[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 32
Ideias e soluções - Parte II: Encantos de um mar revolto




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Todos chamaram taxis para a volta para casa, já que ninguém havia ido de carro pensando na breve diversão que teriam, que, na verdade, acabou sendo mais uma reunião de trabalho, só que fora dele, somando algumas comidas e drinks extras, claro.

— Você deveria ter ido com os outros, Tae-ah. – Bea Ni falou, já na porta de seu apartamento, com um sorriso satisfeito pelo desfecho que aquele dia havia tomado. Ela sentia-se eufórica pela possibilidade da ajuda e pelos sojus que pareciam ter-lhe causado algum efeito.

Os funcionários da Kang’s Company haviam sido os primeiros a deixarem o restaurante sem antes trocarem seus contatos pessoais com todos, para outros futuros momentos como aquele e assim que se foram, foi a vez dos sete rapazes, tendo Jimin e Jungkook também levado suas noivas para casa.

— Ani. Hua Le foi com a Soo ji, o Man Guk e a Julee Hu em um carro. Eu não deixaria você vir sozinha. Além do mais, quero me despedir apropriadamente. – Taehyun aproximou-se de Bea Ni abraçando-a pela cintura para logo beijá-la. Ele fez menção em separar-se para voltar ao taxi que o aguardava, mas a garota o impediu murmurando algo que o Bangtan não compreendeu, pois em meios às palavras Bea Ni uniu seus lábios aos dele impaciente.

Taehyung retribuiu com a sede que seus sentimentos já vinham gritando e deixou-se ser puxado para dentro do apartamento sem separar-se da garota. Bea Ni parecia ansiosa e, encontrando o estofado, sentou-se jogando todo o peso do seu corpo seguida de Taehyung que no mesmo instante inclinou-se por sobre ela.

O beijo continuou mais profundo e a intensidade entre os dois era quase palpável. A garota, por entre beijos e afagos começou desabotoando a camisa arroxeada de Taehyung, sentindo sua pele quente debaixo do tecido e deixou que suas mãos passeassem ali suavemente. Taehyung suspirou entre o beijo deixando que seu corpo relaxasse e acomodou-se melhor por sobre Bea Ni, dividindo seu peso com um braço ainda apoiado no sofá.

 Ela podia sentir cada músculo do abdômen de Taehyung e cada movimento descompassado de seu peitoral por entre os toques que distribuía, enquanto ele tinha a certeza de que estava completamente perdido naquela mulher. Por aquela mulher. Logo seus beijos desenharam uma tortuosa trilha dos lábios rosados da mais nova até seu pescoço e, notando o que Taehyung pretendia, Bea Ni arrastou uma de suas mãos à nuca do outro, marcando aquela pele clara e arrepiando-o por inteiro. Pôde sentir as reações de Taehyung no mesmo instante e ele logo tomou seus lábios novamente, agora com mais urgência, levando sua mão para debaixo da blusa de Bea Ni que envolveu o pescoço de Taehyung puxando-o para si, mantendo aquele beijo envolvente, quase lascivo. Ambos ocupando o mesmo espaço, inquietos. 

Mas, Taehyung pareceu, de repente, cair em si quando sentiu mais uma vez intensas reações em seu corpo que emanava todo o prazer provocado por aquela mulher. Sua respiração era ofegante quando separou-se.

— Bea Ni, ani...  – O coração de Taehyung estava eufórico, ele estava imerso e embriagado demais para disfarçar.

Embriagado pela Go Bea Ni.

Ela pareceu confusa, mas um sorriso manhoso dançou em seus lábios enquanto o encarava.

— Jagiya, nós não... – Ele respirou fundo tentando controlar-se - Nós não devemos. Não é o momento certo. Você precisa descansar e acabamos bebendo muito... – Taehyung falava pausadamente e ainda tinha a camisa aberta caída de um lado. Seus fios acinzentados estavam levemente desgrenhados para trás - Nós precisamos acalmar nossos ânimos. O que acontecer entre nós deve ser mais especial do que isto... – Ele falava receoso em magoá-la não correspondendo, naquele momento, ao que a garota ansiava e ao que ele próprio esperava, desejava. Mas sabia que tomar esta atitude agora era o que deveria ser feito.

Bea Ni olhou-o estática deixando que o sorriso de segundos antes, sumisse de seu rosto gradativamente. Levantou-se apressada indo corredor adentro sem dizer uma palavra. Ao vê-la sumir de vista, Taehyung xingou algo apenas para si, bagunçando ainda mais seus cabelos depois de um longo suspiro.

No mesmo instante, ligou para o taxi que o aguardava e desmarcou sua viagem de volta. Combinou o pagamento para o dia seguinte pela manhã pedindo para que o mesmo fosse buscá-lo naquele endereço. Olhou em volta pensando em como se retrataria com Bea Ni e mais uma vez suspirou. Trancou a porta do apartamento e foi até a cozinha. Preparou alguma coisa para os dois comerem e enviou, em seguida, uma mensagem para os amigos avisando sobre o imprevisto em ficar aquela noite.  

Sentou-se em um pequeno sofá próximo a uma janela na sala e observou o céu noturno, pensativo, abotoando a camisa lenta e distraidamente.

Taehyung fora pego de surpresa com esta atitude de sua namorada e, por isto, não imaginava que este seria um motivo para mais uma desavença entre ambos, preocupando-se. Era difícil para ele, um homem apaixonado, resistir aos encantos daquele mar revolto que foi a Bea Ni há pouco, tampouco conseguia ignorar o caos que estavam os seus sentimentos. Sentiu-se agitado como nunca antes, sedento e ao mesmo tempo entorpecido e vulnerável. Mas, teria ele agido errado? Não lhe parecia correto, tampouco prudente deixarem-se levar pelo calor do momento daquele jeito. Ele sabia que Bea Ni não agiria desta forma se não tivesse bebido tanto... Por um lado, uma parte dele ainda sentia-se eufórica e seu coração disparava ao lembrar-se dos últimos minutos, mas, em contrapartida, por mais que ambos quisessem dar este passo adiante, Taehyung faria deste momento algo especial para Bea Ni. Ele estava decidido para consigo que resistiria a qualquer coisa que estivesse de encontro a isto e se sentiria ainda pior se sua garota se arrependesse de tudo no dia seguinte.

— Não acredito que preciso ter este tipo de conversa com a Bea Ni-ah. – Taehyung sussurrou para si balançando a cabeça negativamente – Isto não estava nos seus planos de conquista à esta mulher, Taehyung. Parabéns para você. – Ele bateu palmas silenciosamente com um sorriso amarelo.

Ouviu que o chuveiro havia sido desligado e logo alguns passos pelo corredor. Inflou o peito pensando na melhor forma de voltar ao assunto.

Aish! Como irei me desculpar por... Aigoo. Será que eu deveria ter voltado para casa e dado este tempo à ela?” -  Pensou ele.

Esperou que ela passasse pelo cômodo para não se sentir ainda mais invasivo, caso ela preferisse ficar sozinha. Mas isto não aconteceu forçando-o a ir até Bea Ni. Afinal, não passaria a madrugada ali estático esperando que alguma solução caísse na sua cabeça ou entrasse por aquela janela. Bom, desta vez o Namjoon não estava ali para ajudá-lo sugerindo mais uma ideia que o salvasse de forma milagrosa.

   - Fighting, Taehyung! – Falou baixo – É apenas uma conversa. Não seja medroso! – Caminhou saindo da sala em direção ao corredor e viu a porta com uma fresta aberta, deixando a luz da lua escapar.

Bateu na porta antes de entrar, afastando-a.

— Bea Ni? – Não obteve resposta – Jagiya, está dormindo? – Sussurrou aproximando-se ainda sem resposta.

Taehyung sentou na cama encostando-se no espaldar. Ficou em silêncio por mais alguns segundos observando a garota ali deitada, de costas para a entrada do quarto.

— Eu não quero magoar você, jagiya. – Tae continuou sussurrando – Você é a melhor coisa que me aconteceu e eu não suporto vê-la triste ou chateada comigo. Isto corta meu coração. – Ele soltava as palavras com sinceridade e suavidade. Parecia aliviar-se a cada frase. Seus sussurros eram como notas musicais calmas e profundas naquele ambiente silencioso.

Ao ver Bea Ni adormecida, Taehyung sentiu-se menos ansioso com as palavras que vinham de seu peito, mas, ao mesmo tempo, desejava ter esta calma e coragem de falar o que sentia olhando-a diretamente em seus olhos. Ainda assim, continuou aproveitando seu pequeno momento:

— Você não sabe o quanto eu a quero comigo todos os dias, a cada minuto que se passa. O quanto eu fiquei nervoso em tê-la hoje, só nós dois... Achei que meu coração fosse explodir. – Taehyung sorriu. Seus olhos vagando pelo quarto mau iluminado a medida que relembrava - Posso parecer galanteador ou seguro quando estou com você, mas você não sabe os efeitos que causa em mim, meu amor. Você me faz ser o homem mais vulnerável e também o mais forte e feliz. Você não sabe o quanto já sou completamente seu.

Bea Ni remexeu-se na cama e virou-se, encarando-o em silêncio, o que fez com que Taehyung esbugalhasse os olhos sentindo suas bochechas arderem. Sem perceber, ele segurou a respiração por breves segundos.

A garota sentou-se aproximando-se dele e, com as duas mãos, segurou o rosto quente de Taehyung que permaneceu estático tendo a certeza de que estava rubro e agradeu aos céus pelo quarto estar escuro neste momento. Eles se encaram e Bea Ni o beijou. Um beijo simples, suave como as palavras que ele havia pronunciado. Taehyung fechou os olhos ao sentir os lábios de Go Bea Ni e desta vez seu coração acalmou-se. A cada vez que eles tinham momentos como este, cúmplices, Taehyung tornava-se um caos de sentimentos, aos quais já não conseguia mais definir detalhes. Tampouco sabia que era possível sentir tantas coisas por uma pessoa e Bea Ni o ensinava isto a cada beijo, a cada carinho, a cada gesto.

Ela separou-se lentamente e Taehyung, inconscientemente, inclinou-se para frente a medida que abria os olhos vendo a silhueta de Bea Ni a centímetros de si.

— Me desculpa, Tae. – Ela falou sem rodeios encarando o colchão – Agi por puro impulso. Não deveria. Você tinha razão, não era o momento certo para nós dois. Você foi maduro o suficiente para--

— Não precisa dizer nada. – Taehyung buscou o olhar de Bea Ni, aproximando-se, mas ela fechou os olhos, apertando-os com força, o que o fez sorrir – O que foi? Porque não quer olhar para mim?

Bea Ni apenas sacudiu a cabeça negativamente de um lado para o outro e Taehyung sorriu deixando visível desta vez, seu sorriso retangular e divertido. Em seguida, depositou um selo rápido no nariz da mais nova.

— Não vai olhar para mim, meu amor?

Ela sacudiu novamente a cabeça pondo as mãos no rosto.

— Me sinto envergonhada. Eu fui uma estúpida. – Ela confessou com a voz abafada pelas próprias mãos – Mas se me chamar assim de novo, serei forçada a olhar para você.

Ele sorriu mais uma vez.

— Não sabia que você poderia ser tão fofa, Bea Ni-ah. Assim fico ainda mais apaixonado por você, amor. – Taehyung provocou-a para que ela o deixasse vê-la.

O coração de Bea Ni disparou como o de uma adolescente apaixonada e afastou apenas os dedos indicadores abrindo os olhos em seguida observando-o ali, sentado relaxadamente em sua cama, encarando-a com um sorriso que ainda brincava em seus lábios.

— Vem aqui, jagiya. – Taehyung chamou-a fazendo sinal para que ela ficasse ao seu lado a medida em que deslizou pelo espaldar da cama ficando deitado confortavelmente e cruzou uma perna por sobre a outra.    

Bea Ni olhou-o ali, tão tranquilo e compreensivo. Viu diante de si alguém especial que jamais pensou que encontraria; que, com sua incredulidade depois do pesadelo que viveu, jamais sonhou que existiria para amá-la. Viu, diante de si alguém que a esperava.

Ela engatinhou pelo colchão deitando-se ao lado de Taehyung e aninhou-se em seu peito. Ele a abraçou acolhendo-a e permaneceu em silêncio, sentindo mais uma vez seus sentimentos borbulharem dentro de si preenchendo um velho vazio que aos poucos tornava-se tão distante quanto um passado que finalmente lhe virava as costas.

Aquela luz, por favor ilumine os meus pecados. Onde não posso voltar atrás...— Cantarolou Taehyung com Bea Ni em seus braços.

— Eu te amo. – Bea Ni falou de súbito sentindo seu coração acelerar com a declaração que há tempos adiava em assumir em voz alta e sentiu o peito de Taehyung inflar, subindo e descendo pesadamente. Sentiu que o coração do rapaz bateu tão rápido quanto o dela com aquelas palavras.

— Eu também te amo. Sempre te amei.


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