[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 21
Um fato inusitado




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O sol já havia nascido, mas o clima continuava frio naquela manhã da movimentada capital da parte sul da Coreia. Ruas e avenidas já estavam acordadas para mais um dia de trabalho. Mas, algo destoou em tal agitação rotineira.

O som de pneus foi ouvido riscando a pista ao serem freados bruscamente.

O motorista e os sete rapazes foram levados à frente, de súbito, tamanha foi a parada repentina em meio ao trânsito de Seoul. Alguns se agarraram ao próprio cinto de segurança, enquanto outros apoiaram-se nos bancos da frente na tentativa de diminuir o impacto.

MING! - As vozes dos rapazes foram ouvidas em uníssono, seguidas de alguns palavrões em tons assustados. O desespero estava estampado no rosto de cada um dentro da van que os levava para mais um dia de trabalho – O que diabos aconteceu?! – Namjoon inquiriu confuso com os olhos vidrados à frente.

Estão todos bem aí atrás? – Ming, o motorista, inquiriu preocupado. Seu rosto estava pálido e seus lábios sem cor.

Merda. – Yoongi soltou enquanto sentia-se trêmulo.

Acho que estamos bem... – Jimin olhou em volta vendo seus amigos ofegantes e assustados, porém sem ferimentos.

As buzinas encheram a avenida e o trânsito começou a escoar pela lateral tornando tudo um completo caos.

— Não acredito que isto está acontecendo. – Jungkook tinha o rosto igualmente pálido e suava constantemente.

— Va-vamos ver o que aconteceu. – Hoseok sugeriu. Teriam que tomar providências, seja lá o que estivesse acontecido.

— Ani! – Jin exclamou – Vocês ficam aqui. Eu desço com o Ming. Chamaremos muita atenção se todos descermos. Já basta este caos. – O mais velho tentou manter a calma pelos amigos, dando apoio ao motorista que não conseguiu dizer mais uma palavra sequer. O homem parecia ter congelado no banco do motorista.

Os demais tinham a respiração ofegante tamanho o susto e seus corações palpitavam descompassados. Alguns tocavam o próprio peito como tentativa de se acalmar, enquanto outros passavam as mãos pelo rosto enxugando o suor repentino.

Nee. – Namjoon concordou começando a preocupar-se com os demais. – Tae, você está bem?

Taehyung tinha os olhos vidrados e parecia fora de órbita. Aquele acidente lhe remetera à outras lembranças...

 

O tom vermelho escuro viscoso escorreu pelo carpete do carro e ela jazia imóvel, de olhos vidrados. A palidez tomava seu rosto já sem vida.

Taehyung sentia seu braço arder pela bala de raspão, mas nada se comparava a dor que sentia em seu peito. Ela estava morta.

 Estilhaços de vidro estavam espalhados por todo o chão daquela rua deserta e assim como o céu nublado, ficou também acinzentado o coração do rapaz.

Num rápido ato, Kim Taehyung segurou entre seus dedos trêmulos um afiado caco da janela quebrada e foi em direção àquele homem que acabara de tirar a vida de quem ele mais amava...

Suas mãos mancharam-se de sangue.

 

— Taehyung. – Jimin chamava o amigo ao lado.

— Tae-ah, fala com a gente. – Yoongi sacudia os ombros do rapaz.

— Hyung! – Jungkook inclinou-se tocando o rosto frio do outro que despertou encarando os amigos que o observavam apreensivos.

— Seok-SeokJin – Começou Ming em choque – Eu não fiz isso. Ela se jogou na frente do carro!

— Calma, Ming. Iremos resolver isto. Vamos. – Jin tinha a voz instável e forçou-se a sair do carro junto ao motorista.

A ambulância já havia sido acionada e o trânsito estava sendo orientado por guardas para que fluísse por outra via.

Jin levou as mãos à boca assim que viu a cena bem diante dos seus olhos, enquanto Ming apoiava-se em seu ombro sentindo as pernas fraquejarem. Em longos anos de profissão nunca havia se metido antes em nenhum acidente e agora havia acabado de tornar uma linda jovem vítima de sua imprudência. Mas, como ele não a havia visto atravessar? O sinal estava verde para os carros... Como isto pôde ter acontecido tão de repente?

Uma jovem de longos fios encontrava-se desmaiada em frente ao carro com alguns arranhões e filetes de sangue que escorriam em um de seus braços e testa.

— Qual de vocês irá acompanhá-la? – Um dos homens fardados em um traje vermelho vivo inquiriu à ambos procurando uma resposta rápida.

Ming e Jin entreolharam-se.

— Eu irei. – Ming afirmou com o olhar apreensivo – Jin, posso encontrá-lo no hospital? Não preocupe os garotos. Avise ao Sr. PD-nim e acione outro motorista para tirar os meninos daqui.

Nee. Nos vemos no hospital. – Jin respondeu concordando com as palavras do mais velho e observou-o entrar na ambulância junto com a equipe de bombeiros e a jovem imobilizada numa maca – Aish, inferno! – Jin pôde esbravejar passando as mãos no cabelo exasperadamente, com os pensamentos em um turbilhão.

Logo, o mais velho do grupo retirou o celular do bolso fazendo uma ligação para o Bang PD explicando, em poucas palavras, o que havia acontecido, pedindo que lhes enviassem um motorista. Se estivesse em condições, poderia levar os rapazes para a empresa e seguir para o hospital próximo, afinal, já deveria estar indo encontrar com o Ming, mas preferia aguardar, não pondo à prova seu estado emocional e psicológico.

— Jin!

— Olhem, é o Seokjin!

— Não é o cantor do Bangtan Sonyeondan?!

Vozes exclamavam das calçadas e motoristas passavam com os vidros baixos fazendo iguais comentários, enquanto outros tiravam fotos do local do acidente e do próprio Jin.

Muitas pessoas paravam, gradativamente, próximas ao local formando uma incômoda aglomeração. Algumas querendo ajudar, outras apenas se intrometer, mas nenhuma que tentasse evitar a enxurrada de perguntas e câmeras com flashes.

— Merda! – Exclamou apenas paras si, cobrindo parte do rosto com a mão entrando de volta na van.

— Hyung, olhe estas pessoas! Precisamos sair daqui. – Hoseok expressou-se assim que o viu entrar.

— O Bang PD-nim já está ciente. Iremos sair daqui em breve. – Jin respondeu aflito.

— O Taehyung. – Namjoon falou para que o mais velho percebesse o amigo de fios acinzentados.

Taehyung apertava o estômago com as mãos tentando controlar a náusea que sentia. Estava prestes a vomitar.

— Tae! Fica tranquilo, está tudo bem, ok? Respira fundo. - Jin foi para perto do amigo entregando-lhe uma garrafa d’água e Jimin, sentado ao lado, passava sua mão espalmada em círculos pelas costas do mesmo.

Yoboseyo? Nee. O PD-nim? Claro. Ótimo. O Ming foi para o hospital com a ambulância. Ok. – Yoongi atendeu ao celular e todos o observaram. Com a troca de poucas palavras desligou e logo outro motorista da empresa, mais jovem que o Ming e mais corpulento, entrou na van ligando a mesma.

— Vim com o Sr. Bang PD que está no próprio carro estacionado logo atrás. – O motorista explicou – Seokjin-ssi, o Sr. Bang me pediu para que o chamasse. Ele irá resolver o que for preciso com os policiais. Vocês farão o registro de um Boletim de Ocorrência e depois seguirão para o hospital, tudo bem?

— Claro. – Jin respondeu descendo apressado do automóvel para juntar-se ao Bang.

— Estão todos bem? Podemos dar partida, rapazes?  – Inquiriu aos outros seis, ainda aflitos com tudo.

— Ye. Vamos embora daqui. – Yoongi respondeu sério em sua voz grave exalando a preocupação e aflição que pairava no lugar.

 


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Notas finais do capítulo

O que aconteceu no passado do Taehyung?
Lembranças ainda o rondam...
Palpites?


Continua......



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