Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 24
Festa e operação cupido.


Notas iniciais do capítulo

Voooltei, desculpem o atraso, espero que gostem do capítulo!!
BOA LEITURA :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756351/chapter/24

  Izzie 

  Acordei sentindo o cheiro e o calor de Connor, estávamos enrolados um no outro em minha cama, estava sendo assim ultimamente, desde a nossa ida ao juizado duas semanas atrás dividíamos a cama e tudo mais. Aquele pedido de Connor me pegou de surpresa, mas me deixou mais feliz que qualquer outra coisa, foi mais que um pedido de namoro ou qualquer coisa assim, ele pediu algo mais importante, me pediu para ser pai do meu bebê e me deixou ser mãe de Angie.

  O loiro me contou um pouco da história da pequena, pelo que eu entendi, os pais dela tinham condições, não eram ricos ou coisa parecida, mas viviam bem e deixaram uma pequena quantia para Angie. Eles não eram necessitados, eram ausentes mesmo, tiveram-na apenas por que era mais fácil, nunca se deram ao trabalho de serem pais dela. Quando Connor me contou fiquei horrorizada, mas ele não aparecia nem mesmo assustado, mas eu o entendia, seu pai foi embora quando Connor era pequeno, por que ele se daria ao trabalho de ser melhor com a irmã, não é?

  Mas agora seria diferente, ela tinha eu e Connor e faríamos tudo para que Angie fosse a garotinha mais amada do mundo. Com tem que ser. Como todas as crianças deviam se sentir.

  Sorri me desvencilhando de Connor e descendo da cama, hoje seria um longo dia então era melhor começar logo. O loiro se mexeu, mas não acordou e eu dei uma olhada em Angie antes de seguir para o banheiro. A pequena ainda ressoava tranquilamente em sua cama.

  Hoje era a festa de Candy e como a ótima anfitriã que é, Gwen chamou os convidados para ajudarem a organizar. A festa iria acontecer na casa de dona Vera, ela tinha escutado uma conversa minha com minha amiga pelo telefone enquanto ela se queixava que não tinha dinheiro para pagar um salão, não dava pra fazer uma festa em seu apartamento e que o teto da cozinha da casa do pai tinha desabado recentemente devido a uma infiltração no segundo andar e não tinha onde fazer essa festa, foi então que minha sogra deu a ideia de a realizar em seu enorme jardim. Eu achei que Gwen recusaria, mas surpreendentemente ela disse sim, estava quase chorando quando agradeceu, dizendo que a festa só aconteceria graças ao coração enorme de dona Vera. E na verdade era bem isso mesmo.

  Sai do banheiro e sorri vendo a mochila da Moana de Angie perto da sua cama, já tinha uma semana que a pequena tinha começado a ir à escola e ela estava encantada, com os colegas, a professora, as brincadeiras e Connor era o tipo de pai babão que fez questão de tirar fotos de Angie no primeiro dia de aula. Tive uma folga no meio da semana e fui buscá-la, acabei encontrando Elisa, não foi difícil percebê-la ali, afinal os gritos da loira podiam ser ouvidos a quilômetros de distância. Sorri com a lembrança enquanto olhava minha silhueta no espelho, estava só de lingerie acariciando minha barriga, com minhas roupas normas ainda era difícil dizer que eu estava grávida, mas agora sem nada cobrindo a barriga eu podia ver as mudanças sutis.

  - Bom dia, meus amores – Connor diz me assustando e levantei a cabeça para encará-lo, ele sorria da cama enquanto me olhava de cima a baixo, corei sob seu olhar.

  - Bom dia.

  - Eu devo ser o homem mais sortudo da terra, olha o tipo de visão que eu tenho assim que acordo. A mulher mais linda do mundo corada e de lingerie só pra mim.

  - Connor! – o repreendi e ele riu.

  - Certo, certo. Não falo mais verdades que não quer ouvir. Mas vocês estão bem?

  - Estamos sim – sorrio. Connor era o homem mais fofo do mundo. Suas perguntas pra mim ultimamente eram sempre no plural, “vocês isso”, “vocês aquilo”, até suas declarações eram sempre para mim e para o bebê, nunca apenas para um de nós e eu o amava por isso. – Você vai ficar ai me encarando até quando?

  - Até você se vestir.

  - Vou fazer isso agora então. Já que acordou melhor levantar, nosso dia vai ser longo.

  - Sim senhora.

  Visto-me enquanto Connor toma banho e vou preparar o café enquanto ele chama Angie e a ajuda a se arrumar, o loiro finalmente aprendeu a partir o cabelo da pequena e está quase um expert em fazer penteados infantis. Depois de comermos e eu responder as mais de cinco mensagens de Gwen garantindo que já estamos chegando, finalmente saímos de casa.

  - É hoje a festa da Candy, né? – Angie perguntou animada no banco de trás e sorri.

 - É – respondi.

  - A gente vai dar o presente dela? Eu posso dar?

  - Pode, mas tem que ser com um abraço bem apertado, Ok?

  - bom! A Candy triste por causa do tio Jay? – ela pergunta inocente e olho para Connor que parece mais surpreso que eu.

  - De onde você tirou isso, Angie?

  - Foi a Agatha que falou. Que ela queria ser namorada dele, mas ele fez ela chorar. Por que eles não podem ser namorados pra ficarem felizes que nem você e o Con?

  - Por que isso é uma coisa que eles têm que decidir e não a gente. E isso nem é conversa pra crianças mocinha, chega desse papo.

  - Mas eu não falei nada, foi a Agatha – Angie se defendeu e eu sorri tentando manter a seriedade.

  - Ok, mas chega. E não se esqueça do abraço da Candy.

  - bom!

  O resto do nosso caminho até a casa de Vera foi feito em meio ao meu diálogo interminável com Angie, nós duas tagarelando sobre as mais diversas coisas, Connor ia apenas nos ouvindo e sorrindo. O loiro estacionou em frente à casa da mãe que já estava a todo vapor. Gwen e Vera passavam pra lá e para cá com pratos e enfeites e nem nos notaram chegando, Raul e Duncan moviam cadeiras e mesas e Agatha e Hannah corriam pelo jardim.

  - Finalmente! – foi o que minha amiga disse assim que notou nossa presença.

  - Vovó! – Angie disse animada e correu até Vera. Abracei minha amiga enquanto a pequena abraçava a avó.

  Cumprimentamo-nos, e Connor foi ajudar os garotos, Angie sumiu correndo atrás de Candy, Hannah e Agatha a seguiram e eu sorri indo me juntar às mulheres. Éramos nós mesmos quem iríamos organizar tudo, a festa não seria grande, era apenas para a família, nossos amigos e uns poucos amigos que Candy quis convidar. Mas o que todo mundo queria saber mesmo era se Jace viria, eu e Gwen só estávamos esperando uma oportunidade para deixá-los sozinhos.

  No meio da nossa arrumação Candy saiu de dentro de casa e veio nos agradecer pelo presente, as pequenas vieram também, mas só para irem atrás da bicicleta de Angie logo depois. Candy resolveu ajudar também e só paramos na hora do almoço, nos sentamos nas mesas que havíamos arrumado e estávamos comendo tranquilamente quando Stu chegou sorrindo.

  - Cheguei na hora certa.

  - Nem fico mais surpreso, você só aparece aqui pra comer a comida da minha mãe – Connor reclamou e o moreno foi até dona Vera e a beijou o rosto.

  - Claro, afinal a comida da tia Vera é a melhor.

  - Você não é meio velho pra chamar minha mãe de tia, não?

  - Nunca – Stuart respondeu e se virou para Vera. – Onde tem pratos, tia?

  - No lugar de sempre, Stu – ela sorriu com a briguinha boba dos amigos.

  - Meu professor veio para o meu aniversário, não sei e rio ou choro – Candy comentou olhando para Stu e ele sorriu.

  - Devia ficar era grata com minha ilustre presença.

  - Muito ilustre, Sr. Morris, e já que está aqui que tal me dar um ponto de presente de aniversário? – ela sorriu e o moreno revirou os olhos.

  - Se prestasse atenção às aulas não precisaria de um ponto, mas além de um livro muito bom – ele estendeu o embrulho retangular a ela que pegou sorrindo. – Te trouxe outra coisa, uma que sei que você quer muito. Mas como seu presente é burro talvez ele se atrase.

  Candy arregalou os olhos e sorriu agarrada ao livro que acabara de ganhar. Ela piscou surpresa como se esperando Stu dizer que era brincadeira, mas o moreno apenas sorriu um pouco mais com a reação da garota.

  - Ele vem mesmo? – ela perguntou num sussurro e ele assentiu.

  - Vem. Espero que dê tudo certo. Agora vou entrar por que estou morrendo de fome.

  E dito isso Stuart sumiu para dentro de casa, Candy continuou sorrindo, depois balançou a cabeça e fez uma careta antes de colocar o livro ao lado do prato e voltar a comer, eu e Gwen trocamos um olhar cúmplice, hoje esses dois conversariam a sós, quer quisessem ou não. Esse era o presente de todos nós para esse casal cabeça dura. E eu, assim como Stu esperava que desse tudo certo.

  Estava sentada nos degraus da varanda recuperando o fôlego depois de subir as escadas mais vezes que o necessário por causa de uma cortina e vejo Angie vindo até mim sorrindo. Ela está descabelada, corada e com os joelhos sujos de terra e nunca esteve mais linda, a pequena estende os braços para mim e a pego no colo.

  - Iz o bebê da barriga acordado? – ela pergunta e já sei onde essa conversa vai nos levar, por isso sorrio.

  - Aposto que sim, por quê?

  - Por que quero contar da festa pra ele. A festa não começou ainda, mas já tem um monte de novidade. Você sabia que a vovó vai ser vovó da Hannah e da Agatha também? – ela pergunta animada e faço que não com a cabeça mesma que Gwen tenha me contado sobre isso. Desde a primeira vez que ela e as irmãs vieram aqui dona Vera se encantou com as garotas e as adotou como netas. Agora eram quatro netos e ela não cabia em si de felicidade. Dona vera era realmente um ser humano incrível.

  - Sério?

  - Sim. Posso contar pro bebê da barriga?

  - Pode – sorrio e ela se contorce até estar praticamente deitada no chão ao meu lado e com a cabeça em meu colo.

  - Oi irmãozinho que também pode ser irmãzinha. Sabia que agora a nossa vovó também é vovó da Hannah e da Agatha? Isso é muito legal. Hoje é a festa que te falei, a Candy fazendo um monte de anos que não dá pra contar nem com as duas mãos abertas. É muito ano. Mas o Con e a Iz tem mais e o vovô e a vovó tem mais ainda – ela tagarela e acho graça. Suas conversas com o bebê sempre me fazem sorrir. Angie me olha divertida. – Iz, o bebê da barriga perguntando se eu posso tomar sorvete hoje.

  - O bebê da barriga é? – pergunto fazendo cócegas nela e a pequena se contorce para sair do meu colo. Ela se senta ao meu lado.

  - É, foi ele quem perguntou.

  - Pois digo para o seu irmãozinho que nada de sorvete nem pra você nem pra ele.

  - Ah... – seu bico de decepção me faz sorrir, puxá-la para meu colo e enche-la de beijos.

  - Mas hoje tem bolo de aniversário, o que acha, serve?

  - Sim! – ela comemora e sorrio. Connor atravessa o jardim e se junta a nós nos degraus.

  - O que minhas garotas estão conversando?

  - Que hoje tem bolo de aniversário, Con. E que a vovó agora é vovó da Hannah e da Agatha também e que não pode mesmo tomar sorvete, a Iz não deixa. Pede pra ela, Con – no fim a conversa se resume em sorvete e Connor me olha curioso, apenas dou de ombros e sorrio.

  - Se a Izzie não deixou, não posso fazer nada – ele comenta e Angie suspira.

  - bom então, quando ela deixar a gente vai. Vou lá na vovó, ela disse que tinha chocolate – ela da um beijo em meu rosto e no de Connor e corre para dentro.

  - Angie, cadê seu pai? – escuto Stuart perguntar e vejo quando o loiro ao meu lado presta atenção à conversa também, nos viramos, mas não dá pra ver os dois, só escutá-los.

  - lá na escada, os dois estão. Lá fora tio Stu – ela responde e sorrio ouvindo o som de seus passos se afastarem, segundos depois Stuart surge na posta atrás de nós.

  - A filha de vocês além de linda é muito esperta, deve ter puxão a mãe – ele sorri para mim e sinto um calor bom no peito, orgulho.

  - Aposto que puxou – Connor sorri me beijando.

  - O amor é lindo é tudo mais, mas eu não vim aqui pra ficar de vela – ele nos interrompe fazendo careta e eu sorrio me separando do meu namorado. – Connor o Raul está perguntando se você sabe onde estão a grelha e os espetos da churrasqueira. Ele não lembra onde guardou.

  - Devem estar no meio daquele monte de coisas que ele e minha mãe guardam na garagem – Connor reclama e acho graça. – Fica ai e descansa vou pedir a Candy pra te trazer um lanche. Papai já volta – ele sorri e toca minha barriga. Connor me dá um último beijo antes de ficar de pé e seguir com Stuart.

  Fico encarando o caminho pelo qual ele seguiu sorrindo como uma boba. Estar apaixonada por um cara incrível e ser correspondida é mesmo ótimo. Nossa tarde passa voando entre uma bandeja de docinhos e outra, cadeiras e mesas, decoração e Candy olhando a cada cinco minutos para o portão. Começamos a nos arrumar e pouco depois de terminarmos os convidados começaram a chegar, não sei como uma reuniãozinha intima terminou sendo uma festa maior que o esperado, mas isso tinha acontecido e o jeito era sorrir e fingir que esperávamos mesmo tantos amigos da morena aparecerem.

  O vestido tomara que caia com corpete preto e saia de tule branca tinha ficado incrível em Candy, ela parecia uma princesa guerreira com suas botas curtas de cadarço. Mas mesmo que parecesse linda e estivesse sorrindo para os convidados e conversando com as amigas, seu sorriso não chegava aos olhos e ela não parava de encarar a entrada. Jace viria, ela tinha que vir.

  - Ele vem, né? – pergunto a Stuart enquanto como alguns salgados do meu pratinho. Eu sairia dessa festa rolando, esse já era o terceiro prato. O moreno tentou roubar um salgado e desviei o prato tão rápido que quase derrubei tudo no chão. Stu riu.

  - Tudo bem, você grávida, não vou roubar comida de grávida. E sim, aquele idiota me mandou mensagem há dez minutos perguntando se era uma boa ideia mesmo ele vir e eu respondi que ideia ruim era ele não ter chegado ainda.

  - Esse é o meu garoto – digo e ele revira os olhos.

  - Vigia ai, vou ver se Connor precisa de ajuda lá na churrasqueira. Quer alguma coisa madame?

  - Já que perguntou eu aceito um copo de água, bem grande e gelado. Por favor.

  - Já volto – Stu sorri e segue em direção a churrasqueira do outro lado do jardim onde meu namorado está dando uma de chefe de cozinha.

  Eu já tinha ajudado com os preparativos então todos basicamente me proibiram de fazer mais qualquer coisa que fosse. Então aproveitei para me sentar em uma das mesas e vigiar Hannah e Angie que brincavam não muito longe de onde eu estava, Agatha tinha encontrado uns amigos e estava rindo em uma das mesas, Gwen assim como dona Vera, além de cumprimentar os convidados os estava servindo também. Era só uma pequena festa com pessoas próximas, mas eu não podia estar mais feliz.

  E para a felicidade da nossa aniversariante, um loiro de jaqueta e cabelo bagunçado chegou com as mãos no bolso parecendo deslocado, Jace sorriu ao me ver e veio em minha direção, já que eu era quem estava mais perto da entrada.

  - Pensei que não viesse – sorri. – Fico feliz que apareceu.

  - Eu só... Será que foi uma boa ideia aparecer? Eu e Candy nem nos falamos mais – ele suspira e meu sorriso aumenta quando meu olhar cruza o de Gwen mais adiante, ela aponta os fundos e assinto com a cabeça. Espero que esses dois se acertem.

  - Foi a melhor ideia de todas e aposto que ela vai ficar feliz em te ver, mas antes de vocês começarem a novela mexicana, você pode me fazer um favor? – pergunto e Jace me olha sem acreditar. Dou meu melhor sorriso inocente e ele acaba por sorrir também.

  - Claro, o que é?

  - Você pode buscar uns espetos que Connor esqueceu lá na garagem?

  - É pra já – ele garante e segue em direção aos fundos da casa.

  Mal Jace saiu e Gwen aparece ao meu lado.

  - Pra onde você o mandou?

  - Para garagem, acho que não vai ter ninguém lá. Agora é a sua vez, ache a Candy.

  - Considere feito, vou atrás dela agora – minha amiga sorri. – Nós definitivamente somos ótimos cupidos.

  - Duas sem o que fazer, isso sim.

  - É o poder do amor, Izzie. Larga de ser pessimista – ela reclama se afastando e eu sorrio comendo outro salgado.

  - Será que Connor ainda vai me amar quando eu estiver gorda? – penso alto olhando para os salgados no prato que diminuíram consideravelmente.

  - Com certeza. E não vai estar gorda, vai estar linda – meu namorado reponde me matando do coração enquanto sorri e se senta ao meu lado.

  - Pra que me assustar assim? – faço bico e ele sorri me beijando.

  - Desculpa, amor. Mas me responde uma coisa, aquele que estava aqui agora a pouco era o Jace?

 - Talvez, por quê?

 - Por que Gwen estava como louca atrás da Candy. O que vocês estão aprontando?

  - A gente, nada? É o poder do amor, Gatinho – digo e Connor ri me beijando.

  - É, definitivamente é o poder do amor – ele sorri olhando para Angie mais adiante, a pequena se vira, quase como se soubesse que a estávamos olhando, nos vê e acena animada.

  Aqui, agora, cercada das pessoas que amo, eu não poderia estar mais feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que estão achando!!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Pequeno Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.