Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 22
Não acredita em mim? Ótimo!


Notas iniciais do capítulo

Voltei de novoooo!!!
Ahhhh, tô bem feliz comigo mesma pelo capítulo ter saído hoje, só estou me esforçando assim por que amo vocês de mais e quero muuuito tentar terminar a história o mais rápido que puder!!
BOA LEITURA!! :3



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  Izzie

  - Escola – comento enchendo a caneca de Angie de leite. Estamos os três tomando café e esse seria um domingo perfeito se eu não tivesse que ir trabalhar.

  - Como? – Connor pergunta se virando para me encarar e sorrio.

  - Angie já tem cinco anos, já pode ir para a escola. Os filhos da maluca que conheci ontem têm quatro e já vão.

  - Já estamos fazendo planos a longo prazo?

  - Claro. Por que, estou indo rápido de mais? – pergunto preocupada ele nega com a cabeça e sorri.

  - Não, você está certa, ela precisa ir à escola. O que acha, Angie? – ele se vira para encará-la. A pequena levanta os olhos da sua fatia de bolo com o rosto sujo e o olha curiosa.

  - Achar o que, Con?

  - Você quer ir à escola? Vão ter colegas novos e você vai aprender muitas coisas legais.

  - Vai ser a mesma escola da Hannah? – ela pergunta curiosa e faço que sim.

  - Mas vocês não vão estudar juntas por que ela é mais velha.

  - Ah... Mas e a Analu e Drew?

  - Acho que também – não sorrio de sua decepção e lhe dou um beijo na bochecha suja. – Mas você vai fazer novos amigos. Vão ter brincadeiras e nós podemos sair para comprar seus materiais. Vai ser bem divertido.

  - Se eu não gostar a gente volta?

  - Volta. Mas você é muito corajosa e sei que não vai querer voltar. Não é, Connor?

  - Ah... É sim – ele pisca e nos olha com curiosidade. – Quem é Drew?

  Eu rio de sua preocupação.

  - Sério mesmo que isso foi tudo o que você ouviu?

  - Eu só quero saber quem são os amigos da minha filha – ele bebe seu café desconversando e acho graça.

  - Por que não explica ao Connor quem são seus novos amigos, Angie?

  - Eles são iguais, Con. Eu não te disse naquele dia? Que têm dois iguais com uma mamãe de cabelo amarelo que nem o meu?

  - Acho que eu não estava ouvindo. Pode contar de novo?

  - bom. Mas dessa vez é pra ouvir – ela reclama e acho graça da conversa dos dois. Os observo e sorrio. Meus. Eles ainda não são totalmente, mas quero que sejam, tanto Connor, quanto Angie, meu pequeno anjo e seu pai, os quero na minha vida, para sempre se eu tiver sorte.

  - ...a Iz tava com raiva – Angie dizia e eu voltei a prestar atenção à conversa deles. – Ela puxou a mão daquela mulher e disse que ia bater nela.

  - Ela disse o que? – Connor pergunta divertido me encarando e finjo interesse em meu copo de suco. – Em que circunstâncias você ameaçou Rachel, Izzie?

  - Ela veio falar comigo e eu achei que ela ia me levar embora, por que ela não é amiga da Iz e eu não gosto dela – é Angie quem responde. - Ai a Iz apareceu, puxou o braço dela e eu fiquei com medo.

  - Eu te assustei, meu amor? Desculpa – digo suspirando e sorrindo para Angie. – Eu não faço mais.

  - Eu fiquei com medo daquela mulher machucar o bebê da barriga. Você não me da medo não Iz. Você cuida de mim e me protege então não tenho medo – ela desce de sua cadeira e vem até mim me abraçar, retribuo o braço e beijo seus cabelos.

  - Fico feliz de não assustá-la, mas saiba que você não pode ficar fazendo que nem eu e brigar com as pessoas por aí, Ok?

  - bom. Eu fico quietinha e você briga, pode deixar.

  Sorrio enquanto ela volta ao seu lugar para terminar o bolo.

  - Você ainda não me respondeu. Como exatamente vocês brigaram? – Connor pergunta e dou de ombros desistindo do suco, estou enjoada de mais para comer.

  - A gente não chegou a brigar, pelo menos não de rolar no chão – digo sorrindo e o loiro arregala os olhos. – Eu e Angie estávamos na lanchonete ontem, fomos ver a Gwen e sua lista. Ai a Rachel apareceu, eu não estava na mesa na hora e ela foi falar com a Angie. Provocar a pequena, eu não aguentei, meu sangue ferveu e quando vi já tinha agarrado o braço dela e a arrastado da mesa. Só queria dar na cara dela por ter assustado minha pequena e foi isso. Eu gritei com ela e Gwen a ameaçou e Rachel foi embora morrendo de medo de apanhar da minha amiga louca.

  - Você é incrível, sabia? – ele perguntou com um sorriso se aproximando de mim e me beijando. – Angie não podia ter escolhido uma mãe melhor.

  - Como? Você... Por que acha que ela me escolheu? – pergunto surpresa e emocionada e ele sorri.

  - Eu ouvi uma conversa entre ela e o irmãozinho, daquela vez em que dormimos todos na minha cama pela primeira vez, se lembra? – faço que sim com os olhos marejados.

  - Daquela vez? Mas daquela vez nós nem tínhamos nada.

  - Ela te escolheu antes mesmo de saber que você ficaria para sempre – ele responde e nós dois olhamos para a pequena que nos observa curiosa.

  - chorando por que feliz ou triste, Iz?

  - Por que estou feliz. Amo você – lhe sopro um beijo secando as lágrimas e ela ri.

  - Também amo você, Iz, muitão!

  - O café e o papo estão muito bons, mas hoje tenho que trabalhar – suspiro ficando de pé só para me dar conta que não comi nada.  

  - Mas hoje é domingo – Connor reclama e o beijo.

  - Diz isso pro meu chefe – rio. – Angie cuida do Concon pra mim, Ok?

  - , eu cuido.

  Sorrio seguindo para o quarto afim de terminar de me arrumar e não chegar atrasada, definitivamente o pior dia para trabalhar é domingo, mas também é um dos mais tranquilos, onde o movimento não é nem metade do dos outros dias. Além de me fazer perder o domingo todo atrás de um balcão nunca acontece nada de mais. Acho que vou levar um livro, talvez dê pra continuar meu romance.

  Despeço-me dos loiros com sorrisos e beijos e eles prometem irem me ver depois de comerem na casa de dona Vera. Desço as escadas e encontro Abby molhando suas flores exatamente como estava no dia em que nos conhecemos.

  - Bom dia, Abby – a cumprimento e ela sorri assim que me vê.

  - Bom dia! Vai passear?

  - Quem me dera, eu trabalho hoje.

  - Isso explica por que Angie não está com você – ela sorri. – Aquela garotinha e o pai dela são apaixonados por você.

  Sorrio com a ideia e dou de ombros.

  - E eu sou por eles.

  - Já disse isso a eles?

  - A Angie sim, mas a Connor eu ainda não tive coragem – admito. É mais fácil dizer a Abby que ao loiro como me sinto.

  - Não devia perder tempo – aconselha. – Mas e esse bebezinho aí, como está?

  - Irritado, aparentemente – reclamo passando a mão sobre a barriga. – Acordei tão enjoada hoje que nem consegui comer nada.

  - Isso passa – ela diz divertida. – Mas de qualquer forma ele parece saber exatamente o que quer, assim como Angie.

  - Nem me fale. Mas eu tenho que ir agora, tchau, Abby!

  - Tchau, Izzie. Boa sorte com os enjôos.

  Dou um ultimo sorriso antes de voltar a caminhar. Meia hora de caminhada depois e eu cheguei atrasada. Connor havia me oferecido carona, mas eu recusei, estava a fim de caminhar. Cheguei, troquei-me e já fui direto servir as mesas, hoje, contrariando tudo que eu havia imaginado o movimento na lanchonete estava enorme.

  - Parece que está tendo um projeto na faculdade ou alguma coisa assim – Holly comentou revirando os olhos enquanto passava por mim com o pedido de um casal na bandeja.

  Os estudantes no geral eram os clientes que menos gostávamos e ironicamente os que mais tínhamos. Vi Gwen atender um grupinho com um sorriso tão falso que me fez rir. Minha amiga estava trabalhando todos os dias que conseguia para poder tirar dois dias de folga seguidos no aniversario de Candy. A morena de cabelos coloridos era tão mãe das irmãs que chegava a parecer um pouco de mais, mas ela não ligava e isso era o que mais me encantava nela, Gwen conseguia desistir de parte de sua vida só para ver um sorriso no rosto das irmãs e eu definitivamente a amava por isso.

  Minha manhã passou entre enjôos, estudantes chatos reclamando do preço dos hambúrgueres e reviradas de olhos de Holly e Gwen, essas duas nem disfarçam o incomodo em servir o pessoal. Estou limpando uma mesa quando mais um grupo entra na lanchonete, eles passam por mim e esbarro em alguém.

  - Desculpe – dizemos os dois ao mesmo tempo e perco o fôlego quando encaro os olhos azuis bem mais escuros que os de Connor e Angie a minha frente. Brian parece surpreso em me ver também.

  - Eu... É... Oi – ele murmura por fim sem saber o que dizer. Eu também não tenho ideia do fazer, não nos vemos desde o vexame de acordarmos juntos na mesma cama há quase três meses atrás. Somos dois estranhos.

  - Cara, você vem ou não? – os amigos chamam Brian que parece aliviado em ter uma desculpa para acenar e se afastar. Ele vai até a mesa em que os amigos se sentaram e eu continuo parada no mesmo lugar sentindo o estomago vazio revirar, se eu tivesse comido alguma coisa provavelmente estaria correndo para colocar para fora nesse momento.

  - Hei, você está bem? – Gwen vem até mim e faço que sim com a cabeça e logo em seguida que não, não sei por que, mas sinto os olhos marejarem. – Ok, hora do seu intervalo, vem.

  Ela me puxa e me deixo ser arrastada até os fundos da lanchonete, Holly provavelmente vai ficar uma fera por termos saído as duas ao mesmo tempo, mas nesse momento não me importo.

  Sento-me num baquinho do vestiário feminino e minha amiga me dá um copo de água.

  - Aquele era mesmo o Brian? – ela pergunta e faço que sim. – E Você falou com ele? – nego com a cabeça e ela suspira. – Ficou muda, Izzie?

  - Não.

  - Então?

  - Então o quê? – pergunto tomando minha água e ela revira os olhos.

  - Você vai falar com ele, certo? Agora não tem mais desculpa para não o fazê-lo, ele está bem ali fora em uma das mesas.

  - E falar o que? – pergunto irônica. – “Oi, Brian, você se lembra de mim? Sou Isabelle, a gente ficou há dois meses e meio e eu fiquei grávida. Vai querer mais alguma coisa ou só o refrigerante mesmo?”.

  - Por que não? – ela dá de ombros segurando o riso e sorrio também. – Isso só não vai dar certo se ele pedir mais alguma coisa além do refri.

  - Idiota – reclamo e ela sorri.

  - Só fale com ele. Brian é um idiota, mas tem o direito de saber. Isso não quer dizer que vocês vão ser um casal feliz, mesmo por que o amor da sua vida é o Connor e tals, só que pelo menos você vai ter falado. Ele não vai ter desculpas.

  - Mas eu não quero nada dele.

  - Eu sei que não. Você é corajosa e faria isso sozinha se Connor não tivesse aparecido e te admiro por isso. Só converse com ele.

  - Não sei se consigo – choramingo e minha amiga me faz ficar de pé outra vez.

  - Consegui sim. Vamos lá, Izzie.

  - Eu te odeio – reclamo e Gwen ri.

  - Também te amo, agora vai lá resolver isso logo de uma vez.

  Minha amiga não me dá outra alternativa que não segui-la para fora do vestiário e encarar Brian. Holly falta pouco nos comer vivas quando voltamos por tê-la deixado sozinha com a lanchonete lotada e Gwen sorri indo ajudá-la enquanto indica a mesa onde Brian está com a cabeça. Engulo em seco apertando meu bloquinho de anotações nas mãos e começo a caminhar em sua direção a passos lentos.

  Respiro fundo quando me aproximo da mesa.

  - Brian, podemos conversar? – pergunto e na mesma a conversa na mesa cessa e todos os pares de olhos ali se voltam para mim. Sinto as bochechas corarem.

  - Você quer falar... Comigo? – ele parece surpreso.

  - Não trouxa, é comigo – um dos amigos provoca e Brian revira os olhos e me encara.

  - Pode falar.

  Olho para os seus amigos e depois para ele.

  - Eu preferiria que fosse e sós. Você pode ir comigo lá fora um minuto? – pergunto e ele me olha desconfiado, mas assente.

  Sigo para fora da lanchonete seguida por Brian enquanto ouço seus amigos fazerem piadinha as nossas costas. Muito maduros eles. Nós paramos no estacionamento parcialmente cheio e ele me olha com curiosidade esperando que eu diga alguma coisa, não sei como começar, nem tenho certeza do que dizer, a única coisa na qual consigo reparar é que mesmo que Brian seja loiro e tenha os olhos azuis como Connor eles conseguem ser bem diferentes. A tonalidade dos olhos, o sorriso, até o jeito de me olhar. Vendo agora não sei nem por que fiquei com Brian pra inicio de conversa. Ah é, eu estava bêbada.

  - Então, o que você queria me falar? – ele pergunta e respiro fundo. Essa conversa não tem como ser pior que a que tive com a minha mãe.

  - Você se lembra de mim? – é como começo, por falta de ideia melhor e ele dá um meio sorriso que três meses atrás teria de me deixado de pernas bambas e hoje é só bonitinho, nada mais.

  - Não teria como eu esquecer uma garota bonita como você, Isabel, certo?

  - Quase, é Isabelle. Agente se viu naquela festa na casa do Paul. Lembra?

  - É eu me lembro. Você estava bem animada, dizendo alguma coisa sobre ser jovem e curtir a vida.

  - Curti bastante – ironizo suspirando, ele nem mesmo se lembrava do meu nome, como vai acreditar em mim?

  - Era só isso que tinha pra me perguntar se eu me lembrava de você? Eu não sou o tipo de cara que curte relacionamentos não me leve a mal, você é linda, mas...

  - Não! – o corto sentindo estomago revirar. Ele acha o quê? Que o mundo gira ao seu redor? – Não me entenda mal, não quero nada de você, só preciso te dizer uma coisa.

  - Que seria? – ele incentiva parecendo impaciente e respiro fundo outra vez.

  - Estou grávida – anuncio e Brian pisca seus olhos azuis parecendo em choque, ele dá dois passos para trás e passa a mão pelos cabelos.

  - O que... O que eu tenho a ver com isso? – ele está negando com a cabeça. – Por que está me dizendo isso?

  - Por que daqui duas semanas faço três meses – respondo. – Por que aconteceu naquela festa e você é o pai.

  - Não, não, não... – ele murmura começando a andar pra lá e para cá a minha frente. – Você está louca, isso só pode ser brincadeira, eu não... Nós não...

  - Nós não o quê? Não transamos bêbados naquela festa? Acho que transamos. Ou você se esqueceu disso também? – pergunto irônica. Não estou com muita paciência para seu piti. Ele não acredita em mim, isso não é surpresa depois do que minha mãe disse, Brian eu sabia que negaria até a morte.

  - Você com certeza se enganou. Eu não sou o pai, não posso ser. Aposto que você ficou com metade dos caras da festa e está só tentando jogar a responsabilidade pra cima de mim – ele acusa e é a minha vez de dar dois passos para trás. Toco minha barriga de forma protetora e o encaro.

  - Seu idiota! Eu não sou as vadias com quem está acostumado, não quero nada de você e sinceramente nem queria ter te falado nada! – grito o assustando. – Você não acredita em mim? Maravilha! Não quer aceitar nada por que está morrendo de medo? Ótimo! Mas não venha me acusar de coisas que você não sabe, não me julgue quando você não sabe de nada. Eu só precisava te dizer, não queria, mas precisava. Meu bebê não tem pai, isso não mudou nos últimos dez minutos.

  Quando termino Brian ainda me encara de olhos arregalados. Não sei se ele acredita em mim ou não, mas isso não me importa, tenho meus amigos, Gwen, Angie e Connor se ele estiver disposto a ficar. Então a opinião de Brian sobre se estou ou não lhe contando a verdade não muda em nada a minha vida.

  - Eu... – ele começa, mas o corto negando com a cabeça.

  - Não me importo, Ok? Não posso me estressar, não faz bem ao bebê, não quero nada de você e sinceramente você não precisa nem mesmo acreditar em mim se não quiser. Tenho que voltar ao trabalho. Se quiser conversar sabe onde me encontrar, estou aqui seis dias por semana.

  Viro-me e sigo outra vez para dentro da lanchonete, dessa vez não choro, só tenho a respiração ofegante. Não sabia o que esperar dessa conversa, mas eu sabia que Brian não acreditaria nem se importaria, por isso não estou surpresa como fiquei quando conversei com a minha mãe. Passo por Gwen que está limpando uma mesa e dou um sorriso, por algum motivo pensar na conversa que acabei de ter me faz querer rir como louca. É idiota e sem sentido, mas não me importo, minha amiga me olha como se eu tivesse ficado maluca e não me importo.

  “Como foi?” ela faz com os lábios e dou de ombros passando direto por ela e indo para trás do balcão. “Tudo bem” é como a respondo.

  Depois da conversa que tive ontem com Connor as coisas deixaram de ser assustadoras, eu e ele não sei se seremos “felizes para sempre”, mas ao menos agora sei que Angie vai ficar, que o loiro decidiu de uma vez por todas adotá-la e cuidar dela então minha pequena está segura. E talvez por um instante eu achei que ele a deixaria ir, a dor que senti não tinha explicação, mas agora sei que não preciso me preocupar, que independente de eu poder ou não ficar com ela para sempre sei que Angie terá Connor. E eu cogitei sim a ideia de eu mesma adotá-la se ele não fosse fazer isso, não tenho nem como cuidar do meu bebê direito e a teria adotado só para poder mantê-la junto comigo. É egoísmo, eu sei, mas não pude evitar esse pensamento.

  Angie é minha do jeito que meu bebê é meu, ela me escolheu e eu a escolhi, meus filhos, dois de uma vez e eu não consigo deixar de sorrir ao imaginar o que minha mãe dirá quando descobrir.

  A conversa com Brian é só mais uma coisa a dar errado na minha vida que está completamente torta nos últimos tempos, mas não me importo, além de confusão eu ganhei também lindos presentes nesse meio tempo. E me apaixonei por todos eles.

  Vejo Brian voltar para junto dos amigos enquanto preparo um expresso para um cliente que está no balcão, ele não me olha nenhuma vez e isso não me incomoda, principalmente quando ouço a sineta da porta e a voz melodiosa da garotinha mais encantadora de todas me chamar.

  - Iz! – Angie corre animada até o balcão para subir em um dos bancos. Connor se aproxima também e sorri.

  - Por que vieram? – pergunto e ele dá de ombros.

  - Não conseguimos ficar longe. O jantar ia demorar de mais, estávamos com saudades.

  - Muitas saudades mesmo – Angie concorda e sorrio me inclinando para beijá-la por cima do balcão.

  - Eu e o bebê da barriga também estávamos morrendo de saudades.

  - Iz quando é que vai dar pra saber se minha irmãzinha é uma menina? – ela pergunta e acho graça. Connor se senta ao lado da pequena e lhe sirvo café.

  - E se for um menino? Você vai ficar chateada?

  - Não. Mas ia ser mais legal se fosse menina, já dá pra saber?

  - Ainda não Srta. Apressadinha, vai demorar pelo menos mais um mês ainda – Connor comenta divertido e a pequena faz bico.

  - Isso tudo?

  - É, aqui pode comer bolo antes do almoço hoje. Mas só por que vieram me ver – estendo o prato para a pequena que tem os olhos brilhantes. – Quer bolo também, Gatinho?

  - Não, quero algo muito melhor – ele sorri e se inclina por sobre o balcão para me beijar. Quando nos separamos Connor sorri e sinto as bochechas corarem. – Eu realmente estava com saudades.

  - Idiota – reclamo indo até a máquina para lhe servir mais café e vejo Brian nos olhar curioso de sua mesa. Dou de ombros e sorrio.

  Já decidi que não vou deixar coisas pequenas como as insinuações de minha mãe ou a incredulidade de Brian estragarem minha felicidade. Um sorriso pode mudar o dia de alguém e é por isso que volto para juntos dos meus amores com um sorriso no rosto.

  Iria viver o agora, o resto eu via depois.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que estão achando?
Quero comentários, please!!
Beijocas e até, Lelly ♥



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