outro lugar.

Precisava desesperadamente de um lugar que me desse segurança para esse recomeço.

—Eu gostei de idéia mãe, ia ser legal ficar perto da sua família. Conhecer onde você cresceu..- ele disse sorrindo e sorri amorosa antes de enchê-lo de beijos.

—Eu te amo meu filho.

—Eu também te amo mãe. Não importa a distância, do céu até a lua...- Vinicius recitou e sorri com amor para ele.

—Dá terra até o mar, eu sempre vou te amar.- sussurrei antes de envolvê-lo em meu braços e pegarmos no sono.

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—Gostaria de visitar o Luciano.- disse assim que me sentei a mesa do café e todos me olharam confusos.

—Tem certeza disso?- Hunter questionou confuso.

—Tenho, quero resolver todo o meu passado antes de caminhar em direção ao futuro. E além do mais, quero dizer a ele que decidi me separar formalmente, não posso ficar casada com alguém que me mandou  para a cadeia.- disse e todos concordaram. –E ontem, conversei com o meu filho, e decidimos que vamos para Coleman.

—Há meu Deus. Você vai voltar para casa?- Noah gritou eufórico.

—Sim.- disse e ele gritou mais antes de vir me abraçar com força o que fez todos rirem.

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—Você também vai me abandonar?- Luciano questionou enquanto conversávamos na sala de visitas da penitenciaria.

—Não, você só está colhendo o que plantou.- disse e ele sorriu sem humor.

—Agora você está citando a minha mãe? Desde quando viraram amigas?- ele questionou surpreso.

—Desde o momento em que compreendi o porquê dela me odiar. E além do mais nosso casamento já havia acabado há muito tempo, só não queríamos admitir, pois não seria bem visto pela sociedade o nosso divorcio.

—Olívia, eu te amo, e jamais te mandaria para a cadeia, isso foi uma armação da Alice. Você não pode se separar de mim.- ele pediu desesperado.

—Luciano, vamos ser sinceros. Apenas, confesse que você armou para mim e também vamos admitir, nunca nos amamos, se isso tivesse acontecido jamais faríamos o que fizemos. Você jamais me trairia e eu jamais deixaria que você escolhesse como eu deveria me vestir, me comportar ou quem deveria ver.- disse seria e ele me olhou por alguns instantes antes de respirar fundo.

—Acho que não fizemos bem ao outro.- ele admitiu e concordei.

—A única coisa boa que fizemos juntos foi o Vinicius, e em nome dele peço que nos deixe recomeçar.- pedi e ele concordou suave.

—Espero que vocês sejam felizes.

—Nós iremos, e espero que quando você sair daqui seja feliz.- disse e ele agradeceu antes de nos despedirmos.

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Enquanto Hunter cuidava da papelada do meu divorcio, eu resolvia a questão da transferência do meu filho.  Meus pais decidiram ir na frente, pois assim poderiam organizar a casa para nos receber, além de me ajudarem a resolver toda a questão burocrática da transferência do meu filho.

Fiz questão de levar a papelada do divorcio para Luciano assinar, a mesma saiu de forma rápida, pois estávamos fazendo tudo de comum acordo, a guarda de Vinicius seria apenas minha, pois Luciano abriu mão de ficar com o filho, segundo o mesmo, ele não tinha condições de oferecer nada ao filho naquele momento.

Mesmo assim, assegurei que ele poderia ver o filho sempre que quisesse, pois faria questão de trazê-lo para ver o pai sempre que ambos desejassem.

Luciano nunca teve coragem de admitir que havia armado para mim, mas no fundo sabia que apesar de jurar inocência ele era culpado.

Assim que estávamos devidamente prontos, pegamos um avião em direção a Virginia, passamos longas horas dentro de um avião até aterrissarmos e pegarmos o carro de Hunter que estava estacionado no aeroporto, para irmos em direção a Coleman.

Coleman era uma pequena cidade do interior da Virginia, cercada por florestas de todos os lados, famosas por suas cachoeiras deslumbrantes e por sua tranqüilidade.

As imobiliárias a vendiam como a “cidade  ideal para se criar uma família”, pois a taxa de criminalidade era praticamente nula, a policia local se ocupa em apenas resolver pequenas brigas entre vizinhos relacionadas a cercas, ou a resgates de gatos em arvores.

E era naquele lugar seguro, acolhedor, familiar e cercado por verde, que iria criar meu filho para ser um homem de bem.

Coleman era a minha promessa de felicidade.

O verde que cercava a minha cidade natal se mostrou a cor da esperança, onde poderia esquecer tudo que vi antes de voltar para o meu lar.

—A.C. Motors?- questionei assim que passamos pelo prédio que possua as inicias, localizado antes da placa de bem vindo a Coleman.- Desde quando aqui tem uma fabrica?

—Essa empresa foi instalada há alguns anos, mas o dono fez questão de colocá-la fora dos limites da cidade.- Noah disse sem importância enquanto Hunter continuava dirigindo.

—Porque paramos?- questionei assim que Hunter parou alguns minutos depois em frente a um posto de gasolina dentro da cidade.

Conhecia bem aquele posto, ele pertencia ao Sr. Nelson, era o único lugar em Coleman que vendia meus chocolates favoritos. Alejandro fazia questão de dirigir até aqui para comprar meus doces, e foi impossível não lembrar de um desses momentos.

 

“-Tem certeza que está tudo ai?- questionei a Alejandro enquanto ele segurava a cesta do posto de conveniência.

Havíamos combinado de passar a noite maratonando  filmes, algo que sempre fazíamos nas férias.

—Acho que sim.- ele disse incerto antes de conferir novamente a cesta e se lembrar de algo.- Achou que eu  ia esquecer dos seus chocolates? Não mesmo.

—Quando foi que você pegou a caixa?- questionei confusa afinal, não tinha visto ele se aproximar da seção dos doces.

—Peguei enquanto você estava conversando com a Megan, e Deus me livre esquecer seu chocolate, ainda mais durante a sua TPM mortífera.- ele disse e revirei os olhos  antes de sorrir.

—Você é o melhor namorado do mundo, e eu te amo. Não importa a distancia, do céu até a lua...- sussurrei envolvendo seu pescoço com meus braços.

—Dá terra até o mar, eu sempre vou te amar.- ele jurou antes de nos beijarmos.”

 

—Preciso abastecer, ou não chegaremos até a casa dos seus pais.- Hunter disse me tirando dos meus pensamentos.

—Olívia, você pode ir comprar uma garrafa de água mineral? A Manu está com sede.- Noah pediu enquanto tentava acalmar a filha que choramingava sem parar.

—Claro. Volto logo filho.- disse a Vinicius e ele concordou.

Assim que entrei na loja de conveniência, o senhor Nelson sorriu surpreso para mim e veio me abraçar.

—Quem diria que viveria para ver a Miss Coleman retornar ao lar.- ele disse e sorri sem graça.

—Isso foi há muito tempo Sr. Nelson.

—E você continua tão bonita como antes.

—Obrigada.- questionei sem graça.

—Seus chocolates preferidos ainda continuam na mesma sessão.- ele segredou e sorri comovida antes de lhe agradecer enquanto ele voltava a atender seus clientes.

Peguei a garrafa de água para Manu e fui em direção aos meus chocolates preferidos, mas assim que me aproximei das prateleiras paralisei ao ver um fantasma do meu passado.

 


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Notas finais do capítulo

Quem será o fantasma do passado de Olívia?
Façam suas apostas.
Beijos até segunda.



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