[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 30
Assuntos Urgentes




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— Acabei de ver em uma página na internet algo nada agradável. – Começou Bang PD sério levantando-se e encarando à todos – Está nas notícias principais dos últimos dias.

O homem jogou no centro da mesa de vidro alguns papéis impressos, causando um estardalhaço e todos puderam ler de relance os títulos grandes em negrito, porém nada que alarmasse de imediato aos sete rapazes e às gerentes. Logo Bang continuou:

— Novos modelos de roupas entraram no mercado comercial nesta última semana e estão provocando um verdadeiro caos no ramo popular. O consumidor tem aumentado em 90% seu nível de compra e os vendedores estão lucrando mais que o dobro com o preço fora de faixa para o material barateado que estão usando para a fabricação destas roupas. – Bang explicava parecendo chateado, dando um tom denso ao ambiente. Ele estava preocupado e desapontado como nunca antes.

Todos o olhavam apreensivos e ansiosos. Não sabiam ao certo do que se tratava aquilo tudo.

— Soube que sua equipe havia saído para realizar parte do trabalho e liguei de imediato para eles, Srta Go e Srta Hua, e tive a confirmação. Infelizmen--

Neste segundo a porta daquela sala de reuniões foi aberta às pressas e a equipe Kang adentrou com sacolas nas mãos e expressões entre afobadas e desnorteadas. Todos pareciam haver percorrido uma maratona até ali.

— Chegaram na hora. – Bang observou - Por favor, mostrem estas roupas à todos.  – Bang pediu e, sem demora, uma das funcionárias da Kang’s Company, a Soo Ji, colocou na mesa, em silêncio, uma das sacolas que segurava olhando de relance para Bea Ni como se quisesse adiantá-la o assunto apenas com este gesto, mas já era tarde demais – Eles haviam chegado há pouco tempo em uma das lojas que está vendendo estas roupas quando receberam minha ligação e pareceram tão decepcionados quanto eu. – Bang os olhou de forma indecifrável.  

A medida que o CEO falava, os demais se acomodavam nas cadeiras que sobravam. Eles pareciam desesperados e preste a perder o controle a qualquer momento, tamanha era a frustração e susto com tudo aquilo.

— Por favor, o que está acontecendo?! – Bea Ni inquiriu nervosa e Hua Le levantou-se indo até a sacola de roupas sacudindo a mesma em cima da mesa deixando que as peças ficassem, assim, às vistas de todos.

Ambas levaram a mão à boca assustadas.

— Como isto foi acontecer?! – Hua Le pareceu indignada dando um passo para trás.

Bea Ni levou suas mãos à boca em choque, segurando as lágrimas que queriam vir à tona.

Taehyung a observava preocupado na ânsia de fazer algo.

— Sim, Bea Ni. – Bang começou e todos voltaram seus olhares da jovem para ele – Toda sua coleção foi plagiada e barateada.

Bea Ni não conseguiu evitar e deixou que lágrimas escorressem soltas ao ouvir e ver o que havia acontecido. A garota abafou um pequeno soluço com as mãos, enxugando, em seguida, o rosto úmido.

— Sr. Bang PD-nim, por favor, como isto foi acontecer? – Hua Le desesperava-se diante da gravidade dos fatos – Como nosso projeto foi parar nas mãos destas fábricas? Como conseguiram pegar nossos designers?! Modelos, cortes, tudo! - Ela exasperava-se parecendo perdida - É evidente que esta é nossa criação. – Lamentou com a voz embargada.

— Também não sabemos, Hua Le. – Julle Hu sussurrou tristonha.

— Ainda não sei, Hua Le, como isto aconteceu. – Bang respondeu angustiado – Eu esperava que vocês me dessem esta resposta. Estou decepcionado com tudo isto, mas não se preocupem. - Toda a equipe da Kang’s Company olhou para o homem ali de pé com um fio de esperança – Não direi nada disto para o chefe de vocês, o CEO Kang. Por enquanto. Isto terá que ser resolvido entre nós, afinal, tudo aconteceu debaixo do teto da minha empresa e estou responsável por vocês enquanto trabalham aqui, mas vocês terão que cumprir com os prazos. Não pretendo envolver mais ninguém tendo que alarmar toda a administração do shopping Seoul Times Square e a imprensa com uma nova data. Contaremos com isto apenas em último caso.

— Entendemos Sr. Obrigada por nos dar esta chance. – Bea Ni falou com dificuldade curvando-se para Bang PD.

— Nada de escândalos. Nada de alardes. – Ele falou sentando-se pondo uma das mãos na cabeça, que latejava.

— Devemos achar o culpado. – Bea Ni afirmou com o tom mais seguro, determinando-se.

— O mais rápido possível. – Taehyung endossou, interferindo. Ele estava tão aflito quanto a própria Bea Ni, só em vê-la naquele estado.

— Iremos correr atrás deste prejuízo, garotas. – Bang afirmou dirigindo-se para as duas gerentes ali desoladas – Terão nosso total apoio. - Os sete rapazes concordaram em silêncio.

— Nosso trabalho de meses de dedicação... Como isto pôde acontecer? – Bea Ni lamentou-se quase que inaudivelmente, deixando que mais uma lágrima escorresse.

Taehyung, sentado ao seu lado, segurou a mão da jovem, discretamente, apoiada no próprio joelho e afagou-a.

— Kyun Hee. – Bang PD chamou a assistente, que estava sentada ao canto assistindo à tudo – Entre em contato com os donos de todas as lojas possíveis que estão vendendo estas roupas. Quero saber quem são os fornecedores e filiais. Faça um relatório e me entregue assim que ficar pronto.

— Nee. Como deseja. – A jovem curvou-se para o chefe saindo da sala apressada em seguida, deixando apenas o som dos seus saltos para trás.

Bang Si Hyuk suspirou antes de voltar-se para o grande grupo ainda ali reunido:

— Bom, lamento por tudo isto estar acontecendo. Esta foi uma situação que pegou a nós todos de surpresa e que coloca muita coisa em jogo: a credibilidade da Kang’s Company, da BigHit, nossos contratos, parcerias, além da exposição dos meus meninos de forma negativa, o que não admitirei.

A cada palavra do Bang, era uma tonelada que a equipe da Kang’s sentia recair sobre si, principalmente a Bea Ni, a maior responsável por todo o projeto e que tampouco tinha uma explicação sobre o ocorrido. Tampouco podia defender-se.  

— Mas iremos descobrir como isto veio a acontecer. – Bang continuou – E não ficará assim. Presumo que todos precisamos de um tempo. Por hoje e amanhã estão liberados. Irei cancelar minha agenda para me dedicar à este caso e quero vocês de volta com a determinação que sempre vi em todos aqui. Não aceito menos que isto, estamos entendidos?  Superaremos mais esta situação. Aproveitem o tempo e pensem se algo incomum pode ter acontecido nestes últimos dias. Procurem motivos, hipóteses, respostas, se possível. Nos vemos em um dia. – Bang Si Hyuk encerrou a reunião com um longo suspiro e todos caminharam em um silêncio constrangedor, dirigindo-se para suas salas para recolher seus pertences.

Os ensaios com os Bangtan ficariam para depois. Ainda tinham tempo, apesar de pouco. Toda a felicidade em ter concluído o projeto também ficaria para outro momento. O destino parecia não querer facilitar as coisas.

A vida é uma caixinha de surpresas. Em um segundo, tudo parece tranquilo e por mais que façamos bem nossa parte, não estaremos isentos dos desafios e tempestades. Mas, em contra partida, o que é bom está a espera dos que são bons, afinal, é sempre mais escuro antes do amanhecer. O grande segredo é não desistir, mesmo entre lágrimas e a Bea Ni esperava que finalmente chegasse esse amanhecer e desejava que fosse ao lado de Taehyung.

— Não se preocupe, jagyia. Tudo ficará bem. – Taehyung sussurrou para Bea Ni, antes de separam-se, cada um para sua sala.

Tudo, de repente, pareceu frio e monocromático.


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Notas finais do capítulo

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Palpites?



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