Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 25
Bônus: Feliz aniversário, Jujuba.


Notas iniciais do capítulo

Voltei de novo, não devia, mas me senti mal por ter sumido semana passada então cá está outro capítulo, fiz um bônus dos meus bebês!!
Espero que gostem, BOA LEITURA :3



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  Candy

  A festa estava incrível, Gwen e Izzie tinham se esforçado por mim, a mãe de Connor, ele, Duncan e até o Sr. Morris. Mas eu não conseguia não imaginar quando ele chegaria, ou ao menos se ele viria mesmo.

  Eu conheci Jace em uma festa de uma amiga da escola há quase um mês atrás. Foi aquele clichê do amor a primeira vista. Eu não gosto de beber então já estava de saco cheio de ver minha amiga Jully que estava bem animadinha depois de várias cervejas dançar com todos os desconhecidos que a convidassem, por isso me despedi alegando estar com dor de cabeça e resolvi ir embora pra casa terminar meu romance, os protagonistas estavam separados por causa de um mal entendido e eu queria muito descobrir como eles se reconciliariam.

  Segui para a saída me desviando de bêbados e casais se pegando em cada lugar possível e impossível que encontrassem. Cheguei à porta e quando eu finalmente achei que estava livre, alguém esbarrou em mim, o salto que eu usava me fez desequilibrar e eu já estava imaginando que rolaria até a rua pelas escadas da entrada quando alguém me segurou. Espalmei as mãos em seu peito e meu coração acelerou quando olhei em seus incríveis olhos verdes. Ele sorriu.

  - Você está bem, Jujuba?

  - Jujuba? - foi tudo que registrei me afastando, seu sorriso aumentou e ele apontou para minha bolsa.

  Revirei os olhos vendo o pingente de jujubas que Agatha tinha me dado, ela via essas coisas na internet e adorava fazê-las, esse chaveiro, de acordo com ela, era meu presente de aniversário super adiantado por que ela não sabia guardar segredo. Sorri com a lembrança.

  - Estou ótima - respondi. Ele olhou para mim e depois para a rua.

  - Já está de saída?

  - Essa é a ideia. Esse tipo de evento não é o meu preferido - admito, é mais fácil conversar com alguém que você não conhece.

  - Eu até gosto quando não estou trabalhando.

  - Você trabalha em festas? Faz o quê? - pergunto curiosa, bonito desse jeito podia fazer qualquer coisa.

  - Sou DJ e estudante de arquitetura nas horas vagas - ele faz piada. - E você?

  - Acho que devíamos sair da porta - comento quando um casal saindo esbarra em mim.

  - Acho uma ótima idéia. Você vem? - ele convida e sorrio, meu romance pode esperar um pouco mais, afinal, essa festa acabou de ficar muito mais interessante.

  Nós seguimos pelo jardim e ele continua a me olhar e sorri.

  - A propósito, eu sou Jace.

  - Candace, mas todo mundo me chama de Candy.

  - Combina com você, mas eu ainda prefiro Jujuba. E você não me disse, o que faz? Além de ser bem bonita, claro – ele comenta e coro. Não estou acostumada a esse tipo de situação.

  Seus olhos verdes me encaram a espera de uma resposta e não sei o que fazer. Ele é um universitário gato que vai perder o interesse no instante em que eu disser que tenho dezessete anos e ainda nem terminei a escola. É só por hoje, nunca mais vou vê-lo, e é a esse pensamento que me agarro quando sorrio e começo a falar.

  - Faço jornalismo, gosto de ouvir e contar histórias – digo uma meia verdade. Eu ainda não faço jornalismo, mas pretendo. Graças a Gwen eu vou poder ir à faculdade e escrever sobre o mundo e as pessoas, vou realizar um sonho.

  - Gosta de escrever? – ele pergunta interessado e faço que sim.

  - Amo – respondo. Nunca pensei que seria tão fácil conversar com alguém que acabei de conhecer. – E você Sr. DJ, gosta do que faz?

  - Gosto, há quem diga que é só barulho, mas eu garanto que é música.

  - Meu pai seria um desses que diria que é barulho.

  - Meu amigo Connor também – Jace sorri. – E você, Jujuba, o que acha?

  - Que eu teria que ouvir antes de julgar.

  - Nossa, que ousada ela. Está me convidando para um segundo encontro antes de terminar o primeiro, é isso mesmo?

  - O que!? Não, eu... É só... – me enrolei toda com as palavras e ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, nessa hora meu coração acelerou tanto que eu mal registrei suas próximas palavras.

  - Você fica linda corada, Jujuba. Que tal uma bebida e uma dança antes do próximo encontro? – ele perguntou se afastando e eu suspirei desapontada, eu podia jurar que ele iria me beijar.

  - Eu vou adorar.

  Nós seguimos de volta para dentro da casa lotada e barulhenta atrás de uma bebida, como não achei nada que não fosse alcoólico resolvi beber água, Jace achou graça, mas não disse nada, ele pegou alguma coisa colorida de um barril na cozinha que podia ser literalmente qualquer coisa e saímos dali. Fomos até a sala, mas o barulho e a fumaça de cigarro estavam de mais então resolvemos voltar para o jardim, tinham um banco nos fundos da casa e nos sentamos ali. O loiro virou o resto do liquido colorido de seu copo e eu sorri o encarando.

  - Você é muito corajoso de beber isso aí. Tem medo da morte, não? – pergunto e ele ri negando com a cabeça.

  - Tenho não. E se eu tiver sorte, talvez um anjo de olhos verdes me salve.

  - Um anjo, é? Aonde você vai arrumar um?

  - Não preciso arrumar, afinal, tem um bem na minha frente agora. O que você diria se eu dissesse que quero te beijar, Jujuba?

  - Que você demorou de mais pra fazer alguma coisa – respondi num sussurro com o rosto a centímetros do dele. Jace sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha antes de acabar com a distância entre nós e finalmente me beijar.

  Esse foi só o primeiro, depois desse vieram outros, foi uma noite incrível que tinha tudo para ser um fracasso total. Nós nos beijamos, conversamos, rimos e quando Jully começou a dar vexame eu tive realmente que ir. Nós trocamos mais alguns beijos e Jace foi atender ao celular enquanto eu ia salvar minha amiga de ficar nua encima de uma mesa, mas foi aí que nos separamos e para minha completa infelicidade nós não nos vimos mais depois disso e não tínhamos trocado números de telefone. Foi uma noite mágica que tinha chegado ao fim de forma de forma bem trágica.

  Depois disso eu achei que não veria Jace outra vez, eu disse muitas coisas a ele, a maioria eram verdade, mas claro que quando ele apareceu do nada na nova casa de Izzie ele se lembrou apenas das mentiras que inventei. Nossa briga foi culpa minha, eu sei. Mas também sei que se não tivesse dito aquilo tudo, nem teríamos por que brigar já nunca teríamos conversado quem dirá nos beijado. Não teríamos nada pra dizer um ao outro, por isso não me arrependo, apesar de como tudo terminou, aquela noite ainda será minha melhor lembrança. A vez em que vivi um conto de fadas desses que eu leio nos romances, na vida real.

  Por isso que se ele não vier hoje, tudo bem. Não é como se eu esperasse que alguma coisa fosse acontecer. É idiotice me animar toda só por que o Sr. Morris disse que ele viria. Jace não tem motivos pra isso e eu é que não vou implorar, se ele não quer nada comigo, ótimo! Também não quero nada com ele!

  - Candy! Graças a Deus te achei! – Gwen me alcançou assuntando-me. Eu estava há um tempão perdida em pensamentos enquanto fingia me servir de salgados. Minha irmã exagerada se apoiou em meu ombro enquanto recuperava o fôlego. – Eu preciso que... Você...

  - Aqui – lhe estendi meu copo de refrigerante e ela virou tudo em uma única golada e foi só então que me soltou para me encarar.

  - Você faz um favor pra mim? – Gwen pergunta com um sorriso divertido e fico sem entender.

  - É a minha festa de aniversário, não tem ninguém pra te ajudar, não?

  - Não. Eu preciso que seja você. Tem um presente te esperando lá na garagem.

  - Um presente? Na garagem? – pergunto desconfiada e ela faz que sim me arrastando para trás da casa.

  - Você vai adorar, garanto. Só pegue o seu presente e pode voltar, não é nenhuma missão impossível – ela sorri. – Vai lá, sei que não vai se arrepender.

  - Você está muito estranha... – comento e Gwen só continua sorrindo e me incentivando a andar, suspiro e resolvo ir para acabar logo com isso.

  Atravesso o jardim cumprimentando algumas pessoas e vejo Jully com o namoradinho do mês, ela faz coleção deles e realmente não consigo entender como consegue, mais adiante vejo Izzie e Connor sentados em um mesa e sorrio, eles e Angie são realmente uma linda família, merecem tudo de bom. O Sr. Morris está na churrasqueira dando em cima de Katie, a garota que trabalha com Izzie e Gwen e acho graça, nunca vi pessoas mais diferentes, isso definitivamente não vai dar certo.

  Finalmente chego à garagem e me arrependo de não ter perguntado a Gwen onde estava o tal presente, será que vou conseguir encontrá-lo?

  - Onde tem espetos aqui, pelo amor de Deus? – escuto uma voz praguejar e meu coração acelera. Não é ele, não é? É só alguma alucinação que eu estou tendo por ser uma idiota que se apaixonou por outro idiota. Definitivamente não é nada.

  Dou meia volta decidida a me afastar dali quando escuto meio mundo de coisas desabar e me assusto indo até as prateleiras do outro lado da garagem para ver o que é.

  - Você está bem? – pergunto e ele se vira. Jace me encara surpreso e eu pisco sem saber o que fazer também. Ele continua lindo com o cabelo loiro bagunçado e eu continuo com raiva, envergonhada e com vontade de beijá-lo. A vida é realmente uma droga.

  - Melhor agora – ele sorri e me derreto. Se ele quisesse me beijar agora nem que fosse pra gente brigar depois, eu o beijaria.

  - Você veio – digo o óbvio. – Achei que não viesse.

  - Stu me convenceu a vir. Disse que eu tinha que parar de choramingar como um bebê e fazer alguma coisa.

  - O Sr. Morris é um ótimo conselheiro aparentemente.

  - Acho engraçado o jeito como você o chama – Jace comenta e sinto as bochechas corarem.

  - Ele é meu professor, não posso fazer nada. Mas agora melhor eu ir. Sou só uma garotinha mentirosa e patética que ainda está no ensino médio. Vou voltar para as minhas amigas – dou meia volta sem esperar uma resposta dele e sigo em direção a porta.

  - Espera, Candy! – Jace me alcança segurando meu braço e me fazendo virar para encará-lo. – Eu não disse isso, não disse nada disso.

  - Não com essas palavras, mas disse – digo me desvencilhando do seu aperto. – Você disse que se arrependia de ter ficado comigo e isso foi muito pior. A melhor noite da minha vida e pra você não foi nada, isso é o que mais me dói.

  - Candy... – ele sussurra e nego com a cabeça sentindo que posso desabar em lágrimas a qualquer momento.

  - Não fala nada. Depois do que me disse lá na casa da Izzie prefiro não ouvir mais o que tem a dizer.

  - Então não vou falar, vou fazer, Jujuba – ele sorri e antes que eu possa entender o que está acontecendo me puxa para si e me beija. O beijo me pega de surpresa, mas não o fasto, pelo contrário, seguro sua nuca e o puxo para mais perto de mim.

  Quando finalmente nos separamos estou ofegante e corada, não muito diferente de Jace, o loiro sorri e eu ainda estou sem entender.

  - O que significa isso? Além é claro do fato de que você beija muito bem – tagarelo e ele sorri um pouco mais.

  - Significa que vou te beijar outra vez, Jujuba. E outra e outra e mais outra. Para ver se assim, algum dia, você desculpa por ter sido um idiota com você. Eu estava chocado com a situação daquela vez, mas isso não justifica eu ter te magoado. Desculpe-me.

  - Desculpe-me também. Por ter mentido, mas se quer saber, eu faria de novo se fosse pra te conhecer melhor – digo e Jace sorri.

  - O que você diria se eu dissesse que quero te beijar, Jujuba?

  - Que você demorou muito pra fazer alguma coisa – respondo exatamente como da primeira vez e ele não precisa de mais nada antes de se aproximar e voltar a me beijar.

  É só depois de nos separarmos outra vez que me lembro do que vim fazer aqui e me dou conta de que não tem nenhum presente para buscar, na verdade até tem, mas é mais fácil ele me levar que eu a ele. Jace me olha curioso quando o encaro e no instante seguinte estou rindo como se estivesse ficado louca, mas não me importo, estou feliz de mais.

  - Qual o problema? – ele pergunta sem entender e lhe dou um selinho.

  - O que você veio fazer aqui?

  - Izzie me mandou buscar uns espetos de churrasco. Por quê? O que você veio fazer aqui?

  - Vim buscar um presente que Gwen insistiu que estava aqui. Acho que nos enganaram.

  Agora Jace sorri também.

  - Tenho certeza que nos enganaram. Mas para você não dar viajem perdida, que tal um presente? – ele pergunta enfiando a mão no bolso e trazendo de lá uma caixinha preta, o olho surpresa.

  - Jace?

  - Uma jujuba para minha Jujuba – ele abre a caixinha e sorrio com os olhos marejados. É um colar de ouro com um pingente em forma de jujuba, a verde, minha favorita. Até predrinhas transparentes que lembravam açúcar tinha. – Feliz aniversário, Jujuba.

  - Obrigada, muito obrigada mesmo! – digo e pulo em seu pescoço o abraçando para logo em seguida beijá-lo. No fim esse não foi um aniversário tão ruim. Separo-me de Jace e me viro para que ele possa colocar o colar em meu pescoço, quando ele termina volto a encará-lo sorrindo. – E então?

  - Está linda.

  - E o que acontece agora?

  - Nós saímos da garagem por que a festa ainda não acabou e eu acho que eles provavelmente estão procurando por você.

  - Não, Jace, eu estou falando de nós dois. Você vai ter outra crise de consciência e começar a gritar comigo? Eu preciso saber.

  - Eu gosto de você, Candy. Estou apaixonado pela minha Jujuba e não quero que você vá a lugar nenhum, por que eu também não pretendo ir – ele sorri e o aperto com mais força em meu abraço desajeitado.

  - Eu também estou apaixonada por você, Sr. DJ.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam!!
Beijocas e até, Lelly ♥



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