Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 23
Suíça


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo inédito, espero que gostem e boa leitura.



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—Bom dia.- sussurrei suave assim que Alejandro abriu os olhos e me viu segurando uma xícara de café.

—Bom dia.- ele sussurrou ainda meio sonolento.-  Sua cama é maravilhosa, dormi como um anjo.

—Que bom, você parece mais descansado.- disse suave enquanto lhe oferecia a xícara de café que segurava.- Café preto forte, sem leite e sem açúcar, como você gosta.

—Você ainda lembra os meus gostos?- ele questionou surpreso enquanto se sentava na cama.

—Jamais iria esquecer.- disse e ele tomou um gole de seu café antes de pegar o celular que estava em cima do meu criado mudo ficando preocupado assim que olhou para a tela escura.- Estou sem bateria, mi mamá deve estar louca atrás de mim.

—Está tudo bem, ela me ligou ontem a noite perguntando se o havia visto você. E ela me contou porque você saiu feito um louco durante a chuva de ontem.- disse e ele suspirou.

Segundo Guadalupe, Luna viu os pais brigando e tomou partido da mãe, acusado o pai de ter mentindo durante anos para ela. Não suportando mais o desprezo da filha, ele simplesmente saiu de casa e andou sem rumo no meio da chuva até parar em minha porta.

—Desculpe te trazer para o meio de uma crise familiar que não é sua.

—Está tudo bem. Você pode ficar aqui o tempo que quiser.- disse suave antes de lhe entregar sua bolsa de viagem.- Sua mãe trouxe sua bolsa viagem com algumas roupas, porque disse a ela que  havia seqüestrado o filho dela.

—Ela não perguntou quando você iria me devolver ?- ele questionou abrindo a bolsa e pegando seu carregador de dentro dela.

—Só quando você e Luna se entenderem.

—Então acho que vou ser seu companheiro de quarto por um tempo.- ele brincou  triste e revirei os olhos.

—Deixa de ser medroso. Nem parece aquele garoto que enfrentou o meu pai para me pedir em namoro.

—Seu pai não é a Luna. Conheço o gênio da minha filha, quando ela decidi algo, ninguém consegue fazê-la mudar de idéia.

—Deve ser de família. Afinal, você não fica atrás.- disse e ele revirou os olhos.

—Vai dar tudo certo, apenas confie em mim.- pedi e ele suspirou resignado.

—Tudo bem, seja o que Deus quiser.- ele disse e sorri feliz, pois sabia que tudo iria dar certo.

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—Tia Olívia.- Luna disse feliz assim que abri a porta para ela e a mesma veio me dar um abraço apertado.

—Fiquei preocupada quando a senhora não apareceu na escola hoje.- ela disse suave enquanto a colocava no chão.

—Tive que ficar em casa, um amigo meu está precisando de mim, e não quis deixá-lo sozinho.- disse e ela concordou.

—Mas e a sua avó, onde ela está?- questionei preocupada não vendo o carro de Guadalupe em minha porta.

—Eu não estava com a Abuela.- ela disse envergonhada.

—Você estava com quem Luna?- questionei preocupada.

—Estava com mi mamá, ela está viva.- ela disse triste.

—E ela te trouxe até aqui?- questionei desconfiada, afinal liguei para Luna pedindo que ela viesse até aqui assistir um filme com Vinicius.

—Não, ela disse que estava ocupada demais para me trazer aqui e que já sou grande o suficiente para andar sozinha.- ela disse meio chorosa e fiquei furiosa pela atitude de Nicole.

—Porque não ligou para a sua Abuela ou para o seu pai? Tenho certeza que eles largariam tudo para trazê-la.

—Não queria que a Abuela brigasse com a minha mãe, e o não estou querendo conversar com o papá. Ele mentiu para mim.

—Eu sei querida, mas acho que você precisa dar uma chance para o seu papá. O que acha?

—Ele mentiu tia Olívia.- ela disse seria e sorri suave, pois até zangada Luna se parecia com o pai.

—Eu sei, mas de Olívia para Olívia, acho que devia dar uma chance para ele. Faça isso por mim.- pedi e ela suspirou suave.

—Tudo bem.- ela disse concordando enquanto segurava sua mão e a levava para o escritório do meu pai, onde Alejandro e Hunter estavam.

—Oi mi hija.- Alejandro disse entre lagrimas assim que viu a filha.

—Oi papá.- ela disse meio sem jeito.

—Vou deixar vocês a sós.- disse suave antes de olhar para Luna.- Apenas deixe ele se explicar, ouça tudo querida. Tudo bem?

—Tudo bem.-ela me prometeu antes de eu sair da sala.

Havia se passado meia hora desde que sai da sala, e estava preocupada com o rumo da conversa, mas o que me tranqüilizava era que não estava ouvindo choros ou vozes alteradas em espanhol.

—E então?- questionei assim que Hunter saiu do escritório do meu pai.

Havia convidado Hunter para explicar a Luna sobre o acordo que seus pais haviam feito, pois o mesmo foi responsável pela sua criação, já que ele é o advogado pessoal de Alejandro e da sua empresa.

—Expliquei da melhor maneira possível a ela, e Luna ficou triste quando soube o que a mãe fez. E agora deixei os dois conversando.

—Espero que se entendam.- desejei  apreensiva, mas logo a campainha da minha casa tocou.

—A Lizzie deve ter esquecido a chave de novo.- disse indo abrir a porta, pois havia pedido a minha irmã para levar meu filho para tomar sorvete enquanto Alejandro e Luna conversavam.

—Onde está a minha filha?- Nicole questionou entrando na minha casa como se fosse a dona.

—Espera quem você pensa que é para entrar na minha casa desse jeito?- questionei olhando para ela.

— Você deve ser o atual casinho do Alejandro.- ela disse me olhando de forma esnobe.

—Não sou o atual casinho do Alejandro, sou a namorada dele.

—E eu sou a mãe da filha dele. Temos um vinculo indissolúvel, enquanto você,é só a diversão do mês. Agora quero saber onde minha filha está?- ela exigiu furiosa.

Sem dizer uma palavra me aproximei dela, e mesmo que Nicole fosse mais alta que eu, não me intimidei.

—Escuta aqui modelete, não sou um caso e muito menos a diversão do mês. Alejandro me ama, e antes de você surgir na vida dele, ele já era meu.-disse seria e ela me sorriu suave.

—Então você é a namoradinha de adolescência, que chutou ele? Que mundo pequeno.- ela disse e sorriu.- Alejandro é um idiota mesmo em voltar para você. Depois eu que sou a interesseira.

— Sei muito bem o que você quer. Você encontrou um  homem  jovem em uma festa, e descobriu que ele era dono de uma empresa famosa que fatura milhões. Jogou seu charme pra cima dele, tomaram algumas bebidas e ele ficou um pouco bêbado. E ai você pensou, ele é rico e bonito, posso engravidar dele e garantir a minha aposentadoria. Só que Alejandro não queria nada com você e isso te deixou furiosa. Afinal, mulheres fúteis como você odeiam ser rejeitada.- disse seria e ela me olhou furiosa.

—Quem você pensa que é para falar comigo desse jeito? Eu sou a mãe da única filha dele, a herdeira da A.C. Motors, e você é apenas algo passageiro.- Nicole disse furiosa, mas antes que pudesse dizer algo fomos interrompidas.

—Ela não é algo passageiro, Olívia é a minha mulher, o amor da minha vida. E ela tem todo o direito de dizer o que pensar de você, porque nem chegará perto do que tenho para lhe dizer.- Alejandro disse furioso enquanto olhava para Nicole com raiva.- Com que direito você deixa a minha filha andar sozinha por ai, quando ela confiou em você?

—A Luna já tem sete anos, já pode se virar sozinha.- ela disse suave e olhei para ela chocada.

—A Luna ainda nem fez sete anos Nicole, e mesmo que tivesse ela ainda é uma criança e precisa de cuidados. Cuidados que você não pode dar, porque é egoísta demais para pensar em alguém além de você e a sua fama.

—Foi você que me privou da convivência com a minha filha.- Nicole o acusou.

—Mais que mentira. Você nem quis pegar a Luna no colo quando ela nasceu.

—E você nem quis me dar uma chance por causa da sua namoradinha da adolescência. -ela disse furiosa e fiquei sem saber o que dizer.

—Não coloque a Olívia nisso. Jamais daríamos certo porque somos diferentes demais, e eu jamais senti algo por você. Foi apenas uma atração de uma noite só.

—Só que essa noite resultou na Luna.- ela disse seria.

—Foi à única coisa boa daquela noite. Agora saia da casa da minha mulher, antes que eu ligue para a policia e a denuncie por negligência. Ai eu quero ver, como vai ficar a sua imagem quando todos os jornais souberem que você abandonou sua filha e extorquiu o pai dela.

—Você não faria isso. Alejandro, você preza a sua privacidade, poucas pessoas sabem que você é dono da A.C. Motors.- Nicole disse tentando fazê-lo mudar de idéia.

—Não me importo, se isso me livrar de você ligo para o primeiro tablóide que encontrar e conto tudo.

—Olha Alejandro, estamos nervosos e podemos fazer algo que nos arrependeremos depois. Vou voltar para o meu hotel e deixá-lo se acalmar por um tempo. Assim que estiver mais calmo voltamos a conversar.

—Não tem conversa Nicole, só quero que você suma da minha vida e da vida da minha filha como fez antes.

—Conversamos depois.-ela disse suave antes de sair da minha casa.

—Dios mio, essa mulher ainda vai me fazer cometer uma loucura.- Alejandro disse com raiva enquanto sentava no sofá.

—O que foi que deu em você? Nunca te vi tão furioso.- disse preocupada enquanto me sentava ao seu lado.

—Luna me contou o que Nicole estava fazendo com ela. Essa mulher, além de deixar a minha filha andar sozinha pela cidade, esqueceu a Luna na escola. E agora mi hija, acha que tem algo errado com ela porque a mãe não gosta dela.

—Alejandro, você precisa se acalmar. Sei que é difícil, mas Nicole não tem direito algum sobre a Luna. Sua filha só está registrada no seu nome, para a lei é como se a Nicole não existisse. Se ela decidir reclamar a maternidade da Luna irá demorar um tempo, e você está seguro por causa do contrato que assinaram antes da sua filha nascer.

—É o que espero.- Alejandro disse cansado.- Obrigado pela ajuda Hunter.

—Obrigada Hunter.- disse ao meu amigo que sorriu.

—De nada, e não se preocupem com nada,  porque vou garantir que Nicole fique longe da Luna. Agora vou deixar você sozinho com a sua mulher.- Hunter disse antes de sair e Alejandro ficou sem graça pelo comentário do nosso amigo.

—Então, quer dizer que sou sua mulher?- questionei fazendo-o ficar ainda mais envergonhado.

—Desculpe, saiu sem querer. Sei que estamos dando um tempo, mas não suportei ouvir o que a Nicole estava falando para você.

—Obrigada pela consideração. - disse suave.

— De nada. Mas gostaria de saber por que você pediu um tempo? Porque sei que não foi apenas porque menti para a minha filha.- ele disse e suspirei.

—Você tem razão. Pedi um tempo porque estou insegura. Alejandro, você mentiu para a sua filha amada. Quem garanti que você não irá mentir para mim também?- admiti insegura e ele suspirou suave.

—Eu prometo que não vou mentir para você. Minha palavra não basta?

—Hoje não.- disse suave e ele concordou resignado.

—Tudo bem. Vou esperar por você Liv, não importa quanto tempo demore.- ele disse resignado e beijou a minha testa antes de chamar a filha e ir embora da minha casa.


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