Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 23
Amo você.


Notas iniciais do capítulo

Helooo meus amores, voltei!!!
Desculpem mesmo a demora, esse capítulo era pra ter saído domingo, mas eu tive alguns compromissos e não consegui terminá-lo, sorrry!
Espero que tenham gostado por que ele ficou muito amorzinho ♥
BOA LEITURA!! :3



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  Connor

  Estou uma pilha de nervos enquanto dirijo em direção ao escritório de Helen. Já tomei minha decisão, mas ainda estou nervoso. A ideia de perder Angie me assusta, e se no fim a assistente social achar que eu não sou uma boa escolha pra ela?

  - Connor, você está bem? – Izzie pergunta do bando do passageiro parecendo preocupada. Ela tirou a manhã de folga apenas para nos acompanhar e se eu já não estivesse apaixonado por ela esse seria o momento de me apaixonar. Como pode alguém ter um coração tão grande?

  - Estou – respondo sua pergunta respirando fundo e parando em um sinal vermelho. Aproveito para dar uma olhada em Angie no banco de trás, a pequena está silenciosa abraçada a sua boneca, tanto eu quanto Izzie já explicamos que não vamos deixá-la lá, mas acho eu seu medo só vai se dissipar realmente quando voltarmos para casa, odeio ver a pequena assim e não poder fazer nada.

  - Você quer uma mochila de alguma princesa, Angie? – Izzie pergunta a ela assim que dou partida outra vez no carro, vejo pelo espelho um pequeno sorriso brotar no rosto da pequena.

  - Qualquer uma?

  - Qualquer uma.

  - Quero da Moana então, Iz! Pode?

  - Pode – Izzie sorri. – Pode sim. Vamos sair pra comprar quando eu tiver folga, quer vir com a gente, Connor?

  - Posso ou é programa de garotas? – pergunto e a morena olha para a pequena no banco de trás.

  - Pode, não pode, Angie?

  - Pode sim! Vem com a gente Con, a Iz falou que vamos comprar roupas pro bebê da barriga. Minha irmãzinha que vai ser uma menina, mas pode ser um menino também.

  Rio de sua explicação estacionando o carro. Izzie conseguiu nos distrair o suficiente para chegarmos. Eu realmente estou apaixonado por ela. Descemos do carro e Angie segura minha mão e a de Izzie. O prédio de três andares do juizado é simples, nem parece que destinos de crianças são decididos ali todos os dias. Entramos todos juntos, não é difícil avisar à recepcionista por que viemos e quem queremos ver, dez minutos depois estamos em uma salada de espera no segundo andar, Izzie está sentada ao meu lado e Angie está em seu colo, ambas parecem nervosas, eu também estou uma pilha, mas tento sorrir, tenho que ser forte por elas.

  A porta da sala finalmente é aberta e uma mulher com um garotinho agarrado ao seu pescoço sai, ela tem os olhos vermelhos.

  - A audiência é semana que vem, mas fique calma você é o melhor pra ele, tenho certeza que dará tudo certo. Boa sorte – Helen sorri e a mulher apenas assente abraçando mais o garotinho.

  - Obrigada – agradece antes de entrar no elevador e sumir de vista. A assistente social se vira para nos encarar e sorri.

  - Oi, Connor. Olá, Angie – ela vem até a pequena que se encolhe no colo de Izzie. Helen olha para a pequena depois para a morena que está com ela no colo. – Não vai me apresentar sua amiga não, Angie? Só quero conversar com você. Não me diga que ainda que ela ainda não falou – agora o olhar de Helen é preocupado e me faz sorrir.

  - Difícil é fazê-la se calar, não é Angie? Cumprimente a Helen, você se lembra dela?

  A pequena faz que sim.

  - Ela tava lá naquele lugar onde eu vi você da primeira vez, Con, tinha ela e um monte de gente. Eu não voltei mais pra outra casa por que meus outros papais que não cuidavam de mim viraram estrelinha. A Elle que me levou pra ver você. Agora eu não quero que ela me leve pra nenhum lugar, quero ficar com você, você prometeu.

  - Hei, calma. Você não vai, Ok? – pergunto e a trago para o meu colo, Helen sorri.

  - Vamos conversar lá dentro? – ela chama e fico de pé colocando Angie no chão.

  - Vou esperar aqui – Izzie sorri. – Angie vai entrar agora também?

  Olho para Helen em busca de uma resposta e ela nega com a cabeça.

  - Quero falar primeiro com Connor, depois com a pequena. Você espera aqui, Angie?

  - Espero, com a Iz e o bebê da barriga. Pode ir lá Con.

  - Eu vou sim, se comporte – lhe dou um beijo na bochecha e sigo para a sala com Helen. Depois que ela se acomoda atrás de sua mesa de madeira e eu faço o mesmo na cadeira a sua frente ela junta alguns papeis antes de começar, estou tão nervoso que não sei o que pensar.

  - Quem é aquela que ficou com Angie?

  - Desculpe, eu não apresentei vocês, aquela é minha namorada, Isabelle.

  - Eu vi que a pequena estava bem a vontade com ela, ela é uma presença constante na vida de vocês?

  - Por causa de alguns mal entendidos nós acabamos indo morar juntos.

  - Ela mora com vocês? – ela pergunta surpresa e faço que sim.

  - Isso é um problema?

  - Isso depende. Não me entenda mal Connor, não quero me meter na sua vida, mas preciso ter certeza que Angelina está bem. Então sua namorada morar com você só é um problema se a relação das duas não for boa, você sabe que a pequena está se recuperando de um trauma, não é? Ou pode ser um problema se Isabelle não pretender ficar.

  - Sobre a relação das duas, o amor é recíproco, pode ter certeza. Elas são apaixonadas uma pela outra e eu sou apaixonado por elas. E se Izzie pretende ficar? Eu espero muito que sim.

  Helen sorri e anota alguma coisa em seus papeis.

  - No inicio quando buscamos Angie e descobrimos que ela tinha um irmão eu pensei que talvez não fosse uma boa ideia deixá-la com você. Mas naquela época não tínhamos escolha, ficar com você ainda era melhor que um abrigo. Quando aceitou eu pensei que talvez pudesse te convencer a ficar com ela por mais tempo, mas nenhuma vez nessas últimas semanas você me procurou e eu meio que soube que você não desistiria dela. Fico feliz por isso. Mas quero ouvir de você, o que quer fazer, Connor?

  - Quero adotá-la – digo a olhando sério. – Quero que Angie seja minha filha como tem que ser, por que a amo e não vou deixá-la ir a lugar nenhum.

  - Você não sabe o quanto me deixa feliz ouvi-lo falar assim? Eu sempre busco o melhor para minhas crianças. Como você já tem a guarda provisória de Angie não vai ser difícil conseguir a definitiva, é jovem, tem um emprego, casa e acima de tudo ama a pequena e o juiz vai levar tudo isso em consideração.

  - Fico feliz em ouvir isso – digo aliviado. Minha pequena não vai a lugar nenhum.

  - Quando Angelina disse “bebê da barriga” a o que exatamente ela se referia? – Helen pergunta e sorrio.

  - Izzie está grávida e ela está encantada com isso.

  - Espere Sr. Scott – ela diz formal parecendo estar assimilando os fatos. – Sua namorada está grávida e você ainda assim pretende adotar sua irmã, isso não é um pouco de mais? Não vai deixá-la de lado quando o bebê nascer, vai? Pais de filhos adotivos às vezes fazem diferença entre eles e os filhos biológicos, você não fará igual, fará?

  - Não vejo como. O bebê de Izzie não é meu. Pelo menos não biologicamente, mas se ela quiser, ele vai ser do mesmo jeito que Angie é. Izzie parece não fazer diferença no jeito que ama os dois e eu também não faço. Minha mamãe, a vovó Vera, não faz, nossos amigos não vêem diferença. O bebê de Izzie foi uma surpresa, mas não mudou nada, a não ser é claro, o fato de que Angie quer que seja uma garotinha.

  - Diante dessas suas palavras não tenho dúvidas de que deixar Angie com vocês é realmente a melhor escolha.  

  Helen me faz mais algumas perguntas, conversamos e ela continua a anotar em seus papéis, depois de uns quinze minutos finalmente se dá por satisfeita e fica de pé.

  - Quero falar com Angie, ter certeza de que ela está bem, mesmo que eu tenha certeza que sim. Se tudo correr bem a audiência de vocês será logo mais e finalmente ela será oficialmente sua filha.

 - Não vejo a hora disso acontecer – digo sinceramente e nós seguimos até a porta. Quando voltamos à sala de espera a cena a minha frente me faz sorrir, Angie já está com outro penteado, Izzie fez uma maria-chiquinha com tranças na pequena e elas estão comendo algodão-doce colorido de um pacote.

  - Onde vocês arrumaram isso? – pergunto divertido e elas me olham.

  - A Iz comprou de um palhaço que tava passando lá fora. A gente foi fazer xixi lá em baixo – Angie conta e acho graça. Seu rosto está sujo, Helen as olha com curiosidade e Izzie tira uns lencinhos da bolsa par limpar a pequena, ajeita o seu cabelo joga o pacote vazio no lixo.

  - Você vai levá-la agora?

  - Vou. Angie, vamos conversar na minha sala?

  A pequena olha para Izzie, depois para mim.

  - Vamos esperar bem aqui – garanto.

  - Nós ainda vamos comprar sua mochila da Moana, lembra-se? Eu não vou a lugar nenhum – a morena sorri ajeitando a saia da pequena. – Vai lá, vai ser rápido.

  - Eu e a Izzie não vamos sair daqui – beijo a bochecha de Angie que ainda hesitante aceita a mão que Helen lhe estende.

  As duas entram na sala e eu me sento ao lado de Izzie, ela encosta a cabeça em meu ombro.

  - Eles não vão levá-la, não é? – a morena pergunta brincando com meus dedos.

  - Não, não vão. Ela é nossa, se quiser dividir comigo.

  - Claro que quero. É meu namorado, quero dividir tudo com você – suas palavras aquecem meu coração e sorrio. Será que sua vida e o bebê estão inclusos nesse tudo, para sempre?

  - Se vou dividir Angie com você, quero algo em troca – anuncio e ela levanta a cabeça para me olhar, não consigo decifrar sua expressão. Algo entre encantamento e surpresa.

  - O que, por exemplo? – ela sussurra com os olhos escuros fixos nos meus.

  - Uma coisa bem pequeninha que Angie insiste em querer só pra ela – toco sua barriga vejo os olhos da morena marejarem. – Você aceitar ser mãe da Angie e me deixa ser pai do seu bebê, Izzie? – pergunto depois de reunir toda a minha coragem e ela está me encarando muda. – Só se você quiser, claro, você disse que ele não tinha pai...

  - Quero! – ela me interrompe entre soluços e me beija, um beijo que remexe tudo dentro de mim. – Amo você, Connor Scott, eu definitivamente amo você. – ela diz e sinto o coração errar uma batida, é a minha vez de ficar mudo com a declaração. – Você já era pai do meu bebê antes mesmo de pedir.

  Ela arregala os olhos e se afasta se dando conta do que disse, mas não deixo que ela vá muito longe, ainda estamos nas cadeiras da sala de espera do juizado, mas não me importo. Não tem mais ninguém aqui e a puxo para outro beijo.

  - Também amo você, Isabelle Adams, por que é a garota mais incrível que conheço e por que ama Angie. Amo seu bebê por que ele é parte de você e amo você por inteiro.

  Ela soluça e esconde a cabeça em meu peito.

  - Para de me fazer chorar – reclama e quase poso ver seu sorriso em sua voz.

  - Desculpe – beijo o topo da sua cabeça e ficamos assim até a porta se abrir e Angie volta correndo e se jogar em meu colo.

  - Fiquei com saudades, Con!

  - Eu também. Conversou direitinho com a Helen? Se comportou?

  - Sim! Eu tava desenhando, olha – ela me estende o papel e sorrio, tem três formas nele, sol, nuvens e mais algumas coisas que não tenho nem ideia do que são. – Somos nós. Eu não desenhei o bebê da barriga por que não dá pra ver ele. Mas eu expliquei pra Elle que ele aqui.

  - Que bom.

  - Con, a Iz chorando de novo – ela aponta a morena que sorri limpando as lágrimas. – Ela chora um monte, Elle, mas é por que feliz. A gente pode tomar sorvete agora?

  - Boa tentativa, mas não – Izzie responde e Angie faz bico.

  - Nunca pode comer antes do almoço, só quando a gente vai na lanchonete ver a Iz. Elle eu tenho que voltar aqui de novo?

  - Não, mas você vai ter que ir ver a juíza, ela vai conversar com você do mesmo jeito que você conversou comigo. Tudo bem?

  - Pra falar que eu quero ficar com o Con e a Iz? – Angie pergunta e Helen faz que sim sorrindo.

  - Isso mesmo. Vocês já podem ir. Vou estar entrando em contato.

  Despedimo-nos de Helen e voltamos para o carro, falta pouco para meio dia então resolvemos ir comer na lanchonete, para Izzie não se atrasar para o trabalho.

  - O que você ficou conversando com a Helen? - quis saber olhando a pequena pelo espelho e ela desviou os olhos da boneca que tinha nas mãos para me encarar.

  - Ela tava dizendo que eu podia ter os papais que quisesse, eu só precisava escolher - ela disse como se não fosse nada e suas palavras me pegaram de surpresa, Helen disse mesmo a ela que podia escolher?

  - E você disse o que pra ela? – Izzie perguntou se virando para encará-la e vi Angie sorrir.

  - Eu disse que não quero papai nenhum.

  - Não? – pergunto sem saber se isso é bom ou ruim.

  - Não, por que eu já tenho você e a Iz. Já moro lá naquela casa e vou ter um irmãozinho agora. Vocês vão ser a mamãe e o papai meu e do bebê da barriga, né? – ela pergunta ansiosa e só consigo sorrir ao passo que Izzie já está chorando outra vez.

  - Vamos – a morena responde e sei que ela estaria apertando Angie em um abraço agora se pudesse se espremer para o banco de trás com o carro em movimento. – Vamos sim, amo você.

  - Também amo você, muitão, Iz. E o Con, também. Agora já pode tomar sorvete?

  - Não – Izzie responde sorrindo em meio às lágrimas.

  - Ah... - Angie dá de ombros e acho graça.

  - Nenhum pouquinho? – peço também e a morena nega com a cabeça.

  - Não comece você também, Connor, se continuar assim nossa filha vai achar que sou um monstro – ela reclama e sorrio. “Nossa filha” não pensei que pudesse me apaixonar outra vez por Izzie, mas está aí a prova que é possível.

  - Amo você – digo a ela simplesmente por que é uma verdade inegável. – E nossa filha não te acharia um monstro nunca, acha que eu não percebo que ela prefere você?

 Izzie ri.

  - Está com ciúmes?

  - Claro, vocês são minhas garotas, as quero todas para mim.

  - Nossa que namorado ciumento esse meu – ela sorri e aproveita o sinal vermelho para me beijar os lábios rapidamente. – Também amo você, Gatinho.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que estão achando?
Quero opiniões, please!!
Beijocas e até, Lelly ♥



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