Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 40
Contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos aos últimos capítulos de Qual é a cor da felicidade?
Espero que aproveitem a leitura.
Beijos e até amanhã.



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—O que você quer Luciano?- questionei assim que ele mandou que eu estacionasse em um galpão abandonado na saída da cidade.

—Eu já disse Olívia, você me deve uma vida.- ele gritou furioso enquanto obrigava as crianças a sair do carro.

—Luciano, por favor, se você abaixar essa arma podemos conversar. Eu posso te ajudar.- disse saindo do carro.

—Você não pode me ajudar. Era para você ter aceitado levar a culpa. Era você que devia estar sofrendo e não eu. Agora você tem um marido muito mais rico que eu, e ainda conseguiu ser famosa pelo que você diz ser arte. Você destruiu a minha vida Olívia.- ele disse furioso enquanto apontava a arma para mim.

—Luciano, só me diga o que você deseja. Faço qualquer coisa, só deixe meus filhos em paz. Eles não tem culpa de nada.

—Eu quero dez milhões de dólares.  Isso vai ser suficiente para refazer a minha vida em outro país. Quero dez milhões e sua divida comigo estará paga.- ele disse sorrindo feito um louco.

—Luciano eu não tenho esse dinheiro todo.

—Eu sei disso Olívia. Mas o seu marido tem. E vi o jeito que ele te olha, ele seria capaz de matar e morrer por você. Agora me dê o seu celular. - ele disse apontando a arma para a cabeça de Luna que chorava sem parar.

—Tudo bem, só não machuque a minha filha. - pedi entre lagrimas enquanto entregava meu celular para ele.

—Sentem ali e sem tentar nenhuma gracinha, ou atiro em todos. - ele disse furioso indicando um local perto de alguns galões.

Segurei a mão dos meus filhos e os levei para o local que Luciano havia indicado.

—Mamá, nós vamos morrer?- Luna questionou apavorada.

—Não filha, vamos ficar bem. Eu prometo.- disse tentando lhe passar coragem, algo que eu não sentia no momento.

—Você deve amar mesmo a Olívia, afinal atendeu no terceiro toque. Eu sempre deixava a secretaria cuidar dela.- Luciano disse sorrindo enquanto olhava para nós.- Você não sabe quem está falando? Isso até me ofende, afinal você tirou tudo de mim. Escuta aqui Alejandro, você não está em posição de fazer ameaças, estou com a sua esposa e os seus filhos, e se você não me der dez milhões de dólares até as nove da manhã, pode declarar todos mortos.  O problema não é meu se você não consegui levantar essa quantia em tão pouco tempo, se realmente amar sua família vai dar um jeito. Ligo mais tarde para passar as instruções, e se você avisar a policia é melhor contratar um bom serviço funerário.

—Ele realmente ama vocês, pois nem tentou negociar o valor do resgate.- Luciano disse olhando para nós assim que desligou o  meu telefone.

—Papai, por que está fazendo isso?- Vinicius questionou chorando.

—Eu não sou seu pai garoto. Você é igual a sua mãe, preferiu alguém mais rico que eu.- Luciano gritou descontrolado.

—Isso não é verdade, sempre fui fiel a você.- disse e ele sorriu sem humor.

—Por Deus, Olívia, você podia estar comigo,mas era como se não estivesse. Alejandro sempre esteve em seus pensamentos , ele sempre esteve entre nós. Por isso nunca conseguimos ser felizes, porque você nunca deixou de amá-lo.

E não pude dizer nada, pois sabia que era verdade.

Podia ter gostado de Luciano, mas nada se comparava ao que sempre senti por Alejandro.

—Me desculpe.- sussurrei olhando em seus olhos e ele sorriu .

—Isso é um atestado de culpa querida? Por acaso vocês dois tinham um caso?- ele questionou me olhando e sorriu.- Não, você é honesta demais para trair alguém, você está mais para ser  do tipo que é traída. Aposto que Alejandro já deve ter pulado a cerca, afinal você é péssima na cama.

—Bom, temos muito tempo para passarmos juntos. Então, se comportem e não me façam perder a paciência.-Luciano disse se sentando em um caixote de madeira que estava em nossa frente e apontava a arma para nós.

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—Luciano, você está doente, se quiser posso lhe ajudar.- disse tentando acalmá-lo, afinal ele havia começado a falar sozinho e andar de um lado para o outro.

—Não preciso de ajuda Olívia, preciso de dinheiro. E se o seu marido não aparecer vou começar a atirar.- ele disse descontrolado.

—Você não seria capaz de atirar em nós. Estamos indefesos.- disse nervosa e ele me olhou com diversão.

—Está duvidando de mim?- ele questionou e atirou acima da minha cabeça atingindo um galão.

Seu ato de terror nos fez gritar.

—Que bom que ficaram com medo, porque não estou  para brincadeira. -ele disse serio e logo meu celular começou a tocar.- Você foi rápido, ainda tinha meia hora de prazo. É assim que gosto. Venha nos encontra no velho armazém na saída da cidade, estamos no lado sul no galpão 103. E seja inteligente, ou sua família morre. Não, quem faz as exigências sou eu e não você, agora trate de chegar aqui em vinte minutos ou começo a minha brincadeira de tiro ou alvo.

E dizendo isso Luciano atirou novamente em um galão que estava acima de nossas cabeças antes de desligar.

Só conseguia pensar no quanto Alejandro devia estar apavorado, com medo de nos perder e pedia a Deus que o ajudasse a ter forças se algo ruim acontecesse.

—Venha aqui Olívia.- Luciano disse pegando meu braço e me levando para longe dos meus filhos.

Lutei tentando me soltar dele, mas não obtive sucesso.

Furioso Luciano acertou minha cabeça com o cabo da arma, o que me deixou desorientada enquanto ouvia os gritos dos meus filhos.

—Parem de gritar agora.- Luciano disse furioso enquanto me levantava do chão e senti um liquido quente escorrer pela minha testa.

—O que você fez com a minha esposa?- ouvi Alejandro questionar furioso.

—Olha só quem chegou bem a tempo de nos ver Olívia.- Luciano disse feliz enquanto olhava para o meu marido.

—Eu trouxe o seu dinheiro Luciano, agora solte a minha família.- Alejandro disse  segurando uma sacola de viagem.

—Claro. Traga o dinheiro até o meio de nós e entrego a sua família.- Luciano disse e Alejandro concordou antes de andar alguns passos e colocar a sacola de viagem no local indicado por meu ex-marido.

—O dinheiro é seu, agora solte a minha familia.- Alejandro pediu desesperado.

—Tudo bem, crianças podem ir até o papai.- Luciano disse chamando as crianças e elas correram até Alejandro que se ajoelhou no chão antes de recebê-las de braços abertos.

—Vocês estão bem?- ele questionou assim que se separou dos nossos filhos e os olhava de cima a baixo a procura de algum machucado.

—Estamos bem papá, mas ele machucou a mamá.- Luna sussurrou chorosa enquanto Vinicius não conseguia dizer nada pois ele chorava sem parar.

—Amor, vai ficar tudo bem. Não precisa chorar.- Alejandro sussurrou enxugando as lagrimas de Vinicius antes de olhar em seus olhos.-Eu te amo, e tudo vai ficar bem. Agora quero que obedeça a sua irmã. Tudo bem?

—Tudo bem.- Vinicius disse e Alejandro sorriu carinhoso para o meu filho antes de virar para Luna e olhá-la nos olhos de forma seria.

—Alfa, Bravo, Charlie, Delta, Eco, Fox.- Alejandro disse e Luna concordou antes de pegar a mão do irmão e sair correndo dali.

—O que disse a sua filha?- Luciano questionou confuso enquanto apontava a arma para a minha cabeça e eu tentava respirar, pois seu braço envolta do meus pescoço estava me sufocando.

—Nada de mais, agora me entregue a Olívia. Você já tem o seu dinheiro, pode fugir em paz pois  ninguém  irá atrás de você.- Alejandro disse se aproximando de nós.

—E quem disse que vou devolver a Olívia? Ela destruiu a minha vida assim como você, e acho que você merece sofrer bastante, e já até sei como.- Luciano disse e olhei para Alejandro, pois sabia que não sairia disso viva.

—Eu amo você. Não importa a distancia, do céu até a lua, da terra até o mar, eu sempre vou te amar.- sussurrei me despendido do único homem que amei na minha vida .

—Luciano, não. Por favor.- Alejandro implorou entre lagrimas e ouvi um disparo.

Esperei alguns segundo para sentir a dor, ou ver a minha vida passar diante dos meus olhos, mas nada aconteceu.

—Olívia.- Alejandro gritou e veio correndo até mim.

—O que houve? Eu não estou  morta?- sussurrei atordoada enquanto olhava vários policias entrarem no local.

—Não amor mio, você está viva.- Alejandro sussurrou entre lagrimas antes de me abraçar com força como se nunca fosse me soltar.

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Acordei meio atordoada com a claridade do quarto, e tudo que consegui pensar foi nos meus filhos.

—Nada disso, você precisa ficar na cama. - Alejandro pediu se sentando no leito em que estava e me empurrando gentilmente para a cama.

—Eu preciso ver as crianças. Eles estavam tão assustados.- disse nervosa e logo me lembrei do bebê que estava esperando e coloquei a minha mão direita em meu ventre.- O nosso bebê está bem? Preciso saber se nossos filhos estão bem?

—Nosso filhos estão bem. Luna e Vinicius estão assustados, mas não foram machucados.- Alejandro disse e colocou sua mão em cima da minha que estava repousada em cima da minha barriga.

—Nosso bebê está bem. Saudável e forte com estava antes de tudo isso acontecer.

—Graças a Deus.- sussurrei aliviada.

— Eu pensei que fosse perdê-los. - Alejandro soluçou e o envolvi em um abraço apertado enquanto chorávamos juntos.

Chorávamos de alegria, afinal estávamos vivos.


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