[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 33
Vislumbres de um estigma


Notas iniciais do capítulo

Frio na barriga e aquela velha sensação satisfatória depois de um longo tempo sem vir como autora.
Olá! Como estão?
Antes de começarem com a leitura, gostaria que soubessem de algumas coisas que acho importantes que saibam: (obs - usarei as notas iniciais mesmo, peço perdão) Sim, estou continuando com Stigma e planejei o começo de uma próxima temporada. PORÉM, este 2º semestre de 2019 está um caos para mim e conciliar tudo está realmente difícil. Pretendo continuar postando, mas desta vez, apenas quando eu conseguir, tudo bem? Ao final de cada capítulo postado informarei a data do próximo.
Em Dezembro, pretendo ter concluído por aqui e depois disto, terei que dar uma pausa definitiva na Carol escritora. De qualquer forma, não deixarei de pensar sobre novos enredos e quiçá escreva coisas para vocês para um futuro. No dia em que eu retornar, saberão, por isso, se preferirem, me favoritem como autora.
É isso, sem mais enrolações, BOA LEITURA.
PS: Ler notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756451/chapter/33

 

Ainda era cedo e o alarme tocou escandalosamente naquela manhã.

— Meu Deus, estou atrasada! - Bea Ni exclamou sentando-se na cama de súbito.

— Hm? Que dia é hoje, jagyia? – Taehyung murmurou ao seu lado, sonolento, fazendo Bea Ni sobressaltar-se.

— Omo... – Ela olhou-o e sua feição preocupada amenizou-se com a tranquilidade que exalava do outro.

— Fica mais um pouco. – Taehyung tateou o colchão a procura de Bea Ni e arrastou-se até ela deitando a cabeça em seu colo.

— Precisamos ir, Taehyung. – Ela alisou aqueles fios teimosos.

— Mas hoje é sábado... – Ele continuava murmurando cheio de sono. Bea Ni sorriu.

— Não, Tae-ah, amanhã é sábado. – Ela afastou-o com cuidado e inclinou-se deixando um breve selo.

— So isso?

Ela beijou-o novamente e ele a prendeu num abraço fazendo-a abrir um sorriso sem emitir som.

Do lado de fora uma buzina tocou duas vezes, mas logo pausou.

Taehuyung a apertava num abraço enchendo-a de pequenos beijos e córsegas.

Mas, mais uma vez o som do automóvel vindo da rua soou alto naquele quarto incomodando o rapaz.

— Aish, alguém está apessado lá fora.

— Ou muito atrasado. – Bea Ni observou ente risos.

— AIGO, o taxi!

— O quê?

Taehyung já havia pulado da cama procurando seus pertences e desamarrotando sua roupa. Passou no banheiro, lavou o rosto, fez um breve bochecho e deu um jeito no cabelo desgrenhado pelos lençóis. Voltou no quarto para se despedir de Bea Ni, que ainda estava deitada na cama, confusa com a repentina correria do mais velho.

— Combinei com o taxi para vir hoje cedo. Já havia esquecido! – Bea Ni emitiu um “Ah” prolongado demonstrando compreensão – Está vendo o que você faz? Esqueço do mundo quando estou com você. – Apoximou-se para beijá-la – Annyeon. Nos vemos mais tarde.

Apressado, em segundos, já não estava mais no apartamento deixando-o mais vazio apenas com uma apaixonada Bea Ni que encarava a porta, solitária.

 

***

 

Durante o não tão longo percurso para casa, após ter se despedido da Bea Ni, Taehyung sentia-se tranquilo e olhava a movimentada cidade passar pela janela do carro levando consigo pessoas e prédios cinzentos.

Logo mais, estaria em casa e em seguida na empresa. Daria um jeito, com seus amigos, de o plano dar certo para ajudar sua garota e a Hua Le com a produção das roupas para o lançamento depois do repentino plágio. Mas, algo lhe chamou atenção despertando-o de seus devaneios quando avistou, não muito longe, um homem aparentemente jovem, feições maduras e olhar profundo. Este tinha o semblante apático e caminhava sem pressa em meio à tamanha agitação matinal. Tinha as mãos nos bolsos displicentemente e algo de altivo em seu caminhar. Por um breve instante, a luz do sol escondeu-se por detrás dos altos edifícios e nuvens e uma sombra cobriu o semblante daquele homem tornando-o estranho e ainda mais profundo, como se esta fosse sua real natureza, o que pareceu familiar para o Kim.

O homem seguia lentamente na direção do carro, prestes a atravessar a avenida e olhava ora para o sinal à frente, ora para o automóvel parecendo enxergar para além dos vidros e Taehyung foi tomado por uma forte impressão. Pôde sentir novamente o medo e uma sensação de ameaça lhe invadiu o peito, sem a menor explicação.

Aquele breve momento o sugou de volta alguns anos atrás e pôde ver seu estigma lhe cumprimentar, ganhando forma com um sorriso sarcástico e o olhar que acabara de ver e ecoava impiedosamente em sua mente.

 

HyumTae e seu último suspiro bem diante dos meus olhos.

Seu sangue escorrendo pelo carpete do carro.

O olhar profundo e genuinamente mau. A loucura pintava aquela alma impiedosa.

Cacos de vidro.

Minhas mãos sujas. Minha alma manchada.

O início do meu estigma. 

 

Seu coração palpitou e precisava de ar.

Acompanhou o tal homem atravessar a avenida principal bem em frente ao táxi em que estava e permitiu-se piscar algumas vezes, incrédulo de que havia mergulhado em seu passado daquela forma tão traiçoeira e sua mente o estava fazendo alucinar. Recusava-se a acreditar e fechou os olhos com força.

Sentiu o taxista dar a partida novamente após o sinal em que haviam parado e certo alívio o tomou ao saírem dali, mas o medo ainda estava presente. Sentia-se sufocar e sua mente embaralhou com imagens difusas deixando-o tonto.

 

Ani. De novo, não.

 

Taehyung sacudiu a cabeça e respirou fundo. Seu peito pesava e um mal estar subiu até sua garganta.

Engoliu em seco e tentou puxar o ar.

 

Isto não é real. Não pode se verdade.

 

— Senhor? – A voz do taxista preencheu o automóvel, mas soou distante aos ouvidos de Taehyung.

O homem olhava de relance pelo retrovisor central para o jovem no banco de trás e o viu com um semblante sofrido, imerso em algo só seu. 

— Pare o carro. – Taehyung ordenou simples sem responder à pergunta do outro. Ele estava pálido e sequer percebera que suava frio. O taxista freou bruscamente pelo pedido repentino e aguardou.

— Algo de errado, senhor?

— Não sei... – Respondeu mais para si mesmo. – Estou bem, não se preocupe, mas agradeço. Só acho que vi alguém... – Respondeu Taehyung reticente. Afinal, não caberia completar a frase ao afirmar que pensou ter visto alguém que está morto.

Passaram-se alguns minutos e o motorista apenas aguardava segunda ordem para retomar o caminho que lhe fora indicado. Taehyung dava-se o tempo que precisava e retomava aos poucos sua normalidade. Sua sanidade.

— Se preferir, posso levá-lo ao hospital, senhor.

— Por favor, apenas leve-me para casa.

Assim retomaram o caminho.

O que há de errado comigo?— Pensou Taehyung para consigo; confuso com os motivos daquilo. Como um homem qualquer, em um breve segundo, pôde lhe despertar tal sensação?

Aquele homem está morto. – Pensou Taehyung - Eu o matei.

 

***

 

— Kyun Hee, o que conseguiu sobre as filiais que estão vendendo roupas com nosso design original? Onde estão os relatórios? – Bang PD inquiriu à jovem em meio a mais uma reunião.

— Ainda estou coletando dados, senhor. Em breve estarei entregando. Nenhum dos donos parece disponível para entrar em contato.

— Não? Porque não? – O CEO voltou a questionar.

— Bem, não sei ao certo, PD-nim. Talvez não tenham muito a dizer... Ou se sentem ofendidos e--

Alguns dos rapazes riram anasalado em ironia.

— Ofendidos... – Yoongi falou para si mesmo com um muxoxo.

— Ofendidos? – Falou mais alto o Bang PD – Ofendidos?! – Sorriu irônico – Ofendidos estamos nós que tivemos o projeto completamente plagiado e barateado! – Se recompôs em seguida, ajustando a gola da camisa e ajeitando-se na cadeira – Ouça bem, Srta. Hee, estou lhe dizendo que preciso com urgência dos relatórios ou eu mesmo irei recorrer à justiça e lançarei simpáticos processos em cada lugar que tem nossa marca até que o verdadeiro culpado apareça. 

Bang Si-Hyuk tentava manter a calma, mas aquele assunto sempre era o último que o CEO gostaria de relembrar. 

Bea Ni e Hua Le mantinham-se de cabeça baixa.

— Mas senhor, estou tentando de tu-- - Kyun Hee começou em tom melancólico.

— E não está sendo o suficiente. – Bang PD era irredutível – Tem mais quinze dias.

— Nunca vi o PD-nim tão irritado. – Hoseok murmurou para Jungkook ao seu lado que concordou com a cabeça. Tinha os olhos acatitados observando tudo com atenção.

— Srta. Hee, - começou o corpulento homem de forma calma – a senhorita deve saber que costumamos recrutar nossos funcionários. Buscamos pessoas que possam nos provar que são realmente capazes e que merecem fazer parte de nossa seleta equipe. Preparamos todos e oferecemos as melhores condições. Mas para isto, todos devem fazer jus ao crachá que carregam com o nome de nossa empresa e fazer por onde permanecerem aqui depois de um árduo caminho até terem conseguido passar por aqueles portões de entrada.

Todos sequer ousavam respirar.

— Pela primeira vez, fui de encontro às regras que criei ao aceitá-la conosco depois do acidente que sofreu, mas isto aqui não é uma brincadeira.

— Peço perdão, PD-nim.  – A mulher, antes esbelta e corada, estava pálida com a postura e ombros recaídos.

— Pedi à você apenas uma coisa e o que pensa que está fazendo?

Silêncio.

— A reunião está encerrada. – Bang PD anunciou e manteve-se sentado. Girou a cadeira com os calcanhares pondo-se de costas, ouvindo apenas os passos distanciando-se à medida que a porta abria-se e fechava-se consecutivamente.

— Vai lá, fala com ele. – Hoseok murmurou para Namjoon e saiu.

A sala ficou em silêncio já com todos de volta aos seus trabalhos e o CEO girou de volta na cadeira acolchoada deparando-se com Namjoon ainda sentado, silencioso.

— Oh, Namjoonie. – Bang Si-Hyuk pareceu levemente surpreso e seu semblante estava extremamente cansado – Deseja falar alguma coisa? Descobriu algo sobre o plágio referente à equipe da Kang’s Company?

— Ani, não faço ideia... Fiquei na verdade por outro motivo.

— Sou todo ouvidos. - Uniu as mãos sobre a mesa encarando Namjoon diante de si, na cadeira próxima.

— Não acha que pegou pesado? Não sei... A Srta. Hee é nova aqui e ainda deve estar perdida com tudo isto.

Bang Si-Hyuk sorriu sem humor e encostou-se no espaldar acolchoado e confortável.

— Namjoon, sabe que não sou adepto deste tipo de atitude mais rude com meus funcionários. Mas estamos diante de uma situação que nuca sequer passamos ou imaginaríamos que passaríamos. Ninguém quer saber o que aconteceu; todos apenas esperam resultados e me cobram posicionamentos. – Bang suspirou. Seu semblante estava exausto e abaixou dos olhos, manchas de olheiras eram visíveis.

— Compreendo.

— O que vou dizer ao Sr. Kang-ssi? Esta é nossa primeira grande parceira e sei que somos competentes. Como isto pôde acontecer? – O homem estava confuso – E tudo aconteceu bem debaixo dos nossos narizes, Namjoon! Tem noção da gravidade disto? Alguém daqui provocou isto. Tudo estava indo bem, até o estranho acidente acontecer... – O CEO passou as mãos no rosto sentindo-se desnorteado e sufocado.

— PD-nim, as gerentes estão sofrendo muito com tudo isto. Elas e toda a equipe estavam dando duro até o último minuto. – Namjoon observou relembrando ao diretor-chefe que todos estavam mal com o ocorrido – Tente pegar leve com elas, senhor. Elas não sabem o que fazer tanto quanto o senhor. Precisam de tempo.

Bang Si-Hyuk encarou Namjoon avaliando o ponto que ele levantou.

— Nee. Talvez eu esteja sendo egoísta, vendo apenas meu lado, mas sei a carga que as duas estão tendo que carregar sendo as responsáveis pelos designers e todo o trabalho com os modelos para o lançamento da coleção... – Bang foi reticente – Esperarei o que elas terão a me mostrar no prazo inicial, mas irei ajudá-las com o Sr. Kang-ssi, caso precisem de mais tempo.

— Obrigado, PD-nim. – Namjoon esboçou um leve sorriso, mas logo se lembrou de seu amigo J-Hope e o pedido sobre a Kyun Hee – Senhor, sobre a Kyun Hee...

Bang deixou que mais um suspiro cansado escapasse de seus lábios e ajustou os óculos que haviam escorregado para a ponta do seu nariz.

— Sobre a Kyun Hee não sei o que pensar, Namjoonie. Não sabemos nada sobre aquela garota. Não sabemos sequer como de fato aconteceu aquele maldito acidente.

Namjoon arqueou uma sobrancelha já imaginando onde aquele assunto chegaria: em lugar nenhum.

  - Posso estar descontando tudo na pessoa errada, mas algo me diz que não devo confiar nela. – Bang Si-Hyuk confidenciou.

— Pensando bem, o senhor tem razão. Devemos nos manter em alerta depois do que aconteceu. Percebo que estamos sem um norte diante de tudo isso.

Bang apenas concordou e em seguida aproximou-se do mais novo à sua frente:

— Realmente estou prestes a levar isto à justiça. Temos as provas pelos documentos e cada data de meses atrás. Isto não pode ficar assim.

— Mas, PD-nim, não podemos simplesmente levar à justiça metade das lojas de roupas da Coreia do Sul. Seria... Uma loucura.

— Mas que droga! - Bang esmurrou a mesa com a mão em punho deixando Namjoon ainda mais preocupado com o Si-Hyuk e com a empresa – Tudo bem. Vamos manter a calma e agir no momento certo.

— Nee. Bom, vou me retirar. – Namjoon fez menção em levantar-se pensando que teria que falar ao Hoseok que de nada adiantou falar com o diretor sobre a jovem novata.

— Namjoon, por favor, fique de olho na Kyun Hee. Não acho que eu esteja errado. Alguma coisa de muito estranho está acontecendo por trás disto. Como isto pôde acontecer justo agora?

Namjoon levantou-se e foi até a porta pensando naquele pedido para só então virar-se com o semblante mais sério:

— Pode deixar, PD-nim. Iremos descobrir o que está acontecendo.

 

Na sala de treinos, os sete rapazes descansavam, mas diferente do comum, estavam todos em silêncio.

— Mas o que está acontecendo com vocês? – Hoseok inquiriu jogando uma garrafa plástica de água no chão, pegando em seguida uma toalha dobrada para envolver em seu pescoço molhado pelo suor. Havia amarrotado as mangas da roupa que usava, na altura dos ombros, deixando os braços livres.

— Ver o Bang PD-nim do jeito que está foi um choque ainda maior de realidade. – Jungkook respondeu sentando-se no sofá em que estava Namjoon, ao canto da sala.

— Ye. Isto está me incomodando. – Jin começou – Nunca fizemos nada para estar passando por isto. Além do mais, nunca imaginei que sofreríamos algo do tipo. Nossa empresa sempre foi tão cuidadosa...

— Espera, hyung, - Yoongi se pronunciou – acho que não tem a ver com a BigHit. Caso contrário, coisas piores já teriam acontecido. Como o Bang falou, os recrutamentos são rígidos e todos ao entrarem amam o que fazem.

Jungkook e Hoseok franziram o cenho, enquanto Namjoon ergueu as sobrancelhas e os demais observavam.

— O que quer dizer, hyung? – Namjoon inquiriu para Yoongi lembrando de sua convesa com o CEO há poucas horas.

— Que não acredito ter sido um dos nossos, sacou?

Namjoon pousou a mão no queixo percebendo que Bang PD não era o único a estar com suspeitas.

— Não faz sentido que os projetos tenham vazado por parte da própria equipe Kang. Seria uma atitude suicida. Um tiro no pé. – Jimin observou de forma lógica e evidente.

Todos se entrelharam, mas preferiram não verbalizar o que estavam pensando.

É, parece que temos poucas opções, basta conseguir provas. – Pensava Namjoon, que não conseguia tirar a conversa com o Bang da cabeça.

Hoseok aproximou-se do sofá espremendo-se entre Jungkook e Namjoom.

— E então, Namjoon-ah?  - Sussurrou.

Jungkook distraía-se com o celular, alheio a conversa ao lado.

Namjoon apenas meneou a cabeça negativamente em resposta.

— Nada?

— Ye, nada. O Bang tem os motivos dele, hyung...

Hoseok franziu os cenhos.

— Caramba. – Em seu tom Namjoon percebeu algo de diferente e encarou-o em uma clara expressão de interrogação.

Os outros rapazes haviam se reunido ao redor de uma mesa com frutas fatiadas e conversavam entre si.

— Porque está tão quieto hoje, Tae? Onde está a Bea Ni? – Jin perguntou escolhendo uma fatia vistosa em um dos pratos dispostos.

— Porque não começamos hoje com as gerentes e a ideia das roupas, depois daqui? – Jimin sugeriu retomando a ideia de ajudarem as garotas com a retomada do projeto.

Yoongi mostrou-se atento.

— É, seria bom. – Taehyung começou parecendo distante.

— O que aconteceu? – Foi a vez de Yoongi, também notando a introspecção do Kim mais novo.

Taehyung apenas o olhou e suspirou e Yoongi entendeu que em algum momento aquela conversa seria retomada.

— O que quer dizer, Hobi hyung? – Namjoom olhava para o amigo ao lado.

— Pensei que ficaria do meu lado. – Hoseok comentou entre triste e desapontado.

— O quê? – Namjoon deixou de sussurrar, falando em seu tom normal, o que despertou a atenção de Jungkook na outra ponta daquele sofá pequeno – Não é questão de lado hyung. Apenas acho que devemos esperar mais um pouco.

— Do que vocês dois estão falando? – Jungkook se intrometeu sentindo o clima estranho entre os dois ali.

— Namjoon, ela é uma pessoa legal e o Bang apenas a constrangeu sem motivos. – Hoseok entrou em defesa da Kyun Hee, sobre a reunião de mais cedo – Isto não é certo.

Namjoon sorriu de lado. Sua cabeça já estava cheia o suficiente e este certamente não era motivo para discussões.

— Vocês podem me dizer o que esta acontecendo? Não estou gostando disso. – Jungkook insistiu e sua expressão ficara rígida. Acionara instintivamente o estado de alerta.

— Hyung, – Namjoon iniciou e sua voz estava mais grave – você queria que eu falasse com o PD-nim e eu falei, está bem? Ele agiu de acordo com a situação. Afinal, quem é esta garota?! Não chegou a pensar que foi depois que ela chegou que isto aconteceu? – Ele estava de pé e todos olhavam para ambos.

Hoseok coçou a cabeça nervoso e sua tez ganhara um tom vermelho.

— Você não deveria levantar falso testemunho acusando alguém dessa forma... – Hoseok falou reticente repreendendo o líder.

Namjoon jogou alguns fios para trás e andou em uma direção qualquer.

— Porque defende esta estranha, hyung? – Jimin entrou no assunto – Acredito que todos pensamos como o Nam hyung. O Bang PD-nim sabe o que está fazendo.

— Só acho cedo demais a julgarem desse jeito. Não temos prova alguma e isto tudo que está acontecendo é muito grave, cara. – Hoseok estava agoniado e não falava por mal, apenas percebia as coisas por outro ângulo. Um igualmente duvidoso.

— Me desculpem, mas preciso ir embora. – A voz de Taehyung saiu abafada em meio àquela discussão. Ele dirigiu-se até a porta e foi sem esperar que o ouvissem. Estava indisposto demais desde cedo e não precisava de uma discussão para fechar seu dia. Precisava ir para casa. A imagem do seu passado martelava sua cabeça e mais cedo ou mais tarde teria que contar para sua namorada o que acontecera. Ela tinha que saber, mas, como? Precisava explicar para ela que foi em legítima defesa; teve que lutar pela própria vida. Ela iria entender. Ela tinha que entender. Precisava de Go Bea Ni. Ele a amava e sofria com estes sentimentos difusos e sufocantes.

Yoongi o viu ir embora, mas logo as vozes na sala preencheram novamente seus ouvidos chamando sua atenção.

— Não acredito que estamos perdendo tempo com isto. – Jin lamentou jogando-se no sofá ao lado de Jungkook que estava agora sozinho no estofado.

— E eu acho cedo demais defendê-la deste jeito. – Yoongi argumentou usando das palavras de Hoseok – Chega dessa discussão idiota.  

— Me desculpem. Não quis começar com nada disso. – Hoseok sentiu-se envergonhado.

— Tudo bem, mas devemos ter cuidado para que isto não nos afete mais uma vez. Isto tudo foi impulsivo e imprudente. Também peço desculpas, Hobi. – Namjoon retomou a palavra ainda sentindo-se irritado.

— Não devemos nos desentender, hyungs. – Jungkook levantou-se impaciente – Somos uma família.

Todos calaram compreendendo o peso desse significado tão importante.

— Isto. Uma família. – Yoongi repetiu reflexivo.

— Onde está o Taehyung? – Jimin notou, buscando do mais pálido uma resposta.

— Precisando de nós.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Opa! Finalmente foi dito com todas as letras qual o tal estigma que carrega nosso Taehyung.
O que estão achando do enredo? Teorias? Já pensei em mudar tantas coisas, inclusive desistir desta saga, mas meu amor pela escrita é maior.
Data prevista para o próximo capítulo: 1º de outubro.
Obrigada.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.